Atualizado em 17 de Janeiro de 2025

Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

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Falta de concentração: causas, impactos e como melhorar

Cada vez mais, o mundo atual exige da nossa saúde mental e cognitiva. São inúmeras informações bombardeando as telas dos celulares, televisores e computadores 24 horas por dia. Nesse contexto, temos adultos e jovens tendo que lidar com cobranças para acompanhar tudo que está ao seu entorno, ao mesmo tempo que precisam de foco e concentração para cumprir suas tarefas diárias, como estudo e trabalho.

As distrações são muitas e estão a fácil acesso de qualquer um, tornando a falta de concentração um problema muito recorrente. Assim surge a busca por estratégias para melhorar o foco e desempenho cognitivo.

Se esse é um cenário com o qual você se identifica, confira abaixo como lidar com a falta de concentração e estratégias de melhoria.

O que é a falta de concentração?

A falta de concentração é um problema bastante incômodo para quem a vivencia no dia a dia. Caracterizada pela dificuldade de manter o foco em determinada atividade, a falta de concentração leva ao desvio de atenção constante e exige da mente muito esforço para manter-se ocupada com uma tarefa por vez.

A falta de concentração pode afetar a qualidade de vida, pois torna as tarefas diárias muito mais trabalhosas e desgastantes, afetando a performance no trabalho, nos estudos, nas atividades complementares e até nas relações interpessoais.

Falta de concentração e memória fraca

A falta de concentração e memória fraca podem estar bastante relacionadas, pois afetam importantes vias de atividade cerebral.

Na maior parte dos casos, a simples falta de “treinamento” cognitivo pode levar à falta de concentração e memória fraca. Assim como desenvolvemos a musculatura dos braços, pernas e abdômen através de exercícios físicos, atividades cognitivas também são necessárias para desenvolver a concentração e memória.

Por outro lado, a falta de concentração e a memória fraca também podem aparecer como sintomas de doenças neurológicas, tal qual Alzheimer e Demência. Nesses casos, elas se apresentarão associadas a outros sintomas, como declínio mental, dificuldade de aprendizagem e déficit cognitivo.  

Ainda, a falta de concentração e memória fraca podem ser desencadeadas por transtornos psíquicos, como Depressão e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Falta de concentração: o que pode ser

A falta de concentração pode ter diversas causas, desde fatores internos - como problemas cognitivos e doenças psíquicas - até fatores externos - como distração, desorganização, excesso de informação e problemas no ambiente.

Entenda melhor as principais questões envolvidas por trás da falta de concentração:

1. Sobrecarga mental e doenças psíquicas

Um dos motivos que ocasionam a falta de concentração está estreitamente ligado ao quadro de saúde mental do indivíduo. Períodos de estresse, sobrecarga no trabalho e problemas familiares, são algumas das causas que levam ao alto nível de estresse mental, podendo desencadear problemas adjacentes, como ansiedade, sintomas depressivos, falta de concentração e memória fraca.

Além desses períodos de sobrecarga mental, que podem acontecer para qualquer pessoa, em qualquer estado prévio de saúde, a falta de concentração pode estar ligada a algo mais grave: doenças psíquicas. Estas podem ser desencadeadas por eventos traumáticos ou podem já estar presentes, ocasionando a falta de concentração. São doenças como TDAH, depressão, transtorno de ansiedade generalizada e bipolaridade.

2. Transtorno neurodegenerativo

Outro grupo de doenças que podem levar à falta de concentração, são as doenças neurodegenerativas.

Estas, como Alzheimer e Demência, tem como uma das principais características a perda de foco e falta de concentração para atividades rotineiras, como dirigir, trabalhar e limpar a casa, além de apresentarem-se nas relações sociais, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de manter uma conversa sem perder a linha de pensamento.

3. Déficit cognitivo por falta de treinamento

Pode-se pensar no cérebro como um membro do corpo que necessita de treinamento. Assim como vamos à academia para treinar as pernas, braços e core, precisamos estimular nosso sistema cognitivo a manter o foco e a concentração.

A falta de concentração sentida pode estar ligada aos estímulos dados ao cérebro. Se você ocupa muito o celular enquanto executa uma atividade, deixa seu ambiente de trabalho bagunçado ou vive repleto de distrações, estará favorecendo a falta de concentração.

4. Sono de má qualidade

A falta de sono ou sono de má qualidade também pode provocar a falta de concentração no dia seguinte. Durante a noite de sono, o organismo concentra suas energias em fazer um verdadeiro “detox” de todas as substâncias que entrou em contato durante o dia. É também através do sono, que o corpo descansa e o cérebro renova sua atividade cognitiva.

Dessa forma, a privação de sono interfere diretamente na memória, raciocínio e concentração, podendo se tornar um problema crônico.

5. Problemas nutricionais

A alimentação balanceada também interfere na atividade cognitiva! De acordo com um estudo realizado em 2020, a falta de nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina D, magnésio e ômega 3, pode estar relacionada à problemas na produção de biomoléculas e neurotransmissores importantes para a saúde mental, podendo levar à déficit de memória, fadiga, falta de concentração e até ao desenvolvimento de doenças como ansiedade e depressão.

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O Transtorno de Déficit de Atenção e seus sintomas

A falta de concentração pode demonstrar um comprometimento cognitivo importante conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

O TDAH é uma condição neurológica importante, que pode afetar a saúde mental, educação, socialização e desenvolvimento pessoal do paciente. Dentre os sintomas, como desatenção, hiperatividade, impulsividade exacerbada e disfuncional, está a falta de concentração. Pessoas com TDAH sofrem muito com a dificuldade de manter o foco e concentração em tarefas rotineiras. 

Normalmente, esses sintomas começam a aparecer na infância. É comum que a escola relate aos pais que a criança apresenta dificuldade em manter a atenção nas aulas e se distrai com facilidade nas atividades de classe.

Ainda não se tem total compreensão das causas do TDAH, o que se sabe é que sua causa é multifatorial, envolvendo desde fatores genéticos, neurológicos e ambientais.

  • lipogênese: formação de gordura que será armazenada no fígado e no tecido adiposo;
  • lipólise: quebra da gordura;
  • β-oxidação lipídica: queima de gordura.

Estratégias práticas de como melhorar a atenção e concentração

Acompanhe algumas dicas práticas de como acabar com a falta de atenção:

1. Tire as distrações de alcance

A organização do ambiente é fundamental para melhorar o foco na atividade. 

Deixe tudo aquilo que você sabe que pode te distrair fora do seu alcance, podendo até tirar do seu campo de visão para dificultar o acesso. Peça para que as pessoas não te interrompam durante a atividade, a não ser por uma urgência, e desligue-se de quaisquer preocupações e pensamentos que não envolvam a tarefa até concluí-la.

2. Invista no sono de qualidade

Como já mencionado, a qualidade do sono interfere muito na atividade e desempenho do cérebro no dia seguinte, por isso, é importante que você procure dormir entre 6 a 8 horas por noite.

Uso de chás calmantes, alimentação leve à noite e prática de atividade física constante, são alguns dos hábitos que podem auxiliar na manutenção do sono.

3. Mantenha uma boa alimentação - A influência das vitaminas na concentração

Muito se engana quem pensa que a alimentação não interfere no desempenho cognitivo e na falta de concentração. A carência de nutrientes pode afetar diretamente a produção de compostos importantes para a formação de neurotransmissores e a saúde da membrana que protege o cérebro, assim como afirmam estudos.

Dentre as vitaminas importantes para evitar a falta de concentração, estão as vitaminas do complexo B, como a vitamina B12, B6 e B9. Uma possível explicação dessa relação é dada por um estudo: as vitaminas do complexo B apresentam efeito direto e indireto no metabolismo de neurotransmissores, que, por sua vez, preservam a integridade cerebrovascular, sendo importantes nutrientes para a saúde cerebral.

Outro artigo explorou a relação entre a deficiência de vitaminas do complexo B e a deterioração cognitiva e quadros de demência. Nele, foram encontrados valores significativamente menores de vitamina B12 e B9 em idosos portadores de Alzheimer, comparado aos idosos que não apresentavam tal doença. 

De acordo com o estudo, as vitaminas B12 e B9 estão diretamente relacionadas à redução dos níveis de homocisteína, um composto que, quando em doses baixas, melhora o desempenho cognitivo e reduz o risco de demência e falta de concentração.

4. Treine seu cérebro

Procure atividades que estimulem o foco e concentração no seu dia a dia, como leitura, estudo, escrita e jogos em grupos. Parece algo pequeno, mas a prática constante de exercícios para cognição irá ajudar muito na falta de concentração. 

Especialistas e recursos para quem sofre de falta de concentração

Caso note que a falta de concentração vem se tornando um problema crônico, a busca por um profissional da saúde para correto diagnóstico e tratamento é extremamente importante. É aconselhável procurar um neurologista ou psiquiatra para analisar se a falta de concentração pode ser sintoma de alguma doença neurodegenerativa ou transtorno psiquiátrico, especialmente quando associada a demais sintomas.

Caso identificado que há uma carência nutricional importante associada, busque um nutricionista para auxiliar na sua alimentação e correta nutrição. Já, se houver associação com aspectos psicológicos, como alto nível de estresse e ansiedade, procure ajuda psicológica.

Por fim, ao compreender as causas da falta de concentração e implementar estratégias para melhorar a capacidade de foco, é possível superar esse obstáculo e alcançar níveis melhores de produtividade. Lembre-se que a concentração é uma habilidade que pode ser cultivada e aprimorada ao longo do tempo.

Referências

Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

Conteúdo revisado por Rafaela Galvão, graduada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SUL e também em Nutrição pela UNISUL. Desde 2016 trabalha em projetos de comunicação direcionados para a área da saúde.

Criado em 13 de Dezembro de 2023

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