Atualizado em 20 de Janeiro de 2025
Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

Leite empedrado: conheça os sintomas e o que fazer


O leite empedrado é uma das preocupações mais comuns enfrentadas por mães que amamentam, especialmente nos primeiros dias após o nascimento do bebê.
Embora seja uma condição frequente e geralmente temporária, pode causar desconforto significativo e, em casos mais graves, comprometer a continuidade da amamentação, afetando tanto a mãe quanto o bebê.
Mas você sabia que algumas práticas simples podem reduzir significativamente o risco de empedramento? Por outro lado, descuidos ou medidas inadequadas podem agravar o problema, transformando algo inicialmente gerenciável em complicações mais sérias, como mastite.
Para evitar isso, é fundamental entender as causas, reconhecer os sintomas e adotar estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
Continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber para lidar com o leite empedrado de forma segura e prática, garantindo uma experiência de amamentação mais tranquila e saudável!
O que é leite empedramento do leite?
O leite empedrado, conhecido cientificamente como ingurgitamento mamário, é uma condição que ocorre quando há acúmulo excessivo de leite nas mamas, dificultando sua saída e causando desconforto.
Esse problema é comum, especialmente nos primeiros dias após o parto, quando a produção de leite está em adaptação às necessidades do bebê.
As mamas podem ficar inchadas, endurecidas e apresentar sensação de peso. Em alguns casos, a pele pode ficar esticada e nódulo de leite empedrado podem ser percebidos ao toque, sinalizando que o leite está retido nos ductos mamários.
Causas do leite empedrado
As causas desse problema estão frequentemente relacionadas a questões que afetam o fluxo e o esvaziamento das mamas durante a amamentação. Confira as principais razões que podem levar ao peito com leite empedrado:
1. Pega incorreta do bebê
Quando o bebê não abocanha adequadamente a aréola ou faz a sucção apenas no mamilo, o esvaziamento da mama é comprometido. Isso pode levar ao acúmulo de leite e ao endurecimento dos seios.
2. Sucção ineficaz
Se o bebê tem dificuldade de sucção devido a fatores, como fraqueza, cansaço ou algumas condições médica, o leite pode se acumular, causando desconforto e dor.
3. Mamadas infrequentes ou controladas
Longos intervalos entre as mamadas, seja por rotina do bebê ou escolha da mãe, podem fazer com que o leite produzido não seja utilizado, acumulando-se nos ductos mamários.
4. Produção excessiva de leite
Nos primeiros dias após o parto, é comum que a produção de leite seja maior do que o necessário para atender às demandas do bebê. Esse excesso, quando não esvaziado adequadamente, pode causar empedramento.
5. Técnica inadequada de amamentação
Erros no posicionamento do bebê ou falta de orientação sobre como amamentar podem resultar no esvaziamento parcial das mamas, aumentando o risco de empedramento.
6. Uso de medicamentos que aumentam a produção de leite
Certos medicamentos, como metoclopramida e domperidona, podem estimular a produção de leite. Quando usados sem necessidade ou orientação médica, podem contribuir para o acúmulo.
7. Compressas quentes aplicadas de forma inadequada
Embora compressas mornas sejam úteis para facilitar o fluxo de leite, seu uso excessivo ou prolongado pode estimular ainda mais a produção, agravando o empedramento.
8. Esvaziamento incompleto das mamas
Após a amamentação, se parte do leite permanecer retido, a condição pode piorar com o tempo, levando ao endurecimento e à obstrução dos ductos.
9. Atraso no início da amamentação
Demorar para iniciar a amamentação após o parto pode comprometer o fluxo regular de leite, favorecendo o acúmulo.
Sintomas de leite empedrado
Se você está se perguntando como saber se o leite está empedrado, fique atento aos sinais, incluindo:
- mamas doloridas e sensíveis ao toque: a dor pode variar de moderada a intensa, tornando o simples contato com a área desconfortável;
- endurecimento das mamas: áreas da mama podem ficar rígidas ou apresentar caroços devido ao leite acumulado;
- inchaço e aumento do tamanho dos seios: as mamas podem parecer maiores e mais volumosas do que o habitual;
- dificuldade na saída do leite: o leite pode fluir lentamente ou não sair, mesmo com a sucção do bebê ou extração manual;
- pele esticada e brilhante: a pele da mama pode parecer tensa, indicando o excesso de leite retido;
- sensação de calor ou seios quentes: é comum sentir calor na região, um sinal de que o leite está acumulado nos ductos;
- pele avermelhada: em casos mais graves, áreas da mama podem apresentar vermelhidão, indicando inflamação local;
- febre e mal-estar geral: esses sintomas podem surgir em casos avançados de leite empedrado, podendo indicar o início de uma mastite.
Quando o empedramento pode ocorrer?
Os sintomas de leite empedrado são mais frequentes nos primeiros dias de amamentação, quando o corpo ainda está ajustando a produção de leite, ou em fases posteriores, como no desmame, quando o bebê passa a consumir menos leite e a mama não é esvaziada adequadamente.
Atenção aos sinais de agravamento
Se os sintomas de leite empedrado persistirem por mais de dois dias, acompanhados de febre, dores intensas ou sinais de infecção, é fundamental buscar orientação médica.
Diagnósticos precoces evitam complicações, como mastite ou abscessos mamários, garantindo uma experiência de amamentação mais saudável.
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Como prevenir o empedramento do leite e o que fazer quando está empedrado?
Embora seja uma situação incômoda, há diversas maneiras de prevenir o problema por meio de práticas adequadas, como técnicas corretas de amamentação e frequência de mamadas.
Caso o empedramento ocorra, existem medidas eficazes para aliviar os sintomas e resolver a condição, garantindo uma experiência de amamentação mais confortável para a mãe e saudável para o bebê.
Leite empedrado: o que fazer para prevenir?
A seguir, confira dicas importantes para evitar o empedramento do leite:
- amamentação frequente e sob livre demanda: oferecer o seio sempre que o bebê demonstrar fome ajuda a manter as mamas esvaziadas, evitando o acúmulo de leite;
- técnica correta de amamentação: certifique-se de que o bebê esteja bem posicionado e com a pega correta, abocanhando boa parte da aréola e não apenas o mamilo;
- esvaziamento completo das mamas: durante cada mamada, permita que o bebê sugue até esvaziar completamente a mama antes de oferecer a outra;
- massagem preventiva: realizar massagens suaves nas mamas pode estimular o fluxo de leite e prevenir o bloqueio dos ductos;
- evite intervalos prolongados: tente não prolongar muito os intervalos entre as mamadas, mesmo à noite, para evitar o acúmulo de leite;
- cuidados no desmame: durante o desmame, reduza gradualmente a frequência das mamadas para evitar a produção excessiva de leite.
O que fazer quando o leite já está empedrado?
Se o empedramento já ocorreu, é fundamental tomar medidas para aliviar o desconforto e restabelecer o fluxo de leite. Saber como tirar leite empedrado pode fazer toda a diferença, seja por meio de técnicas de massagem, compressas mornas ou extração manual para facilitar a saída do leite e reduzir a dor.
- amamente regularmente: continue oferecendo o peito, mesmo que esteja dolorido, pois a sucção do bebê é a maneira mais eficaz de esvaziar a mama;
- massageie suavemente: antes ou durante a amamentação, realize movimentos circulares com as mãos nas áreas endurecidas, sempre em direção ao mamilo, para estimular a saída do leite;
- use compressas mornas: antes de amamentar, aplique uma compressa morna na mama para facilitar o fluxo de leite. após a mamada, utilize compressas frias para aliviar o inchaço e a dor;
- ordenhe o excesso de leite: caso o bebê não consiga abocanhar a mama devido ao inchaço, extraia um pouco de leite manualmente ou com uma bomba até que a mama fique mais macia;
- consulte um profissional: caso os sintomas persistam ou se agravem, procure uma consultora de amamentação ou um médico para avaliar a situação e indicar o melhor tratamento.
Como aliviar a dor do leite empedrado?
Para aliviar a dor causada pelo leite empedrado, é importante aplicar compressas frias após as mamadas pode ajudar a reduzir a inflamação e o desconforto. Um banho morno também pode ser útil, pois relaxa a musculatura e estimula o fluxo de leite, facilitando o esvaziamento das mamas.
Em situações mais graves, um médico pode prescrever analgésicos seguros para aliviar a dor, garantindo o bem-estar da mãe durante a amamentação.
Embora o ômega 3 e a vitamina D não estejam diretamente ligados à prevenção ou tratamento do empedramento do leite, sua presença na dieta da mãe é essencial para a saúde geral durante a amamentação.
O ômega 3, especialmente o DHA, contribui para o desenvolvimento neurológico e visual do bebê, enquanto a vitamina D é fundamental para a saúde óssea e imunológica da mãe e do lactente.
Esses nutrientes devem ser obtidos por meio de uma alimentação equilibrada ou suplementação adequada, sempre sob a orientação de um nutricionista ou profissional de saúde especializado.
É fundamental consultar um profissional de saúde capacitado antes de iniciar qualquer suplementação, devido à individualidade de cada mãe e à necessidade de adequar as doses corretamente.
Suplementar sem orientação adequada pode ser prejudicial, pois algumas substâncias podem ser transferidas para o leite materno e impactar o bebê de maneira negativa.
Referências
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- Citrus Flavonoids as Promising Phytochemicals Targeting Diabetes and Related Complications: A Systematic Review of In Vitro and In Vivo Studies
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- A Study on Supplement Containing Moro (Citrus Sinensis (L.) Osbeck) Orange Extract of a Randomized Placebo-controlled Trial Part 2: Analysis of Efficacy on BMI Reduction
- Dietary Anthocyanins and Insulin Resistance: When Food Becomes a Medicine
- Blood orange juice consumption increases flow-mediated dilation in adults with overweight and obesity: A randomized controlled trial
- Efeitos anti-adipogênicos e antioxidantes de um extrato padronizado de laranjas sangue Moro ( Citrus sinensis (L.) Osbeck) durante a diferenciação de adipócitos de pré-adipócitos 3T3-L1
- Cyanidin-3- O-Glucoside and Cyanidin Protect Against Intestinal Barrier Damage and 2,4,6-Trinitrobenzenesulfonic Acid-Induced Colitis
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- Dietary Anthocyanins and Insulin Resistance: When Food Becomes a Medicine
Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.
Criado em 20 de Janeiro de 2025