Atualizado em 14 de Março de 2025
Criado por Rafaela Fürst Galvão - Nutricionista

Descubra como a falta de vitamina E afeta a sua saúde


A vitamina E é um nutriente que desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde humana. Com isso, é preocupante que 89% dos homens e 96% das mulheres tenham ingestão insuficiente dessa vitamina, conforme mostram pesquisas.
A falta de vitamina E pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo danos aos nervos, fraqueza muscular e problemas de visão. Neste sentido, é importante entender os efeitos da falta de vitamina E na saúde, para garantir o consumo adequado desse nutriente por meio de uma dieta equilibrada ou suplementação.
Qual a função da vitamina E no corpo humano?
A vitamina E é um nutriente essencial que desempenha diversas funções no corpo humano. A sua principal função é a de atuar como um antioxidante, ajudando a proteger as células do organismo contra os danos causados pelos radicais livres. Lembrando que os radicais livres são moléculas instáveis que podem danificar as células e causar doenças.
Essa característica antioxidante é chave para a saúde de diversos processos e sistema do corpo. Isso é especialmente importante nos dias de hoje em que todas as pessoas estão constantemente expostas a agentes inflamatórios como radiação, produtos químicos, cosméticos e alimentos processados.
O que causa a falta de vitamina E?
A falta de vitamina E pode ocorrer por diversas razões. A causa mais comum é a má alimentação, ou seja, não consumir alimentos ricos em vitamina E em quantidades adequadas. Essa vitamina é encontrada em alimentos como:
- nozes;
- sementes;
- azeite de oliva;
- óleos vegetais;
- abacate;
- ovos.
Além disso, algumas condições de saúde também podem levar à falta de vitamina E. Pessoas com doenças gastrointestinais, como a doença celíaca, podem ter dificuldade em absorver a vitamina E dos alimentos. Indivíduos que tenham passado por cirurgias bariátricas também podem ter carência de vitamina E no organismo.
Outras causas menos comuns de deficiência de vitamina E incluem o uso prolongado de medicamentos que interferem na absorção de gorduras e, consequentemente, na absorção de vitamina E.
Sintomas da falta de vitamina E
A falta de vitamina E pode causar uma série de sintomas, que variam de leves a graves, dependendo do grau de deficiência. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
Fraqueza muscular
Estudos indicam que a vitamina E é muito importante para a saúde muscular. A sua deficiência pode levar à fraqueza muscular e até mesmo à dificuldade de locomoção.
Problemas de visão
A falta de vitamina E pode prejudicar a saúde ocular, causando problemas como dificuldade em enxergar em ambientes com pouca luz, visão dupla ou perda de visão. Nesse contexto, um estudo mostrou que a alta ingestão dietética de vitamina E foi associada a uma redução de 20% nas chances de degeneração macular relacionada à idade.
Pele e cabelos fracos
Pele e cabelos são influenciados pelos níveis de vitamina E do organismo. Um estudo envolvendo a suplementação de vitamina E mostrou aumento significativo no número de fios de cabelos em comparação com um grupo placebo.
Problemas neurológicos
A deficiência de vitamina E pode afetar a saúde do sistema nervoso, levando a sintomas como dormência, formigamento, dificuldade de equilíbrio, problemas de memória e confusão mental. Estudos mostram que a deficiência grave de vitamina E pode ter um efeito profundo no sistema nervoso central.
Problemas imunológicos
Essa vitamina é muito importante para o sistema imunológico e, a sua falta pode levar a um maior risco de infecções e doenças. Estudos revelam que o estado nutricional tem sido indicado como um fator contribuinte para a desregulação da resposta imune e, a vitamina E, é essencial para o funcionamento normal das células imunes. Por isso, é comum que essa vitamina esteja presente na composição de um suplemento para imunidade, por exemplo.
Problemas cardíacos
Segundo estudos, a vitamina E pode ter um papel na redução da aterosclerose e na redução das taxas de doença cardíaca isquêmica. Além disso, a vitamina E pode prevenir alterações oxidativas no LDL (colesterol "ruim"), reduzindo as chances de doenças cardíacas.
É importante que a falta de vitamina E seja identificada e tratada o mais cedo possível para evitar complicações.
Diagnóstico da falta de vitamina E
O diagnóstico da deficiência de vitamina E geralmente envolve uma avaliação clínica detalhada, acompanhada de exames de sangue que medem os níveis dessa vitamina. Avaliar a carência de vitamina E apenas por sintomas pode ser um erro, porque os sintomas podem ser sutis e não específicos, como fraqueza muscular, problemas de visão e dificuldades na coordenação motora.
Além desses exames tradicionais, um teste genético também pode ser extremamente útil. Esse teste pode detectar variações genéticas que predisponham a uma menor absorção ou utilização da vitamina E pelo corpo. Identificar essas predisposições permite não só confirmar a causa da deficiência, mas também orientar intervenções mais personalizadas e eficazes.
O que é bom para repor vitamina E?
A reposição de vitamina E não é complicada e pode ser feita através da dieta e/ou suplementação.
Os alimentos mais ricos em vitamina E são:
- nozes;
- sementes;
- abacate;
- óleos vegetais;
- azeite de oliva;
- ovos;
- espinafre;
- brócolis;
- abóbora;
- pimentão.
Consumir uma dieta variada, que inclua esses alimentos, pode ser importante para garantir uma ingestão adequada de vitamina E.
No entanto, em alguns casos, a suplementação de vitamina E pode ser necessária. A dose recomendada de vitamina E varia de acordo com a idade e o sexo, mas, em geral, adultos precisam de cerca de 15 mg por dia.
A suplementação deve ser idealmente orientada por um médico ou nutricionista, já que doses excessivas dessa vitamina podem ser tóxicas.
Existem diversos tipos de suplementos de vitamina E disponíveis, como a vitamina E natural (d-alfa-tocoferol) e a vitamina E sintética (dl-alfa-tocoferol). O mais importante é escolher um suplemento de qualidade e seguir as orientações do médico ou nutricionista para evitar a falta de vitamina E.
Referências
- Meydani, S. N., Han, S. N., & Wu, D. (2005). Vitamin E and immune response in the aged: molecular mechanisms and clinical implications. Immunological reviews, 205(1), 269–284. https://doi.org/10.1111/j.0105-2896.2005.00274.x
- Vitamin E deficiency https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK519051/
- Tanyel, M. C., & Mancano, L. D. (1997). Neurologic findings in vitamin E deficiency. American family physician, 55(1), 197–201. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9012278/
- Evans J. (2007). Primary prevention of age related macular degeneration. BMJ (Clinical research ed.), 335(7623), 729. https://doi.org/10.1136/bmj.39351.478924.BE
- Beoy, L. A., Woei, W. J., & Hay, Y. K. (2010). Effects of tocotrienol supplementation on hair growth in human volunteers. Tropical life sciences research, 21(2), 91–99. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3819075/
Texto criado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.