Atualizado em Dezembro de 2024
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista
Dieta hipocalórica: o que é, como fazer e cardápio
Muitas estratégias milagrosas são vendidas como a solução para o emagrecimento, mas a maioria não passa de charlatanismo, levando a uma relação ruim com a comida e ao inevitável reganho de peso.
Saiba como fazer uma dieta hipocalórica de forma correta, alcançando um emagrecimento duradouro e sustentável.
O que é dieta hipocalórica?
Uma dieta é considerada hipocalórica quando possui uma quantidade baixa de calorias, geralmente menos do que o corpo gasta.
O principal objetivo desse tipo de dieta é promover a perda de peso, e para isso, é essencial que haja um déficit calórico, fazendo com que o organismo entre em um estado de escassez e levando-o a utilizar os estoques de gordura como fonte de energia para suas atividades diárias.
É importante notar que as abordagens para alcançar esse objetivo podem variar de pessoa para pessoa. Existem diversas estratégias que podem ser adotadas em uma dieta hipocalórica, desde que garantam o déficit calórico necessário para a perda de gordura.
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Benefícios da dieta hipocalórica
A dieta hipocalórica oferece diversos benefícios ao promover a redução da gordura corporal, tais como:
- Diminuição do peso corporal e do percentual de gordura
- Melhora na definição muscular
- Aumento do desempenho físico em atividades como corrida e ciclismo
- Melhora da sensibilidade à insulina
- Melhora do perfil lipídico
- Redução do risco cardiovascular
- Auxílio no tratamento da esteatose hepática
- Diminuição do risco articular devido à perda de peso
- Aumento da autoestima e da qualidade de vida
Quando bem implementada e supervisionada por profissionais, a dieta hipocalórica não só ajuda na perda de medidas corporais, mas também reduz o percentual de gordura, desencadeando uma série de benefícios.
Para aqueles que buscam uma melhora estética, a redução da gordura localizada proporciona maior definição da massa muscular, pois diminui a camada de gordura que cobre os músculos.
Além dos aspectos estéticos, a dieta hipocalórica também aprimora o desempenho físico de atletas em modalidades que dependem da relação peso-potência, como corredores e ciclistas, que se beneficiam de um peso mais leve para otimizar sua performance.
Essa abordagem também auxilia no controle de doenças relacionadas ao excesso de peso, como a resistência à insulina. Pesquisas mostram que a perda de gordura por meio da restrição calórica e da atividade física pode aumentar a sensibilidade à insulina.
Além disso, a melhora do perfil lipídico e a redução do risco cardiovascular, resultantes da perda de peso, são importantes vantagens da dieta hipocalórica. Estudos * indicam que uma redução de apenas 5% do peso inicial pode diminuir os fatores de risco cardiovascular associados à obesidade, como hipertensão e diabetes.
A esteatose hepática, ou gordura no fígado, é outra condição que pode ser mitigada com a dieta hipocalórica, pois o excesso de peso é um dos principais contribuintes para esse problema.
Alimentos permitidos
Durante a dieta hipocalórica, é vantajoso priorizar alimentos que promovem maior saciedade e têm menor densidade calórica. Algumas opções recomendadas incluem:
- Verduras e legumes;
- Sementes (abóbora, girassol, chia, linhaça);
- Frutas vermelhas;
- Leguminosas (como feijão, lentilha e grão-de-bico);
- Cereais integrais (arroz, quinoa, aveia);
- Ovos;
- Carnes magras;
- Peixes brancos;
- Oleaginosas.
Alimentos a evitar
Em contrapartida, é importante evitar alimentos altamente calóricos que oferecem pouca saciedade e podem aumentar a vontade de comer. Reduzir o consumo desses alimentos é essencial para uma dieta cutting saudável e bem-sucedida. Veja quais são eles:
- Ultraprocessados (como salgadinho e bolacha recheada);
- Doces açucarados (como bolo, chocolate e sorvete);
- Frituras e fast foods (como batata frita, pizza, hambúrguer);
- Carnes gordurosas e embutidos;
- Molhos gordurosos e excesso de óleo no preparo de alimentos;
- Farinhas brancas;
- Bebidas açucaradas (achocolatado, refrigerante, sucos adoçado
- Bebida alcoólica.
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Acompanhe abaixo um exemplo de cardápio para dieta hipocalórica:
Refeições | Opção 1 | Opção 2 | Opção 3 |
---|---|---|---|
Café da manhã | Ovos mexidos com abacate e morango | Batida com leite semi desnatado, proteína vegetal e aveia em flocos finos | ½ mamão papaia com iogurte, aveia e semente de chia |
Almoço | Peito de frango grelhado, arroz integral, feijão e salada com um fio de azeite de oliva | Bife de patinho, batata inglesa assada com legumes cozidos no vapor | Peixe branco, quinoa com ervilha e salada com um fio de azeite de oliva |
Lanche da tarde | Iogurte desnatado natural com uva, proteína vegetal e mix de sementes | Bolacha de arroz com abacate, cottage e temperos | Panqueca de banana (ovos, banana e farinha de aveia) com calda de proteína vegetal (proteína com um pouco de água até dar ponto) |
Jantar | Salmão com purê de batatas e legumes assados | Omelete de atum, queijo branco e tomate | Sopa de abóbora com gengibre e carne moída de patinho |
Suplementos para dieta hipocalórica
As proteínas desempenham um papel fundamental nessa dieta, ajudando a reduzir a ingestão de carboidratos, proporcionando maior saciedade nas refeições e contribuindo para o ganho de massa muscular. Esses aspectos são essenciais para a perda de peso.
Além disso, um bom aporte de proteínas em uma dieta hipocalórica previne a perda de massa muscular, que é crucial para evitar a flacidez e potencializar a perda de gordura. Uma maior quantidade de massa muscular também eleva o gasto energético em repouso e melhora a sensibilidade à insulina. *
Uma maneira de atingir esses objetivos é incluir suplementos proteicos na dieta hipocalórica. Esses suplementos como whey protein e proteína vegetal ajudam a alcançar a meta de proteína de forma prática e são extremamente versáteis, podendo ser usados em diversas receitas e incorporados em lanches intermediários, que costumam ser os momentos mais desafiadores para atingir a ingestão adequada de proteínas.
Quanto tempo dura uma dieta hipocalórica?
A duração é determinada em conjunto com o nutricionista, que é quem definirá as calorias da dieta hipocalórica e sua evolução conforme o progresso. Vários fatores devem ser considerados para essa recomendação, incluindo o percentual de gordura, a evolução das medidas, a adesão à dieta, o treinamento físico e os exames bioquímicos.
Não se recomenda que essa definição seja baseada apenas no peso na balança, pois ele não reflete a verdadeira composição corporal e pode indicar perda de massa muscular ou água em vez de gordura.
Por isso, o nutricionista acompanhará as medidas corporais e, com base nos resultados obtidos, irá identificar a duração adequada da dieta hipocalórica para cada caso.
Para obter uma dieta hipocalórica personalizada, com a quantidade exata de calorias ajustada às suas necessidades, é fundamental contar com a orientação de um nutricionista.
Referências
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- ARAUJO, Fernanda de Melo Lima; DA SILVA, Leonardo Roberto Bosco; DE SOUZA, Marcio Leandro Ribeiro. Modulação dos níveis de insulina pelo consumo de carboidratos e os efeitos no tecido adiposo durante o emagrecimento: uma revisão. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 16, n. 100, p. 200-216, 2022.
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- Souza, L. J. de ., Gicovate Neto, C., Chalita, F. E. B., Reis, A. F. F., Bastos, D. A., Souto Filho, J. T. D., Souza, T. F. de ., & Côrtes, V. A.. (2003). Prevalência de obesidade e fatores de risco cardiovascular em Campos, Rio de Janeiro. Arquivos Brasileiros De Endocrinologia & Metabologia, 47(6), 669–676.
- MUNHOZ, Mariane Pravato; SERRA, Tairine Fiorotto; DOS ANJOS, Jefersnon Colevatti. ESTEATOSE HEPATICA GORDUROSA NÃO ALCOOLICA: EFEITOS DA TERAPIA NUTRICIONAL E PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIOS FÍSICOS COMO TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO. Revista Saúde UniToledo, v. 4, n. 1, 2020.
- Lira, A. R. F., Oliveira, F. L. C., Escrivão, M. A. M. S., Colugnati, F. A. B., & Taddei, J. A. A. C.. (2010). Esteatose hepática em uma população escolar de adolescentes com sobrepeso e obesidade. Jornal De Pediatria, 86(1), 45–52.
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Criado em 13 de Dezembro de 2024