Saiba tudo sobre o teste genético de intolerância à lactose
Você já conhece o teste genético de intolerância à lactose? Esse é um teste que facilita o diagnóstico de diversas intolerâncias alimentares, trazendo às suas vidas mais bem-estar e saúde!
Uma das áreas que mais avança na biologia, quiçá em toda a ciência, é a área da genética. Descoberta no século XIX, a genética ainda hoje está em evolução constante e mostra resultados incríveis a cada passo que avança.
Um desses resultados é o teste genético de intolerância à lactose! Esse teste consegue mostrar a predisposição genética para diversas intolerâncias alimentares que uma pessoa pode ter. Entenda a seguir como funciona o teste genético de intolerância à lactose.
O que é um teste genético de intolerância à lactose?
O teste genético de intolerância à lactose é uma ferramenta que identifica se determinada pessoa apresenta a condição que a faz intolerante ao açúcar presente no leite e seus derivados. Quem tem intolerância à lactose, geralmente não produz enzimas (lactase) suficientes para quebrar e digerir as moléculas de lactose adequadamente. Nesse contexto, o teste genético é muito valioso! De forma rápida, não invasiva e muito precisa, o teste genético de intolerância à lactose pode ajudar as pessoas a se alimentarem de forma mais adequada e segura, conforme a individualidade do organismo.
Ter intolerância à lactose pode ser muito problemático na vida de uma pessoa, por isso, ter a ciência dessa condição é tão importante. Além disso, os sintomas da intolerância à lactose podem ser confundidos com outros problemas digestivos que levam as pessoas a usarem recursos terapêuticos ineficientes.
Calcula-se que mais de 70% da população mundial apresenta pelo menos algum grau de intolerância à lactose. Mas o que é exatamente a lactose e por que ela é um vilão na vida de muitas pessoas, mesmo estando presente em alimentos tão comuns?
A lactose é o carboidrato do leite e, por conta disso, a lactose está presente em qualquer laticínio. Na verdade, a lactose não é prejudicial à saúde humana, ela é utilizada como substrato para diversas funções importantes do organismo, como:
- desenvolver o sistema nervoso central;
- facilitar a absorção de cálcio;
- fósforo;
- vitamina D e outros nutrientes.
Acontece que para processar e digerir o açúcar do leite, o organismo necessita da enzima lactase. O corpo entende que a partir de determinada idade, o organismo não precisará digerir tanta lactose, portanto o corpo diminui a produção de enzima lactase.
Isso faz com que o corpo não lide muito bem com esse açúcar que é a essência do leite, o que resulta em pessoas intolerantes à lactose. Os sintomas mais comuns da má digestão da lactose são:
- náusea;
- vômito;
- diarreia;
- inchaço abdominal;
- cólica.
Esses sintomas podem variar bastante conforme o grau de intolerância que cada pessoa apresenta à lactose e, também, à quantidade ingerida de leite e/ou derivados.
Perceba como o teste genético de intolerância à lactose é importante! Com ele é possível ter certeza de que os incômodos intestinais estão ligados à ingestão de lacticínios e que a solução está em excluir a lactose da dieta.
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Teste Genético
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Como é feita a detecção genética da intolerância à lactose
O teste genético de intolerância à lactose é realizado com base nos dados genéticos de uma pessoa. Em termos técnicos, pode parecer um processo complicado que demanda uma série de métodos extravagantes, mas, na verdade, é bem simples.
Esse teste depende apenas de uma pequena quantidade de saliva do paciente. Depois, o material coletado é encaminhado para a análise laboratorial, onde será verificada para identificar os códigos genéticos que identificam intolerâncias alimentares e predisposições a certas doenças.
O teste que identifica a intolerância a lactose analisa o gene chamado MCM6, responsável pela produção das enzimas que processam a lactose no organismo. Analisando o gene MCM6, o teste constata se o indivíduo tem ou não intolerância à lactose.
Qual a relação entre a intolerância à lactose e a genética?
A genética abrange qualquer fato biológico do corpo. Em outras palavras, o organismo inteiro funciona baseado em sua genética. O gene MCM6 é responsável pelo controle da expressão do gene LCT, que codifica a lactase. A lactase é justamente a enzima que processa a lactose.
No teste genético é possível verificar se o gene MCM6 apresenta alterações ou polimorfismos. Quando alterações nesse gene são identificadas, significa que o indivíduo não produz a enzima lactase, ou produz pouca quantidade.
Diferenças entre o teste genético e o exame de sangue
Tradicionalmente, o teste realizado para identificar um possível quadro de intolerância à lactose é o exame de sangue. Porém, existem diferenças e vantagens em optar pelo teste genético ao invés do teste sanguíneo.
A primeira grande diferença entre o teste genético de intolerância à lactose e o exame de sangue é que, no teste sanguíneo, o indivíduo com suspeita de intolerância à lactose deve ingerir lactose pura em uma quantidade considerável.
Para algumas pessoas, isso pode resultar em sintomas e desconfortos que podem durar semanas! Já no caso do teste genético, não é necessário consumir lactose para detectar a intolerância e, por isso, não há risco de sofrer com desconfortos digestivos.
Outra grande diferença está na acuracidade. O exame de sangue apresenta uma sensibilidade de 76% até 94%. Já o teste genético de intolerância à lactose apresenta de 93% a 94%, sendo muito mais exato.
O teste genético é mais confiável para detectar intolerância à lactose do que o exame de sangue, além de ser menos invasivo. Pode ser realmente mais vantajoso optar por ele.
Quando o teste genético é indicado?
O teste genético é indicado para pessoas que já tem suas suspeitas de intolerância à lactose. Experimentar náusea e desconforto intestinal com frequência após consumir leite e derivados pode ser um indício de intolerância à lactose. O teste também é indicado para indivíduos que possuem familiares próximos com intolerância à lactose diagnosticada.
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Conteúdo revisado por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 7˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.