Atualizado em 18 de Março de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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10 Sintomas de labirintite e saiba como aliviar

sintomas de labirintite

Você já sentiu tonturas intensas, uma sensação de desequilíbrio ou um incômodo persistente no ouvido e ficou se perguntando o que poderia estar acontecendo? Esses podem ser sinais de labirintite, uma condição que afeta muitas pessoas, mas que ainda é cercada de dúvidas e desinformação. Por isso, é essencial compreender o que é labirintite por meio de seus sintomas.

Neste artigo, você conhecerá os 10 sintomas mais comuns da labirintite e aprenderá a identificá-los antes que se tornem um problema mais sério. Continue lendo para descobrir tudo o que precisa saber sobre essa condição e como ela pode afetar sua saúde e bem-estar. 

Será que o seu corpo está tentando enviar algum alerta? Vamos explorar juntos!

10 sintomas de labirintite

A labirintite é uma condição que afeta o ouvido interno e pode causar sintomas intensos e desconfortáveis, incluindo:

1. Vertigem

A vertigem é o sintoma mais característico da labirintite. Ela provoca a sensação de que o ambiente ao redor está girando ou de que o próprio corpo está em movimento, mesmo quando está parado. Essa "vertigem rotatória clássica" pode ser desencadeada por movimentos bruscos da cabeça, aumentando a intensidade do desconforto.

2. Tontura

Diferente da vertigem, a tontura se manifesta como uma sensação de desequilíbrio ou instabilidade. Muitas pessoas relatam sentir como se estivessem pisando em algo instável ou prestes a cair. Essa desorientação espacial pode dificultar tarefas simples, como caminhar ou ficar de pé.

3. Náuseas e vômitos

A combinação de vertigem e tontura frequentemente causa náuseas, que, em casos mais graves, podem levar a episódios de vômito. Esse sintoma é comum durante crises agudas de labirintite e pode ser debilitante para o paciente.

4. Zumbido no ouvido

O zumbido é descrito como um som contínuo, como apitos ou chiados, sem uma fonte sonora externa. Esse sintoma pode vir acompanhado de sensação de abafamento no ouvido, conhecida como plenitude auricular.

5. Perda de audição

A audição reduzida ou a perda parcial em um dos ouvidos é um sinal frequente da labirintite. Muitas vezes, os pacientes têm dificuldade para compreender diálogos ou notar sons sutis que antes eram percebidos com facilidade.

6. Movimentos oculares involuntários (nistagmo)

O nistagmo é caracterizado por movimentos rápidos e involuntários dos olhos, geralmente associados à vertigem. Esses movimentos são causados pela disfunção do labirinto e podem dificultar o foco visual.

7. Sudorese excessiva

Durante os episódios de vertigem e náuseas, é comum que o corpo reaja com sudorese intensa, frequentemente descrita como "suor frio". Esse sintoma é uma resposta natural do organismo à sensação de desconforto.

8. Alterações no equilíbrio

A dificuldade de manter o equilíbrio é outro sintoma marcante. Pacientes com labirintite podem sentir-se instáveis ao caminhar, aumentando o risco de quedas.

9. Dor de cabeça

Sim - labirintite pode dar dor de cabeça. Embora menos comum, algumas pessoas relatam dores de cabeça durante ou após crises de labirintite, especialmente quando os episódios são prolongados.

10. Pressão nos ouvidos

A sensação de pressão ou de algo bloqueando o ouvido é um sintoma de labirintite que pode surgir junto ao zumbido e à perda auditiva.

Quando procurar ajuda médica?

Se você apresentar sintomas, como tontura, vertigem, zumbido ou perda de audição, é essencial buscar orientação médica. Casos mais graves, como desmaios, convulsões, fala arrastada, febre alta, fraqueza ou visão dupla, exigem atendimento médico imediato.

Reconhecer os sinais da labirintite é fundamental para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Ao notar os sintomas descritos, procure um especialista para avaliar sua condição.

Os principais tipos de labirintite e suas causas

A labirintite pode se manifestar de formas diferentes, dependendo de sua causa. Veja os tipos mais comuns:

Labirintite viral

Esta é a forma mais frequente, desencadeada por infecções virais, como gripes e resfriados. Os sintomas incluem vertigem, náuseas e desequilíbrio, que podem durar de alguns dias a semanas. Embora desconfortáveis, esses sintomas geralmente se resolvem com repouso e o tratamento indicado por um médico.

Labirintite bacteriana

Mais rara e potencialmente grave, a labirintite bacteriana está associada a infecções no ouvido médio que não foram tratadas adequadamente. Quando a bactéria atinge o labirinto, pode causar sintomas intensos e até levar à perda auditiva permanente. A intervenção médica rápida é crucial para evitar complicações.

Labirintite traumática

Causada por lesões ou impactos na cabeça, a labirintite traumática ocorre quando o labirinto é danificado. Os sintomas incluem vertigem, alterações no equilíbrio e, em alguns casos, perda auditiva. O tratamento depende do tipo e da gravidade do trauma, sendo fundamental tratar a causa subjacente.

Labirintite alérgica

Reações alérgicas podem inflamar o ouvido interno, levando a sintomas temporários, como desequilíbrio, zumbido e desconforto auditivo. Embora menos comum, essa forma de labirintite pode ser aliviada com o controle da alergia e medidas preventivas.

Labirintite nervosa

Também conhecida como labirintopatia emocional, é desencadeada por fatores emocionais, como estresse, ansiedade ou crises de pânico. Nesses casos, não há inflamação no ouvido interno, mas sim uma resposta do sistema nervoso, o que faz com que os sintomas de labirintite nervosa sejam similares aos das outras formas, como tontura, vertigem e sensação de desequilíbrio.

O tratamento envolve a redução dos fatores de estresse e, muitas vezes, o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico para controlar a ansiedade e melhorar a qualidade de vida.

Como confirmar o diagnóstico?

Nem toda tontura ou vertigem está relacionada à labirintite. Para confirmar o diagnóstico de crise de labirintite, uma avaliação médica completa é essencial. Confira as etapas e exames necessários para esclarecer a condição:

1. Avaliação clínica detalhada

A consulta médica é o primeiro passo. O especialista coleta informações sobre os sintomas, como:

  • frequência e intensidade da tontura ou vertigem;
  • presença de sinais auditivos, como zumbido ou perda de audição;
  • sintomas associados, como náuseas, vômitos, desequilíbrio ou sudorese.

O médico também investigará possíveis fatores desencadeantes, como infecções recentes, traumas ou uso de medicamentos.

2. Diagnóstico diferencial

Muitos problemas de saúde apresentam sintomas semelhantes aos da labirintite, o que torna o diagnóstico diferencial fundamental. Entre as condições a serem descartadas estão:

  • hipoglicemia e diabetes: desequilíbrios de açúcar no sangue podem causar tonturas;
  • hipertensão arterial: picos ou quedas de pressão podem gerar sintomas parecidos;
  • síndrome de Ménière: embora compartilhe sintomas com a labirintite, trata-se de uma doença crônica distinta;
  • esclerose múltipla: essa condição neurológica pode apresentar vertigem entre seus sintomas iniciais;
  • tumores no nervo auditivo ou cerebelo: embora raros, podem afetar o equilíbrio e a audição;
  • cinetose (doença do movimento): diferente da labirintite, é desencadeada por movimentos repetitivos;
  • uso de medicamentos ototóxicos: algumas substâncias podem afetar o ouvido interno.

3. Exames otoneurológicos

Exames específicos ajudam a avaliar a função do ouvido interno e o sistema nervoso central, como:

  • testes vestibulares: analisam o equilíbrio e a resposta do labirinto;
  • audiometria: mede a capacidade auditiva para detectar possíveis perdas de audição;
  • nistagmografia: avalia os movimentos oculares involuntários (nistagmo) relacionados ao sistema vestibular.

4. Exames de imagem

Quando necessário, exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética são realizados para excluir condições mais graves, como tumores ou lesões cerebrais.

5. Exames laboratoriais

Exames de sangue podem ser solicitados para investigar causas metabólicas ou infecciosas, como:

  • diabetes e hipoglicemia;
  • infecções virais ou bacterianas;
  • distúrbios imunológicos.

Como faço para saber se tenho labirintite?

A melhor forma de confirmar se seus sintomas de crise de labirintite são realmente causados pela condição é consultar um médico otorrinolaringologista ou neurologista.

Aproveite e veja também

Como aliviar os sintomas da labirintite?

Se diagnosticada, o médico vai passar o melhor tratamento para labirintite. No entanto, existem algumas medidas que você pode adotar para aliviar os sintomas durante as crises e melhorar sua qualidade de vida. Confira as principais dicas e veja o que fazer para diminuir a crise de labirintite.

1. Descanse adequadamente

Durante as crises, o repouso é essencial. Evite movimentos bruscos ou que exijam esforço físico, pois podem intensificar a vertigem e o desequilíbrio. Deitar-se em um local tranquilo e escuro pode ajudar a aliviar os sintomas.

2. Hidrate-se bem

Manter-se hidratado é fundamental para o funcionamento do corpo e pode ajudar a reduzir o desconforto. Consuma bastante água ao longo do dia, especialmente durante crises, evitando bebidas alcoólicas ou cafeinadas, que podem agravar os sintomas.

3. Faça movimentos lentamente

Movimentos rápidos ou bruscos da cabeça podem desencadear ou intensificar as crises. Ao se levantar ou mudar de posição, faça-o de forma lenta e controlada para evitar tonturas e vertigens.

4. Consuma refeições leves e regulares

Manter uma alimentação equilibrada e evitar longos intervalos entre as refeições é importante para estabilizar os níveis de glicose no sangue, prevenindo possíveis sintomas relacionados à tontura.

5. Use compressas frias ou quentes

Entre o que é bom para labirintite, está aplicar compressas frias ou mornas na região ao redor do ouvido. Isso pode ajudar a trazer alívio temporário.

6. Pratique técnicas de relaxamento

O estresse e a ansiedade podem agravar os sintomas da labirintite. Técnicas, como meditação, respiração profunda ou ioga ajudam a relaxar o sistema nervoso, contribuindo para a diminuição dos sintomas.

7. Evite estímulos que agravam os sintomas

Durante as crises, evite ambientes barulhentos, iluminação forte ou o uso excessivo de telas (como celulares e televisores), pois esses estímulos podem piorar os sintomas de tontura e náusea.

8. Medicamentos e orientação médica

Caso os sintomas sejam intensos, procure um médico. Ele poderá prescrever os melhores remédio para labirintite, como antivertiginosos ou antieméticos, para aliviar tonturas e náuseas. Nunca se automedique sem orientação profissional.

9. Fisioterapia vestibular

Se as crises forem recorrentes, considere procurar um fisioterapeuta especializado em reabilitação vestibular. Esse tratamento pode ajudar a melhorar o equilíbrio e reduzir a frequência das crises.

10. Mantenha um estilo de vida saudável

Evitar álcool, tabaco e excesso de cafeína, além de manter uma rotina de sono adequada e praticar atividades físicas moderadas, contribui para a prevenção de novas crises e para a saúde geral do sistema vestibular.

11. Cogite a suplementação

Embora não exista uma relação direta comprovada entre a falta de vitamina B12 e a labirintite, sua falta pode causar sintomas neurológicos que incluem tontura, desequilíbrio e outros sinais semelhantes aos da condição.

A vitamina B12 é essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso, e sua deficiência pode levar à neuropatia periférica, manifestada por formigamento, fraqueza muscular e dificuldades de equilíbrio. Dessa forma, manter níveis adequados de vitamina B12 é fundamental para a saúde neurológica geral.

Já a vitamina D possui um papel significativo na saúde do sistema vestibular, que é responsável pelo equilíbrio do corpo. Pesquisas sugerem que níveis insuficientes de vitamina D estão relacionados a crises recorrentes de tontura e vertigem, sintomas frequentemente associados a distúrbios do labirinto.

Por isso, garantir níveis adequados dessa vitamina pode ser uma estratégia eficaz para reduzir esses episódios e promover o equilíbrio corporal. Consulte um nutricionista para conversar mais sobre!

 

Com essas dicas, você pode aliviar os sintomas da labirintite de forma mais eficaz e recuperar o bem-estar. Se os sintomas persistirem, não hesite em buscar orientação médica para um diagnóstico e tratamento adequados.

Como prevenir as crises?

Manter uma rotina saudável e adotar hábitos que promovam o bem-estar geral são essenciais para evitar as crises de labirintite. Saiba o que é bom para labirintite e como essas práticas podem melhorar sua qualidade de vida.

1. Cuide da alimentação

Uma dieta equilibrada é fundamental para prevenir crises. Algumas dicas importantes:

  • evite longos intervalos entre refeições para evitar quedas de glicose, que podem desencadear tonturas;
  • prefira alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras;
  • reduza o consumo de sal para evitar retenção de líquidos, que pode afetar o ouvido interno;
  • evite alimentos ultraprocessados e bebidas gaseificadas, especialmente aquelas que contêm quinino, como a água tônica.

2. Hidrate-se adequadamente

Manter-se hidratado é crucial para o funcionamento do organismo. Consuma, pelo menos, 2 litros de água por dia e evite bebidas alcoólicas ou com cafeína em excesso, que podem desidratar o corpo e piorar os sintomas.

3. Pratique atividades físicas

Exercícios físicos regulares ajudam a melhorar a circulação sanguínea e o equilíbrio corporal, fatores que beneficiam o sistema vestibular. Escolha atividades de baixo impacto, como caminhada, ioga ou pilates, e pratique pelo menos 30 minutos por dia.

4. Controle o estresse e a ansiedade

Altos níveis de estresse podem intensificar os sintomas de labirintite. Técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness ou terapia, podem ajudar a manter a saúde mental em dia e prevenir crises.

5. Evite substâncias prejudiciais

Alguns hábitos devem ser evitados para reduzir os riscos de crises:

  • não fume, pois o tabaco afeta a circulação e pode agravar problemas no ouvido interno;
  • modere o consumo de álcool, que pode desencadear sintomas em pessoas com predisposição.

6. Monitore a saúde metabólica

Condições, como diabetes, hipertensão e colesterol alto, estão associadas à labirintite. Realize exames médicos regulares para manter esses fatores sob controle e, se necessário, ajuste seu estilo de vida ou medicação.

7. Priorize o sono de qualidade

Dormir bem é essencial para evitar crises de labirintite. Procure dormir de 7 a 9 horas por noite e mantenha uma rotina consistente de horários para acordar e dormir.

8. Evite movimentos que desencadeiam crises

Identifique e evite movimentos bruscos ou posições que provoquem tontura ou vertigem. Durante crises, procure descansar e evitar atividades que possam colocar sua segurança em risco, como dirigir.

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.