Atualizado em 17 de Janeiro de 2025
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

Melatonina para autismo: benefícios e como usar


Indivíduos com autismo frequentemente enfrentam distúrbios do sono, como insônia, inquietação noturna e sono fragmentado. Esses problemas podem afetar negativamente outras áreas do espectro autista, como habilidades sociais e comunicação.
Para ajudar no tratamento, o uso de melatonina para autismo tem sido amplamente pesquisado. A seguir, confira o que a literatura diz sobre os benefícios da melatonina no autismo.
Como a melatonina pode beneficiar pessoas com autismo
O autismo não tem um único tipo de diagnóstico; ele se apresenta em diferentes graus. Isso significa que, dentro do diagnóstico de autismo, há várias "categorias" em que a pessoa pode se enquadrar, dependendo dos seus sinais, sintomas e nível de comprometimento físico e funcional.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um grupo de transtornos do desenvolvimento neurológico, marcado por dificuldades nas habilidades sociais, de comunicação e no comportamento.
Um dos problemas comuns em pessoas com autismo é o distúrbio do sono, que afeta até 83% delas. Dificuldades para dormir, sono fragmentado e insônia são frequentes entre os autistas.
Esses problemas de sono podem piorar as condições clínicas dos autistas, agravando os comportamentos repetitivos, as dificuldades sociais, o estresse familiar, e os problemas de comunicação e aprendizagem.
Os distúrbios do sono podem diminuir a eficácia dos tratamentos comportamentais ao afetar o desempenho cognitivo. Pessoas com distúrbios do sono tendem a ter déficits em funções neurocognitivas, o que prejudica a aquisição da linguagem, especialmente em casos de transtornos neurológicos ou psicológicos. *
A melatonina é um hormônio que ajuda a induzir o sono e o relaxamento, e é frequentemente usada para tratar distúrbios do sono. Pesquisas mostram que pessoas com autismo costumam ter níveis noturnos baixos de melatonina, o que pode explicar seus problemas de sono. * * *
Por isso, estudos sugerem o uso da melatonina para tratar distúrbios do sono em pessoas com autismo. Em uma pesquisa de revisão sobre efeitos da melatonina no autismo, foram demonstrados resultados positivos, como a redução em 50% do tempo para adormecer, melhora significativa na duração e qualidade do sono, e menos despertares noturnos. *
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Dosagem e administração de melatonina para autistas
O tratamento com melatonina para autismo vem sendo estudado nos últimos anos, assim como a sugestão da inclusão do suplemento melatonina para o autismo tem demonstrado resultados positivos no tratamento de distúrbios do sono, cuja interferência ressoa nos outros distúrbios presentes nesse quadro.
Entretanto, é importante ressaltar que o uso de melatonina para autismo deve ser feito apenas sob orientação e prescrição médica, pois seu efeito pode interagir com o uso de outros fármacos e afetar demais tipos de tratamento.
Ainda é importante se atentar à dose de melatonina para autismo. Para crianças, o indicado é entre 1 a 3 mg ao dia, já adultos podem consumir até 5 mg. O horário de administração da melatonina costuma ser entre 45 a 30 minutos antes de dormir.
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Precauções e efeitos colaterais da melatonina para quem tem autismo
O uso da melatonina para autismo pode causar efeitos colaterais, como pesadelos, inquietação durante o sono, aumento da irritabilidade, dores de cabeça e náuseas, o que pode afetar a qualidade de vida. Além disso, é essencial considerar as interações medicamentosas, que devem ser avaliadas por um médico.
Consultando um profissional de saúde
O uso de melatonina não é para todos. Quem deve orientar sobre a inclusão no tratamento com melatonina para autismo, infantil ou adulto, é o médico responsável por acompanhar o quadro clínico, assim como ele deverá orientar sobre o modo de uso e acompanhar a evolução no tratamento.
Referências
- ZUCULO, Gabriela Melloni. Comportamento, fluência verbal e ritmos circadianos em indivíduos com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) antes e após o uso de melatonina. 2016.
- PEREIRA, Amanda Káren Alves et al. Evidências acerca do desequilíbrio de serotonina, vitamina D e melatonina em portadores de Transtorno do Espectro Autista. Research, Society and Development, v. 11, n. 12, p. e426111234865-e426111234865, 2022.
- PINATO, Luciana; ZUCULO, Gabriela Melloni; CAMPOS, Leila Maria Guissoni. O sono e sua relação com o comportamento no autismo. Giacheti CM. Avaliação da fala e linguagem: perspectivas interdisciplinares [Internet]. Marília (SP): Cultura Acadêmica, p. 93-107, 2016.
- Griesi-Oliveira, K., & Sertié, A. L.. (2017). Autism spectrum disorders: an updated guide for genetic counseling. Einstein (são Paulo), 15(2), 233–238. https://doi.org/10.1590/S1679-45082017RB4020
- Agostoni C, Nobile M, Ciappolino V, Delvecchio G, Tesei A, Turolo S, Crippa A, Mazzocchi A, Altamura CA, Brambilla P. The Role of Omega-3 Fatty Acids in Developmental Psychopathology: A Systematic Review on Early Psychosis, Autism, and ADHD. Int J Mol Sci. 2017 Dec 4;18(12):2608. doi: 10.3390/ijms18122608. PMID: 29207548; PMCID: PMC5751211.
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Artigo revisado por Rafaela Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.
Criado em 28 de Outubro de 2024