Sinais e sintomas de intolerância alimentar que você precisa conhecer
Todos já experienciaram, poucas ou muitas vezes, sintomas como diarreia, constipação, distensão alimentar, gases e azia. São distúrbios gastrointestinais bastante comuns que abrem um grande leque de causas e, devido a isso, muitas vezes são negligenciados.
Porém, esses podem ser sintomas de intolerância a alimentos ou grupos alimentares, como a intolerância à lactose ou glúten. Caso sejam constantemente negligenciados, podem levar ao desenvolvimento de problemas maiores no futuro.
Confira a seguir quais os tipos, tratamentos e sintomas de intolerância alimentar.
Tipos de intolerância alimentar
Antes de falar dos tipos e sintomas de intolerância alimentar, vamos entender o que é intolerância alimentar.
As intolerâncias alimentares são causadas pela dificuldade, total ou parcial, do organismo em lidar com determinado(s) alimento(s) ou grupo(s) alimentar(es). Um ponto muito importante é que os sintomas de intolerância alimentar são restritos ao trato gastrointestinal, não ultrapassando sintomas como alergia à pele ou problemas respiratórios.
Outro ponto importante para se reconhecer sintomas de intolerância alimentar, é compreendendo que a causa do organismo não tolerar algum alimento não tem base imune, ou seja, não há atividade imunológica combatendo o contato desse alimento com o organismo.
As causas caracterizam o tipo de intolerância alimentar:
1. Intolerância alimentar de causa enzimática
Aqui podemos usar o exemplo da intolerância alimentar mais diagnosticada atualmente: a intolerância à lactose. O que acontece nesse tipo de intolerância é a ausência total ou a deficiência parcial na produção de enzimas digestivas pelo organismo.
No caso clássico da intolerância à lactose, cujos sintomas de intolerância são bastante evidentes após o consumo de lácteos, a produção da enzima lactase, responsável por realizar a digestão, para posterior absorção da lactose, está deficitária.
Por isso vemos diferentes graus de intolerância alimentar de causa enzimática, pois a produção pode estar reduzida, dessa forma, o organismo até tolera pequenas doses, mas não consegue lidar com altas quantidades, provocando sintomas de intolerância. A causa enzimática pode ser de origem genética ou devido ao processo natural de envelhecimento.
2. Intolerância alimentar de causa secundária
Essa intolerância também possui deficiência enzimática, porém o problema não está na produção da enzima em si, mas em uma doença primária que provoca essa queda na produção enzimática de forma secundária, que poderá normalizar uma vez que a doença primária for tratada.
Utilizaremos a intolerância à lactose novamente como exemplo. Conforme dito, é através da enzima lactase que ocorre a quebra e absorção da lactose, e essa enzima é produzida nas paredes intestinais. O que ocorre na intolerância alimentar de causa secundária, é que uma doença primária, como a Doença Celíaca, a Doença de Crohn, a Síndrome do Intestino Irritável, dentre outras, afeta a parede intestinal, que, como consequência, tem sua produção de lactase prejudicada.
Porém, uma vez que a causa primária seja tratada, a produção tende a normalizar e os sintomas de intolerância desaparecem.
3. Intolerância alimentar devido à composição do alimento
Este tipo de intolerância se dá devido à substâncias presentes na composição de alimentos específicos, geralmente crustáceos, frutos do mar, oleaginosas, algumas frutas, adoçantes e outros. A exposição a esses alimentos, para pessoas que possuem sintomas de intolerância alimentar, pode acarretar em respostas não imunes e provocar reações gastrointestinais.
O mais comum atualmente é o desconforto causado pelo consumo de adoçantes como xilitol, eritritol, sorbitol ou maltitol. Esses adoçantes estão presentes na maioria dos produtos "zero açúcar", inclusive em suplementos populares como whey protein e as vitaminas em gomas. Por isso os Gummies da Ocean Drop não possuem nenhum tipo de adoçante na composição, mas sim uma pequena quantidade de açúcar natural da cana. Assim, quem tem intolerância aos adoçantes pode consumir suas vitaminas em goma sem medo.
4. Intolerância alimentar de causa indeterminada
Ainda existem os sintomas de intolerância alimentar, cuja origem ainda não foi identificada. Devido ao constante desenvolvimento de novas tecnologias alimentares, produtos industrializados e aditivos químicos têm sido incorporados constantemente nos hábitos alimentares populacionais. Nesse cenário, o organismo está constantemente em contato com produtos alimentícios, os quais não foi fisiologicamente preparado para digerir. Então, isso pode acarretar no desenvolvimento de sintomas de intolerância alimentar diante de novos componentes alimentares.
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Quais os sintomas de intolerância alimentar?
Os principais sintomas de intolerância alimentar, são:
- diarreia;
- constipação;
- distensão abdominal;
- dor abdominal e cólica;
- gases;
- azia;
- refluxo;
- enjoo.
Apesar dos sintomas de intolerância alimentar atingirem o trato gastrointestinal primariamente, é possível desencadear outros problemas secundários, como: dores de cabeça e cansaço excessivo. Isso ocorre porque o trato gastrointestinal, uma vez que apresente os sintomas de intolerância alimentar, terá seu funcionamento prejudicado e, consequentemente, a digestão e absorção de nutrientes.
Nesses casos, além do tratamento da intolerância alimentar, também pode ser incluso o uso de suplementos alimentares polivitamínicos para auxiliar no consumo dos nutrientes necessários durante a recuperação do trato gastrointestinal.
Um ponto muito importante é evitar o uso de suplementos que contenham aditivos químicos e adoçantes, visto que eles podem piorar os sintomas de intolerância alimentar. O uso de suplementos vitamínicos sem estes componentes, como é o caso do suco verde em pó, pode ser de grande valia para auxiliar na composição nutricional da alimentação.
Diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar
É muito comum que haja dificuldade em identificar sintomas de intolerância alimentar e alergia alimentar. A grande diferença é: as alergias alimentares possuem ativação do sistema imunológico, enquanto as intolerâncias alimentares são mediadas por mecanismo imune.
Por exemplo: a intolerância à lactose acontece pela perda da atividade da enzima lactase ou ausência dela. A lactose não absorvida aumenta a retenção de água no intestino, é metabolizada por bactérias, gerando sintomas de intolerância alimentar, como inchaço, flatulência e diarreia.
A intolerância à lactose ou a dificuldade de digerir a proteína do leite, podem ser identificadas através dos genes por um teste genético. O teste baseia-se na análise de variações genéticas específicas que afetam a produção de enzimas digestivas.
Já a alergia ao soro do leite envolve uma reação do sistema imune contra proteínas do leite. Nesse caso os sintomas são mais amplos do que os sintomas de intolerância alimentar, podendo também atingir a pele e mucosas.
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Tenho intolerância alimentar, e agora?
O principal tratamento é retirar completamente os alimentos que causam intolerância alimentar da dieta. Apenas em casos em que o grau de intolerância é leve, alimentos tolerados do grupo alimentar podem ser mantidos. Por exemplo, na intolerância à lactose é muito comum haver sintomas de intolerância alimentar mediante ingestão de um copo de leite, mas não haver, se consumir um pedaço pequeno de queijo, devido à proporção de lactose em cada.
Também é necessário tratar os sintomas de intolerância alimentar para prover a recuperação do trato gastrointestinal e da microbiota, evitando problemas secundários futuros.
Os sintomas de intolerância alimentar são muito amplos e podem ser, facilmente, confundidos por outros problemas gástricos. Para ter certeza do diagnóstico e tratamento, consulte um profissional da saúde como um nutrólogo, gastroenterologista ou nutricionista.
Referências
- MURILLO, Ana Zugasti. Intolerancia alimentar. Endocrinología y Nutrición, v. 56, n. 5, p. 241-250, 2009.
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- BAUERMANN, Andreia; ALBUQUERQUE SANTOS, Zilda de. Conhecimento sobre intolerância à lactose entre nutricionistas. Scientia Medica, v. 23, n. 1, 2013.
- FERREIRA, Valéria de Castro; FAGUNDES NETO, Ulysses. Diarréia protraída: tratamento dietético e intolerância alimentar. J. pediatr.(Rio J.), p. 375-83, 1988.
- TANIÇA, Teresa Raquel Santos. Alergias e intolerâncias alimentares. Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2013
Texto escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.