Atualizado em 16 de Janeiro de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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Dislexia é hereditária? Influência genética e fatores de risco

A dislexia é um transtorno de aprendizagem que afeta a capacidade de leitura e escrita - e muitos se perguntam se ela é hereditária. Respondendo de forma simplificada, a influência genética desempenha um papel importante no desenvolvimento dessa condição, mas fatores ambientais também podem contribuir para o surgimento da dislexia.

Neste texto, exploraremos a relação entre hereditariedade e dislexia, como a genética influencia o transtorno e quais fatores de risco podem aumentar as chances de alguém desenvolver essa dificuldade de aprendizagem. Siga lendo!

A dislexia é hereditária ou genética? Compreendendo essas influências

Sim, a dislexia é genética e tem uma forte ligação hereditária. Estudos indicam que entre 30% e 50% das pessoas com dislexia possuem parentes com o mesmo transtorno, o que sugere uma clara predisposição familiar. Esse distúrbio neurobiológico afeta a capacidade de associar letras e símbolos aos sons correspondentes, impactando a leitura, escrita e outras habilidades linguísticas.

A dislexia é causada por variações no desenvolvimento do cérebro, especialmente em áreas relacionadas ao processamento da linguagem. Algumas pesquisas apontam que fatores genéticos, como a alteração em certos cromossomos, estão relacionados ao distúrbio. Além disso, a produção excessiva de testosterona durante a gestação pode aumentar as chances de uma criança desenvolver dislexia, assim como complicações durante a gravidez ou a falta de nutrientes nos primeiros anos de vida.

Pessoas com dislexia podem ter inteligência normal ou acima da média e, apesar das dificuldades de leitura e escrita, muitas vezes demonstram habilidades excepcionais em outras áreas, como artes ou esportes. Isso se deve, em parte, ao desenvolvimento diferenciado do lado direito do cérebro, que pode ser mais ativo em pessoas disléxicas. Mesmo assim, os desafios persistem ao longo da vida, e o suporte contínuo é essencial.

Com base nisso, é importante lembrar que a dislexia não está relacionada à falta de esforço ou inteligência, mas sim a uma condição neurológica de origem genética que exige compreensão e tratamento adequado.

Genes e fatores de risco para dislexia

A dislexia tem tanto causas genéticas quanto ambientais. A seguir, explicamos como cada um desses fatores pode influenciar o desenvolvimento desse transtorno:

Causas genéticas da dislexia

A predisposição genética é um fator significativo no surgimento da dislexia. Estudos identificaram genes que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento desse transtorno, incluindo DYX1C1, ROBO1, DCDC2 e KIAA0319. Esses genes estão envolvidos no processo de migração dos neurônios durante a formação inicial do cérebro, crucial para o desenvolvimento adequado das habilidades de linguagem e leitura.

Alterações cromossômicas também são frequentemente associadas à dislexia, afetando a maneira como o cérebro processa a linguagem. Pesquisas indicam que disléxicos possuem um padrão diferenciado de conectividade entre os neurônios, especialmente em regiões do cérebro responsáveis pela decodificação de símbolos e sons, dificultando a associação entre letras e seus respectivos sons.

Fatores ambientais da dislexia

Como mencionado, além da influência genética, fatores ambientais podem aumentar o risco de uma criança desenvolver dislexia. Esses fatores incluem:

  • exposição a altos níveis de testosterona durante a gestação: a produção excessiva desse hormônio no útero pode influenciar o desenvolvimento cerebral do feto, aumentando as chances de dislexia;
  • complicações na gravidez: problemas durante a gestação, como distúrbios no desenvolvimento fetal ou complicações no parto, também podem prejudicar o desenvolvimento das áreas cerebrais responsáveis pela linguagem;
  • desnutrição nos primeiros anos de vida: a falta de nutrientes essenciais durante a infância pode afetar o desenvolvimento cognitivo, prejudicando o desempenho escolar e a habilidade de leitura;
  • exposição a toxinas: a mãe que se expõe a substâncias tóxicas, como álcool, drogas ou certos medicamentos durante a gravidez, pode afetar o desenvolvimento cerebral do bebê, aumentando o risco de dislexia.

Diagnóstico e avaliação genética para dislexia

O diagnóstico da dislexia é um processo detalhado que exige a participação de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, fonoaudiólogos e neurologistas. Esse diagnóstico é fundamental para identificar as dificuldades específicas de leitura e escrita e para elaborar estratégias de intervenção adequadas.

Embora existam ferramentas, como checklists de sinais, que ajudam a identificar possíveis indícios de dislexia, é importante ressaltar que esses testes, como o desenvolvido pela Associação Britânica de Dislexia e validado no Brasil pelo Instituto ABCD, servem apenas como indicadores preliminares. Esses checklists não substituem uma avaliação profissional detalhada e formal, que é crucial para confirmar o diagnóstico.

O processo de avaliação envolve uma série de testes que analisam habilidades cognitivas, memória, atenção e habilidades linguísticas. O diagnóstico final só pode ser feito por profissionais capacitados que analisam o histórico de desenvolvimento e o desempenho acadêmico do paciente. Esse tipo de avaliação é essencial para distinguir a dislexia de outros problemas de aprendizado.

Embora a dislexia tenha um forte componente genético, atualmente não existe um teste genético específico que diagnostique o transtorno de forma conclusiva. No entanto, o teste genético oferecido pela Genera em parceria com a Ocean Drop, pode identificar variantes associadas a outras condições neurológicas, mas ainda não há um exame dedicado exclusivamente à dislexia.

Tratamentos para dislexia

O tratamento para dislexia envolve uma abordagem multidisciplinar que foca em intervenções educacionais e estratégias que ajudam a melhorar as habilidades de leitura e escrita. Embora não exista cura, o tratamento adequado pode ajudar o indivíduo a desenvolver mecanismos compensatórios e alcançar um progresso significativo. Saiba mais:

Intervenções educacionais

As intervenções educacionais são fundamentais no tratamento da dislexia e devem ser adaptadas a cada caso. Instruções diretas, que ensinam explicitamente o reconhecimento de palavras e a correspondência entre fonemas e letras, são comumente utilizadas. Métodos de ensino multisensoriais, que combinam visual, auditivo e cinestésico, têm se mostrado eficazes para ajudar o aluno a processar informações de forma mais eficiente.

Estratégias compensatórias

Além das intervenções pedagógicas, o uso de estratégias compensatórias pode auxiliar na aprendizagem de pessoas com dislexia. Recursos, como audiobooks, mapas mentais, anotações visuais, flashcards e, até, exercícios de respiração para reduzir a ansiedade são amplamente recomendados. Essas ferramentas permitem que o aluno trabalhe suas dificuldades de leitura e escrita de maneira mais confortável.

Acompanhamento pedagógico

O apoio escolar é essencial para o progresso no tratamento da dislexia. Professores especializados devem adaptar o currículo e flexibilizar as atividades conforme as necessidades do aluno, criando um ambiente inclusivo que favoreça o aprendizado. O acompanhamento contínuo ajuda a identificar quais estratégias estão funcionando melhor para o aluno.

Terapias complementares

A intervenção fonoaudiológica, especialmente a terapia da fala, é comumente recomendada para ajudar a melhorar a pronúncia e a articulação. Essa abordagem complementa o tratamento educacional e trabalha diretamente com as dificuldades específicas da fala que muitos disléxicos enfrentam.

Medicamentos

Atualmente, não existem medicamentos para tratar a dislexia, pois a condição não está relacionada à produção de neurotransmissores. O foco do tratamento está no suporte educacional e psicológico.

Com o tratamento adequado, as pessoas com dislexia podem desenvolver habilidades de leitura e escrita, usando métodos personalizados que se ajustam às suas necessidades específicas.

Com o objetivo de oferecer informações precisas e relevantes, o conteúdo foi escrito pela equipe Ocean Drop e cuidadosamente revisado pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

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Criado em 23 de Outubro de 2024

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