Atualizado em 14 de Março de 2025
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

Flexitarianismo: o que é, benefícios, como fazer e cardápio


Essa abordagem alimentar vem conquistando cada vez mais adeptos por unir o melhor de dois mundos: a flexibilidade e os benefícios de uma dieta baseada em vegetais.
Seja para quem deseja reduzir o consumo de carne, adotar hábitos mais saudáveis ou contribuir para um planeta mais sustentável, o flexitarianismo pode ser a escolha ideal.
Neste artigo, vamos explorar o que é o flexitarianismo, seus benefícios, como começar e até mesmo sugestões de cardápio para inspirar sua jornada. Continue lendo e descubra como essa alimentação pode transformar sua rotina!
O que é o flexitarianismo?
O flexitarianismo é uma abordagem alimentar que combina os benefícios de uma dieta vegetariana com a flexibilidade de incluir carnes e outros produtos de origem animal de forma ocasional.
Ao contrário do vegetarianismo estrito, que elimina completamente esses alimentos, a alimentação flexitariana permite que você escolha com mais liberdade quando e como incluir carne em suas refeições.
A ideia central é priorizar alimentos à base de plantas, como vegetais, grãos, legumes e frutas, e reduzir o consumo de carne de maneira gradual.
Essa dieta oferece uma excelente alternativa para quem deseja melhorar a alimentação sem precisar abrir mão completamente das carnes, promovendo um estilo de vida mais equilibrado e sustentável.
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Benefícios do flexitarianismo
O flexitarianismo oferece uma série de benefícios tanto para a saúde quanto para o meio ambiente. Segundo estudos, alguns dos principais são:
1. Melhora na saúde cardiovascular
Ao reduzir o consumo de carnes vermelhas e processadas e aumentar a ingestão de alimentos à base de plantas, o flexitarianismo pode ajudar a diminuir o risco de doenças cardíacas. Alimentos vegetais são ricos em fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis, promovendo um coração mais saudável.
2. Auxílio no controle de peso
A dieta flexitariana tende a ser mais rica em alimentos nutritivos e com menor teor calórico, o que pode facilitar o controle do peso. Além disso, a redução do consumo de carnes processadas e gordurosas contribui para um corpo mais equilibrado.
3. Menor impacto ambiental
Ao diminuir o consumo de carne, especialmente de origem animal de grande impacto, como a carne vermelha, o flexitarianismo reduz a pegada de carbono, o uso de recursos naturais e a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
4. Redução do risco de doenças crônicas
A alimentação flexitariana, rica em vegetais, legumes e grãos integrais, está associada a uma redução no risco de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e certos tipos de câncer, devido ao seu alto teor de nutrientes e compostos bioativos benéficos.
5. Maior variedade e prazer alimentar
Por permitir a inclusão ocasional de carne, o flexitarianismo oferece a liberdade de experimentar uma grande variedade de alimentos e sabores. Ao mesmo tempo, promove a diversificação das fontes de proteína e nutrientes, sem precisar abrir mão do prazer de comer.
Como iniciar com o flexitarianismo?
Iniciar com o flexitarianismo pode ser uma escolha deliciosa e transformadora, e o melhor é que você não precisa fazer mudanças radicais de uma vez. A transição gradual é uma das chaves para o sucesso. Veja algumas dicas para começar:
Fazer a transição gradualmente
Para quem está acostumado a consumir carne em todas as refeições, é orientado que comece fazendo uma mudança gradual. Iniciar um ou dois dias da semana para reduzir o consumo de carne, como no Movimento Segunda Sem Carne e, com o tempo, é possível pode adicionar mais dias de refeições baseadas em vegetais.
Substituir carne por opções vegetais
Ao invés de carne, experimente substituí-la por proteína vegetal como lentilhas, grão-de-bico, feijão, tofu, tempeh, cogumelos e até alternativas vegetais como hambúrgueres de plantas. Além de saudáveis, essas opções oferecem uma boa dose de fibras, proteínas e nutrientes essenciais.
Diversificar suas fontes de proteínas
Experimentar novos grãos e legumes para garantir uma dieta rica e variada. Quinoa, arroz integral, chia, abóbora e espinafre são ótimas fontes de nutrientes e proteína vegetal. Adicionar nuts e sementes como amêndoas e chia também pode aumentar a quantidade de gorduras saudáveis na dieta.
Inclua mais vegetais e frutas
A base do flexitarianismo é aumentar o consumo de alimentos vegetais. Encontrar formas criativas de incluir mais vegetais e frutas nas refeições, como saladas, sopas, smoothies e pratos assados, é uma ótima opção
Suplementação de nutrientes essenciais
Embora a dieta flexitariana seja rica em muitos nutrientes, alguns micronutrientes podem ser mais difíceis de obter, especialmente se você estiver cortando carne com frequência. Segundo estudos, é importante considerar a suplementação de:
- ômega 3: as fontes vegetais de ômega 3, como as sementes de linhaça e as nozes, contêm ALA, que precisa ser convertido pelo corpo em EPA e DHA. Para garantir uma quantidade adequada desses ácidos graxos essenciais, um suplemento de ômega 3 à base de algas pode ser útil.
- Vitamina B12: essencial para o funcionamento do sistema nervoso e a formação de células sanguíneas, a vitamina B12 é encontrada principalmente em produtos de origem animal. Portanto, quem adota uma dieta flexitariana pode precisar de um suplemento de metilcobalamina, especialmente se o consumo de carne for muito reduzido.
- Magnésio: o magnésio é um mineral importante para a saúde óssea, função muscular e controle de glicose no sangue. Alimentos vegetais ricos em magnésio incluem amêndoas, espinafre e abacate, mas um suplemento pode ser recomendado caso não esteja sendo consumido em quantidades suficientes.
Como em qualquer mudança alimentar, o planejamento é essencial. Certifique-se de que suas refeições sejam equilibradas, incorporando uma variedade de alimentos integrais e ricos em nutrientes.
Isso ajudará a evitar deficiências nutricionais e a garantir que você está atendendo às suas necessidades diárias de proteínas, vitaminas e minerais.
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Alimentos que devem ser prioridade
Para adotar uma dieta flexitariana equilibrada e saudável, é importante dar prioridade a alimentos que sejam ricos em nutrientes e que proporcionem benefícios à saúde. Veja o que comer no flexitarianismo:
1. Vegetais
São a base do flexitarianismo. Espinafre, couve, brócolis, abóbora, cenoura e alface são ricos em vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras, ajudando a melhorar a digestão e fortalecer o sistema imunológico.
2. Leguminosas
Feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilhas são ótimas fontes de proteína vegetal e fibras. Elas ajudam a controlar o apetite, manter a saciedade e fornecem energia de liberação lenta, sendo essenciais para uma dieta equilibrada.
3. Grãos integrais
Opte por arroz integral, quinoa, aveia e cevada. Estes grãos são ricos em fibras e nutrientes como magnésio, ferro e vitaminas do complexo B. Eles ajudam a manter o nível de energia estável ao longo do dia e promovem a saúde digestiva.
4. Frutas
Frutas frescas, como maçãs, peras, bananas, laranjas, frutas vermelhas e abacaxi, devem ser consumidas regularmente. Elas são ricas em vitaminas, minerais e antioxidantes, que ajudam a proteger o organismo contra doenças e promovem uma pele saudável.
5. Sementes e nozes
Amêndoas, castanhas, sementes de abóbora, chia e linhaça são excelentes fontes saudáveis de alimentos com gordura boa, proteínas e micronutrientes, como ômega 3 e vitamina E, essenciais para a saúde do coração e do cérebro.
6. Alternativas vegetais de proteína
Alimentos como tofu, tempeh, seitan e proteína de ervilha são ótimas fontes de proteína vegetal, essenciais para o crescimento e reparo muscular.
Alimentos para consumir com moderação
Embora o flexitarianismo permita a inclusão ocasional de produtos de origem animal, alguns alimentos devem ser consumidos com moderação para garantir que a dieta seja equilibrada e saudável:
1. Carnes vermelhas
Embora não seja necessário eliminar completamente a carne vermelha, ela deve ser consumida com moderação. O consumo excessivo pode estar relacionado a problemas de saúde, como doenças cardíacas e aumento do risco de certos tipos de câncer.
2. Carnes processadas
Alimentos como salsichas, presunto, bacon e embutidos devem ser consumidos com moderação devido ao alto teor de sódio, gordura saturada e conservantes. O consumo excessivo pode aumentar o risco de hipertensão e doenças cardiovasculares.
3. Laticínios ricos em gordura
Embora os laticínios possam ser incluídos na dieta flexitariana, é melhor optar por versões com baixo teor de gordura, como leite desnatado e queijos com baixo teor de gordura, para evitar o consumo excessivo de gorduras saturadas.
4. Alimentos industrializados
Produtos processados, como bolos, biscoitos e fast food, devem ser consumidos com moderação. Eles são ricos em açúcares refinados, gorduras trans e sódio, o que pode prejudicar a saúde se consumidos em excesso.
Cardápio
Aqui, temos um exemplo de cardápio alinhado ao flexitarianismo. A partir dele, é possível ter uma ideia de como e uma alimentação mais voltada à redução do consumo de carne:
Refeição | cardápio |
---|---|
Café da manhã | Aveia com leite de amêndoas, banana fatiada, sementes de chia e mel. |
Lanche da manhã | Maçã e um punhado de nozes. |
Almoço | Salada de folhas verdes, grão-de-bico, quinoa, cenoura ralada, abacate e molho de tahine. |
Lanche da tarde | Iogurte natural com frutas vermelhas e uma colher de sementes de abóbora. |
Jantar | Tofu grelhado com brócolis, cogumelos e arroz integral. |
Sobremesa | Frutas da estação ou um pedaço pequeno de chocolate amargo. |
Adotar o flexitarianismo é uma maneira prática e saborosa de melhorar a saúde, reduzir o impacto ambiental e aumentar a diversidade alimentar. Com uma transição gradual e escolhas equilibradas, essa dieta oferece os benefícios de uma alimentação baseada em vegetais, sem abrir mão da flexibilidade.
Referências
- Finding flexitarians: Current studies on meat eaters and meat reducers - ScienceDirect
- Position paper on vegetarian diets from the working group of the Italian Society of Human Nutrition - PubMed
- The Impacts of Dietary Change on Greenhouse Gas Emissions, Land Use, Water Use, and Health: A Systematic Review - PMC
- [Are vegetarian diets nutritionally adequate? A revision of the scientific evidence] - PubMed
- How prevalent is vitamin B(12) deficiency among vegetarians? - PubMed
- Alpha-Linolenic and Linoleic Fatty Acids in the Vegan Diet: Do They Require Dietary Reference Intake/Adequate Intake Special Consideration? - PMC
Texto escrito por Thais Montin:
Jornalista formada pela Unisinos e estudante de psicologia na Rogue College. Trabalha com comunicação digital desde 2013, escrevendo sobre saúde, bem-estar, moda e muito mais.
Revisado por Joana Mazzochi:
Formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.