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Ômega-3 para gestante: qual o melhor e quais seus benefícios

O ômega-3 é um ácido graxo essencial importante em todas as fases da vida! Entretanto, o consumo é vital durante a gestação, pois a sua falta pode impactar gravemente no desenvolvimento do bebê. 

Apesar da relevância, pesquisas recentes indicam que muitas gestantes no mundo inteiro não consomem ômega 3 suficiente por diversas razões - e uma delas é a preocupação com os efeitos adversos do mercúrio acumulado nos peixes. No entanto, existem outras fontes de ômega 3 que não são provenientes do óleo de peixe e que podem suprir a demanda aumentada desse ácido graxo no período gestacional. Saiba, agora, qual o melhor ômega 3 para gestante e como tomar.

Qual o melhor ômega 3 para gestantes?

De forma objetiva, o melhor ômega 3 para gestante é aquele livre de contaminantes, como mercúrio, em uma dosagem adequada e com a maior pureza possível.

Sobre o mercúrio, em 2004 o FDA publicou diretrizes que aconselham as gestantes a reduzir o consumo de frutos do mar para limitar a exposição fetal a vestígios de neurotoxinas como o metilmercúrio. Como esse metal pesado atravessa a placenta, a maioria dos estudos sugerem que as gestantes tomem cuidado com o consumo de peixes, pois a exposição ao mercúrio pode causar danos neurológicos generalizados no bebê em formação. 

Mas, qual a saída para suprir a demanda aumentada de ômega 3 na gestação se esse nutriente é majoritariamente proveniente do óleo de peixe? Felizmente, existe o ômega 3 vegano que pode ajudar nisso! Esse suplemento de ômega 3 contém DHA proveniente de algas e não de peixes.

O ômega 3 de algas é uma excelente alternativa ao óleo de peixe, não só por evitar a exposição a contaminantes, mas também para aquelas gestantes que são vegetarianas, veganas ou que simplesmente não suportam o odor e retrogosto de peixe característico. O suplemento de ômega 3 vegano é tão eficiente quanto aquele oriundo do óleo de peixe, porque os próprios peixes obtêm esse ácido graxo por meio do consumo das algas. Então, ao escolher o ômega 3 de algas, você está apenas "pulando" o intermediário e consumindo esse ácido graxo diretamente da fonte original.

Acerca da dosagem, o médico que acompanha a gestante é o profissional mais indicado para orientar sobre a quantidade de ômega 3 necessária para suprir a demanda da mulher nesse período. No entanto, a maioria das diretrizes oficiais recomendam adicionar 200 mg de DHA além da dosagem regular no período gestacional e depois durante a amamentação.

Em relação ao atributo de pureza, o melhor ômega 3 para gestante é aquele cultivado de forma sustentável em um ambiente que não é exposto a contaminantes ou outros produtos nocivos. Obter uma fonte limpa de ômega 3 por meio do óleo de peixe pode ser um grande desafio, pois, infelizmente, os oceanos estão repletos de contaminantes como metais pesados. 

Esse é mais um motivo para as gestantes darem preferência ao ômega 3 vegano, em que o DHA é oriundo de microalgas cultivadas em ambientes controlados. Sendo assim, o ômega 3 de algas representa uma fonte mais "limpa" desse ácido graxo.

5 benefícios do ômega 3 na gestação

Os diversos benefícios do ômega 3 são indiscutíveis em todas as idades, entretanto, o consumo desse ácido graxo é especialmente importante durante a gravidez. Há 5 benefícios do ômega 3 na gestação que merecem destaque:

1. Participa do neurodesenvolvimento do feto

Esse é talvez o propósito mais bem estabelecido e importante do ômega na gestação. Estudos revelam que o DHA é um componente crítico das membranas celulares do cérebro, onde se estabelece a função neural e o metabolismo dos neurotransmissores. O acúmulo desse ácido graxo no cérebro do bebê começa no útero pela transferência placentária, portanto, isso significa que as concentrações de DHA no bebê são determinadas pela dieta materna. Diversos estudos confirmam que o consumo de ácidos graxos ômega 3 durante a gravidez está associado a melhores resultados no desenvolvimento neurológico da criança.

2. Participa da formação da retina do bebê

A visão também é um fator que se estabelece com a participação imprescindível do ômega 3 na gestação. De acordo com estudos, a concentração de DHA é alta nos fosfolipídios da retina onde a função visual se estabelece. O ácido docosahexaenóico (DHA), em especial, é um lipídio estrutural que representa 93% das gorduras presentes na retina, sendo particularmente importante durante o terceiro trimestre de gestação até os 18 meses de vida do bebê. Tanto a ingestão materna de ômega 3, quanto as concentrações circulantes desse ácido graxo, são determinantes das concentrações sanguíneas fetais de DHA.

3. Diminui o risco de alergias infantis

Um histórico familiar de doenças alérgicas aumentam as chances do bebê desenvolver algum tipo de alergia também. Entretanto, o consumo de ômega 3 na gravidez pode reprimir essa tendência hereditária. De acordo com um estudo, a suplementação de ômega 3 durante a gravidez e lactação resultou em uma diminuição do risco de alergias infantis. 

Mesmo em mulheres com história familiar de doenças alérgicas, o risco dos bebês de desenvolverem alergias alimentares e eczema foi reduzido. As alergias estão intimamente conectadas ao sistema imunológico, pois as reações alérgicas são produzidas por esse sistema.

4. Diminui o risco de parto prematuro

Entrar em trabalho de parto antes da hora é um dos maiores receios das mulheres grávidas e há muitas razões que podem contribuir para isso. No entanto, existem algumas condutas que podem ajudar a evitar que isso aconteça, como a ingestão adequada de ômega 3. Em um estudo robusto, mais de 33 mil mulheres com histórico de parto prematuro anterior receberam suplementação de ômega 3 durante a gestação até o parto. Ao final, foi observado que a suplementação com esse ácido graxo promoveu uma redução do risco de parto prematuro de 33% para 21%.

5. Previne a depressão pós parto

O transtorno depressivo afeta cerca de 10% a 20% das mulheres no pós parto - e isso traz diversos impactos negativos para a mãe e para o bebê. Estudos suportam uma associação entre baixa ingestão de ômega 3 e o aumento do risco de sintomas depressivos durante a gravidez e após o parto. Isso acontece porque os ácidos graxos poliinsaturados demonstram diminuir a produção de citocinas pró-inflamatórias, que são geralmente elevadas em pessoas com depressão. Ao mesmo tempo, durante a gestação, os ácidos graxos ômega 3 são transferidos da mãe para o feto, esgotando assim, os estoques maternos.

Ômega 3 na gestação, como consumir?

Junto com o ácido fólico e outras vitaminas para grávida, o ômega 3 está entre os primeiros suplementos pré-natais recomendados pelos médicos logo quando a mulher descobre a gestação. O consumo desses ácidos graxos devem ser adotados o quanto antes pelas gestantes e, melhor ainda, se iniciado antes da concepção. 

Essa pressa pelo início da suplementação de ômega 3 se deve principalmente pelo fato de que a dieta ocidental típica é por si só deficiente em relação ao consumo desse tipo de ácido graxo. Não à toa, pesquisas revelam que a maioria das pessoas têm uma baixa ingestão de ômega 3 naturalmente. E, no início da gestação, é quando o requerimento por esse nutriente aumenta de forma expressiva, sendo crítico para a formação neural inicial do bebê.

Segundo estudos, é praticamente impossível para as gestantes atenderem às suas necessidades de ômega 3 comendo 2 porções de frutos do mar por semana (que é a quantidade segura em relação aos metais pesados). Essa porção de peixe fornece apenas 100 a 250 mg de ácidos graxos ômega 3, dos quais apenas 50 a 100 mg são de DHA. No período gestacional, a meta geral dietética de ácidos graxos ômega 3 é de 650 mg, dos quais 300 mg são DHA. Sendo assim, para suprir essa demanda, um bom suplemento de ômega 3 é indispensável e crucial para as gestantes.

O ômega 3 é de fato um dos suplementos mais importantes da gestação e deve fazer parte do dia a dia da gestante até a amamentação. Toda mulher grávida busca fazer tudo que está ao seu alcance para que o bebê se desenvolva bem e nasça com saúde e isso passa por escolher o melhor ômega 3 para gestante.

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, graduada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SUL e também em Nutrição pela UNISUL. Desde 2016 trabalha em projetos de comunicação direcionados para a área da saúde.

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