Sistemas de produção diferentes
A agricultura orgânica não faz uso de defensivos químicos para proteger a lavoura das pragas e doenças que a possam atingir. Para a proteção de suas plantas cultivadas, a produção orgânica lança mão de técnicas, como, por exemplo:
- rodízio de culturas: a cada colheita a espécie cultivada é trocada, evitando o plantio sucessivo de plantas da mesma família, uma vez que, via de regra, são suscetíveis às mesmas doenças;
- plantas atrativas: cultivam-se nas proximidades da lavoura plantas que atraem as pragas, de modo a facilitar o controle;
- inseticidas naturais: plantas, como o tabaco e flor de píretro, dentre muitas outras, são utilizadas para a produção de caldas inseticidas empregadas na lavoura orgânica. A produção agrícola orgânica não faz uso de fertilizantes químicos;
- a correção dos solos do ponto de vista nutricional, físico e químico é realizado com produtos naturais, oriundos da moagem de rochas, principalmente. Utilização de compostos orgânicos é uma outra forma de atender às necessidades físico-químicas dos solos.
Além dos aspectos dos defensivos e fertilizantes químicos utilizados pela agricultura convencional, os alimentos orgânicos caracterizam-se ainda por não serem produzidos com o uso das chamadas sementes transgênicas, resultantes de manipulação genética.
7 benefícios do consumo de alimentos orgânicos
O consumo de alimentos orgânicos caracteriza um aspecto da alimentação mais natural e traz algumas vantagens para a saúde, sobretudo para as crianças. Por sua vez, o meio ambiente também é beneficiado com a prática orgânica. Veja abaixo as principais vantagens:
1. Isenção de agrotóxicos
A produção agrícola moderna, em especial para determinadas culturas mais sensíveis, faz uso intensivo de defensivos químicos. Assim, inseticidas, fungicidas, entre outros, acabam deixando resíduos nos vegetais.
Muitas vezes, mesmo com uma boa lavagem, os compostos não são eliminados, pois penetram nos tecidos da planta. Por isso, pode ser interessante incluir agentes detoxificantes em sua rotina, como um superalimento detox!
2. Sabor e aroma mais intensos
Na agricultura orgânica não há esforço químico por meio de fertilizantes para induzir o crescimento dos alimentos, pois o foco não é a aparência do produto.
Desse modo, os alimentos orgânicos são mais íntegros e equilibrados em sua constituição natural, resultando em maiores sabores, formatos e tamanhos comuns, além de aromas mais intensos.
3. Proteção das águas
Todo produto aplicado na lavoura, seja o adubo químico ou os diversos defensivos, com a vinda das chuvas, logo alcança os corpos d’água, ou seja, os riachos, córregos e lagos, e os contamina.
Por outro lado, as águas da chuva também infiltram-se, movimentam-se no interior do solo e alcançam os lençóis freáticos carregadas com altas quantidades desses produtos químicos.
A prática da agricultura orgânica evita a contaminação das águas, protegendo plantas, animais e pessoas do risco de um processo de intoxicação acumulativa.
4. Proteção dos solos
Outro grande ponto de atenção quando falamos de alimentos orgânicos e inorgânicos diz respeito ao solo. Solos cultivados pelo sistema convencional rapidamente perdem importantes características biológicas.
Dessa maneira, tornam-se meros substratos físicos e químicos em razão da exclusão da vida que neles naturalmente pulsa.
Da mesma forma que a agricultura orgânica protege as águas, a vitalidade dos solos também é protegida do efeito residual, resultante da utilização de adubos químicos, e principalmente, do uso de agrotóxicos.
5. Proteção da biodiversidade local
O conjunto de todos os seres que vivem em um local tende a desenvolver relações de equilíbrio entre si e com o meio ambiente em que estão inseridos.
Nesse contexto, a utilização de biocidas, ou seja, produtos para matar plantas invasoras, insetos e fungos, afeta drasticamente esse equilíbrio e elimina diversas formas de vida animal e vegetal.
A agricultura orgânica, ao contrário, estimula as relações e provoca um incremento na biodiversidade das regiões onde é implantada.
Desse modo, microrganismos, minhocas e insetos, assim como grandes animais que participam daquele equilíbrio, são profundamente beneficiados com a produção de alimentos orgânicos.
6. Sustentabilidade garantida
Se você é alguém que se preocupa com práticas e alimentação sustentável, não tem porque ter dúvidas sobre apostar em alimentos orgânicos ou inorgânicos.
A natureza da prática agrícola orgânica é totalmente sustentável, uma vez que o seu princípio é o fomento da reciclagem natural dos materiais orgânicos na propriedade.
Portanto, na produção do alimento orgânico, não há exaurimento do solo com o esgotamento da sua capacidade produtiva.
Dessa forma, o abastecimento de futuras gerações pode ser garantido, principalmente se cada vez mais consumidores utilizarem alimentos orgânicos.
7. Estímulo à produção orgânica
Quanto mais as pessoas fizerem o uso de alimentos orgânicos, maior será a demanda e, desse modo, a produção será estimulada.
Assim, mais produtores adeptos às práticas surgem e a diferença entre o consumo de alimentos orgânicos e inorgânicos é cada vez mais reduzida.
Com isso, reafirma-se a garantia oferecida pela sustentabilidade de abastecimento das futuras gerações de modo a não comprometer a disponibilidade de alimentos mais saudáveis.