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Dieta para H. pylori: o que comer e o que evitar

A bactéria H. pylori é responsável por grande parte dos problemas gástricos, como gastrite e úlceras. Seu tratamento envolve uma dieta específica para H. pylori, associada ao uso de antibióticos, com o intuito de acabar com seu desenvolvimento e amenizar os sintomas.

Confira abaixo como realizar uma dieta para H. pylori: quais os alimentos recomendados e os que devem ser evitados nesse período.

Impacto da dieta na infeção por H. pylori

O H. pylori (Helicobacter pylori) é uma bactéria com capacidade de se alojar na parede do estômago e levar ao aparecimento de variados distúrbios gastrointestinais. O mais leve e comum é a gastrite, porém, se não for devidamente tratada, ela pode evoluir para o quadro de úlcera gástrica ou até mesmo câncer de estômago. 

Além disso, por interferir negativamente no funcionamento do estômago, responsável por grande parte da digestão dos alimentos, pode provocar deficiência de vitamina B12 e outros nutrientes, anemia e problemas intestinais.

Dessa forma, é fundamental iniciar o quanto antes a dieta para tratamento de H. pylori, associado aos medicamentos prescritos pelo médico.

Na dieta para quem tem H. pylori, deve-se priorizar alimentos protetores da mucosa gástrica e evitar aqueles potencializadores da inflamação causada pela bactéria. Acompanhe a seguir quais são esses alimentos.

Alimentos recomendados

Adotar uma alimentação adequada para o tratamento da infecção por H. pylori, juntamente com os antibióticos prescritos pelo gastroenterologista, é uma orientação eficaz para a recuperação. 

A dieta deve priorizar alimentos de fácil digestão, já que o processo digestivo está comprometido, e incluir alimentos com propriedades anti-inflamatórias para aliviar os sintomas.

O que comer para tratar h pylori:

1. Vegetais cozidos

Os vegetais, sobretudo os crucíferos, como é o caso da couve-flor, brócolis e repolho, apresentam um papel protetor contra a bactéria, devido à presença de compostos denominados de isotiocianatos. Este composto influencia no crescimento da bactéria no organismo, inibindo a sua proliferação. * * 

A melhor forma de consumir vegetais em uma dieta para H. pylori, é na forma cozida, pois facilita a digestão.

2. Frutas sem casca

As frutas são uma fonte natural de compostos bioativos, como os polifenóis, que conferem atividade bacteriostática, auxiliam a digestão gastrointestinal e apresentam efeitos anti-inflamatórios, anticancerígenos e antioxidantes. * *

Em uma dieta para H. pylori, preferir consumir frutas sem a casca e evitar o excesso de frutas cítricas, para melhorar o processo de digestão.

3. Carboidratos brancos

É importante realizar o consumo ideal de carboidratos na dieta, pois eles são fonte de energia para o corpo combater a infecção. Não é o momento de cortar carboidratos para perda de peso.

Priorizar carboidratos não integrais, como arroz e macarrão branco, pão branco, é importante para evitar o alto teor de fibras na dieta, que dificulta a digestão e leva à piora dos sintomas.

4. Proteínas magras

Carnes brancas, como peito de frango e peixe branco, assim como cortes magros de carne vermelha, como patinho e coxão mole, são mais indicados em uma dieta para H. pylori. 

Se for possível, consumir a carne moída ou desfiada torna a digestão ainda melhor e evita sintomas como azia e má digestão. Ovos também são uma boa fonte de proteína e podem ser preparados de forma cozida, mexida ou em uma receita, o importante é evitar fritá-los em muita gordura.

Leites e derivados, como queijo e iogurte, devem ser consumidos conforme a tolerância de cada pessoa, evitando os integrais e dando preferência àqueles desnatados, que apresentam menor teor de gordura. 

5. Ômega 3

Seja via alimentação, seja via suplementação, o ômega 3 têm demonstrado auxiliar no controle da proliferação bacteriana e da inflamação estomacal causada pela H. pylori. 

Um estudo recente forneceu evidências claras de como o uso de ômega 3 pode reduzir várias doenças gástricas associadas à H. pylori e até mesmo ter efeitos preventivos contra o desenvolvimento de câncer gástrico. 

De acordo com os autores, o uso de ômega 3 influência em vários alvos do tratamento, como a proliferação e sobrevivência das bactérias e o processo inflamatório da região lesionada. 

Outro estudo colabora com essa afirmação, demonstrando os efeitos antiinflamatórios do ômega 3 na recuperação de um quadro de H. pylori.

Alimentos a evitar

Enquanto a alimentação para H. pylori deve priorizar alimentos de fácil digestão, também é essencial evitar alimentos que sejam pesados e dificultem a digestão, já comprometida pela presença da bactéria. Além disso, deve-se evitar alimentos pró-inflamatórios e irritantes para a mucosa gástrica.

O que evitar em uma dieta para quem está com H. pylori:

  • Alimentos condimentados;
  • Cafeína (café, refrigerantes, chá preto, mate);
  • Frituras;
  • Carnes gordurosas;
  • Molhos gordurosos e picantes;
  • Bebidas alcóolicas;
  • Bebidas gaseificadas;
  • Embutidos e frios;
  • Doces açucarados;
  • Frutas cítricas.

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Cardápio com dieta para H. pylori

Em uma dieta para H. pylori, é importante consumir pequenas refeições a cada três horas, aproximadamente, para evitar que o estômago fique vazio por muito tempo ou que se ingira grandes quantidades de comida em uma única refeição.

Também é fundamental evitar o consumo de líquidos durante as refeições, deixando para beber a quantidade necessária de água entre elas.

Confira um modelo de dieta para H. pylori:

CSS Selectors
Café da manhã
  • 2 fatias de pão branco
  • 2 ovos mexidos
  • 1 fatia de mamão
  • chá de erva doce sem açúcar
Lanche da manhã
  • 1 maçã sem casca
Almoço
  • 3 colheres de arroz branco
  • 1 peito de frango grelhado em um fio de azeite de oliva
  • 2 colheres de legumes cozidos no vapor com sal
Lanche da tarde
  • panqueca de banana (1 ovo + 1 banana + 2 colheres de aveia + canela)
Jantar
  • 4 colheres de batata cozida
  • 1 filé de peixe tilápia assada
  • 2 colheres de legumes cozidos no vapor com sal
Ceia
  • chá de boldo

A dieta para H. pylori auxilia no tratamento e evita a desnutrição e carência de importantes nutrientes, que podem ter sua digestão e absorção comprometidas pela doença.

O acompanhamento médico, assim como o uso de antibióticos, também é extremamente necessário.

Referências

Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

 

Artigo revisado por Rafaela Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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