Irritabilidade: entenda suas causas, sintomas e soluções
Todos estamos sujeitos a passar por situações que provocam irritabilidade, como encarar uma longa fila quando se tem pressa, ficar por horas preso no trânsito ou se atrasar para um compromisso importante.
Essas são situações que motivam a irritabilidade a surgir naturalmente. Mas, quando a irritabilidade é excessiva e recorrente, mesmo em momentos em que não há causa aparente para ela aparecer, pode se tornar um problema.
Descubra abaixo os sintomas de irritabilidade, o que pode estar desencadeando esses episódios e como tratar a irritabilidade no dia a dia.
O que é a irritabilidade
A irritabilidade é um estado de abalo emocional, cujas sensações presentes são raiva, impaciência e intolerância. Os impactos da irritabilidade no bem-estar e qualidade de vida são significativos, podendo levar a agressividade, ansiedade e comprometimento social. Além disso, a irritabilidade pode refletir na saúde fisiológica do indivíduo, por meio de problemas gastrointestinais e dores de cabeça tensionais, por exemplo.
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Sintomas da irritabilidade: reconhecendo o problema
Para entender se trata-se de uma irritabilidade comum ou anormal, é preciso analisar os seguintes sintomas:.
- impaciência com situações comuns;
- intolerância com pessoas e acontecimentos;
- comportamento agressivo, físico ou verbal;
- descontrole emocional, como choro ou ansiedade;
- tremores;
- elevação dos batimentos cardíacos;
- aumento da temperatura corporal;
- pressão alta;
- suor;
- dores tensionais, como na cabeça, pescoço e ombros.
O que pode estar causando a irritabilidade?
A seguir, saiba quais são as possíveis causas da irritabilidade:
1. Alterações hormonais
Uma das causas mais comuns do aumento da irritabilidade em mulheres, é a fase de tensão pré-menstrual (TPM) e a fase da menopausa. Isso ocorre devido às acentuadas quedas dos hormônios sexuais femininos nesse período, que interferem em outros hormônios como endorfina e serotonina, provocando maior tensão emocional.
Outra alteração hormonal capaz de provocar mudanças emocionais é o hipo ou hipertireoidismo. A falta ou superprodução dos hormônios da tireoide atuam comprometendo a regulação de outros hormônios responsáveis pela estabilidade emocional, podendo provocar maior irritabilidade.
2. Traumas emocionais
Um aspecto muito importante, porém, muitas vezes negligenciado, é o trauma emocional. Conhecido como Transtorno de Estresse Pós-Traumático, esse marco na vida de um indivíduo pode o levar a comportamentos disfuncionais, como maior irritabilidade. Para tal, o tratamento psicológico é imprescindível.
3. Aspectos psicológicos
Outros aspectos psicológicos precisam ser investigados em caso de irritabilidade constante. Um deles é a distimia, uma condição crônica que leva à constante irritabilidade e ao aumento da raiva e agressividade por parte do portador, além da tendência a comportamentos depressivos.
Outras disfunções psicológicas que podem levar ao aumento da irritabilidade, são: transtorno bipolar, síndrome de borderline, depressão, hiperatividade, distúrbios do sono, transtorno de ansiedade generalizada e burnout.
4. Aspectos ambientais
O comportamento explosivo e a irritabilidade nada podem ter origem nas condições internas do indivíduo, mas nas condições externas. Ambientes tóxicos, como lares desestruturados, trabalhos insalubres e relacionamentos abusivos, podem adoecer a saúde física e psíquica e provocar irritabilidade. Portanto, um olhar atento ao seu redor é importantíssimo.
5. Falta de vitaminas do complexo B
Pouco se sabe, mas a deficiência de vitaminas do complexo B também pode estar relacionada à quadros de irritabilidade, além de problemas com foco e memória. O complexo B apresenta 7 vitaminas, as quais possuem um papel fundamental na saúde do cérebro e nas atividades cognitivas, segundo coloca um estudo.
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Relação entre irritabilidade e ansiedade
Assim como irritabilidade, apresentar um pouco de ansiedade é normal do ser humano. A ansiedade é um mecanismo de defesa do organismo, que tem como função nos mover para fora de uma situação de perigo ou ao encontro de um objetivo.
Porém, quando exagerada, a ansiedade provoca o efeito oposto: paralisa. Nesse ponto, chamamos de transtorno de ansiedade generalizada, pois ela passa a ser patogênica. A ansiedade pode provocar irritabilidade, pois torna o indivíduo mais suscetível ao estresse e reduz o autocontrole mediante às situações, tornando-o mais impulsivo e suscetível à irritabilidade.
Estratégias para tratar a irritabilidade
Conheça algumas formas de tratar a irritabilidade e melhorar a qualidade de vida:
1. Psicoterapia
Uma grande aliada no tratamento da irritabilidade é a psicoterapia. Além de auxiliar no manejo das emoções e da impulsividade, a psicoterapia é fundamental na recuperação de transtornos psíquicos que podem provocar irritabilidade, como depressão, burnout e trauma pós estresse.
2. Medicamento
O uso de remédio para irritabilidade não é para todos, ele deverá ser receitado por uma psiquiatra, mediante consulta e acompanhamento.
O remédio para ansiedade e irritabilidade se aplica a casos onde tais sintomas são decorrentes de transtornos psiquiátricos que impedem o indivíduo de ser funcional. Os medicamentos atuam reestruturando o funcionamento neuroquímico cerebral, no entanto esses remédios não resolvem o problema sozinhos. É necessário associar a terapia com medicamentos a psicoterapia.
3. Atividade física
A atividade física regular auxilia no controle da irritabilidade, pois atua na liberação de hormônios do prazer e recompensa, como serotonina e dopamina, além de auxiliar no controle da ansiedade, bastante relacionada a episódios de irritabilidade.
Ademais, atividades físicas de alta intensidade, como corrida, crossfit e luta, ajudam a liberar a raiva e tensão provocadas pela irritabilidade, canalizando esses sentimentos em algo positivo.
4. Nutrição e Suplementação
Manter uma alimentação balanceada e saudável levará a melhora da saúde física e psicológica, auxiliando no tratamento da irritabilidade.
Atenção especial às vitaminas do Complexo B, como B6, B9 e B12, que auxiliam no tratamento da irritabilidade por exercerem importantes funções no cérebro. Um estudo realizado com a suplementação do complexo B em pacientes com deficiência, apresentou melhora nos sintomas, incluindo os quadros de irritabilidade.
Outro estudo realizado com pacientes pós bariátrica, relatou que a deficiência de vitaminas do complexo B estava relacionada ao aumento dos sintomas de irritabilidade, mostrando, mais uma vez, a associação e importância da correta suplementação.
5. Terapias complementares
Outras alternativas complementares no tratamento da irritabilidade incluem terapias relaxantes, como ioga, meditação e massagem, além do uso de óleos essenciais e chás calmantes, como camomila e melissa. São alternativas que podem auxiliar na regulação emocional e a acalmar os quadros de irritabilidade.
Diagnóstico da irritabilidade
A irritabilidade é um sintoma que pode estar presente em diversos transtornos psiquiátricos, como transtornos de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, entre outros. Portanto, para diagnosticar a irritabilidade, um psiquiatra ou psicólogo, geralmente realiza uma avaliação clínica abrangente. Isso inclui uma análise detalhada dos sintomas do paciente, seu histórico médico, histórico de saúde mental e outros fatores relevantes.
Em resumo, a irritabilidade é um sintoma que merece atenção pois pode ser um sinal de problemas subjacentes de ordem mental ou física. Com o apoio adequado, é possível encontrar maneiras eficazes de lidar com esse aspecto desafiador da vida cotidiana.
Referências
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- Kennedy DO. B Vitamins and the Brain: Mechanisms, Dose and Efficacy--A Review. Nutrients. 2016 Jan 27;8(2):68. doi: 10.3390/nu8020068. PMID: 26828517; PMCID: PMC4772032.
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Conteúdo revisado por Rafaela Galvão, graduada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SUL e também em Nutrição pela UNISUL. Desde 2016 trabalha em projetos de comunicação direcionados para a área da saúde.