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Como a melatonina pode estar relacionada ao câncer

A melatonina, conhecida por regular o sono, tem atraído a atenção da ciência pelo seu potencial no auxílio do combate ao câncer. Pesquisas indicam que ela pode oferecer benefícios significativos em tratamentos, especialmente como adjuvante em terapias convencionais, como quimioterapia e radioterapia. Ainda, estudos têm sido específicos e investigado sua atuação em diferentes tipos de câncer, incluindo de mama, pulmão, próstata e cérebro, esclarecendo se a melatonina provoca câncer (como muitos ainda têm dúvidas) ou pode atuar também na prevenção.

Neste texto, vamos explorar o que dizem os artigos sobre melatonina e câncer, abordando sua aplicação em diversos tipos da doença, além de discutir precauções e o futuro das descobertas nessa área.

O papel da melatonina na prevenção do câncer

A melatonina tem ganhado destaque em pesquisas sobre sua capacidade de atuar na prevenção e tratamento de diversos tipos de câncer. Estudos indicam que esse hormônio, produzido pela glândula pineal, possui efeitos antitumorais importantes, como a inibição da proliferação celular e a angiogênese — processo em o tumor forma novos vasos sanguíneos para sustentar seu crescimento.

O estudo coordenado pela professora Debora Aparecida Pires de Campos Zuccari, em outras palavras, demonstrou que a melatonina inibe o crescimento tumoral e a produção de células cancerosas em modelos animais e celulares. Além disso, a melatonina bloqueia a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor, prejudicando seu desenvolvimento.

Esses efeitos são especialmente importantes em cânceres, como o de mama, que apresenta alta taxa de mortalidade devido à progressão e metástase. A melatonina age inibindo genes, como o Fator de Transcrição Induzido por Hipóxia (HIF-1α) e o Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF), relacionados ao estímulo da angiogênese.

Além dessa publicação, numerosos estudos experimentais reforçam o potencial da melatonina em retardar o avanço do câncer em várias fases, desde a transformação celular até a metástase. Ainda, quando usada com outras terapias, como a quimioterapia, a melatonina pode aumentar a eficácia do tratamento e minimizar seus efeitos colaterais, como a toxicidade neurológica e hematológica.

Potenciais benefícios da melatonina e prevenção do câncer

A publicação de artigos sobre câncer e melatonina tem crescido. Pesquisas sugerem que a melatonina pode reduzir a metástase, melhorar a eficácia de tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, e minimizar os efeitos colaterais desses tratamentos. Saiba mais:

Melatonina e metástase

Estudos conduzidos por Zuccari e sua equipe mostraram que a melatonina pode diminuir significativamente o foco de metástase, especialmente no câncer de mama. Em camundongos, foi observada uma redução considerável da disseminação de células cancerosas após a administração do hormônio.

A próxima fase dessas pesquisas é testar a eficácia da melatonina em pacientes humanos, especialmente aqueles que não têm mais opções terapêuticas, com o objetivo inicial de avaliar se o hormônio melhora o bem-estar dos pacientes e, em seguida, analisar seu impacto na progressão da doença.

Melatonina e tratamentos combinados

Outro ponto importante é o uso da melatonina em tratamentos combinados com base no ritmo circadiano, a chamada oncocronoterapia. Essa abordagem visa aumentar a eficácia e a tolerabilidade de medicamentos anticâncer, ajustando o tratamento ao relógio biológico do paciente.

Mesmo em casos onde o câncer é resistente à melatonina, o hormônio tem o potencial de sensibilizar células tumorais, tornando-as mais suscetíveis à quimioterapia e radioterapia. Assim, a melatonina pode melhorar o resultado do tratamento e reduzir a toxicidade em células normais, permitindo aumentar a dose de quimioterápicos sem agravar os efeitos colaterais.

Segurança e eficácia

Em vários estudos, tanto em animais quanto em humanos, a melatonina mostrou benefícios significativos sem causar efeitos adversos notáveis, mesmo quando administrada em diferentes concentrações. Esse perfil de segurança torna a melatonina uma "assassina inteligente", que pode agir de forma seletiva contra células cancerígenas sem afetar tecidos saudáveis.

Melatonina e sistema imunológico

Além de seus efeitos diretos sobre as células cancerígenas, a melatonina também desempenha um papel importante na modulação do sistema imunológico, o que é crucial para pacientes oncológicos. A melatonina pode reverter a imunossupressão induzida pela quimioterapia, aumentando a produção de citocinas como IL-1, IL-6 e IL-12, que são essenciais para a resposta imune.

Estudos também mostram que a melatonina pode reduzir significativamente os efeitos colaterais da quimioterapia, como a mielossupressão (diminuição da produção de células sanguíneas) e a neurotoxicidade, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e permitindo que continuem com o tratamento de forma mais eficaz.

Com uma ampla gama de potenciais ações anticâncer, desde a inibição da metástase até a sensibilização de células tumorais e a proteção do sistema imunológico, os benefícios da melatonina na prevenção do câncer são promissores.

Dosagem e administração de melatonina no tratamento do câncer

A dose de melatonina para o câncer ainda não está estabelecida. Enquanto doses baixas são suficientes para regular o sono, pode ser necessário administrar doses muito mais altas para maximizar os benefícios no tratamento de pacientes oncológicos. Pesquisas estão sendo realizadas para entender melhor as variáveis farmacocinéticas da melatonina e determinar como otimizar sua administração para aumentar a eficácia dos quimioterápicos e minimizar a citotoxicidade.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera a comercialização da melatonina com uma dosagem máxima de 0,21 mg por porção diária e até o momento não há alegações formais sobre benefícios diretos da melatonina no tratamento ou prevenção do câncer.

Embora a Anvisa limite a dosagem de venda de melatonina, médicos e nutricionistas têm a autonomia para prescrever doses mais altas, dependendo da avaliação clínica do paciente. Isso, porém, deve ser feito com cautela, pois envolve a análise de diversos fatores da individualidade.

Considerações e precauções ao usar melatonina em oncologia

A ação da melatonina no câncer é um tema promissor, mas ainda exige precauções importantes antes de ser incorporada ao tratamento oncológico. Embora estudos preliminares sugiram que a melatonina possa potencializar os efeitos da quimioterapia e radioterapia, ainda não há consenso sobre sua dosagem e segurança, especialmente em casos de câncer avançado.

A melatonina pode interagir com outros medicamentos usados no tratamento do câncer, como quimioterápicos e imunossupressores. Em alguns casos, ela pode aumentar ou diminuir a eficácia desses medicamentos, o que torna essencial uma avaliação cuidadosa por um oncologista. Além disso, a melatonina pode interferir em tratamentos hormonais, como o tamoxifeno, amplamente utilizado em cânceres hormonais, como o de mama.

Antes de iniciar o uso de melatonina, é fundamental que o paciente discuta sua utilização com o oncologista. O médico deve avaliar fatores, como o tipo de câncer, estágio da doença, outras medicações em uso e o estado geral de saúde do paciente. 

Futuro da pesquisa sobre melatonina e câncer

A melatonina contra o câncer tem se tornado um campo de crescente interesse científico. Os estudos atuais ainda estão em estágio inicial, mas os resultados preliminares sugerem que o hormônio pode desempenhar um papel mais amplo na oncologia do que se imaginava anteriormente. O futuro das pesquisas nesse campo pode oferecer descobertas que transformem as práticas de tratamento.

Os cientistas continuam investigando qual é a dosagem ideal de melatonina que pode ser segura e eficaz no tratamento do câncer. Outro foco é entender melhor como a melatonina age sobre diferentes tipos de tumores, já que os resultados variam de acordo com o tipo de câncer e o estágio da doença.

Estudos também buscam explorar como a melatonina pode ser combinada de maneira mais eficaz com outras terapias, minimizando efeitos colaterais e aumentando a tolerância a tratamentos agressivos como a quimioterapia.

Se as pesquisas confirmarem os benefícios da melatonina, isso poderá alterar significativamente a maneira como os tratamentos oncológicos são realizados. A melatonina pode ser usada como uma terapia adjuvante para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os efeitos colaterais e potencializando a eficácia dos tratamentos convencionais.

O futuro da pesquisa sobre a melatonina contra o câncer é promissor, mas ainda há muito a ser descoberto. À medida que os estudos avançam, a melatonina pode se consolidar como uma ferramenta valiosa no arsenal contra o câncer, potencialmente mudando a forma como as terapias oncológicas são conduzidas.

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

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