Atualizado em 16 de Abril de 2025

Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista

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Como prevenir o Alzheimer: dicas, exames e cuidados

como prevenir o alzheimer

Embora histórico familiar seja um dos fatores conhecidos que influencia o risco de Alzheimer, os avanços científicos têm ampliado significativamente as possibilidades de rastrear isso, permitindo uma abordagem mais personalizada na prevenção da doença. Isso é possível através da realização de testes genéticos, que identificam predisposições específicas, como a presença do gene APOE, associado a um maior risco de Alzheimer.

Neste texto, explicaremos como realizar um teste genético para o Alzheimer e como essa informação pode ajudar você a adotar medidas mais eficazes e direcionadas de prevenção. Continue lendo para descobrir estratégias personalizadas e práticas de como prevenir o Alzheimer!

25 dicas para prevenir o Alzheimer

Embora muitos acreditem que Alzheimer é hereditário, isso não é verdade, há como prevenir​. E, embora não exista uma forma definitiva de prevenção, o Ministério da Saúde reforça que adotar hábitos saudáveis e manter a mente ativa são estratégias importantes que podem retardar ou, até mesmo, inibir o aparecimento da doença. Confira as principais dicas para isso:

1. Mantenha a mente ativa

Dedique tempo a atividades que estimulem o cérebro, como estudar, ler livros e resolver problemas. Essas práticas ajudam a criar novas conexões neurais, fortalecendo a saúde cognitiva.

2. Pratique exercícios de aritmética

Fazer cálculos matemáticos simples no dia a dia, como somar valores de compras ou calcular descontos, é uma forma prática de exercitar o cérebro.

3. Invista em jogos inteligentes

Tabuleiro, palavras cruzadas, quebra-cabeças e, até, videogames estratégicos servem como jogos para prevenir Alzheimer​, pois ajudam a desafiar o cérebro e manter a capacidade de raciocínio afiada.

4. Participe de atividades em grupo

Socializar é essencial para a saúde mental. Atividades em grupo, como clubes de leitura, aulas coletivas ou encontros com amigos, ajudam a evitar o isolamento e estimulam a interação.

5. Evite o tabagismo

Fumar é um fator de risco para diversas doenças, incluindo o Alzheimer precoce​. Parar de fumar contribui para a saúde geral e protege o cérebro.

6. Modere ou elimine o consumo de álcool

O consumo excessivo de álcool pode causar danos ao sistema nervoso central. Manter-se moderado ou evitar bebidas alcoólicas é uma escolha saudável para o cérebro.

7. Adote uma alimentação balanceada

Entre os alimentos para prevenir o Alzheimer​ estão frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, pois são ricos em nutrientes e compostos bioativos. Evite alimentos ultraprocessados, açúcares e gorduras saturadas, pois eles podem acelerar o declínio cognitivo.

8. Pratique atividades físicas regularmente

Exercícios físicos melhoram a circulação sanguínea, incluindo no cérebro, além de liberar endorfinas que combatem o estresse e a ansiedade, fatores que podem prejudicar a saúde mental.

Seguir as orientações de como prevenir o Alzheimer do Ministério da Saúde é uma maneira eficaz de investir na sua qualidade de vida e longevidade. Afinal, cuidar do cérebro desde agora é essencial para garantir um futuro mais saudável e ativo – especialmente se você tem uma predisposição genética para a doença.

É importante destacar que, embora não exista uma medicação específica para prevenção, essas dicas funcionam como verdadeiros remédios naturais para prevenir Alzheimer. E, além das recomendações tradicionais, diversas práticas adicionais podem ajudar a reduzir significativamente os riscos da doença:

9. Aprenda novos idiomas

Estudar uma nova língua serve como um exercício mental para prevenir o Alzheimer, já que​ estimula diferentes áreas do cérebro, criando conexões neurais e fortalecendo a reserva cognitiva.

10. Toque um instrumento musical

A prática musical exige coordenação, memória e criatividade, que são atividades excelentes para manter o cérebro ativo.

11. Pratique meditação e mindfulness

Reduzir o estresse com práticas, como meditação e mindfulness, ajuda a diminuir os níveis de cortisol, que, em excesso, pode afetar negativamente a saúde cerebral.

12. Faça artesanato ou atividades manuais

Trabalhos, como bordado, pintura, cerâmica e carpintaria, estimulam a concentração e a coordenação motora, além de promover relaxamento.

13. Evite a exposição prolongada a poluentes

A poluição ambiental, como partículas tóxicas no ar, pode estar associada ao risco de Alzheimer. Viver em locais com ar mais limpo e adotar purificadores de ar pode ajudar.

14. Controle os níveis de vitamina D

A deficiência de vitamina D está associada a um risco maior de declínio cognitivo, o que a torna amplamente reconhecida como uma importante vitamina para prevenir o Alzheimer. Para garantir níveis adequados, é fundamental manter uma exposição solar moderada ou considerar a suplementação, quando necessário.

15. Inclua gorduras saudáveis na dieta

Alimentos ricos em ômega-3, como peixes gordurosos, nozes e sementes de linhaça, são benéficos para a saúde cerebral.

16. Mantenha uma rotina de sono de qualidade

Dormir o suficiente é essencial para o cérebro consolidar memórias e eliminar toxinas. Insônia e apneia do sono podem aumentar o risco de Alzheimer.

17. Evite o consumo excessivo de açúcares

Dietas ricas em açúcares estão associadas a processos inflamatórios que podem prejudicar a função cognitiva.

18. Pratique yoga ou tai chi

Essas atividades combinam movimentos físicos com concentração mental, ajudando a reduzir o estresse e melhorar a flexibilidade e a saúde cerebral.

19. Mantenha-se atualizado com tecnologia

Aprender a usar dispositivos e aplicativos modernos desafia o cérebro e mantém a mente em constante aprendizado.

20. Participe de atividades culturais

Frequentar museus, exposições, teatros e outros eventos culturais oferece estímulos variados que promovem a saúde mental.

21. Mantenha o peso saudável

A obesidade, especialmente na meia-idade, está associada a um risco maior de desenvolver demências, incluindo Alzheimer.

22. Beba chá para prevenir o Alzheimer​

O chá-verde contém compostos antioxidantes que ajudam a proteger o cérebro contra danos causados por radicais livres.

23. Treine o equilíbrio

Exercícios que melhoram o equilíbrio, como pilates e dança, podem prevenir quedas e lesões cerebrais que aumentam o risco de Alzheimer.

24. Pratique jardinagem

Cuidar de plantas é uma atividade que requer atenção, planejamento e coordenação, promovendo relaxamento e foco.

25. Diminua o consumo de alimentos ultraprocessados

Substituir alimentos industrializados por opções frescas e integrais reduz o risco de inflamações crônicas, que podem estar relacionadas ao declínio cognitivo.

Alimentação e suplementos para evitar Alzheimer

A dieta é um dos pilares mais importantes na prevenção de doenças como o Alzheimer. Além de uma alimentação equilibrada, existem nutrientes específicos que se destacam por seus benefícios para a saúde cerebral. Em casos de deficiência, a suplementação pode ser uma estratégia eficaz para garantir a ingestão adequada.

Vitamina D

Um estudo com 1.658 idosos nos Estados Unidos investigou a relação entre os níveis de vitamina D e o risco de desenvolver demência e Alzheimer. Os participantes estavam livres de demência no início do estudo, e suas concentrações de vitamina D foram medidas a partir de amostras de sangue. Durante um acompanhamento médio de 5,6 anos, 171 pessoas desenvolveram demência, incluindo 102 casos de Alzheimer.

Os resultados mostraram que pessoas com deficiência severa de vitamina D (<25 nmol/L) tinham mais que o dobro do risco de desenvolver demência e Alzheimer em comparação com aquelas com níveis adequados (≥50 nmol/L). Mesmo participantes com deficiência moderada de vitamina D (≥25 a <50 nmol/L) apresentaram um risco aumentado. 

  • fontes alimentares: peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha), ovos e alimentos fortificados;
  • suplementação: quando há deficiência comprovada, suplementar vitamina d é fundamental para evitar problemas que podem impactar diretamente o cérebro.

Ômega-3

Os ácidos graxos essenciais, especialmente o DHA, desempenham um papel fundamental na saúde cerebral ao longo da vida. Durante o desenvolvimento infantil, o DHA é crucial para a formação estrutural e funcional do sistema nervoso central. No entanto, sua importância se estende à prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, na vida adulta.

Pesquisas indicam que a presença adequada de DHA ao longo da vida contribui para a integridade e a função das membranas neuronais, além de possuir propriedades anti-inflamatórias que protegem contra o declínio cognitivo. Assim, a suplementação com ômega-3 e DHA, especialmente em estágios críticos da vida, como gestação, lactação e envelhecimento, pode ser uma estratégia preventiva para reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer.

  • fontes alimentares: peixes, como salmão, arenque e sardinha, além de sementes de linhaça e chia;
  • suplementação: óleo de peixe ou óleo de algas é uma solução eficiente para quem consome poucos alimentos ricos em ômega-3.

Cúrcuma

Um estudo avaliou os efeitos da curcumina, um polifenol presente na Curcuma longa (utilizada na culinária asiática há milhares de anos), sobre o Alzheimer e a depressão. Essas condições têm como características principais a redução dos níveis de BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), baixos níveis de monoaminas, aumento do estresse oxidativo, inflamação, acúmulo de beta-amiloide e proteína Tau, além de neurotoxicidade por alumínio.

A revisão de literatura, realizada em bases como Scholar Google, ScienceDirect e PubMed, mostrou que a suplementação com curcumina pode restaurar os níveis de BDNF, modular monoaminas e reduzir o estresse oxidativo, a inflamação, a agregação de beta-amiloide, o acúmulo de proteína Tau e a neurotoxicidade por alumínio. Esses efeitos resultam na melhora dos sintomas tanto do Alzheimer quanto da depressão, evidenciando o potencial terapêutico da curcumina nessas doenças.

  • como consumir: pode ser adicionada como tempero em pratos ou consumida em forma de suplementos de curcumina para uma absorção mais eficaz.

Fatores de risco para o Alzheimer

No início do artigo, mencionamos o histórico familiar como um fator importante, mas ele é apenas um entre vários que podem influenciar o risco. Além da genética, elementos, como envelhecimento, sedentarismo, alimentação inadequada, doenças cardiovasculares, diabetes, tabagismo e baixa estimulação cognitiva também desempenham papéis relevantes:

1. Idade avançada

O envelhecimento é o principal fator de risco para o Alzheimer. A probabilidade de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos após os 65 anos. Ainda assim, o Alzheimer de início precoce, embora raro, pode afetar indivíduos com menos de 65 anos, sendo frequentemente associado a fatores genéticos.

2. História familiar e predisposição genética

Ter um parente de primeiro grau diagnosticado com Alzheimer aumenta a probabilidade de desenvolver a condição. Variantes genéticas, como o gene APOE, são conhecidas por elevar o risco. Apesar disso, a genética não é um determinante absoluto, e hábitos saudáveis podem ajudar a mitigar seus efeitos.

3. Baixo nível de escolaridade

Pessoas com menor nível de escolaridade tendem a ter menos estímulos intelectuais ao longo da vida, o que pode reduzir a "reserva cognitiva" — a capacidade do cérebro de compensar danos causados pela idade ou doenças. O aprendizado contínuo e atividades que desafiam a mente, como leitura, cursos e exercícios intelectuais, são essenciais para fortalecer a saúde cerebral.

4. Traumatismos cranianos

Lesões na cabeça, especialmente repetidas ou graves, podem aumentar a vulnerabilidade ao Alzheimer. Atividades esportivas de alto impacto, quedas e acidentes são exemplos de situações que merecem atenção. O uso de equipamentos de proteção, como capacetes, e a adoção de medidas preventivas podem reduzir significativamente esse risco.

5. Doenças cardiovasculares

A saúde do coração está intimamente ligada à saúde do cérebro. Problemas, como hipertensão, colesterol elevado e diabetes, são fatores de risco para a demência vascular e contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer. Monitorar e controlar esses problemas é crucial para a prevenção.

6. Estilo de vida e hábitos saudáveis

O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a falta de atividade física e uma alimentação pobre em nutrientes são hábitos que aumentam a suscetibilidade ao Alzheimer.

7. Conexões sociais e saúde mental

O isolamento social e o estresse crônico podem prejudicar a saúde cognitiva, aumentando o risco de demência. Participar de atividades em grupo, manter relacionamentos próximos e cuidar da saúde mental são formas de proteger a mente e o bem-estar emocional.

Como fazer um teste genético para o Alzheimer?

A parceria entre a Ocean Drop e a Genera permite que você realize um teste genético de alta precisão para identificar predisposições ao Alzheimer e outros fatores relacionados à sua saúde. Nesse teste, centenas de milhares de variantes do genoma são analisadas em laboratório, utilizando como referência estudos científicos consolidados.

Uma pesquisa realizada pela Genera, que analisou cerca de 60 mil amostras de DNA, destacou uma associação genética em particular que aumenta significativamente o risco de Alzheimer: a combinação de genótipos CC para dois marcadores específicos, rs429358 e rs7412, no gene APOE. Essa combinação pode aumentar o risco de desenvolver a doença em até 21 vezes. Entre os brasileiros que participaram do estudo, 1,04% apresentaram essa predisposição genética elevada.

O teste genético oferecido pela Ocean Drop, em parceria com a Genera, fornece um relatório detalhado sobre o seu organismo, abrangendo aspectos genéticos que influenciam sua saúde e bem-estar. Com base nesses resultados, é possível identificar os suplementos e cuidados ideais para o seu corpo e seus objetivos. Essa análise personalizada se torna uma ferramenta poderosa para adotar estratégias de prevenção e cuidado mais precisas e eficazes.

O teste genético oferecido pela Ocean Drop, em parceria com a Genera, fornece um relatório detalhado sobre o seu organismo, abrangendo aspectos genéticos que influenciam sua saúde e bem-estar. Com base nesses resultados, é possível identificar os suplementos e cuidados ideais para o seu corpo e seus objetivos. Essa análise personalizada se torna uma ferramenta poderosa para adotar estratégias de prevenção e cuidado mais precisas e eficazes.

Foto de Suelen Santos da Costa

Conteúdo criado por especialista:

Suelen Santos da Costa

Nutricionista

Este artigo foi escrito por Suelen Costa dos Santos, nutricionista (CRN 10 – 7816), formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Possui pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP – Centro de Nutrição Funcional, uma das instituições mais renomadas da área. Seu trabalho é guiado pelos princípios da nutrição funcional, com foco na promoção da saúde e na individualidade bioquímica.

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