Sede excessiva: causas, sintomas, diagnóstico e tratamentos
A sede excessiva, conhecida tecnicamente como polidipsia, é uma condição que pode sinalizar diversas questões de saúde, desde simples desidratação até doenças mais graves, como a diabetes.
Sentir sede é uma resposta natural do corpo para equilibrar os níveis de fluidos, mas quando ela se torna constante e insaciável, pode indicar que algo não está funcionando corretamente no organismo.
Este artigo explora as possíveis causas da sede excessiva, os sintomas associados, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos disponíveis, fornecendo um guia completo para entender essa condição e como lidar com ela.
O que é o excesso de sede?
Sede em excesso, também chamada de polidipsia, é a sensação intensa de sede que pode estar relacionada a uma variedade de fatores, desde situações corriqueiras até condições médicas mais sérias.
Enquanto é normal sentir mais sede em dias quentes, durante exercícios físicos intensos ou após a ingestão de alimentos salgados, uma sede persistente e inexplicável pode ser um sinal de desidratação ou de doenças subjacentes, como diabetes ou distúrbios psiquiátricos.
A polidipsia, em particular, pode ser desencadeada por diferentes causas. Por exemplo, a polidipsia compensatória ocorre quando há uma alteração no hormônio antidiurético, levando à eliminação excessiva de urina e, consequentemente, ao aumento da sede. Já a polidipsia psicogênica está associada a transtornos mentais, onde o indivíduo sente uma necessidade exagerada de beber água, muitas vezes sem uma causa física aparente.
Além disso, certos medicamentos, como diuréticos e corticoides, podem induzir sede excessiva e desidratação ao aumentar a frequência urinária.
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O que causa sede excessiva?
Entre as causas comuns da sede excessiva existem diversos fatores, que variam desde condições ambientais até problemas de saúde. Abaixo, listamos as principais causas do que pode levar a uma sede aumentada:
- alimentos salgados: consumir alimentos ricos em sódio pode aumentar a sede, pois o corpo necessita de mais água para balancear o excesso de sal;
- atividade física intensa: exercícios vigorosos fazem o corpo perder líquidos através do suor, o que aumenta a necessidade de reposição hídrica e, consequentemente, a sede;
- condições climáticas: ambientes muito quentes ou a exposição prolongada ao Sol aumentam a produção de suor, levando o corpo a exigir mais líquidos para manter a hidratação;
- desidratação: a falta de ingestão adequada de água ao longo do dia pode causar desidratação, manifestada por sede intensa, boca seca e fadiga;
- diabetes mellitus: uma das primeiras indicações de diabetes é a sede excessiva, causada pela alta concentração de açúcar no sangue, o que leva o corpo a buscar mais água para diluir os níveis elevados de glicose;
- diabetes insipidus: esta condição rara ocorre quando há uma deficiência na produção ou ação do hormônio antidiurético (ADH), resultando em maior produção de urina e aumento da sede;
- gravidez: durante a gestação, especialmente no terceiro trimestre, o corpo da mulher exige mais líquidos para manter a circulação sanguínea e o líquido amniótico, aumentando a sede;
- vômitos e diarreia: esses sintomas causam perda significativa de líquidos, o que faz com que o corpo aumente a sede para evitar a desidratação;
- uso de medicamentos: diuréticos, lítio e antipsicóticos, por exemplo, podem ter como efeito colateral o aumento da sede;
- doenças psiquiátricas: condições, como esquizofrenia e transtorno bipolar, podem levar a uma sede excessiva, conhecida como polidipsia psicogênica;
- consumo excessivo de álcool: beber álcool em excesso inibe o hormônio que retém líquidos nos rins, aumentando a produção de urina e causando desidratação, que se manifesta como sede intensa;
- tabagismo: o hábito de fumar pode ressecar as mucosas e agravar problemas respiratórios, o que aumenta a sede;
- hemorragia: perda de sangue em grande quantidade, seja por acidentes ou outras causas, pode levar à sede excessiva devido à necessidade do corpo de manter o volume sanguíneo adequado;
- alterações hormonais: problemas na glândula hipófise ou alterações no hormônio antidiurético podem resultar em maior eliminação de urina, forçando o corpo a aumentar a ingestão de água.
Sintomas da sede excessiva
A sede excessiva é frequentemente acompanhada por uma série de sintomas que podem indicar desidratação ou outras condições subjacentes. Esses sintomas estão interligados e podem fornecer pistas importantes sobre o estado de saúde de uma pessoa.
Abaixo, listamos os principais sintomas que podem estar correlacionados com a sede excessiva:
- boca seca: sede excessiva e boca seca, quando associadas, recebem o nome de xerostomia, que é causada por falta de saliva e pode resultar em desconforto, dificuldade para engolir e, até, mau hálito;
- fadiga: a desidratação resultante da sede excessiva pode levar a sintomas de fadiga como uma sensação de cansaço extremo que compromete a energia e a capacidade de realizar tarefas diárias;
- dor de cabeça: a falta de líquidos no organismo pode causar dores de cabeça, que, muitas vezes, são intensificadas em casos de desidratação severa;
- tontura: a sede excessiva também pode estar associada à tontura, especialmente quando há uma queda na pressão arterial devido à desidratação;
- desorientação mental: a desidratação pode afetar a função cerebral, levando a confusão mental, falta de concentração e desorientação;
- náusea e vômito: quando a desidratação é mais grave, pode ocorrer náusea e vômito, agravando ainda mais a perda de líquidos e eletrólitos;
- tremores: em alguns casos, a desidratação pode causar tremores, um sintoma que reflete o desequilíbrio dos eletrólitos no corpo;
- aumento da frequência urinária: a sede excessiva pode estar associada à necessidade frequente de urinar, especialmente em condições, como diabetes mellitus e diabetes insipidus;
- urina concentrada: a desidratação leva a uma urina mais escura e concentrada, o que é um sinal claro de que o corpo precisa de mais líquidos.
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Como é feito o diagnóstico?
Se a sede excessiva for recorrente ou acompanhada de sintomas, como dor de cabeça, cansaço, vômitos ou aumento na produção de urina, é fundamental procurar orientação médica.
O clínico geral poderá realizar uma avaliação inicial, que pode incluir a análise da cor da urina, para determinar se há desidratação ou outras condições subjacentes.
Além disso, exames laboratoriais, como testes de sangue e urina, podem ser solicitados para verificar níveis de glicose, eletrólitos, função renal, entre outros. Dependendo dos resultados, o médico poderá encaminhar o paciente para um especialista, como um endocrinologista ou nefrologista, para um diagnóstico mais detalhado e tratamento específico.
Tratamento
O tratamento para a sede excessiva depende diretamente da causa subjacente identificada no diagnóstico. Para casos de desidratação, o tratamento mais comum é aumentar a ingestão de líquidos, como água ou soluções de reidratação oral, que ajudam a restaurar o equilíbrio de eletrólitos no organismo.
Quando a sede excessiva é causada por diabetes mellitus, o controle dos níveis de glicose no sangue é essencial e pode incluir o uso de medicamentos, insulina e ajustes na dieta.
Em situações de diabetes insipidus, onde o corpo não produz ou responde adequadamente ao hormônio antidiurético, o tratamento pode envolver o uso de hormônios sintéticos e, em alguns casos, diuréticos ou anti-inflamatórios.
Se o problema estiver relacionado a condições psiquiátricas, como polidipsia psicogênica, o tratamento inclui terapia e o uso de medicamentos específicos conforme orientação do psiquiatra.
Em casos de insuficiência renal ou hepática, o acompanhamento por um nefrologista ou hepatologista é necessário, com tratamentos que podem incluir ajustes na dieta, medicação e, em casos graves, diálise.
O que é bom para matar a sede?
Quando a sede bate, especialmente após atividades físicas intensas ou em dias quentes, é essencial escolher bebidas que não apenas hidratem, mas que também reponham os eletrólitos perdidos.
Os isotônicos são uma excelente opção para matar a sede, pois contêm água, sais minerais e/ou carboidratos que ajudam a manter o equilíbrio eletrolítico do corpo.
Bebidas isotônicas, como aquelas disponíveis comercialmente ou preparadas em casa com água, sal e um pouco de açúcar, são ideais após exercícios físicos, pois ajudam a repor o sódio e o potássio perdidos pelo suor. Outra opção é a água de coco, que além de ser natural, é rica em potássio e oferece hidratação eficaz.
Para quem procura alternativas sem açúcar, chás de ervas sem cafeína e água aromatizada com frutas também são ótimas escolhas. O mais importante é manter-se hidratado ao longo do dia, bebendo líquidos antes mesmo de sentir sede, para evitar a desidratação.
Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.