Sangue grosso: o que é, sintomas, causas e tratamento

O sangue grosso pode resultar em graves problemas para a saúde, como formação de trombos e risco aumentado para quadros de AVC.

Portanto, é fundamental tomar os devidos cuidados para prevenir e tratar o engrossamento do sangue. Confira abaixo como fazer isso.

O sangue é formado por uma parte líquida - chamada de plasma, que corresponde a mais de 50% do seu conteúdo - e por uma parte sólida, que são os compostos levados pelo sangue, como glóbulos vermelhos e brancos. 

O engrossamento do sangue, ou sangue grosso, se dá por um desequilíbrio dos compostos protéicos que atuam na coagulação sanguínea, podendo estar em maior ou menor quantidade do que o normal. 

Também pode ser causado em decorrência do aumento de componentes do sangue, como hemácias e imunoglobulinas, levando o sangue a um aspecto espesso e dificultando sua passagem pelos vasos sanguíneos. 

Alguns fatores podem estar associados à formação do sangue grosso, os principais são:

Os sintomas do sangue grosso, incluem:

Em casos mais graves, poderá ser sentido falta de ar, confusão mental e desmaio. É imprescindível procurar socorro médico se houver identificação com os sintomas citados. 

O quadro de sangue grosso pode desencadear complicações significativas, como a formação de coágulos que obstruem a circulação sanguínea, levando ao entupimento de veias e artérias. 

Isso pode resultar em condições graves como AVC e trombose, especialmente nas pernas, além de impedir que nutrientes importantes cheguem onde deveriam, levando a um prejuízo sistêmico no funcionamento do organismo. 

Além disso, o sangue grosso exige um esforço maior do sistema cardiovascular para garantir que o sangue alcance todas as partes do corpo e transporte os nutrientes necessários. Esse esforço adicional pode afetar seriamente o coração, podendo, inclusive, levar a um infarto do miocárdio.

O sangue grosso aumenta o risco de formação de trombose, uma condição em que o sangue coagula em uma determinada região do vaso sanguíneo, bloqueando a área e impedindo a circulação.

Esse coágulo pode se deslocar para locais perigosos, como o cérebro, pulmão e coração, obstruindo regiões vitais e representando um risco significativo para a vida.

Existem dois tipos de trombose: a arterial, onde o trombo se forma em uma artéria, e a venosa, onde o trombo se localiza em uma veia.

A trombose arterial é uma condição mais rara, entretanto de maior gravidade. Artérias são estruturas que levam o sangue rico em oxigênio dos pulmões para o resto do corpo, ou seja, um trombo nas artérias impede a levada de nutrientes para importantes tecidos. 

Já a trombose venosa é mais comum, pois as veias levam o sangue dos tecidos de volta para o pulmão, agindo contra a gravidade e percorrendo o caminho mais lentamente, abrindo maiores brechas para a coagulação sanguínea. 

Geralmente, a trombose venosa é do tipo superficial, ou seja, ela ocorre próximo à superfície da pele, sendo possível identificá-la como uma região levemente inchada e roxa, muito comum nas pernas e pés, que são os locais mais distantes do centro do corpo.

Já a trombose venosa profunda, fica localizada próximo aos órgãos e em regiões mais distantes da superfície do corpo.

A alimentação tem bastante influência no tratamento do sangue grosso, por meio da melhora da circulação e da prevenção de complicações.

Um importante nutriente, cuja administração deve ser cautelosa em pacientes com sangue grosso, é a vitamina K. Descoberta em 1929 como um fator anti-hemorrágico, a vitamina K participa da formação de um composto chamado ácido gama carboxiglutâmico, que compõem importantes fatores de coagulação.*

Portanto, a vitamina K é um composto essencial na formação de coágulos. Ela é produzida pelas bactérias do intestino e é encontrada, principalmente, em vegetais, folhosos, óleos e gorduras.

Dessa forma, a ingestão excessiva de alimentos ricos em vitamina K pode dificultar a ação da medicação no corpo de quem faz uso de anticoagulantes para tratar o sangue grosso. Porém, a falta pode favorecer o aparecimento de hemorragia.

Aqui vão algumas dicas importantes para quem faz uso de anticoagulante para tratar o sangue grosso:

Geralmente, o tratamento para sangue grosso envolve o acompanhamento médico e uso de medicamentos anticoagulantes, para diluir o sangue e evitar a formação de trombos e complicações como AVC e embolia pulmonar.

Ainda é possível associar hábitos que auxiliam no tratamento, como prática de atividade física, fisioterapia, massagem para estimular a circulação, consumo adequado de água e uso de meias de compressão.

Um ótimo suplemento para ser incluído no tratamento de sangue grosso, é o ômega 3. 

Apesar de não interferir diretamente no afinamento sanguíneo, estudos * * revelam que o ômega 3 auxilia na saúde cardiovascular e pode atuar na prevenção dos possíveis riscos relacionados ao sangue grosso - como infarto do miocárdio - além de, por meio do controle do colesterol, contribuir para a saúde dos vasos sanguíneos e evitar a formação de trombos.

Ao desconfiar de problemas relacionados ao sangue grosso, é recomendado procurar auxílio médico para obter o correto diagnóstico e dar início ao tratamento, a fim de prevenir complicações.