Ácido fólico para gestantes: por que e como consumir

O ácido fólico é um nutriente essencial durante a gestação, desempenhando um papel crucial na saúde tanto do feto quanto da gestante. Esse suplemento, que é uma forma sintética da vitamina B9, contribui para a formação do tubo neural do bebê, está associado ao bem-estar físico e mental da mãe, além de oferecer diversos outros benefícios.

Apesar de sua importância, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a dosagem adequada de ácido fólico para gestantes, as melhores fontes desse nutriente e como integrá-lo de maneira eficaz na dieta. Por isso, neste texto, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o ácido fólico na gravidez. Continue lendo para descobrir mais!

O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é fundamental para mulheres durante o período pré-gestacional e nos primeiros meses de gravidez a fim de garantir uma gestação saudável e o desenvolvimento adequado do bebê.

De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, gestante tem que tomar ácido fólico desde, no mínimo, dois meses antes da concepção e continuar a suplementação até o fim do primeiro trimestre de gravidez. Esse cuidado é fundamental, principalmente, para a prevenção de defeitos no tubo neural do feto, uma estrutura que se forma nas primeiras semanas de gestação e é responsável pela formação do cérebro e da medula espinhal do bebê.

No entanto, a importância do ácido fólico vai além disso; ele também contribui para o combate à anemia megaloblástica, uma condição causada pela deficiência de folato que pode afetar gestantes e interferir na saúde do bebê. Além disso, essa vitamina participa de processos essenciais no organismo da mãe, como a divisão celular e a síntese de proteínas, ajudando a manter o bem-estar físico e emocional.

Estudos mostram que a ingestão adequada de ácido fólico reduz significativamente o risco de má-formações congênitas, como a anencefalia e outras condições que afetam o desenvolvimento cognitivo e motor do bebê. Ainda, a vitamina B9 desempenha um papel protetor no sistema nervoso, contribuindo também para a saúde mental da gestante e ajudando a reduzir o risco de depressão durante a gravidez.

Embora o ácido fólico esteja presente em alimentos, como vegetais verdes (couve, brócolis e espinafre), a absorção da forma sintética é mais eficiente, por isso, a suplementação é o método mais eficaz para atingir os níveis recomendados. 

A dose ideal de ácido fólico para gestantes é de 400 µg (0,4 mg) diários, recomendada desde o período pré-gestacional até o final do primeiro trimestre de gravidez. Essa dosagem é essencial para a prevenção de defeitos no tubo neural do bebê e pode ser ajustada conforme orientação médica. Caso a dosagem padrão de 400 µg não esteja disponível, o Ministério da Saúde recomenda o uso de 5 mg ou, como alternativa, solução oral de 0,2 mg/ml (40 gotas), sendo que os benefícios dessa suplementação compensam eventuais aumentos na dosagem.

Além do ácido fólico, o sulfato ferroso também é indicado para as gestantes. A suplementação de ferro deve ser iniciada a partir da confirmação da gravidez e mantida até três meses após o parto, com uma dose entre 30 e 60 mg de ferro elementar, equivalente a 150 a 300 mg de sulfato ferroso por dia. A combinação de ácido fólico e sulfato ferroso é fundamental para apoiar o desenvolvimento geral do bebê e ajudar a prevenir a anemia materna, comum durante a gestação.

O melhor ácido fólico para gestante pode ser o metilfolato, pois alguns médicos e nutricionistas o consideram uma forma mais biodisponível, o que facilita sua absorção pelo organismo. Na verdade, tanto o metilfolato quanto o ácido fólico tradicional são variações da vitamina B9, mas o metilfolato já vem em uma forma mais ativa, o que pode ser vantajoso, especialmente para gestantes com dificuldade de metabolizar o ácido fólico comum.

Primeiro de tudo, é essencial conversar com seu nutricionista e médico para definir qual suplemento de ácido fólico usar. Alguns profissionais recomendam o metilfolato para gestante em vez do ácido fólico tradicional. No entanto, é importante lembrar que o protocolo de suplementação de ácido fólico para gestante, recomendado pelo Ministério da Saúde, permanece como referência principal.

Vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve, são excelentes fontes naturais de vitamina B9, assim como feijões, lentilhas, abacate, suco de laranja, nozes e cereais integrais. Embora esses alimentos ajudem a aumentar a ingestão de ácido fólico, as versões naturais não são tão bem absorvidas pelo organismo quanto as versões sintéticas. Dessa forma, essas fontes alimentares não substituem a necessidade de um suplemento de ácido fólico para gestante, sendo essencial seguir as orientações profissionais para garantir a quantidade ideal para o desenvolvimento saudável do bebê.

O consumo de ácido fólico requer atenção à dosagem adequada, pois o excesso pode mascarar uma deficiência de vitamina B12, o que poderia afetar a saúde da mãe e do bebê. Em quantidades recomendadas, o ácido fólico é seguro para gestantes e normalmente não causa efeitos adversos. 

Doses muito elevadas podem provocar desconfortos gastrointestinais, como náuseas e inchaço abdominal, em algumas pessoas. Seguir as orientações sobre a dose de ácido fólico e comunicar qualquer reação ao profissional que acompanha é fundamental para uma suplementação segura.

Com o objetivo de oferecer informações precisas e relevantes, o conteúdo foi escrito pela equipe Ocean Drop e cuidadosamente revisado pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.