Pressão baixa na gravidez: sintomas, riscos, como evitar
Mudanças fisiológicas e hormonais tendem a provocar uma queda normal na pressão, levando ao aparecimento de sintomas leves de tontura e fraqueza. Mesmo não sendo perigoso como a pressão alta, a pressão baixa na gravidez requer atenção, cuidado e monitoramento.
Leia abaixo tudo que você precisa saber sobre pressão baixa na gravidez: o que fazer, quais os sintomas e como amenizá-los.
Sintomas da pressão baixa na gravidez
Os sintomas de pressão baixa na gravidez, incluem:
- fraqueza;
- tontura;
- tremor nos membros inferiores e mãos;
- palidez;
- sensação de desmaio;
- visão embaçada.
Caso os sintomas se repitam com frequência no período da gestação, é fundamental informar o médico obstetra que está acompanhando a gestação. Em quadros prolongados ou que apresentem piora, como episódios de desmaio, procurar imediatamente o atendimento médico.
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Causas da pressão baixa na gravidez
Durante a gradivez, o débito cardíaco aumenta, ou seja, a quantidade de sangue que o coração está impulsionando para o organismo por minuto fica elevada. Por consequência, a pressão arterial sofre uma redução nos dois primeiros trimestres da gestação, mas retorna aos níveis normais no último trimestre.
Portanto, ter pressão baixa na gravidez é normal nos 6 primeiros meses. Entretanto, é importante acompanhar para que essa pressão não reduza ao ponto de trazer prejuízos ao bebê e à mãe.
Alguns fatores que podem contribuir para cair ainda mais a pressão na gradivez, são:
- exposição ao calor;
- falta de hidratação;
- falta de alimentação ou alimentação de má qualidade;
- hiponatremia (falta de sódio no organismo);
- fatores psicológicos como estresse e ansiedade.
Por que a pressão fica baixa na gravidez?
Confira abaixo o que causa pressão baixa na gravidez:
Aumento do débito cardíaco
A necessidade de oxigênio aumenta durante a gestação, elevando o débito cardíaco e colocando o coração para bombear mais sangue por minuto, a fim de garantir essa nova necessidade de oxigênio nos tecidos, reduzindo a pressão arterial.
Mudanças fisiológicas
Outro ponto importante é a mudança fisiológica que acontece no corpo da mãe e pode provocar quadros de pressão baixa e dispneia. O aumento do útero, por exemplo, empurra o diafragma para cima e leva ao encurtamento do espaço de movimentação dos pulmões, aumentando a dificuldade de respirar e reduzindo a pressão.
Mudanças hormonais
Além disso, alterações hormonais também contribuem com o quadro de pressão baixa na gravidez. O aumento da progesterona, que começa na concepção e se mantém até o fim da gestação, inibe a musculatura uterina, impedindo a expulsão do feto e promovendo depósito de nutrientes nas mamas para formação do leite.
No entanto, como ela promove a redução da tensão muscular, pode levar à redução da pressão, além de outros sintomas como náusea, constipação e hiperventilação.
Fatores psicológicos
O estresse é um fator importante que pode contribuir para a pressão arterial baixa na gravidez. Em um período tão delicado e repleto de mudanças, é comum que a mulher experimente níveis elevados de tensão e ansiedade.
Esses fatores podem afetar diretamente a pressão arterial ou indiretamente, por meio da redução da ingestão de líquidos e alimentos, insônia, por exemplo.
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Pressão baixa na gravidez é perigoso?
A pressão baixa na gravidez, nos dois primeiros trimestres, é uma característica normal das mudanças fisiológicas e hormonais do período. Entretanto, mesmo não sendo perigosa como quadros de pressão alta, é importante atentar-se aos sintomas e manter o controle da pressão, a fim de não deixá-la baixar bruscamente e provocar sintomas graves, como fraqueza e desmaio.
É importante que a gestante acompanhe sua pressão arterial regularmente e converse com seu médico obstetra sobre qualquer sintoma ou preocupação. O acompanhamento adequado pode ajudar a identificar e tratar possíveis problemas antes que eles se tornem mais sérios.
Como evitar pressão baixa na gravidez?
É natural que apresentar pressão baixa mais baixa que o usual durante na gravidez, entretanto, existem algumas formas de evitar a queda brusca com aparecimento de sintomas. Entenda o que é bom para pressão baixa na gravidez:
- Consumir cerca de 2 a 3 litros de água, fracionados em pequenas quantidades ao longo das horas, todos os dias, evita a queda da pressão arterial;
- Alimentar-se bem, de 3 em 3 horas, e manter sempre um lanchinho na bolsa ou carro para evitar longos períodos de jejum;
- Evitar se expor ao sol por muito tempo e/ou permanecer em ambientes quentes, a temperatura elevada por contribuir para queda da pressão devido à perda de água através do suor;
- Em casos de início de sintomas, consumir bebidas com eletrólitos, para repor não apenas a água, mas os eletrólitos (nutrientes) importantes para regular a pressão;
- Incluir atividade física na rotina, como musculação, pilates e caminhadas, pois apresentam benefícios no fortalecimento cardiovascular e contribuem para melhora da regulação da pressão;
- Fazer uso dos suplementos necessários recomendados pelo médico ou nutricionista, como por exemplo a vitamina B12, cuja deficiência pode provocar anemia e desregular a pressão arterial. * * *
É fundamental que desde o início da gravidez a mulher receba acompanhamento médico e nutricional adequado para garantir que todas as suas necessidades, bem como as do bebê, estejam sendo atendidas, assim como haja o correto monitoramento da pressão arterial a cada consulta, evitando mudanças prejudiciais.
Referências
- BRANCH, D. WARE. Physiologic adaptations of pregnancy. American Journal of Reproductive Immunology, v. 28, n. 3‐4, p. 120-122, 1992.
- DE FREITAS, Elisângela da Silva et al. Recomendações nutricionais na gestação. Revista destaques acadêmicos, v. 2, n. 3, 2010.
- Finkelstein JL, Layden AJ, Stover PJ. Vitamin B-12 and Perinatal Health. Adv Nutr. 2015 Sep 15;6(5):552-63.
- Behere RV, Deshmukh AS, Otiv S, Gupte MD, Yajnik CS. Maternal Vitamin B12 Status During Pregnancy and Its Association With Outcomes of Pregnancy and Health of the Offspring: A Systematic Review and Implications for Policy in India. Front Endocrinol (Lausanne). 2021 Apr 12;12:619176.
- Fischer M, Stronati M, Lanari M. Mediterranean diet, folic acid, and neural tube defects. Ital J Pediatr. 2017 Aug 17;43(1):74.
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Artigo revisado por Rafaela Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.