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Obesidade mórbida: o que é, riscos, causas e tratamento

A obesidade mórbida é mais do que um problema de peso; é uma condição de saúde grave que pode transformar completamente a vida de uma pessoa, afetando tanto o corpo quanto a mente. 

Mas você sabia que fatores, como noites mal dormidas, estresse crônico e, até mesmo, predisposição genética podem estar por trás desse quadro? Então, o que exatamente causa essa condição? Como ela pode ser tratada e, o mais importante, prevenida? 

Descubra as respostas e conheça os caminhos para uma vida mais saudável e equilibrada ao continuar a leitura.

O que é obesidade mórbida?

A obesidade mórbida, também conhecida como obesidade grave ou grau 3, é uma condição médica caracterizada por um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m², combinado com um acúmulo excessivo de gordura corporal. 

Essa forma de obesidade é considerada a mais severa, apresentando riscos significativos à saúde e impactando negativamente a qualidade de vida dos indivíduos que convivem com ela.

Como confirmar o diagnóstico a partir do IMC?

Para confirmar se uma pessoa é obesa mórbida, o principal critério é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). De acordo com os resultados, a classificação é feita da seguinte forma:

  • normal: 18,5 – 24,9;
  • sobrepeso: 25,0 – 29,9;
  • obesidade grau 1: 30,0 – 34,9;
  • obesidade grau 2: 35,0 – 39,9;
  • obesidade mórbida (grau 3): 40,0 ou superior.

Embora um IMC igual ou superior a 40 kg/m² seja um dos principais critérios para o diagnóstico de obesidade mórbida, é essencial que ele esteja acompanhado de um claro e evidente acúmulo de gordura corporal. Isso é importante porque o IMC, apesar de útil, não faz distinção entre massa gorda e massa muscular. 

Por exemplo, atletas de alto rendimento, como bodybuilders, podem apresentar um IMC elevado devido à alta quantidade de massa muscular, sem que isso indique obesidade.

Por que ela é considerada grave?

A obesidade mórbida vai muito além de questões estéticas ou sociais, sendo uma condição crônica que pode desencadear uma série de doenças graves, conhecidas como comorbidades. Entre os principais riscos da obesidade mórbida estão:

  • doenças cardiovasculares: essas incluem hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, infarto e derrame, que são ocasionados pelo excesso de peso e pelo aumento da pressão arterial e do colesterol;
  • diabetes tipo 2: decorrente da resistência à insulina causada pelo acúmulo de gordura visceral, tornando difícil o controle dos níveis de açúcar no sangue;
  • problemas osteoarticulares: o excesso de peso coloca pressão adicional nas articulações, aumentando o risco de artrite, dores crônicas e alterações na coluna, como hérnias de disco e desgaste articular;
  • apneia do sono e dificuldade respiratória: a obesidade está diretamente ligada à apneia do sono, caracterizada por interrupções respiratórias durante a noite. Isso resulta em cansaço excessivo durante o dia, dificuldade para respirar e aumento do risco de hipertensão pulmonar, que pode ser fatal se não tratada;
  • problemas no aparelho digestivo: condições, como refluxo gastroesofágico, pedra na vesícula e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) são comuns em pessoas com obesidade mórbida. Esses problemas podem evoluir para doenças mais graves, como cirrose hepática;
  • câncer: a obesidade está associada a uma maior incidência de diversos tipos de câncer, incluindo mama, cólon, endométrio, próstata e fígado. Esse risco é atribuído a alterações hormonais, inflamações crônicas e disfunções metabólicas;
  • alterações hormonais e sexuais: os desequilíbrios hormonais causados pela obesidade podem levar à redução da fertilidade, irregularidades menstruais em mulheres e disfunção erétil em homens. Essas alterações, muitas vezes, estão relacionadas a inflamações crônicas e mudanças nos níveis de hormônios sexuais;
  • problemas psicológicos: depressão, ansiedade, baixa autoestima e isolamento social são comuns, frequentemente exacerbados pelo estigma e pelas limitações físicas que a condição impõe;
  • aumento do risco de mortalidade: esse risco está relacionado ao impacto direto das comorbidades e ao comprometimento geral da saúde.

O que causa obesidade mórbida?

O excesso de peso, na maioria dos casos, resulta de uma ingestão de calorias superior à quantidade gasta, com o excedente sendo armazenado como gordura. No entanto, fatores além da alimentação e do sedentarismo também podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da obesidade, como:

  • hábitos pessoais: estilo de vida inadequado, escolhas alimentares pobres e falta de atividade física regular;
  • fatores genéticos: algumas pessoas têm predisposição genética, o que aumenta a probabilidade de ganho de peso;
  • fatores mentais: condições, como estresse, ansiedade e depressão, podem levar à compulsão alimentar e a outros comportamentos que favorecem o ganho de peso;
  • hábitos de sono: a privação de sono afeta os hormônios que regulam o apetite, contribuindo para o aumento do peso;
  • sexo feminino: mudanças hormonais relacionadas à gravidez, menopausa e síndrome do ovário policístico (SOP) podem facilitar o acúmulo de gordura;
  • doenças e medicamentos: condições, como a doença de cushing, e o uso de corticoides podem estar associadas ao ganho de peso;
  • envelhecimento: o metabolismo diminui com a idade, combinado com uma tendência ao sedentarismo.

Sintomas da obesidade mórbida

Os sintomas associados não se limitam ao peso, muito menos aoIMC da obesidade mórbida, mas englobam impactos físicos, psicológicos e metabólicos que comprometem a qualidade de vida. Saiba mais:

1. IMC elevado como critério diagnóstico

O sintoma inicial e determinante da obesidade mórbida é o IMC muito alto juntamente com o nível crítico do acúmulo de gordura, que é o gatilho para o surgimento de outros sintomas. 

Como explicado, esse índice é calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros), e um valor superior a 40 já configura o diagnóstico.

2. Dificuldade na mobilidade

Indivíduos com obesidade mórbida frequentemente relatam dificuldades para se movimentar devido ao excesso de peso. Isso inclui:

  • dificuldade em caminhar longas distâncias;
  • sensação de cansaço ou exaustão ao realizar atividades simples, como subir escadas ou levantar-se;
  • necessidade de pausas frequentes durante tarefas que exigem esforço físico mínimo.

3. Problemas respiratórios

O excesso de gordura pode comprimir a área torácica e afetar a função pulmonar, resultando em sintomas, como:

  • falta de ar (dispneia): especialmente ao realizar atividades leves;
  • apneia do sono: interrupções na respiração durante o sono, o que prejudica o descanso e pode levar a sonolência diurna.

4. Dores articulares e musculares

O peso excessivo coloca uma carga adicional nas articulações e músculos, causando:

  • dores crônicas em áreas, como joelhos, quadris e costas;
  • inflamações ou agravamento de condições como artrite;
  • redução da capacidade de suportar movimentos repetitivos.

5. Fadiga crônica

O cansaço constante, mesmo após períodos de descanso, é outro sintoma comum. A fadiga em pessoa com obesidade mórbida ocorre devido a uma combinação de fatores, como:

  • sobrecarga física pelo excesso de peso;
  • baixa qualidade do sono, especialmente em casos de apneia;
  • inflamação crônica associada à obesidade.

6. Problemas dermatológicos

O acúmulo de gordura e o atrito constante da pele podem causar:

  • assaduras e irritações em áreas de dobras corporais;
  • infecções fúngicas ou bacterianas na pele, especialmente em locais úmidos;
  • escurecimento e espessamento da pele, conhecido como acantose nigricante, geralmente relacionado à resistência à insulina.

7. Impactos psicológicos

Além dos sintomas físicos, obesos mórbidos também podem enfrentar impactos significativos na saúde mental, incluindo:

  • baixa autoestima: devido à insatisfação com a aparência corporal;
  • ansiedade e depressão: provocadas pelo estigma social e as limitações impostas pelo peso;
  • isolamento social: dificuldade em participar de atividades cotidianas, como encontros e eventos.

8. Outros sintomas associados

  • Inchaço nos membros inferiores devido à má circulação;
  • sudorese excessiva, mesmo em situações de repouso;
  • sensação de peso constante, que pode limitar ainda mais a movimentação e agravar outros sintomas.

Qual o melhor tratamento para obesidade mórbida?

O tratamento é um desafio complexo porque as causas da obesidade mórbida são multifatoriais. No entanto, ele é recompensador e pode transformar a qualidade de vida do paciente. 

O sucesso exige uma abordagem multidisciplinar, com a combinação de diversas estratégias adaptadas às necessidades individuais. Entenda melhor as opções:

Tratamento clínico

  • reeducação alimentar;
  • prática regular de exercícios físicos orientados;
  • uso de medicamentos para controle do apetite ou absorção de gordura (quando prescritos por um médico);
  • acompanhamento psicológico para identificação e tratamento de fatores emocionais que contribuem para os hábitos alimentares inadequados.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia bariátrica é indicada para casos em que os tratamentos clínicos não resultaram em uma perda de peso significativa. Para ser considerada, o paciente precisa atender a critérios rigorosos. É essencial que tenha tentado, sem sucesso, métodos de redução de peso supervisionados por um médico.

Além disso, o paciente não deve apresentar condições de saúde graves que possam aumentar os riscos do procedimento. O índice de massa corporal (IMC) é um fator decisivo: deve ser superior a 40 kg/m² ou estar entre 35 e 40 kg/m² em pacientes com comorbidades associadas à obesidade, como diabetes tipo 2 ou hipertensão arterial.

Os principais procedimentos cirúrgicos incluem o bypass gástrico, a banda gástrica ajustável e a gastrectomia vertical, todos projetados para auxiliar na perda de peso significativa e melhorar a saúde geral. 

A realização da cirurgia envolve etapas detalhadas, como avaliação pré-operatória completa, acompanhamento psicológico para preparar o paciente para as mudanças, e um acompanhamento pós-operatório contínuo para garantir o sucesso do tratamento e a adaptação ao novo estilo de vida.

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Como evitar a obesidade mórbida?

A prevenção da obesidade mórbida é um processo que envolve a adoção de hábitos saudáveis de forma contínua e consistente. Ao integrar uma alimentação equilibrada com a prática regular de atividades físicas, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver essa condição. No entanto, também existem outras dicas. Confira:

1. Alimentação equilibrada e consciente

Uma dieta saudável é a base para prevenir a obesidade mórbida. Para manter uma alimentação equilibrada, considere as seguintes práticas:

  • inclua frutas e vegetais: consuma uma variedade de frutas frescas e vegetais, especialmente os de folhas verdes, que são ricos em fibras, vitaminas e minerais;
  • opte por alimentos integrais: prefira grãos integrais, como arroz integral, aveia e pão integral, que ajudam a manter a saciedade e regular o açúcar no sangue;
  • evite alimentos ultraprocessados: reduza o consumo de alimentos industrializados, que costumam ser ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos;
  • controle a ingestão de calorias: prefira porções menores e refeições mais frequentes ao longo do dia para evitar excessos;
  • limite o consumo de açúcar: reduza a ingestão de doces, refrigerantes e produtos que contêm açúcares adicionados;
  • mantenha-se hidratado: beba água regularmente e evite bebidas açucaradas ou alcoólicas;
  • consuma alimentos anti-inflamatórios: a cúrcuma, rica em curcumina, e o ômega 3, presente em peixes, como salmão e sardinha, ajudam a reduzir inflamações crônicas que estão associadas à obesidade.

É importante explicar que, se você está se perguntando quais alimentos podem ajudar a evitar a obesidade mórbida, saiba que não existe uma solução única ou fórmula mágica. O nutricionista é o profissional mais indicado para criar um plano alimentar personalizado, que leve em conta suas necessidades, preferências e objetivos.

Geralmente, essa abordagem envolve a adoção de uma dieta hipocalórica, ou seja, com controle na ingestão de calorias, mas sem comprometer a qualidade nutricional e nem ditar alimentos proibidos e permitidos, pois tudo depende do contexto alimentar.

2. Prática regular de exercícios físicos

A atividade física regular é essencial para prevenir o acúmulo de gordura e manter um peso saudável. Algumas recomendações incluem:

  • exercícios aeróbicos: pratique atividades, como caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar ou pular corda, que ajudam a queimar calorias e melhorar a saúde cardiovascular;
  • treinos de resistência: inclua exercícios de força, como musculação ou pilates, para aumentar a massa muscular e acelerar o metabolismo;
  • flexibilidade e equilíbrio: práticas, como ioga ou alongamentos, ajudam a manter a flexibilidade e melhorar a postura;
  • consistência é fundamental: busque realizar, pelo menos, 30 minutos de atividade física por dia, cinco vezes por semana.

3. Hábitos saudáveis desde a infância

A prevenção da obesidade mórbida deve começar cedo. Estabelecer hábitos saudáveis na infância é uma das maneiras mais eficazes de prevenir problemas futuros:

  • ensine escolhas alimentares saudáveis: introduza uma variedade de alimentos nutritivos desde cedo e eduque as crianças sobre a importância de uma dieta equilibrada;
  • incentive atividades físicas: promova a prática regular de exercícios e atividades ao ar livre para manter as crianças ativas e saudáveis;
  • limite o tempo de tela: reduza o tempo gasto em frente a dispositivos eletrônicos e incentive brincadeiras que envolvam movimento.

4. Monitoramento regular do peso e saúde

Acompanhar o peso e a saúde regularmente é uma estratégia importante para prevenir a obesidade mórbida, por isso:

  • faça exames de rotina: consulte um médico regularmente para avaliações de saúde e orientações sobre peso e alimentação;
  • esteja atento às mudanças: observe alterações no peso, nos hábitos alimentares ou nos níveis de energia - e busque orientação profissional se necessário.

5. Estilo de vida equilibrado

Além da alimentação e do exercício, outros aspectos do estilo de vida também influenciam na prevenção da obesidade mórbida:

  • durma bem: garanta uma boa qualidade de sono, pois a privação de sono pode contribuir para o ganho de peso;
  • gerencie o estresse: pratique técnicas de relaxamento, como meditação ou hobbies, pois elas podem auxiliar em como aliviar o estresse, que pode levar a hábitos alimentares inadequados;
  • evite o consumo de álcool e tabaco: o uso excessivo dessas substâncias pode contribuir para o ganho de peso e outros problemas de saúde.

Prevenir a obesidade mórbida requer um compromisso com escolhas diárias saudáveis. Ao seguir essas práticas, é possível manter um peso equilibrado e uma melhor qualidade de vida a longo prazo.

Referências

 

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

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