Alzheimer é genético? Conheça os fatores de risco e prevenção
Uma condição neurodegenerativa progressiva caracterizada pelo comprometimento da memória, raciocínio e capacidade de realizar tarefas diárias. Estamos falando da doença de Alzheimer, que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Estima-se que quase um terço da população com mais de 85 anos pode desenvolver a doença nos próximos anos. A causa do Alzheimer ainda é desconhecida, no entanto se sabe que fatores genéticos, ambientais e do estilo de vida podem influenciar o surgimento da doença.
Mas afinal, o Alzheimer é genético? Alzheimer tem cura? A doença pode ser prevenida ou detectada com antecedência? Muitas perguntas ficam "na mesa" e, a seguir, algumas delas serão esclarecidas.
O que é o Alzheimer?
Trata-se de uma condição neurodegenerativa caracterizada pela morte progressiva de células cerebrais que levam a um declínio cognitivo contínuo. O Alzheimer afeta principalmente a memória, a cognição e a capacidade de realizar tarefas simples.
No cérebro do indivíduo com Alzheimer há uma formação anormal de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares, que levam à morte das células cerebrais. Muito de o que é o Alzheimer tem origem nessa degeneração cerebral, que resulta em sintomas neurocognitivos que se agravam ao longo do tempo. Os sintomas mais frequentes incluem:
- lapsos de memória;
- desorientação temporal;
- desorientação espacial;
- dificuldades em realizar tarefas simples;
- dificuldades de comunicação;
- mudanças de personalidade;
- descoordenação motora;
- incapacidade de cuidar de si.
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Qual o papel da genética no Alzheimer?
Uma questão muito levantada é se o Alzheimer é genético e, a resposta é sim! A doença de Alzheimer possui componentes genéticos, mas não é estritamente hereditária na maioria dos casos. A genética se refere aos genes e como as características são passadas de uma geração para a outra, no entanto nem todas as condições genéticas são herdadas.
No caso do Alzheimer, existem algumas variações genéticas que podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, mas isso não determina que ela irá se manifestar de fato.
A forma mais comum da doença, que é o Alzheimer de início tardio, tem uma ligação genética mais fraca, enquanto o Alzheimer precoce, que é mais raro, tem uma conexão genética mais forte. Mas, nesse contexto, é importante saber que enquanto os fatores genéticos podem influenciar o risco de desenvolver Alzheimer, outros fatores ambientais e de estilo de vida também desempenham um papel considerável.
Fatores de risco genéticos e ambientais
O que se sabe até então é que o Alzheimer surge de uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. O grupo mais suscetível a desenvolver essa doença são os idosos, portanto a idade é o principal fator de risco. Contudo, a genética também exerce um papel crucial, pois indivíduos com histórico familiar que apresentam predisposição genética para Alzheimer, têm uma probabilidade maior de desenvolvê-lo. A mutação em certos genes pode aumentar o risco, principalmente em casos de Alzheimer precoce.
Há também certos fatores ambientais e de estilo de vida que também podem fazer parte das causas do Alzheimer, como:
- traumatismos cranianos;
- exposição a toxinas;
- estilo de vida sedentário;
- tabagismo;
- má alimentação, etc.
Em resumo, o Alzheimer resulta de uma interação complexa entre genética, ambiente e estilo de vida. Dentre esses fatores, o estilo de vida é o único que pode ser modificado, portanto os hábitos de uma pessoa ao longo da vida são um fator crucial de como evitar Alzheimer.
Como saber se tenho predisposição genética para o Alzheimer?
Existem ferramentas que podem ser usadas para avaliar se um indivíduo tem uma propensão à doença de Alzheimer. Nesse contexto, o teste genético é um método que tem se destacado, porque através dele é possível identificar variações genéticas específicas associadas ao Alzheimer, especialmente aquelas relacionadas ao Alzheimer precoce. Caso a predisposição genética para Alzheimer seja identificada no teste genético, isso não necessariamente significa que o indivíduo irá desenvolver a doença, mas apenas que há uma predisposição para isso.
Além do teste genético, é vital avaliar outros fatores de risco como idade avançada, traumatismos cranianos e comorbidades como obesidade, diabetes e hipertensão. O teste genético, com sua capacidade de fornecer insights diretos sobre os genes, pode ser uma ferramenta valiosa no contexto de prevenção do Alzheimer.
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Como funciona o teste genético para Alzheimer
O teste genético de Alzheimer é uma ferramenta que avalia a predisposição de um indivíduo ao desenvolvimento dessa doença, entre outras características genéticas. O teste é realizado através da coleta de saliva e, por meio dessa amostra, analisa variações específicas em genes associados ao risco de Alzheimer.
Não há uma recomendação especial para sua realização, no entanto o teste genético é geralmente procurado pelas pessoas que desejam ter um conhecimento completo e proativo do seu perfil genético, incluindo a predisposição genética para Alzheimer.
O teste genético, não só avalia a predisposição ao Alzheimer, mas também considera outros fatores genéticos que podem impactar a saúde do indivíduo e a sua ancestralidade. Adicionalmente, esse teste genético vai além ao indicar vitaminas e nutrientes específicos necessários para cada pessoa, promovendo uma abordagem personalizada e preventiva em relação à saúde e ao bem-estar geral.
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Prevenção e redução do risco de Alzheimer
Para reduzir o risco de desenvolver Alzheimer, diversas estratégias baseadas em evidências científicas têm sido recomendadas. As formas de prevenção são recomendadas tanto para quem possui predisposição genética para Alzheimer quanto para quem não possui carga genética para a doença.
Segundo estudos, um fator importante para reduzir o risco de Alzheimer é prevenir ou manter sob controle doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão e obesidade. Essas doenças estão intimamente relacionadas ao estilo de vida, portanto, manter hábitos saudáveis é fundamental para prevenir o Alzheimer. Isso inclui:
- não fumar;
- manter uma dieta saudável;
- estimular a mente por meio de leitura, estudos, jogos e aprendizado contínuo;
- manter uma vida social ativa;
- buscar formas para gerenciar o estresse;
- praticar atividade física regularmente.
Inclusive, estudos epidemiológicos demonstraram que a atividade física tem uma importância especial na prevenção do Alzheimer. Se exercitar regularmente proporciona benefícios diretos ao cérebro que podem ser explicados através de múltiplos mecanismos.
A implementação dessas estratégias de prevenção podem ser ainda mais direcionadas e efetivas com a ajuda do teste genético. Ao conhecer as predisposições genéticas para o Alzheimer e outras doenças, medidas de prevenção podem ser personalizadas, considerando as necessidades específicas e potenciais fragilidades de cada pessoa. Assim, o teste genético torna-se uma ferramenta valiosa, permitindo uma abordagem proativa e individualizada sobre como evitar o Alzheimer, entre outras condições.
Em suma, o poder da informação não deve ser subestimado no contexto de como prevenir o Alzheimer. Reconhecer uma predisposição genética com antecedência pode ser a chave para que medidas proativas sejam tomadas e o Alzheimer seja evitado.
Referências
- Serrano-Pozo, A., & Growdon, J. H. (2019). Is Alzheimer's Disease Risk Modifiable?. Journal of Alzheimer's disease : JAD, 67(3), 795–819. https://doi.org/10.3233/JAD181028
- Rolland Y, Abellan van Kan G, Vellas B. Physical activity and Alzheimer's disease: from prevention to therapeutic perspectives. https://doi.org/10.1016/j.jamda.2008.02.007
- Alzheimer's disease prevention: from risk factors to early intervention. Alzheimer's research & therapy, 9(1), 71. https://doi.org/10.1186/s13195-017-0297-z
Texto escrito por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.