Atualizado em Dezembro de 2024
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista
Intoxicação alimentar: causas, sintomas e como tratar
Imagine saborear um prato delicioso, mas que, no dia seguinte, te leva direto para o banheiro com dor de barriga, diarreia e vômito. Esses são sinais clássicos de um quadro de intoxicação alimentar pela ingestão de um alimento contaminado.
Para te ajudar a prevenir essa situação ou saber o que fazer ao enfrentá-la, reunimos informações valiosas sobre causas, sintomas e o que é bom para intoxicação alimentar.
O que é intoxicação alimentar?
A intoxicação alimentar é uma condição que desencadeia diversas alterações gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia, levadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos (como bactérias, vírus e parasitas) ou toxinas (como produtos químicos).
Os sintomas de intoxicação alimentar são bastante característicos e não deixam dúvidas quanto à condição. Na maior parte dos casos, eles costumam passar rápido e sozinhos. Porém, em algumas situações o corpo pode enfraquecer significativamente e é necessário iniciar tratamentos para intoxicação alimentar.
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Causas
A intoxicação alimentar ocorre quando há ingestão de alimentos contaminados, que podem conter diferentes tipos de agentes tóxicos. Leia abaixo e descubra os principais alimentos associados a cada tipo de contaminação:
- bactéria Salmonella: ovo e carne crus ou mal cozidos;
- bactéria Escherichia coli: carne mal passada, vegetais e frutas contaminadas e água não tratada;
- bactéria Staphylococcus aureus: manipulação de alimentos sem a devida higiene, como produtos de confeitaria e salada em restaurantes;
- vírus: frutos do mar crus ou mal cozidos, água não tratada, alimentos manipulados por pessoas contaminadas;
- parasitas: consumo direto de água contaminada ou sua utilização para higienizar outros alimentos; carne crua ou mal cozida; contato com fezes de gatos infectados.
Sintomas
Antes de procurar saber o que tomar para intoxicação alimentar, é importante analisar os sintomas presentes, sua duração e intensidade. Muitas vezes, apenas a hidratação e reposição de eletrólitos via oral será o suficiente. Outras vezes, será necessário intervenção medicamentosa e/ou soro.
Os principais sintomas de intoxicação alimentar são:
- enjoo forte;
- vômito;
- diarreia;
- dor e cólica abdominal;
- fraqueza e indisposição;
- inapetência;
- febre;
- mal-estar geral.
É importante compreender que na intoxicação alimentar, a duração dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa e determinar a gravidade do quadro.
Os sintomas podem aparecer de algumas horas até dias após o consumo do alimento contaminado, mas devem cessar ou amenizar o quanto antes, do contrário será necessário intervenção médica.
Como saber se é intoxicação alimentar?
Diferenciar intoxicação alimentar e virose pode ser muito difícil, pois ambos possuem sintomas bastante semelhantes. No entanto, há algumas diferenças importantes que podem ajudar a identificar a causa do problema.
A intoxicação alimentar é causada pelo consumo de um alimento contaminado, enquanto a virose é transmitida de pessoa para pessoa.
Portanto, uma das formas de identificar é recordar se houve consumo de possíveis alimentos ou água contaminados (como aqueles descritos acima, se comeu fora de casa), ou se entrou em contato com alguém com virose.
Outra diferença importante é a intensidade dos sintomas. Intoxicação alimentar costuma ser pontual e passar em 1 ou 2 dias, sem causar grandes danos. Já uma virose tende a ter sintomas mais duradouros e graves.
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Como prevenir a intoxicação alimentar?
Para prevenir a intoxicação alimentar, o que fazer ao comer fora de casa ou preparar alimentos para consumi-los crus ou mal passados sem a contaminação, é importante adotar alguns cuidados:
- lavar bem as mãos antes de preparar ou consumir alimentos;
- higienizar verduras, legumes e frutas assim que trouxer da feira ou mercado;
- cozinhar ou assar bem carnes, ovos e frutos do mar;
- comprar alimentos de locais de boa procedência;
- evitar o consumo de salada crua em buffets onde há circulação de muitas pessoas;
- evitar o consumo de alimentos crus (como salada, ovos e sushi) em restaurantes que não se conhece a procedência.
A adoção dessas medidas preventivas é extremamente importante. Porém, se mesmo assim não for o suficiente, acompanhe abaixo como tratar intoxicação alimentar.
Tratamento para intoxicação alimentar
No tratamento para intoxicação alimentar, um dos passos mais importante é manter a hidratação através do consumo redobrado de água, soro caseiro e repositores de eletrólitos, especialmente em quadros de vômito e diarreia intensos, onde a perda de água e sais minerais é muito grande, causando fraqueza e desidratação.
O repouso é outro passo indispensável para a devida recuperação, associado a uma alimentação leve a base de arroz branco ou batatas cozidas, peito de frango grelhado ou cozido, sem muitas fibras ou irritantes da mucosa gástrica, como frituras, laticínios, cafeína e alimentos muito gordurosos
Se houver sintomas graves, como febre alta, desidratação severa, sangue nas fezes ou sintomas persistentes por mais de 3 dias, é recomendado procurar auxílio médico, que poderá entrar com remédio para intoxicação alimentar e soro na veia.
Assim que a intoxicação alimentar passar, é interessante se atentar à saúde intestinal, que pode ter sofrido danos em sua estrutura devido aos quadros de diarreia. Nesses casos, é interessante analisar a possibilidade de suplementar com glutamina, para melhorar a saúde e integridade da parede intestinal que sofreu uma agressão. * * *
Referências
- Gelisk Pereira, I., & Rodrigues Ferraz, I. A. (2017). Suplementação de glutamina no tratamento de doenças associadas à disbiose intestinal. Revista Brasileira De Saúde Funcional, 5(1), 46.
- Kim MH, Kim H. The Roles of Glutamine in the Intestine and Its Implication in Intestinal Diseases. Int J Mol Sci. 2017 May 12;18(5):1051.
- Achamrah N, Déchelotte P, Coëffier M. Glutamine and the regulation of intestinal permeability: from bench to bedside. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2017 Jan;20(1):86-91.
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Criado em 11 de Dezembro de 2024