Atualizado em 17 de Janeiro de 2025
Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

Atrofia muscular: o que é, sintomas, causas e tratamentos


A atrofia muscular é uma condição caracterizada pela redução do volume e da força dos músculos, que pode ocorrer devido a diversos fatores, incluindo desuso, doenças neuromusculares e lesões.
Embora o tema frequentemente gere preocupação, é importante destacar que a atrofia muscular, apesar de não ter cura, pode ser gerida por meio de tratamentos adequados.
Neste contexto, o diagnóstico precoce é crucial, pois permite identificar a causa subjacente da atrofia e implementar intervenções eficazes. Além das opções de tratamento, como fisioterapia, exercícios físicos e medicações, é essencial compreender que a abordagem terapêutica deve ser individualizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente.
Neste artigo, abordaremos os principais aspectos da atrofia muscular, incluindo suas causas, sintomas e opções de tratamento, além de discutir a possibilidade de gerenciamento da condição para promover uma melhor qualidade de vida.
O que é atrofia muscular?
A atrofia muscular é caracterizada pela diminuição do tamanho e da força dos músculos, resultando em perda de massa muscular. Esse processo pode ocorrer tanto por falta de uso quanto por fatores relacionados ao sistema nervoso, lesões, doenças crônicas, desnutrição ou outras condições de saúde.
Quando os músculos não são estimulados por um período prolongado, eles começam a se degradar, levando à redução de suas fibras. Isso pode afetar gravemente a mobilidade e a capacidade de realizar tarefas cotidianas, como caminhar, falar e mastigar.
Existem dois tipos de atrofia muscular:
- a atrofia por desuso, que ocorre quando os músculos não são exercitados regularmente;
- e a atrofia neurogênica, causada por danos nos nervos que controlam os músculos. Nesse segundo caso, a condição é mais severa, sendo comumente associada a doenças, como esclerose lateral amiotrófica (ELA), paralisia cerebral e neuropatias.
Por outro lado, a perda de massa muscular normal é um processo gradual que geralmente ocorre com o envelhecimento ou em decorrência de períodos curtos de inatividade.
Embora essa perda de músculo também possa resultar em enfraquecimento e redução do volume muscular, ela tende a ser menos intensa e pode ser recuperada facilmente com a prática de exercícios físicos e uma dieta adequada.
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Causas
Para entender melhor o que causa atrofia muscular, é essencial reforçar que ela se divide em dois tipos principais: atrofia por desuso e atrofia neurogênica. Cada uma delas possui causas distintas que afetam o desenvolvimento e a gravidade da perda muscular. Saiba mais:
Causas da atrofia por desuso
A atrofia por desuso ocorre quando os músculos não são utilizados de forma regular e adequada. A falta de movimento e estimulação faz com que as fibras musculares se degradem, resultando na diminuição do tamanho e força dos músculos. Esse tipo de atrofia pode ser desencadeada por:
- sedentarismo: a ausência de atividade física regular enfraquece os músculos ao longo do tempo, especialmente em pessoas que passam longos períodos inativas;
- imobilização: quando uma pessoa fica imobilizada devido a lesões, cirurgias ou repouso prolongado, como no caso de fraturas que exigem o uso de gesso ou cama, a falta de movimento acelera a perda muscular;
- estilo de vida inativo: trabalhos que exigem poucas atividades físicas e o uso excessivo de tecnologias que reduzem a necessidade de esforço físico também contribuem para a atrofia por desuso.
Causas da atrofia neurogênica
A atrofia neurogênica é mais grave e resulta de problemas que afetam diretamente os nervos que controlam os músculos. Quando esses nervos são danificados ou degenerados, o músculo perde a capacidade de receber os estímulos necessários para funcionar corretamente, resultando em perda muscular severa. Esse tipo de atrofia está frequentemente associado a doenças neurológicas, como:
- esclerose lateral amiotrófica (ELA): uma doença degenerativa que atinge os neurônios motores, levando à perda progressiva de controle muscular;
- paralisia cerebral: uma condição que afeta o movimento e a coordenação muscular desde o nascimento, prejudicando a função dos nervos e músculos;
- neuropatias: doenças dos nervos periféricos que prejudicam a comunicação entre o cérebro e os músculos, como a neuropatia diabética ou a síndrome de Guillain-Barré.
Além dessas causas principais, outras condições também podem levar à atrofia muscular, como a desnutrição grave, que priva o corpo dos nutrientes essenciais para manter a massa muscular, e doenças autoimunes que atacam os tecidos musculares.
Sintomas
Os sintomas da atrofia muscular podem variar dependendo do tipo e da gravidade da condição, mas alguns sinais são comuns entre os diferentes tipos de atrofia. É crucial estar atento a eles, pois a identificação precoce pode facilitar o tratamento e a recuperação.
Um dos principais sintomas é a fraqueza muscular, que se manifesta como dificuldade em realizar atividades cotidianas. Isso pode incluir a incapacidade de levantar objetos, subir escadas ou, até mesmo, se levantar de uma cadeira. Além disso, a perda de massa magra é frequentemente observada, resultando em músculos menores e menos definidos.
Outros sinais a serem observados incluem:
- flacidez: os músculos podem parecer mais moles e menos tonificados;
- assimetria: em alguns casos, um membro pode ser visivelmente menor do que o outro, indicando uma perda desigual de massa muscular;
- movimentos limitados: os indivíduos podem ter dificuldade em realizar movimentos amplos ou podem experimentar rigidez nas articulações;
- dores nas costas e postura inclinada: a falta de força muscular pode levar a uma má postura e dores na região lombar;
- dificuldades ao caminhar: isso pode incluir marcha instável ou hesitante, que aumenta o risco de quedas;
- contrações involuntárias: alguns pacientes podem experimentar espasmos musculares ou contrações sem querer, especialmente nos tendões;
- dificuldades respiratórias: em casos mais severos, a atrofia muscular pode afetar os músculos responsáveis pela respiração, levando a problemas respiratórios;
- dificuldade para engolir: problemas na musculatura da garganta podem dificultar a deglutição, representando um risco para a alimentação.
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Tratamento
O tratamento para atrofia muscular deve ser personalizado de acordo com o diagnóstico específico e o tipo da condição, variando conforme as necessidades do paciente. Abaixo estão algumas abordagens comuns e eficazes:
Fisioterapia e exercícios físicos
A fisioterapia é um componente crucial no tratamento da atrofia muscular, especialmente para aqueles que sofrem de atrofia por desuso. A prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer os músculos, retardando a progressão da atrofia e melhorando a funcionalidade.
Exercícios, como musculação, natação e atividades de resistência, são recomendados, pois promovem o fortalecimento muscular sem causar impacto excessivo nas articulações.
Eletroestimulação
A eletroestimulação pode ser uma opção valiosa, principalmente para pacientes que têm dificuldade em realizar exercícios físicos por conta da fraqueza muscular. Essa técnica utiliza impulsos elétricos para ativar os músculos, contribuindo para a preservação da massa muscular e a melhora da força.
Reposição hormonal
Em alguns casos, a reposição hormonal pode ser indicada, especialmente se a atrofia estiver relacionada a desequilíbrios hormonais. A consulta com um profissional de saúde é fundamental para avaliar essa possibilidade.
Tratamento de doenças subjacentes
Para a atrofia neurogênica, é crucial tratar as doenças que estão causando a condição. Algumas das principais doenças associadas à atrofia muscular neurogênica incluem:
- Doença de Lou Gehrig (Esclerose Lateral Amiotrófica);
- Síndrome de Guillain-Barré;
- Doença de Charcot-Marie-Tooth;
- Distrofia Muscular de Duchenne e Becker;
- osteoartrite;
- neuropatia;
- poliomielite;
- esclerose múltipla.
O tratamento adequado dessas condições pode levar à melhoria significativa dos sintomas de atrofia muscular.
Medicação
No caso de atrofia muscular neurogênica, a medicação pode ser necessária, sendo importante que cada paciente tenha um tratamento específico baseado na sua condição. A combinação de medicamentos com fisioterapia e exercícios físicos geralmente proporciona melhores resultados.
Suplementos nutricionais
Os suplementos nutricionais são frequentemente utilizados para auxiliar na recuperação e fortalecimento muscular. Produtos, como magnésio e o ômega 3, são exemplos de suplementos que podem ser benéficos, dependendo da causa da atrofia. No entanto, é essencial que o uso de suplementos seja discutido com um profissional de saúde para garantir sua eficácia e segurança.
Adotar uma abordagem multidisciplinar que inclua exercícios físicos, fisioterapia, nutrição e, quando necessário, medicação, é fundamental para o sucesso do tratamento da atrofia muscular e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
A atrofia muscular tem cura?
A atrofia muscular não possui cura definitiva, mas é uma condição que pode ser gerida por meio de tratamentos eficazes. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada desempenham papéis cruciais na minimização dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Referências
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- Dietary Anthocyanins and Insulin Resistance: When Food Becomes a Medicine
- Blood orange juice consumption increases flow-mediated dilation in adults with overweight and obesity: A randomized controlled trial
- Efeitos anti-adipogênicos e antioxidantes de um extrato padronizado de laranjas sangue Moro ( Citrus sinensis (L.) Osbeck) durante a diferenciação de adipócitos de pré-adipócitos 3T3-L1
- Cyanidin-3- O-Glucoside and Cyanidin Protect Against Intestinal Barrier Damage and 2,4,6-Trinitrobenzenesulfonic Acid-Induced Colitis
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Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.
Criado em 14 de Outubro de 2024