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Melatonina para idosos: uso, dosagem e segurança

À medida que envelhecemos, mudanças naturais no corpo podem afetar a qualidade do sono, tornando-o menos reparador e mais fragmentado. Diante disso, a melatonina, um hormônio crucial para a regulação do ciclo sono-vigília, frequentemente se torna um ponto de interesse para idosos que buscam melhorar a qualidade do sono e enfrentar distúrbios relacionados.

O uso de suplemento de melatonina em idosos surge como uma opção promissora, oferecendo a possibilidade de ajustar os ritmos biológicos e promover um descanso mais eficaz. No entanto, é essencial entender como ele atua e quais são seus benefícios. Além disso, é indispensável conhecer os potenciais efeitos colaterais da melatonina para pessoas idosas e como utilizá-la de forma eficaz.

Neste texto, exploraremos as vantagens da melatonina para idosos, suas indicações, dosagem recomendada e precauções a serem tomadas, proporcionando uma visão completa sobre como esse hormônio pode influenciar a saúde do sono na terceira idade.

Por que a insônia é comum nos idosos?

Enquanto recém-nascidos precisam de até 17 horas de sono por dia, adultos e idosos geralmente requerem menos descanso. Para pessoas com mais de 65 anos, a recomendação é de 7 a 8 horas de sono, conforme a National Sleep Foundation. No entanto, estima-se que 45% dos idosos no Brasil enfrentem distúrbios de sono, especialmente entre 75 e 79 anos, de acordo com o estudo SABE de 2019.

Um dos motivos para esses distúrbios é a redução natural da produção de melatonina, um hormônio essencial para regular o sono. Essa diminuição de melatonina nos idosos impacta no ciclo circadiano e na saúde geral por resultar em padrões de sono fragmentados e no aumento da frequência dos despertares noturnos, um fenômeno conhecido como insônia.

É comum também que os idosos desenvolvam o hábito de ir dormir e acordar mais cedo, o que pode agravar ainda mais os problemas relacionados à melatonina. Além disso, os distúrbios do sono em idosos podem ser exacerbados por doenças crônicas, uso de certos medicamentos, abuso de substâncias e problemas psicossociais.

Por isso, para ajudar a combater esses problemas, alguns idosos podem considerar melatonina para dormir. Conheça os benefícios no próximo tópico!

Benefícios da melatonina para idosos

Para os idosos, a suplementação de melatonina pode oferecer diversos benefícios, particularmente na melhoria da qualidade do sono e na potencial promoção da saúde cognitiva.

Como mencionado, a produção de melatonina naturalmente diminui com a idade, o que pode levar a dificuldades para adormecer e manter o sono. Assim, uma revisão de estudos clínicos relatou que, em adultos mais velhos, é recomendado o uso da menor dose possível de melatonina. Isso seria para imitar o ritmo circadiano normal do hormônio e evitar níveis sanguíneos suprafisiológicos prolongados.

Além de regular o sono, a melatonina está mostrando benefícios emergentes para condições neurodegenerativas como o Alzheimer. O Alzheimer é uma doença que prejudica a memória e outras funções cognitivas, começando frequentemente com a perda progressiva da memória recente.

Conforme a doença avança, a produção de melatonina diminui. Para investigar isso, pesquisadores utilizaram a Drosophila melanogaster (mosca da fruta) como modelo, devido ao seu baixo custo e facilidade de manejo, e avaliaram a reposição da melatonina no tratamento. Os resultados mostraram que a melatonina não causou toxicidade nas moscas e melhorou seu comportamento motor, sugerindo que ela pode ter um potencial benéfico no tratamento da doença.

Embora mais pesquisas sejam necessárias, para os cuidadores e familiares de idosos, é reconfortante saber dessas opções. No entanto, é importante ressaltar que a reposição só deve ser feita com orientação médica.

Modo de uso e dose de melatonina para idosos

A utilização do hormônio melatonina em idosos pode ser uma solução interessante para ajudar melhorar a qualidade de vida, mas é crucial seguir diretrizes específicas para garantir segurança e eficácia. Abaixo, são apresentadas orientações gerais sobre o modo de uso e a dosagem recomendada de melatonina para essa faixa etária.

A melatonina está disponível em diversas formas de administração, incluindo:

  • comprimidos: são a forma mais comum e podem ser encontrados em diferentes dosagens;
  • gotas: oferecem flexibilidade na dosagem e podem ser mais fáceis de ajustar conforme necessário;
  • cápsulas e tabletes: alguns produtos liberam a melatonina lentamente, o que pode ser útil para manter o sono durante a noite;
  • sprays: podem proporcionar uma absorção rápida.

No Brasil, a ANVISA permite a comercialização de melatonina em doses de até 0,21 mg. No entanto, a dosagem ideal pode variar dependendo das necessidades individuais conforme avaliadas por um profissional de saúde.

Tenha atenção com orientações adicionais:

  • consulta médica: antes de iniciar a suplementação com melatonina, é essencial consultar um médico, especialmente se o idoso estiver tomando outros medicamentos ou tiver condições de saúde preexistentes;
  • monitoramento: acompanhe o efeito da melatonina e qualquer efeito adverso ou falta de melhoria deve ser discutida com o profissional de saúde;
  • qualidade do sono: combine o uso de melatonina com boas práticas de higiene do sono, como manter um ambiente escuro e silencioso e evitar estimulantes antes de dormir.

Efeitos colaterais e contraindicações

Os efeitos colaterais mais comuns da melatonina incluem:

  • cefaleia: dores de cabeça podem ocorrer como uma reação adversa ao suplemento;
  • tontura: a sensação de vertigem pode ser um efeito colateral, afetando o equilíbrio e a coordenação;
  • náusea: algumas pessoas podem sentir desconforto gastrointestinal;
  • sonolência diurna: a melatonina pode causar sono durante o dia, o que pode impactar a capacidade de realizar atividades diárias;
  • depressão transitória: embora não seja comum, a melatonina pode afetar o humor, especialmente em indivíduos com predisposição a condições depressivas.

Para evitar interações medicamentosas e complicações, considere as seguintes precauções:

  • interações medicamentosas: a melatonina pode interagir com medicamentos, como anticoagulantes, anticonvulsivantes e antidepressivos, potencialmente alterando sua eficácia ou aumentando o risco de efeitos adversos;
  • convulsões: pode agravar condições, como a epilepsia;
  • doenças autoimunes: pode exacerbar doenças autoimunes, interferindo na resposta imunológica.

Mas afinal, idoso com Alzheimer pode tomar melatonina? Como qualquer suplemento ou tratamento, a melatonina deve ser usada com precaução, especialmente em pessoas com condições neurodegenerativas. O médico pode avaliar se a melatonina é apropriada para o caso específico, ajustar a dose e monitorar possíveis efeitos colaterais ou interações com outros medicamentos.

Conteúdo escrito pela nutricionista Suelen Santos da Costa, CRN10 7816. Suelen é graduada pela Universidade Federal de Pelotas e possui Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional.

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