Atualizado em 12 de Abril de 2025
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista

Ginkgo Biloba: para que serve, benefícios e como tomar

A Ginkgo biloba é conhecida como a árvore mais antiga que existe. Ela surgiu há cerca de 286 milhões de anos e é a única espécie restante da família Ginkgo. Sua sobrevivência é atribuída à sua grande resistência a doenças e à proteção feita por monges budistas, que a cultivavam devido seus inúmeros benefícios associados à saúde.
Conheça mais sobre essa antiguidade que resiste até os dias de hoje: ginkgo biloba - para que serve, benefícios e indicação de uso.
Para que serve o Ginkgo Biloba?
As folhas da árvore Ginkgo são usadas há muito tempo na medicina. Entretanto, foi apenas na década de 1970, que um processo para extrair e padronizar o extrato das folhas de Ginkgo biloba foi desenvolvido. Esse extrato contém substâncias ativas como terpenoides e flavonoides, que são considerados os principais responsáveis pelos seus efeitos.
Desde então, o extrato de Ginkgo Biloba vem sendo usado para auxiliar no tratamento de problemas relacionados ao cérebro, como a doença de Alzheimer, Parkinson e demências, além de ajudar em distúrbios como ansiedade, falta de memória, dificuldades de concentração, zumbido nos ouvidos, e até problemas circulatórios e distúrbios metabólicos, incluindo obesidade, pressão alta, dislipidemia e hiperglicemia. * *
Benefícios do Ginkgo Biloba
O extrato de Ginkgo biloba (GBE) contém vários compostos ativos, como ginkgolídeos, flavonoides e terpenoides, conhecidos por melhorar a circulação sanguínea, proteger as células nervosas e combater a inflamação.
De acordo com o estudo, ele pode ser utilizado para auxiliar no tratamento de problemas de memória, dificuldades de concentração, e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, além de ajudar em quadros de ansiedade e depressão.
Esse mesmo estudo mostra que o Ginkgo Biloba tem propriedades antioxidantes, protegendo as células do cérebro contra danos causados por radicais livres, que estão relacionados a neuroproteção. Ele também pode melhorar a função cerebral ao aumentar o fluxo sanguíneo e reduzir o estresse oxidativo.
O fitoterápico Ginkgo Biloba também é bastante utilizado para auxiliar no tratamento de melhora da memória e concentração. Estudos * * mostram que seu efeito terapêutico se dá devido suas propriedades antioxidantes, anti agregantes e vasodilatadoras no combate dos efeitos deletérios dos radicais livres a nível cerebral.
Apesar de existirem evidências que sugerem que o consumo de ginkgo biloba é bom para memória, funções cognitivas e melhora de doenças neurodegenerativas, ainda é necessário a realização de mais estudos para sua total comprovação.
Independente da forma de consumo, o melhor horário para consumir Ginkgo Biloba sem comprometer o sono é pela manhã ou à tarde. Também é interessante evitar seu consumo em jejum, para não irritar a mucosa gástrica, especialmente em pessoas sensíveis.
Ginkgo Biloba emagrece? O que diz a ciência?
Não há comprovação na literatura onde o uso do ginkgo biloba tem indicação para perda de peso e emagrecimento. Essa confusão pode estar relacionada a seus benefícios ligados à energia e disposição, similares à cafeína, entretanto não há envolvimento na queima de gordura.
Para quem busca o emagrecimento, a recomendação é consultar um nutricionista e iniciar um tratamento dietoterápico voltado para a perda de gordura corporal, associado a prática de atividade física.
Embora a maca peruana seja segura para a maioria das mulheres, gestantes, lactantes e pessoas com hipertireoidismo devem ter cautela ao usar o suplemento, pois não há estudos suficientes que comprovem sua segurança nesses casos. Sempre consulte um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação para garantir que é a escolha certa para você.
Possíveis efeitos colaterais e contraindicações do Ginkgo Biloba
O consumo de Ginkgo Biloba não costuma oferecer efeitos colaterais significativos para maior parte das pessoas, entretanto, efeitos raros que pode desencadear são: reações alérgicas, sangramento, dores de cabeça e problemas digestivos (como náuseas e diarreia), especialmente se consumido em doses acima do recomendado.
Ademais, o consumo de Ginkgo Biloba é contraindicado para gestantes, mulheres no período de amamentação, crianças até 12 anos, pessoas em uso de anticoagulante, que realizaram cirurgias recentemente ou com histórico de distúrbios hemorrágicos, pois ele aumenta o risco de sangramento
Referências
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- Forlenza, O. V.. (2003). Ginkgo biloba e memória: mito ou realidade?. Archives of Clinical Psychiatry (são Paulo), 30(6), 218–220.
- Guzen, F. P., & Brito Guzen, P. F. (2008). GINKGO BILOBA E SEUS EFEITOS NO TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS COGNITIVOS RELACIONADOS AO APRENDIZADO E MEMÓRIA. Revista De Ciências Da Saúde Nova Esperança, 6(2), 71–76.
- SINGH, Sandeep Kumar et al. Neuroprotective and antioxidant effect of Ginkgo biloba extract against AD and other neurological disorders. Neurotherapeutics, v. 16, n. 3, p. 666-674, 2019.