Hipercolesterolemia: o que é, sintomas e tratamentos
Atualizado em 08 de Abril de 2025
Criado por Joana Mazzochi - Nutricionista
Hipercolesterolemia: o que é, sintomas e tratamentos
A hipercolesterolemia, também conhecida como colesterol alto, é uma disfunção que precisa de atenção e tratamento, pois ela está associada a doenças cardíacas graves. Por isso, o entendimento sobre o que a hipercolesterolemia significa, seus sintomas e possíveis tratamentos é crucial para a manutenção de uma vida saudável.
Com o tratamento adequado, as chances de melhora são altas, especialmente quando há mudanças de hábitos de vida associadas. Caso tenha sido recebido um diagnóstico ou conheça alguém que possua hipercolesterolemia, é importante entender melhor o que é, quais os sintomas e os melhores autocuidados para essa condição. Entenda a seguir!
O que é a hipercolesterolemia?
O termo hipercolesterolemia significa colesterol alto. Porém, o que é colesterol? Porque colesterol alto seria maléfico? Essas são perguntas extremamente importantes quando se recebe o diagnóstico de hipercolesterolemia.
O colesterol é uma molécula de gordura, que circula no sangue e apresenta funções importantes no organismo. Por exemplo, é a partir do colesterol que o organismo produz hormônios sexuais e vitamina D na sua forma ativa, ele também é fundamental para a saúde das células e do cérebro.
Portanto, é possível entender que todos temos colesterol no organismo e que isso é extremamente saudável e necessário. Esse colesterol vem, em média, 30% da nossa alimentação - especialmente de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e leite - e 70% do nosso próprio fígado produz.
Outro ponto importante a ser compreendido: esse colesterol total é dividido em 3 tipos: os VLDL, LDL e HDL. O VLDL é precursor do LDL. O LDL, por sua vez, é também conhecido como “colesterol ruim” - apesar dessa terminologia ser bastante incorreta, pois o LDL também é necessário para o organismo, esse nome foi dado pelo fato do LDL ser responsável por levar o colesterol do fígado para a corrente sanguínea - sendo seu aumento associado a um maior risco de aterosclerose.
Já o HDL, chamado "colesterol bom", faz o caminho inverso, levando o colesterol da corrente sanguínea de volta para o fígado. Dessa forma, maiores níveis de HDL são benéficos para o organismo.
Portanto, quando temos uma hipercolesterolemia, ou seja, o colesterol total está alto, precisamos analisar suas frações. O equilíbrio entre ambos é essencial para o bom funcionamento do organismo.
Também existem diferentes tipos de hipercolesterolemia. Os mais comuns são: a hipercolesterolemia familiar, cujo aumento do colesterol total é um fator genético, e a hipercolesterolemia adquirida através de maus hábitos alimentares.
Spirulina, também chamada de poderosa alga-azul, é ideal para quem busca mais nutrição no dia a dia. Esse superalimento é 100% natural e já recebeu o título de ‘O Melhor Alimento para o Futuro’ pela Organização Mundial da Saúde devido sua riqueza nutricional extremamente abundante, que fornece uma grande diversidade de benefícios.
Sinais e sintomas de hipercolesterolemia
A hipercolesterolemia não possui sintomas, por isso o acompanhamento médico periódico e os exames de checkup são extremamente importantes para avaliar os valores do colesterol total e suas frações.
O maior risco que a hipercolesterolemia traz é o depósito de colesterol nas artérias, podendo levar ao entupimento e uma grave consequência cardiovascular ou cerebral. Porém, tudo isso ocorre sem provocar sinais e sintomas, por isso, muitas vezes, a descoberta da hipercolesterolemia é feita tarde demais.
Caso haja histórico familiar de hipercolesterolemia e/ou doenças cardiovasculares, ou se observe que os hábitos de vida não estão sendo saudáveis, é aconselhável procurar um médico e solicitar exames de sangue para diagnóstico de hipercolesterolemia.
Principais tratamentos para a hipercolesterolemia
Os tratamentos para hipercolesterolemia envolvem, principalmente, dois caminhos: o medicamentoso e não medicamentoso.
O tratamento medicamentoso é mais aconselhável à quem tem a hipercolesterolemia familiar, porque nesse caso o colesterol alto é um fator genético, e também para quem está em um nível muito alto de hipercolesterolemia e precisa de medidas mais imediatas. O medicamento pode ser um tratamento contínuo ou temporário.
Enquanto o uso do medicamento depende de cada caso, a melhora dos hábitos de vida é um tratamento inegociável. Ter uma alimentação saudável e equilibrada, incorporar a atividade física à rotina, manejar o estresse, ter uma boa qualidade de sono, além de evitar álcool, são premissas básicas do tratamento para hipercolesterolemia.
Seja para reverter um quadro de hipercolesterolemia ou para evitá-lo, é importante incluir na rotina os seguintes hábitos:
Prática de atividade física:melhora o funcionamento do corpo e metabolismo, além de auxiliar na perda de peso e recomposiçñao corporal, auxiliando no tratamento para hipercolesterolemia.
Manutenção de um peso saudável: o excesso de peso, principalmente acúmulo de gordura abdominal, indica maiores chances de desenvolvimento de hipercolesterolemia.
Alimentação saudável:a dieta para hipercolesterolemia é focada em reduzir gordura trans e saturada, refinados e industrializados, atrelar fibras e gorduras de boa qualidade à rotina, além de alimentos antioxidantes e compostos bioativos.
O uso de suplementaçãotambém pode ser muito benéfico. De acordo com estudos*, o consumo de Spirulina auxiliou na redução dos níveis de hipercolesterolemia, devido às suas funções na melhora do metabolismo. Outro suplemento interessante de se associar ao tratamento é o Psyllium, uma fibra que auxilia, segundo estudos*, no controle do colesterol sanguíneo.
Mesmo fazendo uso de remédio, não deixe de cuidar do seu estilo de vida: é esperado que o medicamento controle a hipercolesterolemia, mas isso não significa que você não precisa cuidar dos seus hábitos, inclusive, é através das melhorias no dia a dia que você poderá se ver livre dos remédios.
Por fim, é importante salientar que a hipercolesterolemia é uma condição de saúde silenciosa, portanto é importante consultar um médico e fazer exames para acompanhar seus níveis periodicamente.
Conteúdo criado por especialista:
Joana Mazzochi Aguiar
Nutricionista
Este artigo foi escrito por Joana Mazzochi Aguiar, nutricionista (CRN 10 – 10934), formada pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). É especialista em Atendimento Nutricional para Cirurgia Bariátrica e atualmente cursa pós-graduação em Saúde da Mulher e Estética pela VP – Centro de Nutrição Funcional, uma das instituições mais renomadas da área. Seu trabalho é guiado pelos princípios da nutrição funcional e do cuidado integral à saúde feminina.
DiNicolantonio JJ , Bhat AG , OKeefe JEfeitos da espirulina na perda de peso e lipídios no sangue: uma revisãoCoração Aberto 2020; 7: e001003. doi: 10.1136/openhrt-2018-001003