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Entenda a relação entre a menopausa precoce e a genética

No cenário complexo da saúde feminina, a menopausa emerge como um período de transformações hormonais e mudanças no corpo, marcando a transição da fertilidade para uma nova fase de vida onde não há mais menstruação. Quando esse evento natural ocorre antes dos 40 anos, é classificado como menopausa precoce, apresentando desafios singulares. Entre as diversas razões que podem desencadear esse cenário, uma tem chamado a atenção dos especialistas: a genética.

Descobertas recentes têm revelado uma intrigante ligação entre a menopausa precoce e fatores genéticos, levantando a possibilidade de uma predisposição hereditária. Aprofundando-se nesse contexto, um estudo internacional envolvendo centenas de cientistas analisou minuciosamente o genoma de mulheres, revelando padrões genéticos que se correlacionam tanto com o início antecipado quanto o tardio da menopausa. Neste artigo, exploraremos essa conexão essencial entre genética e menopausa precoce, desvendando como nossos genes podem contribuir para o curso dessa fase vital das mulheres.

O que é a menopausa precoce?

A menopausa, um marco fundamental na trajetória feminina, é o resultado da diminuição gradual da função ovariana e dos níveis hormonais - estrogênio e progesterona - culminando na perda da capacidade reprodutiva. Quando esse ciclo de vida ocorre antes dos 40 anos, é conhecido como menopausa precoce. Esse período assinala o fim da fertilidade, acompanhado da interrupção da menstruação e sintomas, como ondas de calor, desconfortos e ressecamento vaginal. Essas mudanças estão intrinsecamente ligadas à redução natural dos níveis hormonais que ocorrem com o envelhecimento. Embora a maioria antecipe a menopausa por volta dos 45 anos, a menopausa precoce surge como uma exceção, desafiando essa expectativa ao ocorrer antes dos 40 anos.

Principais sintomas da menopausa precoce

Os sintomas da menopausa precoce podem se manifestar de maneira singular, trazendo consigo uma série de indícios que impactam significativamente o bem-estar das mulheres. O ponto de partida é frequentemente marcado por ondas de calor, que podem surgir mesmo em condições climáticas amenas, muitas vezes acompanhadas por sudorese noturna. Além disso, um sintoma notável é a falta de lubrificação vaginal, que pode levar a relações sexuais dolorosas. Mudanças capilares também se fazem presentes, com cabelos que tendem a ficar opacos e frágeis, enquanto a pele perde parte de seu aspecto jovial.

A montanha-russa de sintomas também engloba alterações de humor, dores de cabeça, ansiedade, depressão, insônia e lapsos de memória. Vale ressaltar que a osteoporose emerge como uma grande preocupação nesse contexto, uma vez que mulheres na menopausa precoce enfrentam maiores riscos de desenvolver essa condição.

Qual a relação entre a menopausa precoce e a genética?

A menopausa precoce, um evento de relevância no ciclo de vida feminino, tem despertado crescente interesse no que diz respeito à sua conexão com a genética. Estudos e pesquisas têm lançado luz sobre essa relação complexa, revelando informações valiosas sobre os mecanismos biológicos subjacentes a essa condição.

Uma pesquisa recente identificou 290 determinantes genéticos associados ao envelhecimento ovariano, utilizando a variação normal da idade na menopausa natural (IMN) como base de avaliação. Cerca de 200.000 mulheres de ascendência europeia foram analisadas nesse estudo, revelando alelos comuns que demonstraram associação com extremos clínicos da IMN. Aqueles com maior suscetibilidade genética apresentaram riscos equivalentes de insuficiência ovariana prematura comparáveis a portadoras de pré-mutações monogênicas de FMR1.

O que foi identificado remete a uma ampla gama de processos de resposta ao dano no DNA, incluindo variantes de perda de função em genes chave associados a isso. Intrigantemente, esses processos de resposta a danos no DNA se revelam atuantes ao longo da vida para influenciar a reserva ovariana e sua taxa de esgotamento. Além disso, experimentos conduzidos em modelos animais demonstraram que manipulações dessas vias destacadas pela genética humana podem aumentar a fertilidade e estender a vida reprodutiva em camundongos.

A análise de inferência causal a partir das variantes genéticas identificadas revelou implicações importantes. A extensão da vida reprodutiva em mulheres não apenas melhorou a saúde óssea e reduziu o risco de diabetes tipo 2, mas também aumentou o risco de cânceres sensíveis a hormônios. Essas descobertas fornecem insights cruciais sobre os mecanismos subjacentes ao envelhecimento ovariano, contribuindo significativamente para uma compreensão mais profunda dessa interação entre genética e menopausa precoce.

Grupos de risco e outras causas da menopausa precoce

A menopausa precoce, embora frequentemente associada à genética, também é influenciada por uma ampla gama de fatores que transcendem o código genético. Enquanto a genética pode desempenhar um papel crucial, outras causas são igualmente relevantes, embora algumas vezes a raiz exata do problema permaneça incerta.

Estilo de Vida

Os hábitos de vida também podem moldar o início da menopausa. O tabagismo, por exemplo, possui efeitos antiestrogênicos que podem contribuir para a menopausa precoce. Estudos de 2012 revelaram que fumantes regulares ou a longo prazo têm maior probabilidade de experienciar a menopausa mais cedo. Além disso, o índice de massa corporal (IMC) também pode influenciar. A reserva de estrogênio, armazenada no tecido adiposo, pode ser esgotada mais cedo em mulheres com IMC baixo.

Defeitos Cromossômicos

Alguns defeitos cromossômicos, como a síndrome de Turner, podem levar à menopausa precoce, uma vez que ovários subdesenvolvidos resultam em disfunção. Outras variações cromossômicas também podem contribuir para a condição, como a disgenesia gonadal pura.

Doenças Autoimunes

Doenças autoimunes, onde o sistema imunológico erroneamente ataca partes do corpo, podem desencadear a menopausa precoce. Inflamações causadas por essas condições podem afetar os ovários, levando à interrupção da função ovariana.

Epilepsia

Mulheres com epilepsia enfrentam um maior risco de insuficiência ovariana prematura, resultando em menopausa precoce. Estudos identificaram que uma parcela significativa de mulheres com epilepsia vivencia a menopausa antes do tempo esperado.

A menopausa precoce, assim, é um fenômeno influenciado por uma tapeçaria complexa de fatores genéticos, de estilo de vida, condições de saúde e mais. Explorar essa rede intrincada é essencial para uma compreensão completa desse aspecto significativo da saúde feminina.

Diagnóstico e testes genéticos

O diagnóstico da menopausa precoce tem evoluído consideravelmente, abrindo portas para abordagens mais precisas e personalizadas. A observação dos sintomas ainda desempenha um papel importante, mas além disso, os avanços na medicina genética introduziram a possibilidade de testes genéticos. No entanto, é importante esclarecer que, até o momento, não existem testes genéticos específicos para prever a menopausa precoce.

Diagnóstico Clínico

O diagnóstico clínico ainda é fundamental para determinar a menopausa precoce. Os médicos levam em conta os sintomas relatados, histórico médico, exames físicos e, em alguns casos, análises de sangue para medir os níveis hormonais. Essa abordagem abrangente auxilia na identificação dos sinais característicos dessa fase.

Testes Genéticos para menopausa precoce

A análise genética é um procedimento que envolve a investigação do DNA de um indivíduo para extrair informações preciosas acerca de seu perfil genético. Utilizando amostras de saliva, é viável realizar o mapeamento genético, uma vez que as células presentes na boca contêm DNA. Entre os aspectos avaliados, encontra-se a predisposição à menopausa precoce. No entanto, é crucial ter em mente que os resultados obtidos por meio de testes genéticos não indicam com absoluta certeza o desenvolvimento da condição em questão. Eles oferecem insights sobre a probabilidade aumentada ou reduzida de manifestar determinadas condições, incluindo a menopausa precoce. Contudo, é importante reconhecer que outros elementos, como estilo de vida, ambiente e interações genéticas complexas, também desempenham um papel significativo no surgimento da condição.

A Ocean Drop em parceria com a Genera disponibiliza um teste genético de fácil acesso que pode ser realizado no conforto do seu lar. Após a aquisição, ele é enviado a você um kit para a coleta da sua amostra de DNA, sendo a retirada do kit realizada em sua residência. Os resultados do teste são entregues em um prazo de até 30 dias úteis após o recebimento das amostras. Além de fornecer um relatório abrangente sobre as características do seu corpo, também são oferecidas recomendações exclusivas de vitaminas, elaboradas com base nas informações do seu DNA.

Consequências da menopausa precoce

A menopausa precoce não é apenas uma fase de transição hormonal, mas também traz consigo uma série de implicações para a saúde e o bem-estar da mulher. As consequências dessa etapa da vida são multifacetadas e podem afetar vários sistemas do corpo, incluindo a fertilidade, a saúde óssea, cardiovascular e até o risco de outras condições de saúde.

Efeitos na fertilidade

Um dos aspectos mais proeminentes da menopausa precoce é o declínio abrupto da fertilidade. Com a diminuição dos níveis hormonais, a capacidade reprodutiva é comprometida, tornando a concepção mais difícil. Isso pode causar desafios emocionais para as mulheres que ainda desejam ter filhos, levando a decisões difíceis sobre tratamentos de fertilidade e opções alternativas.

Para mulheres que receberam o diagnóstico de menopausa precoce, a opção mais adequada é a ovodoação, também conhecida como doação de óvulos. A ovodoação é uma das abordagens complementares da Fertilização In Vitro (FIV). Essa técnica envolve o uso dos óvulos provenientes de uma doadora anônima. Uma vez que os embriões são formados, eles são transferidos para o útero da paciente, buscando viabilizar a gestação.

Saúde óssea

A menopausa precoce também pode impactar a saúde óssea. Os hormônios sexuais, como o estrogênio, desempenham um papel crucial na manutenção da densidade óssea. Com a diminuição desses hormônios, o risco de osteoporose e fraturas aumenta. Portanto, mulheres que passam pela menopausa precoce podem ter uma maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde relacionados aos ossos.

Saúde cardiovascular

Os hormônios sexuais também desempenham um papel na proteção do sistema cardiovascular. A queda dos níveis hormonais durante a menopausa precoce pode aumentar o risco de doenças cardíacas. O estrogênio, por exemplo, tem efeitos benéficos na saúde dos vasos sanguíneos. Sua diminuição pode contribuir para a progressão de problemas cardiovasculares.

Riscos de outras condições de saúde

Além disso, a menopausa precoce também pode aumentar o risco de outras condições de saúde, como diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer. A influência dos hormônios nas diferentes partes do corpo pode ter um impacto abrangente na saúde geral.

Tratamentos para a menopausa precoce

Para mulheres diagnosticadas com menopausa precoce, várias opções terapêuticas estão disponíveis, dependendo dos seus objetivos de saúde e reprodução.

Para aquelas que desejam conceber, a Fertilização In Vitro (FIV) é uma alternativa viável.

Por outro lado, se a gravidez não é uma intenção, as opções incluem:

  • contraceptivos orais combinados: esses contraceptivos contêm estrogênio e progestina. Também disponíveis em forma de adesivo transdérmico, são eficazes na prevenção da gravidez;
  • terapia hormonal na menopausa: também chamada de terapia de reposição hormonal, essa abordagem envolve o uso de estrogênio e uma progestina, ou progesterona (uma forma sintética do hormônio feminino progesterona). É importante notar que, quando o estrogênio é administrado isoladamente, há um aumento do risco de câncer de endométrio. Por essa razão, a maioria das mulheres combina o estrogênio com uma progestina ou progesterona para reduzir esse risco. Mulheres que passaram por histerectomia (remoção do útero) geralmente não necessitam da progestina ou progesterona.

Esses tratamentos costumam ser administrados até cerca dos 51 anos de idade, a idade média em que ocorre a menopausa. A continuidade do tratamento após essa idade é determinada pelo médico, levando em consideração as circunstâncias individuais da paciente.

A terapia com estrogênio é benéfica para aliviar sintomas menopausais, prevenir efeitos adversos, como secura vaginal e alterações de humor, e manter a densidade óssea para evitar osteoporose. 

A escolha entre essas abordagens deve ser feita em consulta com um médico, levando em consideração as necessidades individuais da paciente e seus objetivos de saúde.

Com o objetivo de oferecer informações precisas e relevantes, o conteúdo foi escrito pela equipe Ocean Drop e cuidadosamente revisado pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional. Você pode conferir suas valiosas contribuições em seu Instagram @nutrisuelencosta.

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