Atualizado em 17 de Janeiro de 2025
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

Espasmos musculares: qual a causa e como tratar?


Se você já sentiu algum músculo do seu corpo se mover ou contrair de forma involuntária, significa que você já experienciou um episódio de espasmos musculares involuntários no corpo, o que é bastante comum. Porém, se esse episódio tem acontecido de forma recorrente, é importante que você entenda melhor o que pode estar causando isso e como prevenir que eles ocorram.
O que é espasmo muscular?
Espasmo muscular é o termo usado para fazer referência a contrações musculares involuntárias. É comum acontecer espasmos musculares nas pernas e pés, espasmos musculares no braço e mão, músculos intercostais, abdômen e face. Em sua maioria, são indolores, duram entre segundos e minutos e cessam da mesma forma que iniciaram - por conta própria.
Porém, também há espasmos musculares que vêm acompanhados de dor - as chamadas cãibras musculares. As cãibras também são contrações musculares episódicas e involuntárias, que promovem a sensação do músculo pulsando ou enrijecendo sozinho, mas são acompanhadas de uma dor aguda.
Os mecanismos fisiológicos dos espasmos musculares ainda não foram totalmente elucidados, mas, hoje, se sabe que existem alguns grupos de maior risco, como: atletas, idosos, gestantes, pessoas com sobrepeso ou obesidade e portadores de doenças neurológicas e hepáticas.
Saiba mais sobre
TRIO MAGNÉSIO
O Trio Magnésio é um suplemento alimentar que contém uma combinação única de três tipos de magnésio para melhorar a absorção e os benefícios para a saúde. Um desses tipos é o magnésio dimalato, uma forma de magnésio que tem biodisponibilidade destacada. Além do magnésio dimalato, o Trio Magnésio também contém óxido de magnésio e bisglicinato de magnésio.
O que causa espasmos musculares?
Espasmos musculares são bastante comuns, geralmente ocorrem como um fenômeno isolado e não apresentam motivo de grandes preocupações. As principais causas estão associadas a:
- desidratação;
- fadiga muscular causada pelo excesso de uso daquele músculo (como passar horas na frente das telas e, no final do dia, sentir a musculatura do olho pulsando);
- exercícios físicos intensos ou realizados sem o alongamento adequado;
- fatores psicológicos como estresse e ansiedade.
Além desses aspectos, alguns estudos sugerem como uma das principais causas, um possível desequilíbrio hidroeletrolítico, ou seja, baixos níveis de alguns minerais foram encontrados em indivíduos que apresentavam episódios de espasmos musculares recorrentes, especialmente de magnésio.
Entretanto, mesmo sendo um sintoma bastante comum e tendo como causa, na maior parte das vezes, aspectos corriqueiros, é também um sintoma presente em doenças neuromusculares.
Quando o espasmo muscular é preocupante?
Apesar de terem mecanismos patogênicos pouco conhecidos, os espasmos musculares - especialmente as cãibras - apresentam origem neurogênica e podem estar associadas a doenças neuromusculares, como poliomielite e polineuropatias, assim como à distúrbios sistêmicos, tal qual distúrbios metabólicos associados à insuficiência renal ou hepática e distúrbios da glândula tireoide e paratireoides.
Conforme mencionado, os espasmos geralmente não apresentam origens preocupantes e raramente podem indicar doenças neurológicas subjacentes, porém, caso estejam ocorrendo com uma frequência alta, é bom se atentar ao que pode estar por trás.
Além da frequência, uma forma de saber se os espasmos musculares são apenas sintomas corriqueiros ou se fazem parte de uma condição neurológica de maior gravidade, é prestar atenção se eles surgem associados a outros sintomas, como:
- dores de cabeça ou nas costas;
- fraqueza muscular;
- dormência ou sensação de formigamento na região;
- fisgadas de dor;
- paralisia ou má coordenação dos movimentos;
- visão dupla;
- distúrbios do sono.
Se você se identifica com as situações relatadas acima ou têm dúvidas se você se encaixa nesses quadros, busque ajuda médica.
Aproveite e veja também
O que fazer para acabar com os espasmos musculares
Geralmente, assim como iniciam, os espasmos param sem a necessidade de intervenção. Entretanto, existem algumas formas de auxiliar nosso organismo a parar com eles mais rápido:
- massagear e alongar a região até aliviar os sintomas;
- interromper a atividade que o levou ao espasmo muscular - como correr, ficar na frente das telas;
- colocar alguma fonte de calor na região da musculatura tensionada, como uma bolsa de água quente ou um banho quente;
- se estiver se sentindo ansioso ou estressado, procure fazer uma pausa para praticar alguns exercícios de respiração para induzir a um estado de relaxamento.
Existe prevenção para os espasmos musculares?
Para evitá-los, algumas práticas podem ser incorporadas no dia a dia, como:
- manter-se hidratado;
- realizar alongamento diariamente, especialmente antes e depois da prática de alguma atividade física;
- massagear áreas fatigadas após o exercício físico;
- realizar atividades de relaxamento e lazer, assim como trabalhar aspectos psicológicos para lidar com atividades da rotina sem elevar o nível de estresse.
Ademais, manter o equilíbrio hidroeletrolítico através de uma alimentação adequada, com bom aporte de minerais é muito importante. Nesse contexto, um dos minerais apontados por estudos como protagonista na redução dos episódios de espasmos musculares é o Magnésio.
Segundo estudos, o magnésio é um mineral responsável por atuar na transmissão neuromuscular e na contração da musculatura. Por isso, a falta de magnésio pode predispor o músculo a espasmos e cãibras. Prover magnésio para o corpo por meio de alimentos ou suplementos como o magnésio quelato pode ser importante para evitar e auxiliar em tais sintomas.
Portanto, da próxima vez que você tiver um episódio de espasmos musculares ou cãibras, verifique se você tem consumido fontes de magnésio diariamente. Caso esses episódios se tornem frequentes, não deixe de consultar um médico e comece a agir na prevenção o quanto antes.
Referências
- Walker HK, Hall WD, Hurst JW, editores. Métodos Clínicos: A História, Exames Físicos e Laboratoriais. 3ª edição. Lawrence Z. Stern e Charles Bernick . Capítulo 53 Cãibras musculares. Boston: Butterworths ; 1990.
- Barna, O., Lohoida, P., Holovchenko, Y. et al. Um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, avaliando a eficácia do monohidrato de óxido de magnésio no tratamento de cãibras noturnas nas pernas. Nutr J 20 , 90 (2021). https://doi.org/10.1186/s12937-021-00747-9
- Barrel, Amanda. Why do muscle spasms happen? Medical News Today. May 5, 2020.
- FERNANDES, Edilane Santana; DA SILVA, Maria Célia Temoteo; DRAEGER, Cainara Lins. VITAMINA DE MAGNÉSIO: IMPORTÂNCIA DESSES NUTRIENTES PARA SAÚDE MUSCULAR. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 5, p. 2800-2814, 2022.
- MICUCI, Angelo Jorge Queiroz Rangel et al. Efeito do pré-tratamento com sulfato de magnésio sobre a duração do bloqueio neuromuscular intenso e profundo com rocurônio: estudo clínico aleatório e duplamente encoberto. 2018.
- Martinec N, Balbino S, Dobša J, Šimunić-Mežnarić V, Legen S. Macro- and microelements in pumpkin seed oils: Effect of processing, crop season, and country of origin. Food Sci Nutr. 2019 Apr 6;7(5):1634-1644. doi: 10.1002/fsn3.995. PMID: 31139376; PMCID: PMC6526651.
Texto escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Criado em 17 de Abril de 2023