
Lúpus é hereditário? Diagnóstico, sintomas e tratamentos


O lúpus é hereditário? Essa é uma dúvida comum entre aqueles que têm familiares com a doença ou desejam entender mais sobre suas causas. Embora o lúpus tenha um componente genético, ele não é considerado hereditário no sentido estrito, pois não é transmitido diretamente de pais para filhos.
Este artigo explorará em detalhes o diagnóstico, assim como os sintomas e os tratamentos do lúpus, ajudando a esclarecer como a genética, fatores ambientais e hormonais influenciam o desenvolvimento da doença. Continue lendo para saber mais sobre os cuidados necessários e como lidar com essa condição autoimune.
O lúpus é hereditário? Compreendendo a influência genética
O lúpus não é uma doença hereditária, ou seja, uma condição transmitida diretamente de pais para filhos, mas há um componente genético envolvido - o que pode gerar confusão. No entanto, embora a genética possa aumentar a predisposição ao lúpus, não há garantia de que alguém com um familiar portador da doença vá desenvolvê-la.
Sim - a influência genética faz com que a ocorrência do lúpus seja mais comum entre membros da mesma família. Porém, é importante destacar que outros fatores, como ambientais, hormonais e imunológicos, também desempenham um papel crucial no desencadeamento da doença.
O lúpus, ou Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença autoimune e inflamatória que pode ter consequências graves, já que o desequilíbrio no sistema imunológico faz com que o corpo passe a produzir autoanticorpos que atacam suas próprias células e tecidos. Entretanto, é possível viver normalmente com lúpus, desde que o tratamento adequado seja seguido rigorosamente.
Fatores genético, hormonais e ambientais do lúpus
O lúpus é uma doença autoimune complexa, cujo desenvolvimento envolve uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais. Embora sua causa exata ainda seja desconhecida, a interação entre esses fatores pode desencadear ou agravar a condição. Saiba mais:
Fatores genéticos
Algumas pessoas nascem com uma predisposição genética para desenvolver lúpus. Isso significa que, embora a doença não seja diretamente hereditária, existe uma maior probabilidade de sua ocorrência em indivíduos que possuem familiares com histórico da condição. No entanto, ter essa predisposição genética não garante que a pessoa desenvolverá a doença, pois outros fatores são necessários para ativar o lúpus.
Fatores hormonais
O lúpus afeta majoritariamente as mulheres, especialmente durante a fase reprodutiva, o que sugere uma ligação hormonal. O estrogênio, hormônio feminino, desempenha um papel significativo no desencadeamento ou agravamento da doença. É por isso que os sintomas do lúpus podem se intensificar em períodos de variação hormonal, como durante o ciclo menstrual ou a gravidez.
Fatores ambientais
Por ser uma doença que acomete com frequência a pele, a exposição solar excessiva é um fator de risco. Além disso, o tabagismo e infecções virais, também podem atuar como gatilhos para o lúpus. O estresse emocional, por sua vez, pode agravar os sintomas ou reativar o lúpus em pessoas já diagnosticadas. É importante destacar que o impacto do estresse no sistema imunológico é significativo, pois pode alterar a resposta imunológica e provocar inflamações no organismo.
Saiba mais sobre
Teste Genético
O teste genético é um exame detalhado do seu DNA, que identifica predisposições a doenças e avalia seu desempenho físico e mental. Todas informações recolhidas tornam possível entender para onde a genética está te levando, assim como traçar “novas rotas” para direcionar seu corpo a um caminho mais saudável, ajustando a alimentação e adaptando sua rotina de exercícios de forma personalizada. E tem mais, a Ocean Drop utiliza esses dados para personalizar suas vitaminas de acordo com seu DNA, tornando a suplementação ainda mais eficaz para sua saúde.
Teste genético, sintomas e diagnóstico do lúpus
Embora o lúpus tenha um componente genético, não existe um exame específico para detectar predisposição ao lúpus pelos genes. A ciência ainda não identificou um único gene ou combinação de genes que aumentem as chances de desenvolver a doença. Contudo, pesquisas, como apontado pela Lupus Foundation of America, indicam que certas mutações genéticas podem estar ligadas a ela.
Embora não haja um teste genético específico para o lúpus, a Ocean Drop em parceria com a Genera avaliam a escala de risco genético para várias doenças autoimunes, incluindo artrite reumatoide, esclerose múltipla, diabetes tipo 1, doença celíaca e a tireoidite de Hashimoto. Esses testes identificam variantes genéticas que podem indicar uma maior susceptibilidade a essas condições, permitindo que pacientes e médicos adotem medidas preventivas e de monitoramento mais eficazes.
O diagnóstico de lúpus é complicado devido à variedade de sintomas que a doença pode apresentar. Ela pode afetar qualquer parte do corpo, desde a pele até órgãos internos, o que torna difícil identificar a condição apenas com base nos sintomas. Cada paciente com lúpus pode apresentar sinais diferentes, e, por isso, não há dois casos iguais, o que dificulta o diagnóstico.
A avaliação genética pode ser uma ferramenta útil, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença, mas ela não é conclusiva por si só. Os médicos usam uma combinação de exames laboratoriais e clínicos para detectar o lúpus. Um dos exames mais comuns é o teste de anticorpos antinucleares (ANA), que pode indicar a presença de autoanticorpos no organismo, sugerindo uma condição autoimune.
Tratamentos e cuidados para lúpus ou com risco genético
Embora o lúpus não tenha cura, o tratamento adequado permite o controle dos sintomas e ajuda a prevenir complicações graves. Pacientes com risco genético de desenvolver lúpus ou já diagnosticados devem seguir um acompanhamento médico rigoroso e contínuo. O tratamento é individualizado e varia de acordo com a gravidade e os sintomas apresentados, sendo essencial o suporte de especialistas, como reumatologistas e dermatologistas.
O tratamento medicamentoso geralmente inclui anti-inflamatórios, imunossupressores e corticoides. Em alguns casos, medicamentos como drogas antimaláricas podem ser prescritos, enquanto em situações mais graves, como o acometimento de órgãos vitais, são utilizados imunossupressores mais potentes ou até procedimentos cirúrgicos, como o transplante de rim.
Além dos medicamentos, outros cuidados são fundamentais, como evitar a exposição solar, que pode desencadear ou agravar os sintomas. O uso de protetores solares é indispensável, já que a pele é uma das áreas mais afetadas pela doença. Prevenir infecções e evitar o uso de estrógenos ou drogas que possam agravar o lúpus também são recomendações importantes para reduzir os riscos de crises.
Pacientes em fase ativa da doença devem evitar a gravidez, pois as flutuações hormonais podem complicar o quadro. Controlar o estresse emocional, outro fator que pode agravar os sintomas, também é essencial para garantir o bem-estar do paciente.
Por se tratar de uma condição crônica, o acompanhamento regular com um médico é necessário mesmo nos períodos em que os sintomas desaparecem. Isso garante o ajuste adequado da medicação e a prevenção de efeitos colaterais, assegurando mais qualidade de vida ao paciente.
Referências
Com o objetivo de oferecer informações precisas e relevantes, o conteúdo foi escrito pela equipe Ocean Drop e cuidadosamente revisado pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.