Atualizado em 20 de Março de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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Crudivorismo: o que é, benefícios e como fazer a dieta

o que é crudivorismo e seus benefícios

O crudivorismo tem ganhado cada vez mais popularidade entre aqueles que buscam uma alimentação mais natural e nutritiva.

Baseado no consumo de alimentos crus e não processados, esse estilo de dieta promete diversos benefícios à saúde, como o aumento da saciedade, prevenção do envelhecimento precoce e melhoria da saúde intestinal.

No entanto, como qualquer outra dieta, ele apresenta desafios e requer cuidados específicos para ser seguido de forma segura e eficaz.

Se você está curioso sobre como adotar a dieta crudívora e quais alimentos incluir ou evitar, continue lendo para entender o que é o crudivorismo, seus principais benefícios e como começar a seguir essa alimentação saudável com um exemplo de cardápio.

O que é crudivorismo?

O crudivorismo, também conhecido como dieta crudívora, alimentação viva ou “raw food”, é uma abordagem alimentar que prioriza o consumo de alimentos crus, sem processamento ou cozimento, com o objetivo de preservar ao máximo seus nutrientes.

O foco está principalmente em alimentos vegetais, como frutas, legumes, leguminosas e cereais, que devem ser consumidos crus ou preparados com a temperatura máxima de 48 ºC, o que garante que as vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras presentes nos alimentos sejam mantidos intactos.

Um dos principais benefícios do crudivorismo é a melhora na saúde digestiva, uma vez que a dieta é rica em fibras, o que auxilia no combate à prisão de ventre e contribui para a sensação de saciedade, favorecendo o emagrecimento.

Além disso, o alto teor de antioxidantes encontrado nos alimentos crus pode ajudar na prevenção do envelhecimento precoce. A dieta também é conhecida por ser naturalmente baixa em açúcares refinados e gorduras saturadas, o que a torna uma opção saudável para quem deseja controlar o colesterol rui (LDL) e a glicemia.

Embora o crudivorismo traga uma série de benefícios à saúde, é importante destacar que ele pode não ser adequado para todas as pessoas. Especialmente para crianças ou pessoas com condições de saúde que enfraquecem o sistema imunológico (como HIV, câncer ou lúpus), além de gestantes e lactantes, a dieta deve ser evitada ou seguida com cautela, sempre com a orientação de um nutricionista ou nutrólogo.

Embora a alimentação crudívora se concentre majoritariamente em alimentos de origem vegetal, não é incomum que adeptos do crudivorismo consumam também alimentos de origem animal, como ovos e laticínios, desde que não sejam cozidos ou processados.

A dieta, portanto, não é necessariamente vegana ou vegetariana, mas sim voltada para a preservação dos alimentos em sua forma natural, evitando o cozimento para não perder nutrientes essenciais.

Por fim, além dos alimentos crus, o crudivorismo também permite o consumo de alimentos fermentados, que podem ser ricos em probióticos, e o uso de óleos de boa qualidade, como o azeite de oliva, para temperar as preparações. 

Essa alimentação é baseada no princípio de que, ao preservar a integridade dos alimentos, é possível maximizar seus benefícios nutricionais para a saúde.

Benefícios do crudivorismo

Abaixo estão os principais ganhos que essa alimentação pode proporcionar:

1. Controle do colesterol ruim

Uma das vantagens mais notáveis do crudivorismo é sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol "ruim" (LDL). Isso se deve ao baixo consumo de açúcares refinados, alimentos ultraprocessados e gorduras saturadas, comuns em dietas convencionais. 

Ao focar em alimentos naturais, como frutas e vegetais, ricos em nutrientes e fibras, a dieta contribui para um perfil lipídico mais saudável.

2. Auxílio no emagrecimento

A dieta crudívora é naturalmente rica em fibras, que desempenham um papel essencial na regulação do apetite. As fibras aumentam a sensação de saciedade, retardando o esvaziamento do estômago e reduzindo a vontade de comer ao longo do dia. 

Isso é especialmente vantajoso para quem deseja perder peso, pois os alimentos consumidos nessa dieta são, em sua maioria, pouco calóricos, embora altamente nutritivos.

3. Prevenção do envelhecimento precoce

Os alimentos crus são ricos em antioxidantes, compostos bioativos que combatem os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento celular. Frutas e vegetais frescos, quando consumidos de forma integral, oferecem uma quantidade significativa desses antioxidantes, como vitamina C, betacaroteno e flavonoides, que ajudam a proteger a pele e os órgãos internos do envelhecimento precoce e de doenças relacionadas à idade.

4. Melhora da saúde intestinal

Outra vantagem do crudivorismo é o seu impacto positivo na saúde digestiva. Alimentos, como frutas, vegetais e legumes, são fontes abundantes de fibras, que são essenciais para o bom funcionamento do intestino. 

As fibras ajudam a estimular os movimentos intestinais, prevenindo e combatendo a prisão de ventre, além de melhorar a flora intestinal e o processo de digestão de maneira geral.

5. Aumento do consumo de nutrientes essenciais

Com a dieta crudívora, há uma maior ingestão de micronutrientes, como vitaminas e minerais, que são essenciais para o funcionamento adequado do corpo.

Por exemplo, a vitamina C e as vitaminas do complexo B, que são mais bem preservadas quando os alimentos não são cozidos, desempenham papéis cruciais na imunidade, no metabolismo energético e na saúde da pele.

Por outro lado, é importante estar atento à ingestão de ômega 3, vitamina D e vitamina B12, pois esses nutrientes são encontrados principalmente em fontes animais, como carnes vermelhas e peixes, que não são amplamente consumidos na dieta crudívora por precisarem ser cozidos.

Quanto às proteínas, é possível obter boas quantidades a partir de fontes de proteína vegetal, como leguminosas e oleaginosas. No entanto, mesmo com esse consumo, pode ser difícil atingir a quantidade ideal para o organismo. Por isso, considerar a suplementação de uma proteína vegetal em pó pode ser uma estratégia recomendada.

Como iniciar uma alimentação crudivora?

Se você está considerando adotar alimentos para dieta do crudivorismo, aqui estão algumas orientações para começar de forma adequada:

1. Comece aos poucos

Se você está acostumado com uma alimentação mais convencional, com alimentos cozidos ou ultraprocessados, a transição para o crudivorismo pode ser desafiadora. 

Uma boa estratégia é começar introduzindo mais alimentos crus na sua rotina, como saladas frescas, frutas e legumes, e gradualmente substituir mais refeições cozidas por opções cruas. Isso ajudará seu corpo a se adaptar ao novo estilo alimentar.

2. Variedade é fundamental

Embora a base do crudivorismo seja a ingestão de alimentos crus, é importante garantir que sua alimentação seja balanceada. Consuma uma variedade de frutas, vegetais, sementes, oleaginosas e grãos germinados para garantir que você obtenha uma ampla gama de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras. A diversidade no cardápio também evita que você se canse da dieta e ajude a manter o prazer nas refeições.

3. Invista em alimentos frescos e orgânicos

Quando possível, opte por alimentos frescos e, se possível, orgânicos. Alimentos crus têm maior concentração de nutrientes quando estão frescos e livre de produtos químicos. 

Além disso, os alimentos orgânicos geralmente não contêm pesticidas ou aditivos artificiais, o que é mais alinhado com os princípios do crudivorismo.

4. Atenção ao preparo

A alimentação crudívora não envolve cozimento, mas isso não significa que todos os alimentos sejam consumidos de forma simples. Você pode preparar pratos elaborados usando técnicas como germinação de sementes, fermentação e desidratação a baixas temperaturas. Isso amplia as possibilidades gastronômicas e aumenta a absorção de nutrientes. Um exemplo são os brotos de sementes e leguminosas, que oferecem um excelente valor nutricional.

5. Equilibre os macronutrientes

A alimentação crudívora pode ser naturalmente mais rica em carboidratos e fibras devido à abundância de frutas e vegetais, mas é importante garantir uma ingestão adequada de proteínas e alimentos com gordura boa.

Para isso, inclua alimentos, como abacates, azeite de oliva extra virgem, sementes de chia, linhaça e nozes, que são fontes de gorduras boas e também contribuem para o aumento de proteínas vegetais.

6. Ouça seu corpo e ajuste conforme necessário

A transição para o crudivorismo pode afetar seu corpo de diferentes maneiras. Pode ser necessário algum tempo para seu sistema digestivo se ajustar a uma maior quantidade de fibras e alimentos crus. 

É essencial ouvir seu corpo durante essa fase e fazer ajustes conforme necessário. Se sentir que está tendo dificuldade para absorver certos nutrientes ou sentir fadiga, pode ser uma boa ideia buscar orientação de um nutricionista.

7. Consulte um nutricionista

Antes de adotar o crudivorismo de forma radical, é sempre recomendado consultar um nutricionista para garantir que você esteja cumprindo todas as suas necessidades nutricionais.

O profissional pode ajudá-lo a planejar suas refeições de forma equilibrada, evitando carências de vitaminas ou minerais essenciais. Em casos de condições especiais de saúde, o nutricionista pode orientar sobre a viabilidade de adotar uma alimentação baseada no crudivorismo.

Ao seguir essas dicas, você poderá adotar a alimentação crudivorismo de forma gradual e saudável, aproveitando seus benefícios enquanto mantém um estilo de vida equilibrado e nutrido.

Aproveite e veja também

Alimentos permitidos para dieta crudívora

Abaixo, listamos os principais alimentos que fazer parte do estilo de vida crudívoro.

1. Frutas cruas

As frutas são um pilar essencial da dieta crudívora, pois são ricas em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. Exemplos de frutas permitidas incluem maçã, laranja, abacate, manga, banana, pera, uva, acerola e mamão. Elas devem ser consumidas de forma fresca e natural, mantendo todas as suas propriedades nutritivas.

2. Vegetais crus

Vegetais frescos e crus também fazem parte fundamental da alimentação crudívora. São ricos em fibras e nutrientes essenciais para a saúde intestinal e o bem-estar geral.

Alguns exemplos de vegetais permitidos são couve-flor, alface, tomate, cenoura, beterraba, espinafre, rabanete e couve. Além de fornecerem vitaminas e minerais, esses vegetais são altamente versáteis e podem ser usados em saladas ou sucos.

3. Leguminosas germinadas

As leguminosas germinadas são uma excelente fonte de proteínas vegetais e nutrientes. Feijão, grão-de-bico, lentilha e soja germinados são ótimos exemplos para incluir na dieta. 

A germinação aumenta a digestibilidade dos grãos, tornando-os mais nutritivos e mais fáceis de digerir. Além disso, as leguminosas são ricas em fibras, o que contribui para o bom funcionamento intestinal.

4. Oleaginosas cruas

As oleaginosas são fontes concentradas de gorduras saudáveis, que ajudam a manter o equilíbrio hormonal e a saúde cardiovascular. Alguns exemplos de oleaginosas cruas permitidas na dieta crudívora incluem nozes, amêndoas, castanha-de-caju, castanha-do-pará e avelã. Essas opções também fornecem proteínas vegetais e são ótimas para lanches rápidos e nutritivos.

5. Sementes cruas

Sementes, como linhaça, chia, gergelim, girassol e abóbora, são altamente nutritivas e podem ser facilmente incorporadas à dieta crudívora. Elas são ricas em ácidos graxos essenciais, fibras e proteínas, oferecendo diversos benefícios à saúde, como a regulação do colesterol e a promoção da saciedade.

6. Bebidas vegetais

As bebidas vegetais são ótimas opções para quem adota o crudivorismo, principalmente para substituir o leite de origem animal. Bebidas de avelã, arroz, aveia e coco são permitidas e oferecem uma alternativa nutritiva e saborosa para quem deseja reduzir o consumo de produtos de origem animal ou simplesmente diversificar a alimentação.

7. Óleos vegetais prensados a frio

Na dieta crudívora, os óleos vegetais devem ser prensados a frio para garantir que seus nutrientes sejam preservados. Óleos, como azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de abacate e óleo de coco, são ótimas opções, fornecendo gorduras saudáveis que auxiliam na absorção de vitaminas lipossolúveis e ajudam a manter a saúde da pele e do coração.

8. Alimentos de origem animal (em alguns casos)

Em algumas vertentes do crudivorismo, é permitido consumir alimentos de origem animal, desde que sejam crus e não processados. Exemplos incluem laticínios não pasteurizados, ovos crus, peixe, carne bovina e frango crus.

No entanto, esses alimentos devem ser consumidos com cuidado, devido aos riscos associados ao consumo de produtos de origem animal crus, como infecções bacterianas.

Ao seguir a alimentação crudivorismo, é essencial focar em alimentos frescos e naturais para

O que não pode comer na dieta crudívora?

Na dieta crudívora, a base de alimentos crus e naturais é fundamental para alcançar os benefícios prometidos. No entanto, para que a alimentação seja efetiva, é crucial evitar certos alimentos que podem comprometer os objetivos da dieta. 

A seguir, listamos os principais itens que não são permitidos no crudivorismo:

1. Frutas, vegetais, leguminosas e cereais cozidos

O cozimento altera a composição nutricional dos alimentos, podendo destruir algumas vitaminas e enzimas que são benéficas à saúde. Portanto, frutas, vegetais, leguminosas e cereais devem ser consumidos crus. Ao cozinhá-los, perdemos nutrientes importantes, como as fibras e vitaminas sensíveis ao calor, o que vai contra os princípios da dieta crudívora.

2. Carne bovina, ovos, frango e peixes cozidos

No crudivorismo, alimentos de origem animal, como carnes, ovos, frango e peixe, só podem ser consumidos crus e sem processamento. Caso contrário, devem ser evitados.

No entanto, essa prática eleva o risco de contaminação por bactérias e outros microrganismos, tornando essencial um cuidado rigoroso com a procedência e a higienização desses alimentos.

3. Sementes e oleaginosas torradas

Embora as sementes e oleaginosas sejam altamente recomendadas no crudivorismo, quando são torradas, perdem parte de suas propriedades nutritivas. A torragem expõe as oleaginosas e sementes ao calor excessivo, o que pode diminuir o valor nutricional e prejudicar as gorduras saudáveis presentes nesses alimentos. Para manter seus benefícios, devem ser consumidas cruas.

4. Óleos vegetais refinados

Óleos refinados, como o óleo de soja, óleo de milho e óleo de canola, devem ser evitados, pois passam por processos industriais que os tornam menos saudáveis. Esses óleos contêm substâncias que podem ser prejudiciais ao organismo, como ácidos graxos trans. 

No crudivorismo, o recomendado é o uso de óleos vegetais prensados a frio, como azeite de oliva e óleo de coco, que mantêm suas propriedades intactas.

5. Cafés e chás

Embora o café e o chá sejam amplamente consumidos no dia a dia, eles não são permitidos na dieta crudívora, principalmente quando preparados com calor. O processo de aquecer as bebidas pode comprometer os antioxidantes presentes nelas, e além disso, a cafeína pode afetar a digestão e o equilíbrio do corpo. Portanto, essas bebidas devem ser evitadas ou consumidas apenas em versões frias e naturais.

6. Laticínios pasteurizados e processados

Laticínios, como leite, queijo e iogurte pasteurizados, são amplamente consumidos, mas devem ser evitados no crudivorismo, pois o processo de pasteurização destrói enzimas e nutrientes essenciais. 

Além disso, esses produtos muitas vezes contêm aditivos e conservantes que não são bem-vindos na dieta baseada em alimentos naturais e crus. Optar por laticínios não pasteurizados pode ser uma alternativa, mas é importante garantir que sejam frescos e de origem confiável.

7. Alimentos ultraprocessados

Uma das principais premissas do crudivorismo é a eliminação de alimentos ultraprocessados da dieta. Alimentos, como sorvetes, carnes embutidas, bolos, biscoitos e qualquer outro item que tenha passado por processos industriais, devem ser evitados. 

Esses produtos contêm aditivos, conservantes, corantes e quantidades excessivas de açúcares e gorduras, que não são compatíveis com a filosofia da alimentação natural e sem processamento.

Exemplo de cardápio para dieta crudívora

Abaixo, você encontra um modelo de cardápio para dieta crudívora, organizado em formato de tabela para facilitar a visualização das refeições ao longo da semana. Este plano inclui opções variadas e balanceadas para todas as refeições, respeitando os princípios do crudivorismo.

CSS Selectors
Refeições Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo
Café da manhã
  • Smoothie de abacate, banana e chia.
  • Salada de frutas (manga, maçã, pera) com semente de abóbora.
  • Vitamina de morango com linhaça.
  • Maçã com amêndoas e nozes.
  • Iogurte vegetal de coco com frutas frescas.
  • Mix de frutas (kiwi, morango, melancia) e castanhas.
  • Suco verde (couve, pepino, limão e maçã).
Almoço
  • Salada de alface, tomate, cenoura e abacate.
  • Mix de folhas verdes, pepino, beterraba e sementes de girassol.
  • Wrap de alface com pepino, tomate, cenoura e hummus.
  • Salada de rúcula, tomate, couve-flor e azeite de oliva.
  • Alface, abobrinha ralada, cenoura e molho de tahine.
  • Salada de couve, beterraba, maçã e sementes de linhaça.
  • Mix de folhas verdes com tomate, pepino e abacate.
Lanche da Tarde
  • Mix de castanhas (nozes, amêndoas, avelãs).
  • Cenoura e pepino cortados com guacamole.
  • Sementes de girassol e chia.
  • Fatias de pepino com azeite e limão.
  • Maçã com amêndoas.
  • Mix de nozes e castanhas.
  • Berries (morango, mirtilo, framboesa) com mel.
Jantar
  • Sopa fria de pepino e abacate com azeite de oliva.
  • Salada de couve, alface, cenoura e abacate.
  • Mix de vegetais crus (abobrinha, pimentão, tomate).
  • Salada de espinafre, rabanete e pepino com azeite.
  • Vegetais crus com molho de tahine e limão.
  • Cogumelos frescos com azeite e alho.
  • Salada de tomate, pepino e abobrinha com azeite.

Este cardápio é apenas um exemplo e pode ser ajustado conforme preferências pessoais ou necessidades nutricionais. Lembre-se de consultar um nutricionista para garantir que a dieta seja equilibrada e adequada às suas necessidades.

Riscos e desafios da alimentação crudívora

Um dos maiores riscos associados ao crudivorismo é a intoxicação alimentar, causada pela ingestão de alimentos crus, especialmente produtos de origem animal, como carnes, ovos e leites não pasteurizados.

Esses alimentos podem conter patógenos, como Escherichia Coli, Salmonella e Listeria, que são responsáveis por doenças graves. Para evitar esse risco, é fundamental que os alimentos sejam de origem confiável e, sempre que possível, passem por processos como a pasteurização ou congelamento antes de serem consumidos.

Outro desafio importante são os antinutrientes, presentes principalmente em leguminosas cruas, como feijão, lentilha e grão-de-bico. Compostos, como taninos e fitatos, podem interferir na absorção de certos nutrientes, como ferro e zinco, e prejudicar a digestão. 

Embora métodos, como germinação, possam reduzir esses antinutrientes, ainda é importante balancear a dieta e considerar a introdução de alimentos cozidos para garantir a adequada absorção de todos os nutrientes.

Pessoas que devem evitar o crudivorismo

O crudivorismo não é recomendado para grávidas, mulheres em período de amamentação, crianças e idosos, devido ao risco aumentado de contaminação alimentar e a necessidade de nutrientes essenciais para essas fases da vida.

Além disso, pessoas com doenças que enfraquecem o sistema imunológico, como HIV, câncer e diabetes, devem evitar essa dieta, uma vez que estão mais suscetíveis a infecções alimentares.

Pessoas com problemas gastrointestinais, como gastrite, úlceras e diverticulite, também devem reconsiderar o crudivorismo. Os alimentos crus, especialmente frutas e vegetais fibrosos, podem ser mais difíceis de digerir, causando desconfortos como gases excessivos, dores abdominais e inchaços.

Referências

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.