Anemia megaloblástica: causas, sintomas e prevenção
Atualizado em 29 de Abril de 2025
Criado por Suelen Santos da Costa - Nutricionista
Anemia megaloblástica: causas, sintomas e prevenção
A anemia megaloblástica é uma condição de saúde que afeta a produção de glóbulos vermelhos no corpo, resultando em células anormalmente grandes e imaturas. Essa anemia, frequentemente associada à deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, pode ter diversas causas e se manifesta através de uma série de sintomas que variam desde fadiga e fraqueza até problemas neurológicos.
Entender o que é a anemia megaloblástica é fundamental para reconhecer seus sinais, ir a procura de um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.
Neste texto, exploraremos em detalhes as principais causas da anemia megaloblástica, seus sintomas característicos, os exames necessários para diagnosticá-la e as opções de tratamento disponíveis, incluindo a reposição vitamínica e a alimentação adequada. Continue lendo para descobrir tudo o que você precisa saber sobre essa condição.
O que é anemia megaloblástica?
A anemia megaloblástica é um tipo específico de anemia caracterizada pela produção ineficaz de células sanguíneas na medula óssea, resultando na presença de hemácias maiores que o normal, conhecidas como megaloblastos.
Essa condição ocorre principalmente devido à deficiência de cobalamina (vitamina B12) ou de folato (vitamina B9), ambos nutrientes essenciais para a síntese adequada do DNA nas células sanguíneas. Quando há uma falta dessas vitaminas, a divisão celular é prejudicada, levando à formação de células com núcleos anormais e grandes, enquanto o citoplasma continua a se desenvolver normalmente.
Além das hemácias, outras células do sangue, como os glóbulos brancos e as plaquetas, também podem ser afetadas, resultando em alterações no tamanho e na quantidade dessas células. Isso compromete o funcionamento adequado do sangue, o que pode levar a sintomas, como cansaço extremo, palidez, fraqueza e dificuldade para respirar.
As causas da anemia megaloblástica podem variar desde a má absorção de nutrientes no trato gastrointestinal até dietas inadequadas ou doenças que interferem na metabolização dessas vitaminas.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações mais graves. O tratamento geralmente inclui a suplementação das vitaminas deficientes e, em alguns casos, mudanças nos hábitos alimentares.
A consulta com um clínico geral ou hematologista é fundamental para a orientação correta, garantindo uma recuperação eficaz e a prevenção de problemas de saúde a longo prazo.
A vitamina B12 vegana da Ocean Drop está na forma de metilcobalamina, que é uma versão ativa e prontamente utilizável pelo corpo. A B12 é necessária para várias funções essenciais do organismo, como: auxiliar na formação de células vermelhas do sangue, auxiliar no funcionamento do sistema imunológico; no metabolismo da homocisteína; auxilia no metabolismo energético, etc.
Causas da anemia megaloblástica
A anemia megaloblástica é causada principalmente pela deficiência das vitaminas B12 e B9, essenciais para a síntese adequada do DNA nas células sanguíneas. A falta desses nutrientes pode resultar em uma produção anormal de hemácias na medula óssea, levando à formação de células maiores e com núcleos anormais, conhecidas como megaloblastos.
A seguir, exploramos as principais causas dessa condição:
Deficiência de Vitamina B12
B12 e anemia megaloblástica estão comumente interligadas. Isso porque, a falta de cobalamina é uma das causas mais comuns desse tipo de anemia. Essa deficiência pode ocorrer devido à ingestão insuficiente dessa vitamina, o que é frequente entre vegetarianos e veganos, já que as principais fontes de B12 são alimentos de origem animal.
Além disso, problemas na absorção dessa vitamina, como a falta de fator intrínseco — uma proteína essencial para a absorção de B12 no intestino — podem levar ao desenvolvimento de anemia perniciosa, uma forma específica de anemia megaloblástica. Outras condições que afetam a absorção de B12 incluem a insuficiência pancreática, cirurgias gastrointestinais e o uso prolongado de medicamentos antiácidos.
Deficiência de Ácido Fólico (Vitamina B9)
A deficiência de ácido fólico é outra causa significativa de anemia megaloblástica. O baixo consumo de alimentos ricos em folato, juntamente com o consumo excessivo de álcool, pode prejudicar a absorção dessa vitamina pelo organismo.
Situações que aumentam a necessidade de ácido fólico, como a gravidez, ou condições, como a doença de Crohn e outras doenças que afetam a absorção intestinal, também podem levar à deficiência de folato.
Além disso, certos medicamentos, como anticonvulsivantes e alguns quimioterápicos, podem interferir no metabolismo do ácido fólico, contribuindo para o desenvolvimento da anemia megaloblástica.
Outras causas
Além das deficiências nutricionais, a anemia megaloblástica pode ser causada por fatores menos comuns, como distúrbios genéticos que afetam a síntese de DNA, e o uso crônico de medicamentos que interferem na produção e maturação das células sanguíneas na medula óssea. Exemplos incluem medicamentos como metotrexato, que é utilizado no tratamento de câncer e doenças autoimunes, e outros agentes que inibem a divisão celular
Distúrbios metabólicos raros, como a acidúria orótica hereditária, também podem estar associados a casos de anemia megaloblástica.
Identificar e tratar as causas subjacentes da anemia megaloblástica é crucial para evitar complicações graves.
Sintomas e diagnóstico da anemia megaloblástica
A anemia megaloblástica se manifesta de forma gradual e, inicialmente, pode passar despercebida, mas à medida que progride, os sintomas tornam-se mais evidentes. Esses sintomas variam desde sinais comuns a outras formas de anemia até manifestações neurológicas específicas. A seguir, detalhamos os principais sintomas e os métodos utilizados para o diagnóstico da anemia megaloblástica.
Os sintomas da anemia megaloblástica incluem:
fadiga e fraqueza: o cansaço extremo é um dos primeiros sinais, resultante da diminuição da capacidade do sangue de transportar oxigênio;
palidez: a pele pode tornar-se pálida devido à menor quantidade de hemácias no sangue;
dificuldades respiratórias: sensação de falta de ar pode ocorrer mesmo após atividades leves;
problemas neurológicos: a deficiência de vitamina B12 pode levar a sintomas neurológicos, como formigamento nas mãos e pés, perda de equilíbrio, alterações na coordenação motora, e, em casos mais graves, confusão mental e, até, demência, especialmente em idosos;
alterações gastrointestinais: sintomas, como perda de apetite, perda de peso, dores abdominais, náuseas, constipação ou diarreia podem estar presentes;
queda de cabelo e alterações na pele: a pele pode tornar-se mais seca e o cabelo mais frágil, com aumento da queda.
Os exames para anemia megaloblástica são fundamentais para confirmar o diagnóstico. Entre os métodos diagnósticos estão:
hemograma completo: exame básico que pode revelar anemia com presença de glóbulos vermelhos aumentados (macrocíticos) e alterações nos leucócitos e plaquetas;
dosagem de vitamina B12 e folato: níveis reduzidos dessas vitaminas no sangue confirmam a deficiência, ajudando a diferenciar entre as causas da anemia megaloblástica;
teste de absorção de B12: em alguns casos, pode ser necessário realizar testes específicos para avaliar a absorção de vitamina B12, como o teste de schilling;
exame de medula óssea: embora raramente necessário, um exame de medula óssea pode ser realizado para verificar a presença de megaloblastos, confirmando a anemia megaloblástica.
Tratamento para anemia megaloblástica
O tratamento da anemia megaloblástica é baseado na reposição das vitaminas que estão deficientes no organismo, principalmente a vitamina B12 e o ácido fólico. A abordagem terapêutica varia conforme a causa subjacente e a gravidade da deficiência, sendo fundamental o acompanhamento médico para garantir a eficácia do tratamento e prevenir a recorrência.
Reposição de vitamina B12
Para tratar a anemia megaloblástica causada pela deficiência de vitamina B12, a reposição dessa vitamina pode ser feita de diferentes formas, dependendo da severidade do caso:
suplementação oral: em casos menos graves, a vitamina B12 pode ser suplementada por via oral, através de comprimidos ou cápsulas, sob orientação médica. Essa é uma opção conveniente e eficaz para muitas pessoas, especialmente aquelas que têm uma leve deficiência;
injeções intramusculares: para deficiências mais severas ou quando há dificuldade na absorção oral, como em casos de anemia perniciosa ou após cirurgias gástricas, a vitamina B12 pode ser administrada através de injeções intramusculares. Esse método garante a absorção direta da vitamina, corrigindo rapidamente os níveis no organismo;
dieta rica em vitamina B12: paralelamente à suplementação, é recomendada a ingestão de alimentos para anemia megaloblástica, como carnes, peixes, ovos, leite e seus derivados, que são ricos em vitamina B12. Essa abordagem ajuda a manter os níveis de B12 após a normalização inicial.
Reposição de ácido fólico (vitamina B9)
A deficiência de ácido fólico também pode causar anemia megaloblástica, e o tratamento envolve:
suplementação oral: o ácido fólico é geralmente suplementado por via oral, com doses específicas prescritas pelo médico para restaurar os níveis adequados no sangue;
alimentação adequada: a inclusão de alimentos ricos em folato, como espinafre, brócolis, feijão e nozes, na dieta diária é essencial para prevenir a recorrência da deficiência. O acompanhamento nutricional é importante para garantir a ingestão adequada de ácido fólico.
Acompanhamento e prevenção de recorrências
O tratamento da anemia megaloblástica exige acompanhamento médico regular para monitorar a resposta à suplementação e ajustar a dosagem conforme necessário. É crucial realizar exames de sangue periódicos para verificar os níveis de hemoglobina, vitamina B12 e folato, garantindo que o tratamento esteja sendo eficaz. Além disso, em casos de anemia megaloblástica provocada por medicamentos, pode ser necessário ajustar ou substituir os fármacos que estão causando a deficiência vitamínica
A prevenção de recorrências também inclui a educação do paciente sobre a importância de manter uma dieta equilibrada e seguir as orientações médicas para suplementação a longo prazo, se necessário.
Com um tratamento adequado e monitoramento constante, a anemia megaloblástica pode ser eficazmente controlada, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Este artigo foi escrito por Suelen Costa dos Santos, nutricionista (CRN 10 – 7816), formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Possui pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP – Centro de Nutrição Funcional, uma das instituições mais renomadas da área. Seu trabalho é guiado pelos princípios da nutrição funcional, com foco na promoção da saúde e na individualidade bioquímica.