Atualizado em Dezembro de 2024

Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

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Dieta para gastrite: o que comer, o que evitar e cardápio

A introdução de uma dieta para gastrite, juntamente ao tratamento medicamentoso convencional, é de extrema importância para o controle dos sintomas e a recuperação total do quadro.

 A escolha dos alimentos corretos, assim como excluir temporariamente aqueles prejudiciais, é importante para prevenir crises e evitar o desconforto. 

Impacto da dieta na gastrite

Gastrite é uma condição clínica onde há inflamação da mucosa gástrica, que é a parede que reveste o estômago. Essa gastrite pode apresentar diversas causas, como uso de medicamentos, estresse crônico ou presença da bactéria H. Pylori. Ela ainda pode ser pontual ou crônica, quando há persistência dos sintomas por meses.

Independente da causa, a dieta para quem tem gastrite precisa ser ajustada para auxiliar no tratamento, evitar o desencadeamento de sintomas e o agravamento da condição.

Devido ao quadro inflamatório presente na parede do estômago, o cuidado com tudo aquilo que se come deve ser redobrado para não levar à piora dos sintomas, como dor, azia e enjoo.

O manejo dessa dieta para gastrite deverá ser feito com auxílio de um médico gastroenterologista, que irá diagnosticar a condição e entrar com o tratamento medicamentoso, junto a um nutricionista, que será responsável por orientar sobre a alimentação para quem tem gastrite.

Alimentos permitidos

Em uma dieta para gastrite, o que comer deve ser sempre levado em conta como parte importante para o tratamento. Os alimentos indicados são aqueles que não causem irritação na mucosa gástrica, de fácil digestão e com potencial anti inflamatório.

Acompanhe abaixo o que é bom para gastrite:

  • Proteínas magras, como peito de frango e peixes brancos, sempre cozidos, grelhados ou assados;
  • Grãos e cereais, como arroz, aveia e tapioca;
  • Leguminosas, como feijão e lentilha, desde que feito o remolho de 16 a 24 horas;
  • Ovos;
  • Vegetais diversos;
  • Frutas não ácidas, como banana, maçã e melão;
  • Chás com propriedades digestivas, como espinheira santa e boldo, desde que se respeite um espaço de tempo entre o consumo de medicamentos e o consumo dos chás para que não ocorra interação.

Em uma dieta para gastrite, é importante comer devagar e mastigar muito bem os alimentos, para auxiliar na digestão. Também é recomendado evitar o consumo de bebidas durante as refeições, assim como não passar longos períodos sem se alimentar.

Alimentos a evitar

Por outro lado, existe uma lista de alimentos não indicados para gastrite, pois são irritantes da parede do estômago, eles podem levar à piora do quadro e provocar agravamento dos sintomas de gastrite. São eles:

  • Cafeína (café, cacau, refrigerante, chá preto, verde e branco, chá mate);
  • Alimentos muito processados ricos em aditivos alimentares;
  • Frituras;
  • Frutas cítricas (limão, laranja, tangerina, abacaxi);
  • Molhos com alto teor de gordura (molho branco, barbecue e outros);
  • Proteínas com alto teor de gordura, como coxa e sobrecoxa, e carne vermelha;
  • Pimenta e alimentos condimentados;
  • Bebidas gasosas.

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Cardápio da dieta para gastrite

Acompanhe abaixo um exemplo de Cardápio para quem tem gastrite, lembrando que é importante consultar um nutricionista para adaptá-lo à sua individualidade.

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Refeições Dia 1 Dia 2 Dia 3
Café da manhã (7:00) Crepioca (ovos com tapioca) e uvas Panqueca de banana (ovos, aveia e banana) Pão com ovos mexidos e cheiro verde
Lanche da manhã (10:00) Banana Maçã Melão
Almoço (12:30) Arroz, feijão, peito de frango grelhado e salada de alface, tomate e palmito Batata inglesa, cenoura, abobrinha e tilápia assadas no forno com um fio de azeite de oliva Purê de batata doce com legumes cozidos e peito de frango em cubos
Lanche da tarde (15:30) Bolacha de arroz com cottage e geleia Banana, maçã e mamão picadinhos com granola sem açúcar Vitamina de morango, banana, leite vegetal e aveia
Jantar (19:00) Omelete com atum Sanduíche de peito de frango e cottage Sopa de legumes com ovos
Ceia (21:00) Chá de camomila Chá de espinheira santa Chá de boldo

Ainda é possível entrar com suplementos para complementar a dieta para gastrite e auxiliar no tratamento. Um deles é o magnésio, que apresenta importante papel na regulação da acidez do estômago e no processo de digestão. 

De acordo com o estudo de caso, os efeitos do magnésio na secreção ácida e na motilidade do estômago, representam sua importância no manejo da gastrite.

Outro estudo aponta o desenvolvimento de hipomagnesemia, nome dado à falta de magnésio, como efeito colateral encontrado em pacientes que fazem uso de medicamentos para controle da secreção de ácido clorídrico, como omeprazol e pantoprazol, trazendo mais um ponto de alerta para suplementação em caso de uso desses remédios no tratamento de gastrite. 

Além do magnésio, a cúrcuma também desempenha um papel importante no tratamento da gastrite devido ao seu potencial anti-inflamatório, atuando de forma preventiva e curativa tanto na gastrite aguda quanto crônica, conforme apontado em estudo

A combinação da cúrcuma com antibióticos utilizados para tratar a gastrite causada pela bactéria H. pylori também demonstrou aumentar a eficácia do tratamento convencional. *

O que comer após uma crise de gastrite?

Logo após uma crise de gastrite, é recomendado consumir um chá de espinheira santa para aliviar o sintoma antes de comer. 

O chá deve ser preparado da seguinte forma: para cada litro de água, utilizar 4 colheres de sobremesa de folhas de espinheira santa (Maytenus ilicifolia Mart.). Ferva a água e, após retirar do fogo, adicione as ervas e abafe por 10 min. Coar, deixar esfriar um pouco e consumir uma porção de 200 ml.

Após sentir os efeitos do chá e a melhora dos sintomas, é importante comer algo leve e de fácil digestão, como uma fruta não ácida, caldo de legumes, purê de batata ou mandioca sem gordura adicionada (apenas o tubérculo cozido e amassado).

Após o diagnóstico, é fundamental buscar a orientação de um nutricionista para o manejo da dieta para gastrite, que será peça-chave no tratamento da condição. Sem os devidos cuidados com a alimentação, as chances de tornar uma gastrite crônica, além do agravamento dos sintomas, são significativamente maiores.

Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

Criado em 12 de Dezembro de 2024

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