Entenda o que é cutting, quando fazer e o que comer
O termo “cutting” se refere ao processo de emagrecimento, em que calorias são cortadas da alimentação, a fim de proporcionar a perda de peso. Mas, é importante saber que uma execução inadequada do processo de cutting pode resultar em riscos para a saúde física e até mesmo impactar negativamente a saúde mental. Portanto, o acompanhamento profissional é tão essencial.
Compreender como fazer o cutting é fundamental para evitar consequências indesejadas, como a perda de massa muscular ou o fenômeno de ganho e reganho de peso. Entenda a seguir o que é o cutting e o que fazer para atingi-lo.
O que é cutting?
"Cut" é um termo em inglês que, quando traduzido, significa "cortar". Portanto, o conceito de cutting representa a fase de emagrecimento, caracterizada pela redução de calorias com o objetivo de diminuir medidas.
No contexto fitness, o termo cutting é empregado para descrever o processo de perda de peso. Durante essa fase, tanto a dieta quanto o treinamento passam por ajustes significativos. No cutting, o aspecto primordial é a dieta, que deve ser calculada para manter o consumo calórico em déficit, ou seja, fornecer menos calorias do que as calorias gastas diariamente.
Portanto, ao buscar o cutting, é essencial manter um equilíbrio energético em que a ingestão calórica seja inferior ao gasto, resultando em um déficit que estimula a perda de peso. Além disso, a prática de atividade física desempenha um papel crucial no processo de cutting, pois contribui para um maior gasto calórico.
Além de promover a perda de peso, o exercício também desempenha um papel fundamental na preservação da massa muscular, que é crucial para a saúde, estética e, especialmente, para o sucesso do cutting.
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Quando e como fazer o cutting?
Identificar quando e como fazer o cutting é algo a ser discutido e orientado com o auxílio de um profissional nutricionista qualificado. Isso porque, quando se almeja realizar o cutting, é necessário entender as estratégias assertivas para não comprometer a saúde pela redução das calorias da dieta.
Nesse ponto, o nutricionista irá realizar o cálculo energético adequado e estipular a quantidade de calorias, assim como a divisão dos nutrientes necessários para o objetivo de cutting.
O nutricionista ainda irá estipular metas viáveis e realizar o acompanhamento por meio de uma avaliação física minuciosa, que dirá quanto tempo dura um cutting e como ele deverá evoluir.
Também é possível complementar a dieta de cutting com o uso de suplementos, como a creatina. Seu efeito não é diretamente em potencializar a queima de gordura, porém, a suplementação de creatina é capaz de auxiliar no desempenho desportivo e no ganho e preservação de massa muscular, mesmo diante de dietas de baixo consumo calórico, as quais tornam esses resultados menos possíveis, segundo estudos * * .
Ainda, ao favorecer a manutenção de massa muscular, o consumo de creatina proporciona o aumento no gasto calórico em repouso, fundamental para o processo de cutting. Por fim, associados à dieta, outros hábitos que deverão ser cultivados no processo de cutting incluem: atividade física rotineira, sono de qualidade e bom consumo de água.
O que comer no cutting?
O processo de cutting exige um menor consumo calórico quando comparado à dietas de manutenção ou ganho de peso. Isso ocorre porque o organismo precisa sentir a necessidade de utilizar suas próprias fontes de energia internas, como a gordura, pela ausência de calorias pela dieta.
Dessa forma, para que o cutting seja feito de forma saudável, sem levar à desnutrição ou perda brusca de massa muscular, é interessante priorizar fontes de proteína na dieta, associadas a alimentos que garantem maior saciedade, como fibras e gordura.
Alguns alimentos interessantes de serem incluídos em uma dieta de cutting, são:
- vegetais;
- frutas;
- fibras;
- cereais integrais;
- leguminosas;
- carnes magras;
- peixe e frutos do mar;
- azeite de oliva.
Para saber quanto tempo dura o cutting e quais as quantidades exatas do que consumir, é recomendado procurar um nutricionista, que irá elaborar o cálculo energético adequado para promover o cutting saudável e eficiente.
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Diferenças entre cutting e bulking
A diferença fundamental entre o que é cutting e o que é bulking reside no fato de que, enquanto o bulking concentra-se no aumento da massa muscular, o cutting visa a redução da gordura corporal.
Em ambas as fases, a atividade física desempenha um papel crucial. Durante o bulking, é essencial realizar treinamento de resistência, como musculação, para induzir microlesões nas fibras musculares. Essas fibras passam por um período de recuperação, resultando no aumento de força e volume muscular.
No cutting, o exercício também oferece benefícios, como o aumento do gasto calórico e a preservação da massa muscular. No cutting a busca pela perda de peso muitas vezes leva à perda de massa muscular, portanto, o exercício desempenha um papel crucial na prevenção do músculo.
Em relação à composição corporal, durante o bulking o foco está na construção gradual da massa muscular, podendo ser alcançado através do ajuste gradual da dieta ou ou de maneira mais intensiva por meio de uma alimentação hipercalórica. Por outro lado, no cutting, ocorre o inverso. O enfoque dessa estratégia está na perda de gordura.
A dieta de bulking deve fornecer suporte nutricional para a construção muscular, sendo mais calórica e focada em proteínas e carboidratos. No cutting, a dieta é restrita em calorias, concentrando-se em alimentos com menor densidade calórica e ricos em fibras, como vegetais, tubérculos e leguminosas, para promover a saciedade.
Assim, é crucial contar com a orientação de um nutricionista em ambas as fases, proporcionando estratégias para minimizar os efeitos adversos e otimizar os resultados do bulking e cutting.
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Cuidados com o cutting
O cutting é uma estratégia de emagrecimento, onde o consumo de calorias é menor do que aquelas gastas no dia a dia. Dessa forma, existe uma grande preocupação no quão radical esse corte calórico possa ser em um processo de cutting.
Reduzir demasiadamente a quantidade de alimentos consumidos na dieta, pode causar diversos problemas de saúde, como desnutrição, amenorreia (falta de menstruação) e sarcopenia (baixo índice de massa muscular).
Além disso, o efeito rebote de uma dieta de cutting muito restrita e sem acompanhamento nutricional, pode ser severo e prejudicar a manutenção do peso perdido.
Ainda existem os transtornos alimentares que levam à baixa ingestão calórica, como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa.
Mesmo sem o diagnóstico exato, caso haja sintomas como medo de comer, medo de engordar, perda de peso brusca consequente à falta de alimentos, compensações após comer (como indução de vômito, jejum forçado ou excesso de atividade física), é extremamente importante buscar um profissional psiquiatra para devido auxílio.
Em resumo, um cutting bem feito não deve visar somente a redução de gordura, mas também a preservação da massa muscular e manutenção da saúde física e mental.
Entrar em uma dieta de cutting requer disciplina, paciência e um planejamento cuidadoso, de preferência realizado por um profissional de nutrição.
Referências
- DO NASCIMENTO, Ozanildo Vilaça; DE SOUZA AMARAL, Airton. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SOBRE O DESEMPENHO HUMANO: UMA REVISÃO DE LITERATURA. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia, v. 21, n. 15, p. 1-20, 2020.
- GUALANO, Bruno et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre força e hipertrofia muscular: atualizações. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, p. 219-223, 2010.
- DE SOUZA, Elton Bicalho; SILVA, Márcio Henrique Valin. A Creatina como recurso ergogênico nutricional: uma revisão da literatura. JIM-Jornal de Investigação Médica, v. 3, n. 1, p. 105-119, 2022.
- Farshidfar F, Pinder MA, Myrie SB. Creatine Supplementation and Skeletal Muscle Metabolism for Building Muscle Mass- Review of the Potential Mechanisms of Action. Curr Protein Pept Sci. 2017;18(12):1273-1287. doi: 10.2174/1389203718666170606105108. PMID: 28595527.
Texto escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Texto revisado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.