Dieta tireoidite de Hashimoto: o que comer e o que evitar

A tireoidite de Hashimoto é uma condição autoimune que afeta a tireoide e pode gerar uma série de desafios relacionados à alimentação e ao bem-estar. Sabia que uma dieta adequada pode ajudar a controlar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida de quem vive com essa doença? 

Neste artigo, serão explorados os alimentos recomendados e os que devem ser evitados, ajudando a criar uma dieta para Hashimoto, mais equilibrada e benéfica para quem tem o problema. 

Continue lendo para entender como a escolha certa de alimentos pode impactar positivamente a saúde da tireoide!

A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune crônica, na qual o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando à inflamação e, frequentemente, à redução de sua função.

Como resultado, a tireoide não consegue produzir hormônios suficientes, o que pode levar a sintomas como fadiga, ganho de peso, depressão e alterações no metabolismo. 

Esta condição é uma das causas mais comuns de hipotireoidismo e pode afetar pessoas de qualquer idade, embora seja mais prevalente em mulheres. 

O tratamento geralmente envolve reposição hormonal, mas a alimentação também desempenha um papel importante no manejo dos sintomas e na promoção da saúde da tireoide.

A alimentação desempenha um papel fundamental no controle da inflamação e no funcionamento da tireoide em pessoas com tireoidite de Hashimoto. Certos alimentos podem agravar a inflamação da glândula, enquanto outros ajudam a equilibrar o sistema imunológico e a promover a saúde da tireoide. 

Por exemplo, uma alimentação rica em antioxidantes, ácidos graxos essenciais e micronutrientes pode ser benéfica como uma dieta para tireoidite de Hashimoto. Enquanto isso, alimentos inflamatórios, como os ricos em glúten e produtos processados, podem exacerbar os sintomas e a progressão da doença. 

Além disso, a deficiência de iodo e selênio pode afetar negativamente a produção hormonal da tireoide, tornando essencial o acompanhamento nutricional para um manejo mais eficaz da condição.

Para quem tem tireoidite de Hashimoto, alguns nutrientes desempenham um papel crucial no apoio à função da tireoide e na redução da inflamação.

Uma dieta balanceada, rica nesses nutrientes, pode ser benéfica para a saúde da tireoide e ajudar no controle dos sintomas.

Existem diversos alimentos que podem ser benéficos para quem tem tireoidite de Hashimoto, pois ajudam a reduzir a inflamação e a fornecer os nutrientes essenciais para a função da tireoide. Entre os mais indicados, estão:

Alimentos como berries (morango, mirtilo), espinafre, couve e brócolis são ricos em antioxidantes, que ajudam a combater a inflamação e a proteger a glândula tireoide.

Alimentos como castanhas-do-pará, sementes de girassol e cogumelos fornecem selênio, um mineral importante para o funcionamento adequado da tireoide.

Peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, assim como sementes de chia e linhaça, são ricos em ômega 3, que têm propriedades anti-inflamatórias.

Alimentos como carne magra, frutos do mar, feijão e nozes são ricos em zinco, mineral essencial para a produção dos hormônios tireoidianos.

Peixes, como salmão e sardinha, ovos e alimentos fortificados são boas fontes de vitamina D, que ajuda a regular o sistema imunológico.

Incorporar esses alimentos à dieta para quem tem Hashimoto pode ajudar a reduzir os sintomas e promover o bem-estar geral.

Existem alguns alimentos que inflamam a tireoide de Hashimoto, agravando a condição. Entre eles, estão:

Estudos sugerem que o glúten pode piorar os sintomas de quem tem tireoidite de Hashimoto, especialmente em pessoas com sensibilidade ao glúten ou doença celíaca. Por isso, alimentos como trigo, centeio e cevada devem ser consumidos com cautela.

A soja contém isoflavonas, compostos que podem interferir na produção de hormônios tireoidianos, especialmente em grandes quantidades. Alimentos como tofu, leite de soja e edamame devem ser limitados.

Alimentos ricos em açúcares adicionados, farinhas refinadas e conservantes podem aumentar a inflamação no corpo. Evitar alimentos como fast food, bolos industrializados e refrigerantes pode ajudar a controlar a inflamação.

Embora vegetais como brócolis, couve e couve-flor sejam saudáveis, em grandes quantidades e consumidos crus, eles podem interferir na função da tireoide, pois contêm goitrogênios, substâncias que dificultam a absorção de iodo. Cozinhar esses vegetais diminui esse efeito.

Alimentos como frituras, biscoitos recheados e alimentos processados aumentam a inflamação no corpo e podem contribuir para o ganho de peso, um sintoma comum em quem tem hipotireoidismo.

Evitar esses alimentos pode ajudar a reduzir a inflamação e apoiar a função saudável da tireoide.

Aqui está um modelo de cardápio para a dieta de Tireoidite de Hashimoto, em formato de tabela. Ele é balanceado, com alimentos ricos em nutrientes essenciais e com foco na redução da inflamação:

Esse cardápio é apenas um modelo de alimentação para Hashimoto e pode ser ajustado conforme as preferências pessoais e necessidades específicas. 

Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária para preencher lacunas nutricionais e apoiar a função tireoidiana em pessoas com tireoidite de Hashimoto. A seguir, estão os suplementos mais comuns e suas funções:

O magnésio é essencial para a saúde muscular e nervosa, além de ajudar no controle do estresse e da inflamação. Segundo pesquisas, pessoas com tireoidite de Hashimoto podem ter níveis mais baixos de magnésio, o que pode afetar a qualidade do sono e a função muscular. 

A suplementação pode ser indicada, especialmente se houver sinais de deficiência, como cãibras musculares ou insônia.

Os ácidos graxos ômega 3, encontrados principalmente em peixes gordurosos, ajudam a reduzir a inflamação no corpo. Como a tireoidite de Hashimoto é uma condição inflamatória, estudos indicaram que a suplementação de ômega-3 pode ser benéfica para melhorar a resposta imunológica e diminuir a inflamação da glândula tireoide.

Pesquisas mostram que a deficiência de vitamina B12 é comum em pessoas com doenças autoimunes, incluindo a tireoidite de Hashimoto. A vitamina B12 é importante para a produção de energia e o funcionamento do sistema nervoso. 

Caso haja cansaço excessivo, dificuldade de concentração ou outros sinais de deficiência, a suplementação pode ser recomendada.

A vitamina D desempenha um papel importante na regulação do sistema imunológico. Estudos apontam que baixos níveis de vitamina D têm sido associados a doenças autoimunes, incluindo a tireoidite de Hashimoto. 

A suplementação é especialmente importante para aqueles que não têm exposição solar suficiente ou cujos níveis estão abaixo do ideal.

Pesquisas indicam que o NAC é um antioxidante que pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de apoiar a função hepática e desintoxicação. Em pessoas com Hashimoto, o NAC pode ser útil para reduzir a carga inflamatória e melhorar a saúde geral.

Antes de iniciar qualquer suplementação, é fundamental consultar um profissional de saúde para avaliar as necessidades individuais e evitar o uso excessivo de qualquer suplemento. Eles podem orientar a dosagem adequada, garantindo que a suplementação seja benéfica e segura.

Adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes pode fazer a diferença no manejo da tireoidite de Hashimoto, ajudando a reduzir a inflamação e a melhorar o bem-estar. Além disso, a suplementação adequada pode contribuir para suprir possíveis deficiências nutricionais. 

Consultar um profissional de saúde é essencial para desenvolver um plano alimentar personalizado e garantir que as escolhas feitas sejam as mais benéficas para a saúde da tireoide!