Atualizado em 02 de Abril de 2025

Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

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Gases fedidos: conheças as causas e saiba o que fazer

causas dos gases fedidos e o que fazer

Sabe aquele desconforto de soltar gases fedidos e sentir a barriga inchada? Muitas pessoas passam por isso de forma silenciosa, sem saber exatamente o que está por trás desse problema. 

Embora seja uma função natural do corpo, quando há o excesso de gases ou têm cheiro forte e desagradável, isso pode indicar algo mais. Afinal, soltar gases fedidos é normal? Quais alimentos causam gases fedidos? E o que pode ser feito para aliviar esse incômodo? 

Se você já se fez essas perguntas, este artigo vai te ajudar a entender melhor as causas, as possíveis soluções e os remédios que podem trazer mais conforto para o seu dia a dia. Continue lendo e descubra tudo sobre o tema!

Causas

Os gases intestinais são uma parte natural da digestão, mas quando eles são excessivos ou com um cheiro muito forte, pode ser um sinal de que algo não está funcionando como deveria no seu sistema digestivo. As principais causas dos gases fedidos incluem:

  • alimentos que fermentam no intestino: alguns alimentos que causam gases fedidos são feijão, brócolis, cebola, repolho e grãos integrais. Eles são ricos em fibras e carboidratos que fermentam no intestino, produzindo gases com odores fortes;
  • intolerâncias alimentares: a intolerância à lactose e à frutose pode dificultar a digestão desses açúcares, resultando em fermentação e, consequentemente, em gases com odores fortes;
  • síndrome do intestino irritável (SII): pessoas com SII frequentemente sofrem com distúrbios intestinais, como cólicas e alteração no padrão de evacuação, o que pode gerar uma maior produção de gases, com odores mais intensos;
  • disbiose intestinal: a disbiose intestinal é um desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins do intestino. Esse desequilíbrio pode resultar em uma maior produção de gases com cheiro ruim, além de outros sintomas, como inchaço e dor abdominal;
  • constipação intestinal: a dificuldade para evacuar pode fazer com que o intestino retenha fezes por mais tempo, aumentando a produção de gases e seu odor. Isso acontece porque as bactérias do intestino têm mais tempo para fermentar os resíduos alimentares;
  • uso de medicamentos: alguns medicamentos, como antibióticos, podem alterar a flora intestinal, favorecendo a proliferação de bactérias que geram gases com odores mais fortes. Outros medicamentos, como analgésicos, também podem causar constipação, contribuindo para o acúmulo de gases.

Essas são algumas das principais causas dos gases fedidos. Caso algum desses fatores esteja contribuindo para o seu desconforto, é importante buscar formas de ajustar a alimentação ou consultar um profissional de saúde para um diagnóstico mais preciso.

Sintomas associados

Embora os gases intestinais sejam uma parte natural do processo digestivo, quando se tornam excessivos ou têm odores fortes, eles podem ser acompanhados de uma série de sintomas desconfortáveis. Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas, em geral, incluem:

  • inchaço abdominal: o acúmulo de gases no intestino pode causar uma sensação de "barriga inchada" ou distensão abdominal. Esse sintoma ocorre porque os gases ocupam mais espaço no sistema digestivo;
  • dor e cólicas abdominais: o acúmulo de gases pode gerar dor e cólicas no abdômen, que podem ser leves ou intensas, dependendo da quantidade de gases retidos;
  • flatulência excessiva: a eliminação de gases através do ânus, conhecida como flatulência, é um sintoma comum. Quando os gases têm um cheiro forte e são liberados com mais frequência, isso pode se tornar constrangedor e desconfortável;
  • arrotos frequentes: quando há excesso de ar no sistema digestivo, é comum que ele seja liberado na forma de arrotos. Isso pode acontecer após refeições rápidas ou ao engolir ar sem perceber;
  • diarreia ou constipação: problemas digestivos, como diarreia ou constipação, podem estar associados à produção excessiva de gases. A constipação, por exemplo, pode causar retenção de gases, enquanto a diarreia pode ser resultado de uma fermentação mais rápida no intestino;
  • náuseas: em alguns casos, o excesso de gases pode levar a uma sensação de náusea. Isso acontece principalmente quando há uma acumulação significativa de gases e uma diminuição na motilidade intestinal;
  • falta de apetite: o inchaço abdominal e o desconforto gerados pelos gases podem levar a uma falta de apetite temporária, pois o corpo fica mais focado no processo de eliminar os gases acumulados, o que pode causar sensação de saciedade precoce.

Como prevenir os gases fedidos?

Embora os gases sejam uma parte natural da digestão, existem várias estratégias de como acabar com os gases fedidos e reduzir o desconforto associado a eles. Confira algumas dicas eficazes:

  • evitar alimentos que causam gases em excesso: alguns alimentos são mais propensos a causar gases fedidos devido à sua composição. Alimentos como feijão, brócolis, repolho, cebola, alho e alimentos ricos em fibras podem fermentá-los no intestino;
  • cuidado com alimentos ricos em enxofre: alimentos como ovos, carne vermelha e brócolis podem liberar compostos com enxofre durante a digestão, o que pode resultar em gases de cheiro forte;
  • comer devagar e mastigue bem: comer rapidamente pode levar ao engolimento de ar, o que causa inchaço e mais gases. Mastigar os alimentos lentamente ajuda a diminuir a quantidade de ar engolido e facilita a digestão;
  • beber água suficiente: a hidratação é essencial para manter o sistema digestivo funcionando bem. Beber água ajuda a evitar a constipação, que pode piorar o inchaço e a produção de gases;
  • evitar bebidas gaseificadas: refrigerantes, água com gás e outras bebidas carbonatadas contêm dióxido de carbono, o que pode aumentar a quantidade de gás no intestino e gerar desconforto;
  • suplementos de complexo B: o complexo B é fundamental para o bom funcionamento do sistema digestivo, ajudando na metabolização de nutrientes e na redução de sintomas como gases e inchaço. Segundo pesquisas, ele também auxilia na saúde do sistema nervoso, o que pode ajudar a reduzir o estresse, um fator que contribui para a produção de gases;
  • incluir prebióticos na dieta: os prebióticos são fibras que alimentam as bactérias boas do intestino, promovendo um equilíbrio saudável na flora intestinal. Estudos apontam que, ao melhorar a saúde intestinal, os prebióticos ajudam a reduzir a fermentação excessiva e a produção de gases malcheirosos. Por isso, é um ótimo remédio para gases fedidos;
  • observar o corpo e ajustar a dieta: cada pessoa tem uma tolerância diferente aos alimentos, e o que pode causar gases em uma pessoa pode não afetar outra da mesma forma. 

Adotar essas práticas pode fazer uma grande diferença na prevenção dos gases fedidos e no alívio do desconforto abdominal. Se os sintomas persistirem, é importante buscar a orientação de um médico ou nutricionista para entender como tratar gases quentes e fedidos.

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Quando procurar ajuda de um profissional?

Embora os gases sejam comuns, é importante estar atento a sinais que possam indicar problemas mais sérios. 

Se os gases forem persistentes e excessivos por várias semanas ou acompanhados de dor abdominal intensa, cólicas frequentes ou mudanças nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação, pode ser necessário procurar um médico. 

Outro sinal de alerta é a presença de sangue nas fezes ou no vômito, o que exige avaliação imediata. A perda de peso inexplicada, falta de apetite, náuseas persistentes, ou sintomas como febre e mal-estar também indicam a necessidade de buscar ajuda profissional. 

Além disso, se notar reações alérgicas a alimentos ou tiver um histórico de problemas digestivos, é importante consultar um médico para obter o diagnóstico correto e entender o que pode ser a causa por trás dos gases fedidos.

 

Compreender as causas e prevenir os gases fedidos pode melhorar significativamente o bem-estar e a qualidade de vida. Se os sintomas persistirem ou causarem desconforto excessivo, não hesite em procurar orientação médica para cuidar da sua saúde digestiva de forma adequada!

Foto de Joana Mazzochi Aguiar

Conteúdo criado por especialista:

Joana Mazzochi Aguiar

Nutricionista

Este artigo foi escrito por Joana Mazzochi Aguiar, nutricionista (CRN 10 – 10934), formada pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). É especialista em Atendimento Nutricional para Cirurgia Bariátrica e atualmente cursa pós-graduação em Saúde da Mulher e Estética pela VP – Centro de Nutrição Funcional, uma das instituições mais renomadas da área. Seu trabalho é guiado pelos princípios da nutrição funcional e do cuidado integral à saúde feminina.

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