Atualizado em 10 de Janeiro de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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Magnésio baixo: causas, sinais e o que fazer

O magnésio é um mineral essencial para o funcionamento do corpo, desempenhando um papel vital em diversas funções, como a produção de energia, o equilíbrio dos eletrólitos e a saúde muscular e nervosa.

Apesar de sua importância, muitas pessoas sofrem de magnésio baixo, uma condição que pode passar despercebida até que os sintomas se tornem graves. Essa deficiência pode estar relacionada a uma dieta inadequada, problemas de saúde ou, até, ao uso de certos medicamentos.

Neste artigo, vamos explorar as principais causas da falta de magnésio, os sinais e sintomas que indicam que algo está errado e as melhores estratégias para tratar e prevenir o problema. Com informações detalhadas e práticas, você saberá identificar os riscos e agir de forma eficaz para manter sua saúde em dia!

Causas do magnésio baixo

O magnésio baixo (hipomagnesemia) é uma condição que pode ocorrer por diversos motivos, todos relacionados a um consumo inadequado, dificuldade na absorção ou aumento na excreção desse mineral essencial. 

A seguir, apresentamos as principais causas, explicadas de forma clara e objetiva, para ajudar na compreensão de como essa deficiência pode surgir:

1. Consumo insuficiente de magnésio

A ingestão insuficiente de magnésio é uma das principais razões para a deficiência desse mineral no organismo. Geralmente, isso ocorre quando a dieta é pobre em alimentos ricos em magnésio, como vegetais verdes escuros, grãos integrais, oleaginosas e leguminosas. 

Essa carência pode estar associada a hábitos alimentares inadequados, como o consumo excessivo de alimentos processados e industrializados, que possuem baixo valor nutricional.

Além disso, condições, como desnutrição, dietas extremamente restritivas ou jejuns prolongados podem contribuir significativamente para a deficiência, uma vez que o corpo não recebe as quantidades mínimas necessárias para suas funções. 

Situações de vulnerabilidade, como inanição, transtornos alimentares ou doenças que afetam a ingestão calórica, também aumentam o risco.

2. Má Absorção no trato intestinal

Problemas no sistema digestivo, como a má absorção, impedem que o magnésio seja absorvido adequadamente pelo organismo. Isso pode ocorrer em doenças, como:

  • doença de Crohn;
  • síndrome do intestino curto;
  • doença celíaca.

Essas condições afetam diretamente o funcionamento do intestino, reduzindo a capacidade de captar nutrientes essenciais, incluindo o magnésio.

3. Excreção excessiva

O aumento da perda de magnésio pelos rins ou intestino é outra causa comum da hipomagnesemia. Essa excreção excessiva pode ocorrer em várias situações:

  • diarreia prolongada: quando o corpo elimina magnésio em grandes quantidades pelas fezes;
  • doenças renais: certas condições podem causar a perda de magnésio através da urina;
  • alterações hormonais: níveis elevados de aldosterona, vasopressina (hormônio antidiurético) ou hormônios tireoidianos podem levar ao aumento da excreção renal.

4. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos podem interferir nos níveis de magnésio ao aumentar sua eliminação ou reduzir sua absorção. Entre os mais associados a essa condição estão:

  • diuréticos: amplamente usados para tratar hipertensão e retenção de líquidos;
  • anfotericina B: medicamento antifúngico;
  • cisplatina: um quimioterápico utilizado no tratamento de câncer;
  • inibidores da bomba de prótons (IBPs): usados para tratar refluxo ácido e úlceras gástricas, esses medicamentos podem diminuir a absorção de magnésio pelo intestino, especialmente com uso prolongado.

5. Consumo excessivo de álcool

O consumo crônico de grandes quantidades de álcool é uma das causas mais comuns de hipomagnesemia. Isso ocorre devido a dois fatores principais:

  • redução da ingestão alimentar: o álcool frequentemente substitui alimentos ricos em nutrientes na dieta;
  • aumento da excreção urinária: o álcool estimula os rins a eliminar mais magnésio do que o normal.

6. Necessidades aumentadas

Determinadas condições podem aumentar a demanda de magnésio pelo corpo, resultando em níveis baixos se a ingestão não for ajustada. Exemplos incluem:

  • amamentação: mulheres que estão amamentando têm uma maior necessidade de magnésio, pois parte do mineral é transferido para o leite materno;
  • gravidez: embora menos frequente, a hipomagnesemia pode ocorrer devido ao aumento das demandas do organismo durante a gestação.

Compreender as causas do magnésio baixo é essencial para prevenir e tratar essa deficiência. Manter uma alimentação equilibrada, tratar condições subjacentes e monitorar o uso de medicamentos que afetam o magnésio são passos fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar.

Sintomas e sinais de magnésio baixo

Os sinais e sintomas da falta de magnésio, ou hipomagnesemia, podem variar de leves a graves, dependendo do nível de deficiência e do tempo de duração do quadro. Por ser um mineral essencial para diversas funções do organismo, sua ausência pode afetar músculos, nervos, coração e, até, a saúde mental. 

A seguir, abordamos os sinais mais comuns e como reconhecê-los:

1. Sintomas iniciais

Nos estágios iniciais, os sintomas podem ser sutis e facilmente confundidos com outras condições. Entre os sinais mais frequentes estão:

  • náuseas e vômitos: sensação de desconforto estomacal é uma das primeiras manifestações;
  • perda de apetite: a deficiência pode impactar o sistema digestivo, resultando em uma diminuição significativa do apetite;
  • fraqueza e cansaço: a falta de magnésio afeta a produção de energia celular, levando à sensação de fadiga constante.

2. Alterações musculares

A falta de magnésio interfere diretamente no funcionamento muscular, ocasionando sintomas, como:

  • espasmos musculares: contrações involuntárias em áreas como pernas ou braços;
  • câimbras: dor muscular súbita e intensa;
  • tremores: vibrações incontroláveis que podem ser percebidas em mãos ou outras partes do corpo.

3. Problemas neurológicos

O magnésio é essencial para o funcionamento adequado do sistema nervoso, e sua ausência pode causar:

4. Sintomas cardíacos

A deficiência de magnésio pode afetar diretamente o coração, ocasionando:

  • batimentos cardíacos irregulares: palpitações ou arritmias;
  • taquicardia: aceleração dos batimentos cardíacos;
  • risco de complicações graves: em casos severos, a hipomagnesemia pode levar a condições como taquicardia supraventricular.

5. Manifestações graves

Quando a deficiência de magnésio não é tratada, os sintomas podem se agravar e incluir:

  • convulsões: especialmente em crianças, devido ao impacto no sistema nervoso central;
  • delírio ou psicose: em casos extremos, podem surgir alterações graves no comportamento e na percepção;
  • coma: em quadros muito avançados, a hipomagnesemia pode levar à inconsciência.

6. Outros sintomas associados

Além dos sintomas principais, a deficiência de magnésio pode causar:

  • zumbido nos ouvidos: desconforto auditivo persistente;
  • constipação: problemas no funcionamento do intestino;
  • formigamento: sensações incomuns em mãos, pés ou outras partes do corpo;
  • enxaqueca: dor de cabeça constante, muitas vezes intensa.

A identificação precoce dos sintomas de falta de magnésio é fundamental para prevenir complicações. Se perceber esses sinais, é importante buscar orientação médica para confirmar a deficiência e iniciar o tratamento adequado, que pode incluir mudanças na dieta ou suplementação.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da falta de magnésio no corpo é realizado com base em uma combinação de análise clínica, histórico médico e exames laboratoriais. Essa abordagem completa permite identificar a hipomagnesemia e determinar suas possíveis causas:

1. Avaliação clínica e histórico médico

O primeiro passo para diagnosticar a falta de magnésio é a consulta com um médico, geralmente um clínico geral ou nutrólogo. Nessa etapa, o profissional:

  • investiga os sintomas: os sinais relatados pelo paciente, como cansaço, câimbras, ou tremores, são analisados;
  • revisa o histórico médico: doenças pré-existentes, como problemas renais ou gastrointestinais, e uso de medicamentos, como diuréticos ou inibidores da bomba de prótons, são levados em consideração;
  • realiza exame físico: o médico busca sinais visíveis ou palpáveis que indiquem uma possível deficiência de magnésio.

2. Exames laboratoriais

A confirmação da hipomagnesemia depende de exames laboratoriais, que incluem:

  • exame de sangue: é o método mais comum para medir os níveis séricos de magnésio. Os valores normais em adultos geralmente variam entre 1,6 mg/dL e 2,6 mg/dL. Qualquer valor abaixo desse intervalo pode indicar deficiência;
  • exame de urina: a análise da concentração de magnésio na urina ajuda a identificar se a perda do mineral ocorre pelos rins. Os valores normais estão entre 3 a 5 mmol/L.

Importante: Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório e o método de dosagem utilizado. Por isso, é fundamental que os resultados sejam interpretados por um médico.

3. Exames complementares

Além dos testes de magnésio, outros exames podem ser necessários para investigar as causas da deficiência e possíveis condições associadas:

  • níveis de cálcio e potássio: a hipocalcemia (baixo cálcio) e a hipocalemia (baixo potássio) frequentemente acompanham a hipomagnesemia;
  • função renal: avaliações como a dosagem de creatinina podem identificar problemas nos rins que estejam contribuindo para a perda de magnésio;
  • exames de função intestinal: em casos de suspeita de má absorção, exames específicos podem ser solicitados.

4. Monitoramento contínuo

Após o diagnóstico inicial, o médico pode recomendar o acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar os níveis de magnésio ao longo do tempo, especialmente em pacientes com condições crônicas.

Riscos da deficiência de magnésio no corpo

A deficiência de magnésio pode causar uma série de complicações graves, afetando múltiplos sistemas do corpo. No sistema cardiovascular, a falta desse mineral está associada a problemas como arritmias cardíacas, hipertensão arterial, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca, uma vez que o magnésio desempenha um papel essencial no relaxamento dos vasos sanguíneos e no equilíbrio eletrolítico.

No metabolismo, a ausência de magnésio está ligada ao aumento do risco de diabetes tipo 2, já que ele é fundamental para a regulação da glicose e a sensibilidade à insulina. Em indivíduos com diabetes, a deficiência pode agravar complicações como neuropatia e doenças renais.

Além disso, o sistema nervoso é profundamente impactado pela carência de magnésio, o que pode levar a sintomas, como ansiedade, depressão, irritabilidade e até transtornos mais graves, como convulsões e delírios.

No campo da saúde reprodutiva, mulheres podem apresentar maior incidência de tensão pré-menstrual, e, em casos de gravidez, a deficiência pode contribuir para condições graves como a eclâmpsia.

Outros riscos incluem o desenvolvimento de pedras nos rins, em decorrência de desequilíbrios metabólicos, e a exacerbação de condições como osteoporose e hipertensão.

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Magnésio baixo: o que fazer?

O tratamento para magnésio baixo (hipomagnesemia) varia de acordo com a gravidade da deficiência e a causa subjacente. Ele pode incluir mudanças na alimentação, suplementação ou, em casos mais severos, administração intravenosa. 

Abaixo, exploramos todas as abordagens disponíveis para tratar essa condição.

1. Ajuste na alimentação

Nos casos leves de deficiência, aumentar o consumo de alimentos ricos em magnésio é a primeira linha de tratamento. Entre as melhores fontes estão:

  • vegetais verdes escuros: espinafre, couve e brócolis;
  • oleaginosas: amêndoas, castanhas e nozes;
  • grãos integrais: aveia, quinoa e arroz integral;
  • frutas: banana, abacate e figo;
  • leguminosas: feijão, grão-de-bico e lentilha.

A inclusão desses alimentos na dieta diária pode ajudar a normalizar os níveis de magnésio no organismo.

2. Suplementação de magnésio

Quando a dieta não é suficiente para corrigir a deficiência, o médico pode recomendar suplementos de magnésio, geralmente disponíveis em formas, como:

  • dimagnésio malato: ajuda na produção de energia e na manutenção da função muscular, sendo ideal para quem busca mais disposição no dia a dia;
  • bisglicinato de magnésio: destaca-se por sua alta biodisponibilidade, garantindo uma absorção eficiente e benefícios rápidos para o organismo;
  • óxido de magnésio: amplamente utilizado para auxiliar no equilíbrio mineral geral, complementando funções essenciais do corpo.

3. Administração intravenosa

Nos casos mais graves, quando os níveis de magnésio estão extremamente baixos ou os sintomas são severos, a administração intravenosa ou intramuscular de magnésio pode ser necessária. Essa abordagem é geralmente adotada quando:

  • o paciente apresenta convulsões ou arritmias cardíacas;
  • não é possível tomar magnésio por via oral devido a náuseas ou vômitos intensos;
  • o quadro está associado a condições que comprometem a absorção intestinal.

4. Correção de outros desequilíbrios eletrolíticos

A deficiência de magnésio frequentemente ocorre em conjunto com outros desequilíbrios, como:

  • hipocalcemia (baixa de cálcio no sangue);
  • hipocalemia (baixa de potássio no sangue).

É fundamental que esses distúrbios sejam corrigidos simultaneamente, pois estão interligados e podem dificultar o tratamento.

5. Tratamento da causa subjacente

Além de corrigir os níveis de magnésio, é indispensável tratar as condições que originaram a deficiência, como:

  • doenças renais ou intestinais: como doença de Crohn ou síndrome do intestino curto;
  • uso prolongado de medicamentos: por exemplo, diuréticos ou inibidores da bomba de prótons;
  • consumo excessivo de álcool: reduzindo o consumo ou tratando transtornos relacionados.

O tratamento para magnésio baixo deve sempre ser personalizado, com acompanhamento de um clínico geral, nutrólogo ou nutricionista. Se suspeitar de deficiência, procure orientação profissional para um diagnóstico preciso e uma abordagem terapêutica adequada.

Como prevenir a deficiência de magnésio no corpo?

A prevenção da falta de magnésio é simples e pode ser feita com hábitos saudáveis no dia a dia. O primeiro passo é adotar uma alimentação equilibrada, rica em alimentos que forneçam boas quantidades desse mineral.

Entre as melhores opções estão vegetais verdes escuros, como espinafre e couve, além de oleaginosas, como castanhas e amêndoas, grãos integrais, leguminosas, banana e abacate.

Nos casos em que a dieta não é suficiente, como em pessoas com maior risco de deficiência, o uso de suplementos de magnésio pode ser indicado. Esses suplementos devem ser utilizados sob orientação médica para evitar excesso ou efeitos colaterais.

Além disso, é importante tratar condições que podem aumentar a perda de magnésio, como doenças intestinais ou renais, e monitorar o uso de medicamentos que interferem na absorção ou excreção do mineral, como diuréticos e inibidores da bomba de prótons.

Manter um estilo de vida saudável, com boa hidratação, consumo moderado de álcool e acompanhamento médico regular, também é essencial para prevenir a deficiência de magnésio. Com esses cuidados simples, é possível garantir a saúde e o equilíbrio desse mineral tão importante no corpo.

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

Criado em 10 de Janeiro de 2025

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