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Acetilcisteína para bronquite: como usar no tratamento

A bronquite é uma condição inflamatória das vias respiratórias que pode provocar muita dor, tosse e dificuldade para respirar. Para amenizar os sintomas e auxiliar no tratamento médico, o uso de acetilcisteína para bronquite é comumente recomendado. 

Entenda mais sobre a relação de acetilcisteína na bronquite, como consumir no tratamento e quais as recomendações de uso.

Como a acetilcisteína age na bronquite

Desencadeada por diversos agentes, como vírus, bactérias, poluentes ou cigarro, a bronquite é uma inflamação nos brônquios pulmonares, que provoca tosse, fortes dores e dificuldade ao respirar. 

Os brônquios são pequenos tubos que conectam a traqueia ao pulmão, por onde o ar é levado. A inflamação dos brônquios pode ter caráter crônico (quando ocorre com frequência), agudo (uma inflamação pontual) ou alérgico (desencadeada por um processo de alergia).

Independente do tipo, o uso de acetilcisteína para bronquite é geralmente recomendado, devido sua ação expectorante, que auxilia na remoção da secreção da mucosa nas vias respiratórias causada pela inflamação local, amenizando sintomas de tosse,  secreção nasal e dores de cabeça causadas pela pressão do muco nos seios nasais.

A acetilcisteína, ou n-acetilcisteína, também conhecida como NAC, é um composto químico, derivado de um aminoácido chamado cisteína, cujo papel como antioxidante e expectorante em doenças inflamatórias pulmonares, como a bronquite, apresenta diversas evidências científicas: 

  • Um estudo de meta-análise demonstrou que a administração de acetilcisteína auxilia no tratamento e previne a piora do quadro de bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
  • Outro estudo também afirmou que o uso da acetilcisteína como agente terapêutico no tratamento de diversas doenças respiratórias, trazendo resultados positivos na melhora da capacidade pulmonar e resposta antiinflamatória nessas condições. 
  • Uma revisão que comparou o uso de acetilcisteína para bronquite com um placebo, também apontou seus efeitos positivos na redução do risco de exacerbações e trouxe melhoras dos sintomas em doentes com DPOC, sem aumentar o risco de efeitos secundários.

Outros benefícios da acetilcisteína para o sistema respiratório

É amplamente reconhecido que o uso de acetilcisteína é bom para a bronquite, mas é igualmente importante destacar seus múltiplos benefícios para outras doenças respiratórias.

A acetilcisteína faz parte da formação de um composto chamado glutationa (GSH). Esse composto atua como antioxidante, reduzindo o processo inflamatório e neutralizando toxinas prejudiciais para a saúde, especialmente para inflamações no trato respiratório.

Dessa forma, além do uso de NAC na bronquite crônica e aguda, estudos * * vêm demonstrando a eficiência do uso de acetilcisteína em outras condições pulmonares, como enfisema, asma e fibrose pulmonar idiopática (FPI). 

Ademais, pesquisas * * sugerem que a acetilcisteína pode ser eficaz em uma gama diversificada de condições de saúde, como intoxicação por paracetamol, dores crônicas, choque séptico e doenças cardiovasculares, extrapolando o uso de acetilcisteína para bronquite.

Como usar acetilcisteína de forma segura

É essencial ressaltar que o uso seguro de acetilcisteína para bronquite deve ser realizado sob orientação médica, considerando a dosagem e a forma de administração, que são individualizadas para cada paciente. O médico avaliará a gravidade do quadro, o contexto clínico e o perfil do paciente antes de prescrever o tratamento.

De modo geral, a dosagem para adultos varia de 200 a 600 mg, administrada por um período de 5 a 10 dias. A acetilcisteína é comumente disponibilizada no mercado farmacêutico em diferentes formas, como comprimidos, xaropes, pós ou cápsulas efervescentes. 

Além disso, embora menos conhecido, é possível encontrar NAC na forma de suplemento alimentar.

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Efeitos colaterais e precauções

O uso de acetilcisteína pode estar associado a alguns efeitos colaterais, sendo os mais comuns os sintomas gastrointestinais, tais como azia, enjoo, diarreia ou vômito.

Entretanto, efeitos mais graves, embora menos frequentes, incluem reações alérgicas graves, como choque anafilático, broncoespasmo, inchaço na face e garganta, erupção cutânea e prurido.

É fundamental estar atento também aos outros componentes presentes na formulação do medicamento ou suplemento de acetilcisteína, pois pessoas com hipersensibilidade a esses componentes podem apresentar contraindicação ao uso.

Melhora da microbiota intestinal

Referências

Texto escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

 

Texto revisado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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