Acetilcisteína serve para gripe? Entenda a relação

Com a chegada do inverno, os sintomas de gripes e resfriados aumentam, fazendo com que muitas pessoas busquem métodos eficazes de prevenção e tratamento. Entre os diversos recursos disponíveis, a acetilcisteína tem ganhado destaque. 

Porém, será que a acetilcisteína serve para gripe? Qual seria seu papel? Confira abaixo o que os estudos têm apontado.

Gripes são infecções virais, que levam à ativação do sistema imunológico e, por consequência, desencadeiam um processo de inflamação no organismo. Esse processo inflamatório leva a diversos sintomas característicos do quadro, como: dores no corpo, coriza, febre e tosse.

Para minimizar os sintomas desencadeados pela gripe, é necessário minimizar a inflamação no corpo com o uso de antiinflamatórios. É aí que se enquadra o papel da acetilcisteína.

Também conhecida como n-acetilcisteína (NAC), ela é um composto derivado de um aminoácido, chamado de cisteína, e faz parte da formação de outro composto, chamado glutationa (GSH). 

Esse composto GSH atua no organismo como antioxidante, reduzindo o processo inflamatório e neutralizando toxinas prejudiciais para a saúde, presentes em um quadro de gripe.

Sua atuação como antiinflamatório é predominantemente associada à inflamações no trato respiratório, pois o maior foco de atuação é em problemas inflamatórios que envolvem secreção de muco. Portanto, a acetilcisteína é bom para gripe, pois funcionará como antiinflamatório e expectorante. 

Acompanhe os benefícios do uso de acetilcisteína na gripe:

A acetilcisteína funciona como expectorante e combate inflamações respiratórias, muito comuns em quadros de gripe. Por diminuir a secreção de muco nas vias respiratórias, a acetilcisteína também ameniza os sintomas de tosse e dores de cabeça.

Em um estudo de revisão, os autores destacam a eficácia e a segurança da acetilcisteína, ressaltando que, além de seu efeito anti-inflamatório, ela aumenta a atividade de secreção dos alvéolos pulmonares, promovendo maior expectoração, e possui propriedades contra diversos patógenos respiratórios. 

Além do uso de acetilcisteína para gripe, estudos * apontam seus benefícios no tratamento de diversas doenças respiratórias, como bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e da fibrose pulmonar idiopática (FPI), apresentando resultados positivos na melhora da capacidade pulmonar e na resposta anti-inflamatória.

O uso seguro da acetilcisteína para gripe deve ser realizado sob orientação médica, considerando a dosagem e a forma de administração individualizadas para cada pessoa, assim como a necessidade de adicionar outros medicamentos ao tratamento.

De modo geral, a dosagem para adultos varia de 200 a 600 mg, administrada por um período de 5 a 10 dias. A acetilcisteína é comumente disponível no mercado farmacêutico em diferentes formas, como comprimidos, xaropes, pós ou cápsulas efervescentes. 

Além disso, embora menos conhecido, é possível encontrar a acetilcisteína na forma de suplemento alimentar. Mantendo os mesmos benefícios já mencionados, como a melhoria da função pulmonar, respiratória e da expectoração, bem como seu papel antioxidante, o suplemento de acetilcisteína serve para gripe e ameniza seus sintomas.

Embora não seja um tratamento direto para a gripe, a acetilcisteína pode ajudar a aliviar alguns sintomas relacionados, como a congestão nasal e o acúmulo de secreções nas vias respiratórias. Portanto, o NAC pode ser útil no manejo de sintomas específicos da gripe, mas é importante lembrar que com ele não trata a infecção viral em si. 

Para um tratamento mais eficaz da gripe, é recomendável consultar um médico que poderá indicar a melhor abordagem terapêutica, incluindo medicamentos antivirais, se necessário.