Atualizado em Dezembro de 2024

Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

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Treinar em jejum faz mal? Saiba as vantagens e desvantagens

Treinar em jejum é uma prática cada vez mais comum entre aqueles que buscam resultados rápidos na academia, mas será que ela realmente traz benefícios ou pode fazer mal à saúde?

Embora alguns defendam essa abordagem como uma forma de otimizar a queima de gordura, outros alertam para os riscos que ela pode oferecer ao organismo. 

Neste artigo, vamos explorar as vantagens e desvantagens do treino em jejum para que você possa tomar decisões mais informadas sobre sua rotina de exercícios. Venha entender!

O que é treinar em jejum?

Treinar em jejum significa realizar atividades físicas sem ter se alimentado antes, ou seja, com o estômago vazio. A ideia por trás dessa prática é que o corpo, ao não ter glicose disponível dos alimentos, passa a utilizar a gordura como fonte de energia. 

Existem diferentes abordagens de jejum relacionadas ao treino:

  • jejum intermitente: essa é a abordagem mais comum e envolve períodos alternados de alimentação e jejum. Um dos métodos mais conhecidos é o 16/8, onde você jejua por 16 horas e se alimenta durante uma janela de 8 horas;
  • jejum prolongado: este tipo de jejum vai além do jejum intermitente e pode durar 24 horas ou mais. Normalmente, é menos recomendado para treinos intensos, já que a falta de nutrientes pode afetar o desempenho.

Cada abordagem tem suas particularidades e é importante considerar os objetivos individuais, a intensidade do treino e a resposta do corpo antes de adotar qualquer prática de jejum.

Vantagens de treinar em jejum

Afinal, é bom treinar em jejum? Alguns dos principais benefícios de treinar em jejum englobam:

  • melhora na sensibilidade à insulina: treinar em jejum pode melhorar a resposta do corpo à insulina, ajudando a regular os níveis de açúcar no sangue e prevenindo picos de insulina que podem dificultar a queima de gordura;
  • aumento da produção de hormônio de crescimento (GH): o jejum pode estimular a liberação do hormônio de crescimento, o que é benéfico para a queima de gordura e o aumento de massa muscular. Ou seja: é possível treinar em jejum para hipertrofia muscular;
  • maior foco e energia: algumas pessoas relatam maior clareza mental e concentração ao treinar em jejum, já que o corpo está em um estado de alerta devido à falta de alimentos.

Essas vantagens, no entanto, podem variar de pessoa para pessoa, dependendo do tipo de exercício, intensidade e adaptação ao jejum.

Desvantagens de treinar em jejum

Embora tenha benefícios, a prática também pode trazer alguns efeitos negativos. Os principais incluem:

  • redução de desempenho: a falta de glicose disponível pode causar queda de desempenho físico, principalmente em exercícios de alta intensidade, resultando em fadiga precoce e menor capacidade de força;
  • maior risco de hipoglicemia: treinar em jejum pode aumentar o risco de hipoglicemia (queda brusca de açúcar no sangue), causando tontura, fraqueza, e até desmaios, especialmente para quem não está acostumado com essa prática;
  • possível aumento do cortisol: a falta de alimento antes do treino pode elevar os níveis de cortisol (hormônio do estresse), o que, a longo prazo, pode afetar a recuperação muscular e dificultar a perda de gordura.

Treinar em jejum pode ser arriscado para certos perfis e deve ser avaliado com cautela para evitar prejuízos à saúde e ao desempenho.

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Afinal, treinar em jejum emagrece?

Treinar em jejum pode, sim, ajudar no emagrecimento, pois o corpo tende a utilizar a gordura como fonte de energia devido à baixa disponibilidade de glicose. Isso pode acelerar a quebra de gordura no corpo, favorecendo a perda de peso. 

No entanto, é importante lembrar que essa gordura quebrada, se for reposta via alimentação, não “sairá” do corpo. Ou seja, o processo de emagrecimento não se trata apenas de quebrar gordura com o treino, mas de eliminá-la através de uma dieta para emagrecimento.

Logo, não basta treinar em jejum para emagrecer, é preciso uma dieta associada. Ademais, treinar em jejum não emagrece mais do que treinar alimentado, portanto, para aqueles que não se adaptam a essa estratégia, não há problema em consumir alimentos antes do treino, mesmo quando o objetivo é emagrecimento.

Por isso, treinar em jejum é uma estratégia válida para algumas pessoas, mas deve ser adaptada ao perfil e aos objetivos de cada um, para evitar perda de massa muscular e garantir resultados sustentáveis.

Como treinar em jejum de forma segura?

Para treinar em jejum com segurança, é essencial adotar algumas estratégias. Primeiro, manter-se bem hidratado antes, durante e após o treino, pois a hidratação é fundamental para a performance e evita quedas bruscas de energia. Se necessário, adicionar eletrólitos para melhorar a reposição de sais minerais pode ser interessante.

Suplementar com creatina pode ser uma boa escolha para manter o desempenho e reduzir o risco de perda de massa muscular, já que, segundo estudos, a creatina ajuda na recuperação e força muscular. 

Outra dica é usar um pré treino sem calorias, que fornece uma dose extra de energia. Pesquisas apontam que eles podem melhorar a resistência sem interferir no jejum.

Começar com treinos de menor intensidade e aumentar gradualmente, respeitando os sinais do corpo, é uma ótima forma de evitar tonturas ou fraqueza devido ao jejum. 

Por fim, é recomendado consultar um nutricionista ou profissional da saúde para adaptar a estratégia ao seu perfil e garantir que treinar em jejum se encaixa aos objetivos e limitações.

Com as dicas certas e atenção aos sinais do corpo, você pode treinar em jejum de forma segura e eficaz. Lembre-se de que cada organismo responde de maneira diferente, então adapte a prática às suas necessidades e objetivos.

Texto escrito por Thais Montin:
Jornalista formada pela Unisinos e estudante de psicologia na Rogue College. Trabalha com comunicação digital desde 2013, escrevendo sobre saúde, bem-estar, moda e muito mais.

 

Revisado por Joana Mazzochi:
Formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

Criado em 16 de Dezembro de 2024

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