Como evitar trombose: cuidados, medicamentos e exames

A trombose é uma condição que pode parecer distante da rotina, mas que, na verdade, pode afetar qualquer pessoa em diferentes momentos da vida. Desde viagens prolongadas até o pós-operatório de uma cirurgia ou, mesmo, durante a gravidez, diversas situações aumentam os riscos de formação de coágulos no sangue. O mais preocupante é que, em muitos casos, os sintomas podem passar despercebidos até que uma complicação mais séria, como uma embolia pulmonar, aconteça.

Então, como se proteger de algo que, muitas vezes, é quase silencioso? Quais hábitos do dia a dia podem realmente fazer a diferença para prevenir a trombose? E quais sinais de alerta prestar mais atenção? Neste texto, você vai descobrir as principais estratégias de como evitar trombose, desde mudanças simples na rotina até exames essenciais para diagnóstico precoce, como o teste genético. Continue lendo e garanta informações práticas e eficazes para cuidar da sua saúde vascular!

Como evitar trombose com cuidados essenciais

A trombose, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir veias ou artérias, é uma condição séria, mas amplamente prevenível com ações simples e eficazes. Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, é possível adotar medidas no dia a dia para reduzir significativamente o risco de formação de coágulos:

1. Adote um estilo de vida ativo

A movimentação regular é fundamental para prevenir a trombose, especialmente nas pernas, onde o problema é mais comum. Longos períodos parados, como durante viagens ou jornadas de trabalho, aumentam o risco. Para manter o fluxo sanguíneo saudável:

levante-se e caminhe a cada 2-4 horas;
faça exercícios simples para evitar trombose, como flexionar tornozelos e mover as panturrilhas;
use roupas confortáveis para evitar compressão nas veias.

2. Pratique exercícios físicos

A atividade física regular é uma das principais estratégias para quem busca saber o que fazer para evitar trombose. Exercícios aeróbicos, como caminhadas, corridas leves ou natação, estimulam a circulação e fortalecem os vasos sanguíneos. Alongamentos e yoga também ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo, principalmente em pessoas sedentárias ou com histórico familiar de trombose.

3. Mantenha uma dieta balanceada

Os alimentos para prevenir trombose incluem frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, como azeite de oliva e peixes ricos em ômega-3. Por outro lado, é importante que você:

reduza alimentos ricos em sódio e ultraprocessados, pois eles causam retenção de líquidos e dificultam a circulação;
evite alimentos ricos em vitamina K (como espinafre e brócolis) em casos específicos, sob orientação médica, especialmente se estiver usando anticoagulantes;
incorpore chás que ajudam a prevenir trombose, como o de gengibre ou cúrcuma, que têm propriedades anti-inflamatórias e ajudam na circulação.

4. Evite o tabagismo e modere o consumo de álcool

O cigarro é um dos principais vilões na saúde vascular, pois danifica as paredes dos vasos sanguíneos e favorece a formação de coágulos. Parar de fumar reduz drasticamente o risco de trombose. O consumo de álcool também deve ser moderado, já que pode interferir na coagulação do sangue.

5. Hidrate-se adequadamente

Beber água regularmente ajuda a manter o sangue fluido, prevenindo a formação de coágulos. Substitua bebidas alcoólicas e açucaradas por água ou chás naturais que contribuem para a circulação.

6. Controle o peso corporal

O excesso de peso pode sobrecarregar o sistema circulatório, aumentando o risco de trombose. Mantenha-se dentro de uma faixa de peso saudável, combinando alimentação equilibrada com exercícios regulares.

7. Use meias de compressão sob orientação médica

A meia para evitar trombose é indicada para pessoas que passam muito tempo em pé ou sentadas, além de ser recomendada para grávidas e pacientes em pós-operatório. As meias elásticas melhoram o retorno venoso, reduzindo o acúmulo de sangue nas pernas.

Além disso, em situações específicas, como insuficiência venosa, o uso de meias elásticas e a realização de exercícios orientados pela equipe médica podem ser recomendados para melhorar o fluxo sanguíneo.

Além das recomendações do Ministério da Saúde, existem outras práticas que podem reforçar a prevenção da trombose. Essas medidas incluem:

8. Busque avaliação médica regular e faça exames preventivos

Se você pertence a grupos de risco, como pessoas com histórico familiar de trombose, varizes, obesidade, tabagismo ou problemas cardíacos, é fundamental buscar orientação médica para avaliar sua saúde vascular e adotar medidas preventivas específicas. O médico pode recomendar exames como o ultrassom Doppler, que avalia o fluxo sanguíneo e identifica possíveis obstruções, ou o teste de sangue de D-dímero, que detecta a presença de fragmentos de coágulos.

Esses exames são essenciais para o diagnóstico precoce e permitem que estratégias preventivas eficazes sejam implementadas, como o uso de medicamentos anticoagulantes (quando indicado) e mudanças no estilo de vida. Com o acompanhamento correto, é possível minimizar os riscos de complicações graves e manter a saúde vascular em dia.

9. Conheça os sinais de alerta

Estar atento aos sintomas iniciais de trombose, como dor, inchaço, vermelhidão ou calor em regiões, como pernas e braços, é crucial. Na presença de qualquer sinal suspeito, procure assistência médica imediatamente para evitar complicações graves, como embolia pulmonar.

Prevenção de trombose em situações específicas

A trombose pode ser desencadeada por situações que aumentam o risco de formação de coágulos, como cirurgias, gravidez ou imobilização prolongada. Nesses casos, medidas preventivas específicas são essenciais para evitar complicações graves.

Como evitar trombose após cirurgia?

O período pós-cirúrgico exige atenção redobrada, pois a imobilização prolongada e as alterações na circulação sanguínea aumentam o risco de trombose. Para prevenir:

movimente-se sempre que possível: assim que liberado pela equipe médica, comece a realizar pequenos movimentos com as pernas e caminhe curtas distâncias;
use meias de compressão: essas meias ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas, reduzindo a chance de formação de coágulos;
hidrate-se: a ingestão adequada de líquidos é fundamental para manter o sangue mais fluido;
apoie-se em dispositivos hospitalares: em alguns casos, botas pneumáticas são usadas para estimular a circulação em pacientes acamados.

Como evitar trombose na gravidez?

A gravidez é um período que aumenta naturalmente o risco de trombose devido às mudanças hormonais e à compressão das veias pela expansão do útero. As principais medidas preventivas incluem:

acompanhamento médico regular: um obstetra pode identificar fatores de risco e prescrever anticoagulantes seguros, caso necessário;
controle do peso: manter um peso saudável durante a gestação reduz a sobrecarga no sistema venoso;
movimentação frequente: mesmo com limitações, é importante realizar caminhadas leves e exercícios adequados para gestantes;
uso de meias de compressão: recomendadas especialmente para grávidas com histórico de trombose ou varizes.

Prevenção durante viagens longas

Viagens prolongadas, seja de avião, carro ou ônibus, podem aumentar o risco de trombose pela imobilização das pernas. Para evitar problemas:

levante-se e caminhe periodicamente: tente caminhar a cada 2-4 horas, especialmente em voos longos;
exercite as pernas no assento: flexione e estenda os tornozelos e coxas para estimular a circulação;
use roupas confortáveis e meias de compressão: elas ajudam a manter o fluxo sanguíneo adequado;
beba bastante água: evite bebidas alcoólicas e mantenha-se hidratado.

Remédios para prevenir trombose

A prevenção da trombose pode incluir o uso de medicamentos e suplementos específicos, especialmente em pessoas com maior predisposição à formação de coágulos. É fundamental que todos esses tratamentos sejam realizados com orientação médica, garantindo segurança e eficácia. Conheça algumas opções:

Anticoagulantes para trombose

Os anticoagulantes são amplamente utilizados para prevenir trombose, pois agem diminuindo a capacidade do sangue de formar coágulos. Entre os mais comuns estão:

heparina: geralmente administrada por injeção, é utilizada para prevenir trombose em pacientes hospitalizados ou em pós-operatórios de alto risco;
rivaroxabana e apixabana: medicamentos orais mais modernos que oferecem eficácia e segurança na prevenção de trombose, com menos necessidade de monitoramento constante.

AAS evita trombose?

O ácido acetilsalicílico (AAS), em doses baixas, é prescrito para algumas pessoas com risco cardiovascular elevado, como aquelas com histórico de infarto ou derrame. Ele age inibindo a agregação das plaquetas, diminuindo as chances de formação de coágulos. No entanto, o uso do AAS deve ser sempre avaliado por um médico, pois pode causar efeitos adversos.

Diosmina evita trombose?

A diosmina é um bioflavonoide frequentemente indicado para melhorar a saúde vascular, especialmente em casos de insuficiência venosa ou varizes. Embora não seja um anticoagulante, sua ação no fortalecimento das paredes dos vasos sanguíneos pode contribuir indiretamente para a prevenção de condições como a trombose venosa profunda. Seu uso pode ser recomendado como parte de uma abordagem complementar para melhorar a circulação, sempre com orientação médica.

Injeção para evitar trombose

Além da heparina, citada anteriormente, existem outras injeções anticoagulantes, como a enoxaparina, uma forma de heparina de baixo peso molecular. Essas injeções são frequentemente aplicadas em pacientes hospitalizados ou em recuperação pós-cirúrgica para evitar a formação de trombos.

Embora esses medicamentos sejam opções normalmente recomendadas, seu uso indiscriminado pode levar a complicações graves, como hemorragias ou interações medicamentosas. Por isso, é essencial:

realizar acompanhamento médico regular;
informar o médico sobre todos os medicamentos e suplementos em uso;
seguir as orientações de dosagem rigorosamente.

Exames para trombose e a importância do diagnóstico precoce

Essa condição pode causar complicações graves, como embolia pulmonar, tornando a detecção precoce essencial para um tratamento para trombose eficaz e preventivo. A identificação da doença começa com uma avaliação clínica detalhada e pode incluir exames específicos para avaliar o risco e direcionar a melhor abordagem terapêutica.

O primeiro passo no diagnóstico da trombose é o exame clínico, durante o qual o médico analisa os sintomas relatados pelo paciente, como dor, inchaço, vermelhidão ou sensação de calor em uma das pernas ou braços. Com base nessa avaliação, o profissional decide se é necessário solicitar exames adicionais para confirmar ou descartar a presença de coágulos.

Entre os exames mais utilizados para diagnóstico de trombose estão:

1. Ultrassonografia com Doppler (Eco Color Doppler)

Esse exame é o método preferencial para detectar trombose venosa profunda, especialmente nas pernas. Ele utiliza ondas sonoras para mapear o fluxo sanguíneo e identificar obstruções nas veias. O Doppler colorido também permite avaliar a gravidade do problema, auxiliando no planejamento do tratamento.

2. Exame de sangue (D-dímero)

O teste de D-dímero mede a presença de fragmentos de coágulos no sangue. Embora não seja conclusivo, é útil para excluir a trombose em pacientes com baixo risco. Resultados elevados indicam a necessidade de exames complementares.

3. Venografia

Esse exame, considerado o padrão-ouro para diagnóstico em casos complexos, envolve a injeção de um contraste nas veias para visualização detalhada. Apesar de ser altamente preciso, é menos utilizado devido à sua natureza invasiva e à disponibilidade de métodos menos desconfortáveis.

4. Tomografia computadorizada e ressonância magnética

Para casos mais graves ou suspeitas de embolia pulmonar, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética oferecem imagens de alta resolução que identificam coágulos em diferentes partes do corpo.

Também existe um exame que avalia o risco de desenvolver a doença:

5. Teste genético

O teste genético desenvolvido pela Genera, em parceria com a Ocean Drop, oferece um painel de doenças genéticas que permite identificar suas predisposições genéticas para o desenvolvimento de condições graves, como trombose, infarto, Parkinson e câncer. Esse painel analisa mais de 20 variantes genéticas associadas a essas doenças, fornecendo informações valiosas para que você possa se planejar melhor e adotar medidas preventivas, sempre com o suporte de um profissional especializado.

A trombofilia, por exemplo, é uma condição que aumenta a formação de coágulos sanguíneos (trombos) nas veias e artérias, elevando o risco de problemas como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até mesmo AVC. Durante a gravidez, esse risco é cinco vezes maior devido às alterações nas proteínas responsáveis pela coagulação. Outros fatores, como obesidade e tabagismo, combinados com predisposições genéticas, também podem intensificar essa propensão.

Fazer o teste genético é simples e não invasivo, e pode fornecer informações cruciais para cuidar da sua saúde e prevenir complicações futuras. Descubra suas predisposições e tome medidas proativas para garantir um futuro mais saudável!