Atualizado em 30 de Janeiro de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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Distimia: o que é, sintomas, tratamento e autocuidados

A distimia é um transtorno frequentemente mal compreendido, que afeta a vida de muitas pessoas de maneira persistente e discreta. Embora seja confundida com uma personalidade "ranzinza" ou "melancólica", seus efeitos vão além disso, comprometendo o bem-estar físico, emocional e social.

O que muitos não sabem é, que, ao contrário do que se imagina, a distimia não é uma questão de temperamento, mas uma condição tratável, com causas complexas e um diagnóstico desafiador.

Você sabia que até 6% da população pode ser afetada pela distimia e, muitas vezes, quem sofre com ela não percebe que está lidando com um transtorno? Compreender suas causas, identificar os sintomas precocemente e buscar o tratamento adequado são passos essenciais para lidar com essa condição. 

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades emocionais duradouras, continue lendo para entender como lidar com a distimia!

O que é distimia?

Também conhecida como Transtorno Depressivo Persistente (TDP), a distimia é caracterizada por sintomas moderados que duram por um longo período, geralmente mais de dois anos.

Ao contrário da depressão, a distimia se desenvolve de maneira gradual, com uma sensação constante de desânimo e mau humor. Aqueles que sofrem com distimia frequentemente têm uma visão negativa da vida, o que pode afetar diretamente seus relacionamentos e atividades cotidianas.

A prevalência do transtorno distímico é significativa, afetando entre 3% e 6% da população mundial. Esse quadro de depressão persistente aumenta o risco de evoluir para um transtorno depressivo maior e pode levar a consideráveis incapacitações, comprometendo a qualidade de vida.

Os indivíduos com distimia costumam ser mais críticos consigo mesmos e com baixa autoestima.

A distimia tem gerado debates no campo da psiquiatria, com algumas correntes defendendo que ela é um transtorno de humor, enquanto outras a consideram um transtorno de personalidade.

Apesar dessas divergências, atualmente ela é classificada como um transtorno do humor, com reconhecimento oficial como uma condição tratável. Sua cronicidade e o impacto na vida dos pacientes justificam a necessidade de um diagnóstico precoce e de tratamentos adequados.

Além disso, a distimia pode se associar a outras condições psiquiátricas, como ansiedade e transtornos de personalidade, o que a torna ainda mais desafiadora no que diz respeito ao tratamento e à gestão. 

Apesar dos avanços na compreensão da doença, é claro que mais estudos são necessários para aprofundar o entendimento sobre sua origem e as melhores abordagens terapêuticas baseadas em evidências.

Sintomas

Sintomas de distimia impactam profundamente o bem-estar emocional e social dos indivíduos afetados. Embora eles possam variar em intensidade, os principais incluem:

  • irritabilidade constante: a irritação é um dos sintomas mais evidentes da distimia, frequentemente com a pessoa se sentindo incomodada por situações cotidianas;
  • mau humor persistente: ao longo do tempo, uma sensação contínua de desânimo e negatividade permeia o estado emocional do indivíduo, tornando-se um traço dominante de sua personalidade;
  • baixa autoestima e autocrítica severa: a autopercepção negativa é comum, com o paciente frequentemente se sentindo inadequado e incapaz, o que pode agravar ainda mais o mal-estar psicológico;
  • desânimo e tristeza: a pessoa com distimia pode experimentar uma sensação contínua de tristeza, muitas vezes sem motivo claro, e um desinteresse pelas atividades que antes eram prazerosas;
  • pensamentos negativos predominantes: o pensamento pessimista torna-se recorrente, com a pessoa tendo dificuldade em visualizar soluções ou aspectos positivos da vida;
  • falta de energia e motivação: a fadiga mental e física pode dificultar até mesmo a realização das tarefas mais simples, impactando tanto a vida pessoal quanto profissional;
  • isolamento social: a distimia pode levar ao afastamento das relações sociais, seja por falta de energia ou pela sensação de que os outros não compreendem o estado emocional da pessoa;
  • alterações no apetite e sono: mudanças no padrão alimentar, seja por excesso ou falta de apetite, assim como distúrbios no sono, como insônia ou hipersonia, são comuns.

Além desses sintomas principais, os indivíduos com distimia podem apresentar também dificuldades cognitivas, como problemas de concentração, e um senso constante de incompetência, que afeta seu desempenho em várias áreas da vida, como no trabalho ou em estudos.

Causas e diagnóstico

Embora as causas exatas do transtorno distímico ainda não sejam completamente compreendidas, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos contribua para o seu desenvolvimento.

O histórico familiar de transtornos depressivos pode aumentar o risco, assim como eventos estressantes da vida, traumas ou abusos durante a infância. Distúrbios hormonais e químicos no cérebro também são frequentemente associados a distúrbios do humor, como a distimia.

O diagnóstico de distimia é essencialmente clínico, ou seja, é feito com base na avaliação dos sintomas de distimia e do histórico do paciente. O critério principal para o diagnóstico é a presença dos sintomas por um período mínimo de dois anos consecutivos, caracterizando-se como crônico.

É comum que indivíduos com distimia experimentem episódios de depressão grave, mas mesmo quando esses episódios são superados, o paciente tende a retornar a um nível de humor abaixo do normal, o que caracteriza a persistência do transtorno.

Muitas vezes, as pessoas afetadas acreditam que o mau humor constante, falta de prazer e a tristeza que não passa fazem parte de sua personalidade, o que dificulta o reconhecimento da distimia e a busca por ajuda.

O diagnóstico precoce é crucial, pois a distimia não tratada pode levar a complicações graves, incluindo uma maior propensão a episódios depressivos maiores e um risco elevado de tentativas de suicídio, com cerca de 15% a 20% dos pacientes afetados chegando a considerar essa possibilidade. 

Buscar ajuda profissional, como de um psicólogo ou psiquiatra, logo nos primeiros sinais pode acelerar o tratamento e melhorar o prognóstico a longo prazo.

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Tratamento para distimia

Aliviar os sintomas da distimia exige um conjunto de estratégias que podem incluir tratamentos médicos e práticas de autocuidado, que são essenciais para o bem-estar emocional e físico. 

A combinação de terapias profissionais e atitudes do paciente pode ajudar no controle da condição, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade de vida. Saiba mais:

Autocuidados para distimia

Para quem convive com a distimia, é fundamental adotar práticas que favoreçam o equilíbrio emocional e a saúde mental. Aqui estão algumas ações que podem ser úteis no gerenciamento da condição:

  • exercícios físicos regulares: a prática de atividades físicas, como caminhadas, yoga ou exercícios aeróbicos, pode ser extremamente benéfica. Além de melhorar a saúde física, o exercício libera substâncias químicas no cérebro que ajudam a reduzir os sintomas, como a endorfina;
  • técnicas de relaxamento: meditação, respiração profunda e mindfulness são práticas que podem ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a conexão consigo mesmo, criando momentos de alívio e tranquilidade durante o dia;
  • estabelecimento de uma rotina saudável: ter um horário regular para dormir e acordar, além de manter uma alimentação equilibrada, pode ajudar a melhorar o humor e a energia. A qualidade do sono é crucial para o equilíbrio emocional e físico;
  • apoio social: manter uma rede de apoio emocional com amigos e familiares pode ser um fator protetor importante. Mesmo que o desejo de se isolar seja forte, é importante tentar se conectar com outras pessoas, seja através de atividades sociais ou conversas;
  • gestão do estresse: identificar fontes de estresse e buscar formas de lidar com elas é essencial. Isso pode incluir aprender a estabelecer limites, delegar tarefas quando necessário e buscar momentos para lazer e relaxamento.

Tratamentos médicos

Embora os autocuidados sejam um pilar importante no manejo da distimia, o tratamento profissional também é necessário para um alívio mais eficaz dos sintomas. A combinação de medicação antidepressiva e psicoterapia tem mostrado resultados positivos.

Os antidepressivos podem corrigir os desequilíbrios químicos no cérebro, enquanto a psicoterapia oferece ao paciente ferramentas para lidar com os aspectos emocionais e comportamentais da distimia.

A terapia cognitivo-comportamental é particularmente eficaz, ajudando o paciente a identificar e modificar pensamentos negativos e padrões de comportamento prejudiciais.

Já a terapia orientada ao insight permite ao paciente explorar suas emoções e padrões de pensamento mais profundos, promovendo um entendimento mais claro de suas experiências.

É essencial procurar o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra para determinar o melhor plano de tratamento, adaptado às necessidades de cada paciente. Profissionais qualificados podem ajudar a identificar as causas subjacentes da distimia e guiar o paciente em direção a uma recuperação mais eficaz.

Outras medidas

Além das terapias e autocuidados mencionados, é importante estar atento à saúde geral. Evitar o uso excessivo de álcool e drogas, manter-se ocupado com atividades que proporcionem prazer e satisfação. A suplementação também pode ser interessante, sendo orientada por um nutricionista. 

Um estudo, por exemplo, investigou a relação entre a deficiência de folato e depressões graves e refratárias. Os resultados sugerem que níveis baixos de folato estão associados a uma resposta inadequada ao tratamento em casos de depressão grave.

Além disso, evidências indicam que a suplementação com ômega 3 pode trazer benefícios para a saúde mental, auxiliando na regulação de neurotransmissores e na redução de processos inflamatórios associados à depressão.

A deficiência pode ser causada por ingestão insuficiente, que pode ser resolvida com suplementação, problemas na absorção ou polimorfismos genéticos que afetam a conversão do folato em metilfolato, crucial para a síntese de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina.

Distimia tem cura?

Sim, a distimia tem cura. Embora seja um transtorno crônico e persistente, com o tratamento adequado, os sintomas podem ser controlados e a qualidade de vida do paciente melhorada significativamente.

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

Criado em 30 de Janeiro de 2025

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