Atualizado em 09 de Abril de 2025
Criado por Rafaela Fürst Galvão - Nutricionista

Pressão alta: 12 sintomas e como controlar a hipertensão

A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma condição médica comum em que a pressão arterial do indivíduo está constantemente elevada. Ela pode ser assintomática por um longo período de tempo, mas se não for tratada, pode levar a problemas graves de saúde, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal e outras complicações.
A seguir, discutiremos os sintomas de pressão alta, bem como fatores de risco e medidas preventivas que você pode adotar para reduzir o risco de desenvolver essa condição. Vamos lá?
O que é pressão alta?
A pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, é uma condição médica em que a força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias torna-se excessiva.
Quando os valores da pressão arterial atingem ou ultrapassam 140/90 mmHg, geralmente referidos como "14 por 9", é considerado hipertensão. Essa condição requer que o coração trabalhe mais intensamente para garantir a circulação sanguínea adequada em todo o corpo, o que pode levar à dilatação do coração e danos às artérias.
A hipertensão é um fator de risco significativo para complicações graves, como acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, formação de aneurismas nas artérias e problemas de insuficiência renal e cardíaca.
É importante lembrar que a hipertensão pode acometer pessoas em todas as fases da vida e os sintomas da pressão alta não são notáveis em estágios iniciais, tornando o acompanhamento dos seus valores uma prática essencial para a detecção precoce e o manejo adequado dessa condição.
Pressão arterial normal vs. pressão alta
A pressão arterial normal e a pressão alta (hipertensão) são dois estados de pressão sanguínea distintos. A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias à medida que flui pelo corpo. Ela é geralmente expressa em dois valores: pressão sistólica (mais alta) e pressão diastólica (mais baixa). E, afinal, qual a diferença entre pressão arterial e pressão alta?
Pressão arterial normal
A pressão arterial normal é geralmente considerada aquela em que a leitura da pressão sistólica está abaixo de 120 mmHg e a pressão diastólica está abaixo de 80 mmHg. Assim, é representada como "120/80" mmHg. Valores nessa faixa são indicativos de uma circulação sanguínea eficiente e saudável.
Pressão alta (hipertensão)
A pressão alta é diagnosticada quando a pressão arterial atinge ou ultrapassa 140/90 mmHg (ou seja, 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg de pressão diastólica). Valores consistentemente nessa faixa indicam que o coração está trabalhando mais intensamente do que o normal para bombear o sangue.
Portanto, a diferença fundamental entre a pressão arterial normal e a pressão alta reside nos valores da pressão sistólica e diastólica. Manter a pressão arterial dentro da faixa normal é essencial para a saúde cardiovascular, enquanto a hipertensão requer tratamento e controle adequados para reduzir os riscos associados.
É importante monitorar regularmente a pressão arterial e buscar orientação médica caso haja preocupações ou suspeita de pressão alta.
Quais as causas da pressão alta?
As causas da pressão alta (hipertensão) são variadas e muitas vezes interligadas. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento dessa condição, destacam-se: genética, hábitos de vida inadequado (sedentarismo e uma dieta rica em sódio e gorduras saturadas), obesidade, tabagismo, alcoolismo, estresse e certas condições médicas (doenças renais, diabetes, apneia do sono e distúrbios do sistema nervoso).
Em se tratando de genética, a tendência genética para hipertensão pode ser facilmente detectada por meio de um teste genético. Variações em genes específicos podem levar a alterações no sistema renina-angiotensina-aldosterona, crucial para o controle da pressão arterial. A identificação dessas variantes permite que médicos proponham estratégias de manejo mais personalizadas, como ajustes na dieta, exercícios e, se necessário, medicação específica.
Ainda, certos medicamentos, como pílulas anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), descongestionantes e antidepressivos, podem elevar a pressão arterial como efeito colateral.
É importante reconhecer que a pressão alta é frequentemente uma condição silenciosa, sem sintomas óbvios, o que a torna ainda mais perigosa. Portanto, monitorar a pressão arterial regularmente e adotar um estilo de vida saudável são medidas cruciais para prevenir e controlar a hipertensão. Se você estiver em risco ou já foi diagnosticado com pressão alta, consulte um profissional de saúde para orientações específicas e tratamento adequado.
A hipertensão arterial é classificada em duas categorias, de acordo com suas causas:
Hipertensão primária
De acordo com pesquisas, a hipertensão arterial primária é considerada a mais recorrente na população. Além disso, também é responsável por alta morbidade, caso não seja diagnosticada de forma precoce, nem controlada.
Nesse contexto, a doença se desenvolve com o passar dos anos por conta de hábitos adquiridos ao longo da vida. Ou seja, ela não se relaciona com nenhuma outra patologia crônica ou com nenhum uso de medicamentos. Por conta disso, é considerada silenciosa e seu diagnóstico pode ser tardio.
A hipertensão arterial primária está relacionada a diferentes causas, como:
- má alimentação;
- consumo excessivo de sal;
- idade avançada;
- sedentarismo.
Esse tipo de pressão alta também pode estar relacionado a genética. Ou seja, certas pessoas podem ter predisposição genética a desenvolver esse quadro, por conta do histórico médico familiar.
Uma forma de saber se há predisposição genética para desenvolver a hipertensão arterial sistêmica, é a realização de um teste genético. Através de um teste preciso e confiável, é possível detectar se há ou não o risco de se desenvolver a pressão alta, bem como quaisquer outras doenças crônicas.
Hipertensão secundária
A hipertensão secundária se desenvolve como consequência de outra patologia já presente no organismo ou por uma causa identificável. Esse tipo é menos comum, sendo estimado que cerca de 10% dos indivíduos com pressão alta a tenham.
De uma forma mais ampla, a hipertensão arterial secundária pode estar relacionada às seguintes condições:
- doenças renais crônicas;
- distúrbios endócrinos;
- distúrbios na tireoide;
- consumo de álcool em excesso;
- uso de medicamentos crônicos;
- diabetes;
- apneia obstrutiva do sono.
O uso de drogas ilícitas também podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da hipertensão arterial secundária.
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Sintomas de pressão alta
Alguns dos principais sintomas de hipertensão incluem:
- dor de cabeça persistente: Entre os sintomas da pressão alta, o mais frequente é a dor de cabeça. Isso ocorre, pois, a elevação da pressão pode comprimir certos nervos sensíveis à dor. Além disso, pode ocorrer uma redução na circulação de sangue na região, causando dores de cabeça.
- tontura ou sensação de desmaio: pessoas com hipertensão podem sentir tonturas ou vertigens, muitas vezes ao levantar-se rapidamente;
- visão turva: a pressão alta pode afetar os vasos sanguíneos dos olhos, levando a visão turva ou até perda temporária da visão;
- zumbido nos ouvidos: Com o aumento na viscosidade dos líquidos presentes no interior dos ouvidos, é possível desenvolver zumbidos no conduto auditivo por conta da pressão alta.
- falta de ar: a dificuldade em respirar ou falta de ar é um sintoma que algumas pessoas experimentam;
- dor no peito: a dor no peito, chamada de angina, pode ocorrer devido à pressão alta, especialmente em casos graves;
- fadiga ou fraqueza: pessoas com hipertensão podem se sentir cansadas ou fracas, mesmo sem esforço físico significativo;
- sangramento nasal: episódios de sangramento nasal recorrentes podem ser um sinal de pressão alta;
- palpitações: Com os vasos sanguíneos mais estreitos, podem surgir palpitações cardíacas como um dos sintomas da pressão alta. Isso ocorre porque o coração precisa de mais força para trabalhar e fazer com que o sangue circule no corpo.
- enjoo: algumas pessoas podem experimentar náuseas ou enjoos associados à hipertensão;
- pontos de sangue nos olhos: A pressão alta pode promover diferentes alterações na visão. Uma delas é a retinopatia hipertensiva, em que se observam pequenos pontos vermelhos de sangue nos olhos. Além disso, o aumento da pressão pode causar visão dupla também.
- dores na nuca: A pressão alta também pode causar dores na região da nuca e pescoço.
Como aliviar os sintomas de pressão alta?
É importante notar que a pressão alta é uma condição médica séria e, se você tiver um sintoma de pressão alta ou for diagnosticado, precisa tratá-la. No entanto, aqui estão algumas medidas que podem ajudar a aliviar os sintomas de pressão alta:
- reduzir o consumo de sal e alimentos ricos em sódio.
- manter um peso saudável.
- praticar exercícios físicos regularmente.
- reduzir o estresse.
- reduzir o consumo de álcool.
- parar de fumar.
Essas medidas podem ajudar a reduzir os sintomas de pressão alta, mas não substituem o tratamento médico adequado.
Como é feito o diagnóstico da HAS?
A hipertensão arterial (HAS) é diagnosticada principalmente por meio da medição da pressão arterial, utilizando um dispositivo chamado esfigmomanômetro. A leitura da pressão sistólica (a mais alta) e diastólica (a mais baixa) é fundamental, e valores consistentemente iguais ou superiores a 140/90 mmHg são indicativos de hipertensão.
Além disso, o profissional de saúde realiza uma avaliação médica, fazendo perguntas sobre o histórico médico, estilo de vida e fatores de risco. Em alguns casos, exames complementares, como análises de sangue e urina, podem ser realizados.
O diagnóstico preciso é essencial para prevenir complicações graves associadas à hipertensão, como AVC e doenças cardíacas. Portanto, é importante buscar assistência médica se houver suspeita de hipertensão.
Tratamento para pressão alta
O tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) aborda diferentes abordagens, dependendo das causas subjacentes e da gravidade do quadro. Em primeiro lugar, é essencial identificar a causa do problema. Se a hipertensão estiver relacionada à obesidade, a recomendação é adotar um estilo de vida mais saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos.
Em casos em que a hipertensão é hereditária ou mais grave, o médico pode prescrever medicamentos para controlar a pressão arterial. Existem várias classes de medicamentos, como inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA), diuréticos, bloqueadores dos canais de cálcio e betabloqueadores, que são usados para lidar com a hipertensão.
Além disso, o tratamento da hipertensão envolve mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável, a prática de exercícios físicos, a perda de peso e a redução do consumo de álcool e tabaco. Estudos também indicam que alguns suplementos, como a Spirulina, podem desempenhar um papel positivo no controle da pressão arterial.
É importante destacar que o tratamento da hipertensão deve ser personalizado, com base nas necessidades de cada indivíduo. Consultar um profissional de saúde é fundamental para determinar a abordagem mais adequada e para monitorar a eficácia do tratamento ao longo do tempo.
Como prevenir a hipertensão?
Para prevenir a hipertensão arterial, é fundamental adotar um estilo de vida saudável e tomar medidas específicas para controlar a pressão, como a redução do consumo de sal, mudança nos hábitos alimentares e prática regular de atividade física. Aqui estão os cuidados essenciais:
- reduzir o consumo de alimentos processados e ricos em sódio;
- limitar a ingestão de bebidas alcoólicas;
- dormir adequadamente e manter uma rotina de sono regular;
- evitar o consumo excessivo de cafeína e bebidas energéticas;
- controlar o nível de açúcar no sangue, especialmente se você tiver diabetes;
- manter um peso saudável;
- monitorar a pressão arterial regularmente;
- gerenciar o estresse;
- evitar o consumo excessivo de cafeína;
- seguir as orientações médicas.
Quando procurar ajuda médica
Para prevenir os sintomas da pressão alta e evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é ideal que se faça um check-up médico de duas a três vezes por ano. Além disso, ter em mãos um aparelho para medir a pressão e realizar essas aferições semanalmente, é ideal.
Quando a pressão se encontra acima de 140 × 90 mmHg, notam-se indícios do desenvolvimento da hipertensão arterial. Nesse caso, é importante procurar ajuda médica assim que possível.
Estar ciente de quais são os sintomas de pressão alta e quais são as principais formas de prevenção é imprescindível para evitar problemas cardíacos mais graves. Não deixe de cuidar da saúde do seu coração!
Referências
- Effects of spirulina consumption on body weight, blood pressure, and endothelial function in overweight hypertensive Caucasians: a double-blind, placebo-controlled, randomized trial (europeanreview.org)
- Effect of Spirulina Supplementation on Systolic and Diastolic Blood Pressure: Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials - PMC (nih.gov)
- Antihypertensive and antihyperlipemic of spirulina (Arthrospira platensis) sauce on patients with hypertension: A randomized triple‐blind placebo‐controlled clinical trial - Ghaem Far - 2021 - Phytotherapy Research - Wiley Online Library
- Current knowledge on potential health benefits of Spirulina | SpringerLink
- Effects of Dietary Spirulina on Vascular Reactivity | Journal of Medicinal Food (liebertpub.com)
Conteúdo escrito por Thais Montin, jornalista formada pela Unisinos e estudante de psicologia na College of The Redwoods. Trabalha com comunicação digital desde 2013, escrevendo sobre saúde, bem-estar, moda e muito mais.
Conteúdo revisado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.