Síndrome do olho seco: causas, sintomas e tratamento
Em um mundo cada vez mais digital e voltado para telas, é comum ter desconforto ocular, muitas vezes associado à famosa "síndrome do olho seco". Mas esta condição crônica está longe de ser apenas um incômodo passageiro. Ela afeta cerca de 2 milhões de pessoas por ano só no Brasil, impactando significativamente a qualidade de vida.
Neste artigo, exploraremos as causas, os sintomas característicos e as opções de tratamento e autocuidados para síndrome do olho seco. Descubra, a seguir, maneiras eficazes de aliviar esse desconforto.
O que é síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco é uma condição ocular crônica que ocorre quando os olhos não produzem lágrimas em quantidade suficiente. Também pode ocorrer quando as lágrimas produzidas têm uma composição inadequada.
Isso tudo porque as lágrimas desempenham um papel crucial na manutenção da saúde ocular. Elas auxiliam na lubrificação, limpeza e proteção da superfície dos olhos.
Uma dúvida comum em relação ao problema é: será que a síndrome do olho seco pode causar cegueira? Embora essa seja uma condição desconfortável e debilitante, ela geralmente não leva diretamente à cegueira. No entanto, se não for tratada adequadamente, pode resultar em complicações e aumentar o risco de desenvolver problemas oculares mais sérios.
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Causas
A síndrome do olho seco pode ter diversas causas. Algumas das principais incluem:
- envelhecimento;
- uso prolongado de dispositivos digitais;
- condições ambientais;
- medicamentos;
- doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, diabetes e distúrbios da tireoide;
- alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a menopausa;
- lesões nas glândulas lacrimais;
- uso prolongado de lentes de contato;
- condições oculares.
É importante salientar que a síndrome do olho seco pode resultar de uma combinação de fatores. Pessoas que experimentam sintomas de síndrome do olho seco devem procurar a orientação de um oftalmologista para diagnóstico e plano de tratamento adequados.
Sintomas da síndrome do olho seco
A síndrome do olho seco apresenta sintomas diversos, que podem variar em intensidade. Alguns dos principais sintomas incluem:
- sensação de ressecamento;
- irritação e coceira;
- vermelhidão;
- sensibilidade à luz;
- visão embaçada;
- sensação de corpo estranho, como areia ou ciscos;
- produção excessiva de lágrimas;
- dor e desconforto.
É importante notar que a intensidade e a combinação dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Se alguém suspeitar que está enfrentando a síndrome do olho seco, é aconselhável procurar a avaliação de um oftalmologista para um diagnóstico preciso e a determinação do tratamento mais adequado para aliviar os sintomas.
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Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome do olho seco envolve uma avaliação detalhada dos sintomas, histórico médico e exames oftalmológicos.
Os oftalmologistas podem medir a produção de lágrimas por meio de testes como o teste de Schirmer. Ele avalia a quantidade de lágrimas produzidas em um determinado período de tempo. O teste de quebra do filme lacrimal também pode ser aplicado, bem como uma avaliação minuciosa da superfície ocular.
Com base nos resultados desses testes e na avaliação clínica, o oftalmologista pode estabelecer um diagnóstico e propor um plano de tratamento para síndrome do olho seco para aliviar os sintomas e preservar a saúde ocular.
Tratamento
Na maioria dos casos, a síndrome do olho seco não tem cura. O tratamento visa aliviar seus sintomas e desconfortos. Algumas abordagens comuns incluem:
- lágrimas artificiais: essas soluções lubrificantes ajudam a manter os olhos hidratados e podem ser usadas regularmente, conforme necessário;
- géis e pomadas lubrificantes: em casos mais graves ou para uso noturno, podem ser prescritos géis ou pomadas lubrificantes que proporcionam uma proteção mais duradoura;
- medicamentos anti-inflamatórios: colírios ou pomadas com propriedades anti-inflamatórias podem ser prescritos para reduzir a inflamação na superfície ocular;
- bloqueadores de drenagem lacrimal: em casos específicos, o uso de plugs lacrimais (pontos oclusores) pode ser recomendado para bloquear temporariamente os canais de drenagem lacrimal;
- terapia com calor: a aplicação de compressas quentes nas pálpebras pode ajudar a aliviar a blefarite, uma condição associada à síndrome do olho seco;
- mudanças no estilo de vida: adotar práticas como reduzir o tempo de exposição a telas, usar umidificadores em ambientes secos e piscar regularmente pode contribuir para aliviar os sintomas;
- suplementos de vitamina C: um estudo duplo-cego randomizado apontou que antioxidantes naturais, como a vitamina C, podem aumentar a produção de lágrimas e melhorar a estabilidade do filme lacrimal ao reduzir as espécies reativas de oxigênio (ROS) nas lágrimas.
Mas lembre-se: é fundamental seguir as orientações do oftalmologista. Ele irá orientar e explicar o que fazer caso o olho seco seja um problema na sua vida. A automedicação ou o uso prolongado de certos colírios sem supervisão médica não é recomendado! Ou seja: a busca por cuidados profissionais é crucial para um manejo eficaz da síndrome do olho seco.
Referências
- The relationship between dietary vitamin intake and dry eye disease in the general population | IOVS | ARVO Journals
- Protective role of oral antioxidant supplementation in ocular surface of diabetic patients - PMC (nih.gov)
- A randomized, double-blind, placebo-controlled study of oral antioxidant supplement therapy in patients with dry eye syndrome - PMC (nih.gov)
Texto escrito por Thais Montin:
Jornalista formada pela Unisinos e estudante de psicologia na Rogue College. Trabalha com comunicação digital desde 2013, escrevendo sobre saúde, bem-estar, moda e muito mais.
Texto escrito por Rafaela Galvão:
Nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.