Atualizado em 17 de Janeiro de 2025

Criado por Ana Paula Martins - Nutricionista

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Entendendo o magnésio para menopausa e seus efeitos

A menopausa é um evento natural da vida de toda mulher, marcada pelo fim da menstruação e da fertilidade, que pode trazer consigo uma série de sintomas incômodos e desafios para a saúde. Na busca constante por soluções naturais e eficazes, o magnésio para menopausa surge como um elemento chave no alívio de complicações associadas a esta fase da vida da mulher. 

Baseado em evidências, neste artigo a nutricionista clínica Ana Paula Martins, especialista em fitoterapia funcional e saúde da mulher, explica como o magnésio pode ser um grande aliado durante a fase da menopausa. Confira a seguir!

O que é magnésio?

O magnésio é um dos principais minerais do nosso organismo e está envolvido em mais de 300 reações nas quais atua como coenzima - o que significa que a reação não pode acontecer sem o magnésio como "parceiro". 

Ele suporta funções muito amplas que abrange uma série de tecidos e órgãos dos sistemas cardiovascular, neuromuscular e nervoso, ajuda na produção de glutationa necessária para os processos de detoxificação do fígado, formação da massa óssea, além da síntese de proteínas e manutenção da glicemia. 

Portanto, muito além do magnésio para menopausa, é evidente que esse mineral é importante para a manutenção da saúde de qualquer pessoa em várias fases da vida.

Como a menopausa afeta a saúde da mulher?

A menopausa é um processo natural na vida da mulher, um período de transição, o período em que a menstruação cessa por completo e é definida clinicamente como a ausência de períodos menstruais por 12 meses consecutivos. Ela acontece, basicamente, porque os folículos acabam.

Diferente dos homens que continuam produzindo espermatozóides durante toda a vida, as mulheres já nascem com um número de folículos definido.

Com o passar dos anos e a cada ovulação ocorre a degeneração de vários deles para que um se transforme em um único óvulo. E é nesse processo que nossos hormônios são produzidos. Por isso, quando não se tem mais folículos para serem transformados em óvulos, não há mais a produção hormonal e assim surgem todas as alterações do climatério e a chegada da menopausa.

É nesse ponto que podemos começar a entender o porquê de tantos sintomas. A menopausa diminui drasticamente a produção hormonal. Os ovários basicamente param totalmente a produção de estrogênio e progesterona, que são os hormônios que gerenciam nossa vida reprodutiva.

Quaisquer processos que ocorram no organismo dependem deles. O humor, o sono, a libido, a pele, a quantidade de gordura corporal, o bem estar, temperatura corporal, manutenção óssea, proteção cardíaca... tudo está relacionado aos hormônios, E é justamente esta a razão de tantos sintomas, dos mais variados tipos, que comprometem a qualidade de vida de tantas mulheres.

Alguns dos sintomas mais frequentes são os fogachos, que provocam sudorese diurna e noturna, podendo prejudicar a qualidade do sono, rubor, palpitações, ansiedade e irritabilidade. 

Outros sintomas bastante comuns são o ressecamento vaginal, diminuição de libido feminina, dor na relação, queda na qualidade de pele, cabelo e unhas, osteoporose, acúmulo de gordura corporal e depressão.

A essa altura eu acredito que você possa estar muito preocupada com o momento que a menopausa chegar na sua vida. No entanto, a menopausa não precisa ser ruim como algumas pessoas pensam.

Digo isso porque uma menopausa tranquila é definida em especial pelos hábitos saudáveis de vida que você leva, e o quanto antes começar melhor será essa fase de transição.

Quando falo em hábitos saudáveis desde cedo, me refiro ao cuidado que você tem consigo e com a sua saúde de maneira geral, durante toda a vida: alimentação equilibrada, noite de sono reparadora, gerenciamento do estresse e  atividade física.

Quanto antes você adotar bons hábitos, melhor serão os seus dias e mais tranquila será a chegada da menopausa.

Sintomas da menopausa e o magnésio

O magnésio quelato pode ser um aliado da mulher no período do climatério e menopausa, isso porque muitos sintomas da menopausa podem ser aliviados quando a mulher apresenta bons níveis séricos desse mineral. 

Embora geralmente se tenha grande quantidade de magnésio no corpo, pode acontecer da mulher apresentar deficiência desse mineral em algum momento, por conta principalmente da ingestão de muitos alimentos industrializados, com muito açúcar, refrigerante e pela falta de consumo frequente de frutas e legumes. A ingestão de bebida alcoólica também pode atrapalhar a absorção de magnésio.

O magnésio para menopausa ajuda a melhorar a qualidade de vida da mulher. Nessa fase, é comum as mulheres apresentarem alterações de humor, pouca energia e mais cansaço, principalmente por causa da queda hormonal. E o magnésio tem um importante papel na regulação dos hormônios (o que ajuda a melhorar o humor, diminuir o cansaço e aumentar a energia).

Além disso, ele também melhora o desempenho físico, atua na síntese do DNA e do RNA, previne contra a osteoporose, ajuda no controle de diabetes e tem papel importante na produção da serotonina, também conhecido como o hormônio da felicidade

Entre os sintomas que a falta de magnésio pode causar durante a menopausa estão a insônia, fadiga, osteoporose, depressão, dores de cabeça, enxaqueca, câimbras e arritmia cardíaca.

Alguns alimentos como as folhas verdes escuras (couve, rúcula, escarola, brócolis), cacau e amêndoas, são ótimas fontes de magnésio, porém sabemos que nem sempre nosso consumo atinge nossa necessidade diária, seja pela nossa baixa ingestão, seja pelo solo que foi produzido este alimento, que nem sempre é rico neste mineral, neste caso a além de ter uma dieta equilibrada com alimentos com mangésio a suplementação do mineral também é muito bem vinda. 

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Alguns sintomas da menopausa que o magnésio pode trazer alívio

Enxaqueca

O uso de magnésio pode promover benefícios no tratamento da enxaqueca. Em um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, pesquisadores avaliaram os efeitos do magnésio nos sintomas da enxaqueca por 12 semanas e verificaram redução nas crises. De maneira geral, os trabalhos usaram o magnésio para enxaqueca na forma de óxido, citrato ou quelado, com doses de 400 a 600mg/dia.

Controle da pressão arterial

O magnésio está envolvido no controle da pressão arterial por impedir a despolarização do cálcio e conduzir a contração muscular. No entanto, há necessidade de um contrabalanço de cálcio e magnésio para o bom funcionamento do coração, evitando ataques, derrames e morte súbita. Acredita-se que a proporção ideal seria de 1:1, pois o cálcio é capaz de contrair os músculos, enquanto o magnésio os relaxa.

Uma revisão bibliográfica publicada no Europeu Journal of Clinical Nutrition mostrou que a ingestão média de magnésio é capaz de reduzir cerca de 3 a 4mmHg a pressão sistólica e 2 a 3mmHg a pressão diastólica. No geral, os trabalhos utilizaram doses de 120mg a 973mg/dia, com média de 410mg/dia, sendo que doses mais elevadas levaram a maiores reduções na pressão arterial.

Prevenção do diabetes tipo 2

O magnésio tem um papel fundamental no metabolismo da glicose e insulina. Uma pesquisa com 60 participantes realizada por 3 meses mostrou que a ingestão de 300mg/dia de cloreto de magnésio melhorou significativamente a sensibilidade à insulina no grupo suplementado. Inclusive, o uso do mineral foi capaz de reduzir o risco do desenvolvimento de dislipidemias em pacientes obesos propensos.

Ansiedade e depressão

Quando associado a B6, o magnésio está relacionado a melhora da mudança do humor, frequente nas mulheres menopausadas, devido a queda hormonal, o que influencia na redução da serotonina, neurotransmissor necessário para controle de ansiedade, compulsão e ânimo.

Osteoporose/Osteopenia

O magnésio está envolvido em várias atividades responsáveis pela preservação, estrutura e remodelamento ósseo.

Cognição/memória/brain fog

A presença de magnésio no cérebro é capaz de aumentar as funções sinápticas de curto prazo e potencializar as de longo prazo, agindo no processo de memória e aprendizado. O magnésio treonato foi desenvolvido com intuito de ultrapassar a barreira hematoencefálica, atingindo o cérebro em maior quantidade.

Um estudo publicado na revista Neuron mostra que é possível quantificar uma porção maior de magnésio no líquido cerebroespinhal quando a suplementação é feita com magnésio treonato em vez de cloreto ou gluconato.

Melhor tipo de magnésio para menopausa?

O magnésio na forma inorgânica é pouco absorvido pelo corpo. Por isso é preciso ligá-lo a outra molécula para melhorar sua absorção e biodisponibilidade. Por este motivo encontramos  diversas formas de magnésio encontradas, como o óxido de magnésio, citrato de magnésio, magnésio quelado, cloreto de magnésio, entre tantas outras.

Confira as forma de magnésio mais comumente usados:

  • Ascorbato: magnésio + vitamina C. Indicado para dar suporte ao sistema imunológico e cardiovascular.
  • Aspartato: associado ao ácido aspártico, indicado para o tratamento de cardiopatias.
  • Citrato: magnésio com ácido cítrico. Atua como efeito laxativo, além de ter seu uso associado a patologias do sistema cardiovascular, neuromuscular e nervoso.
  • Carbonato: possui propriedade anti ácida.
  • Inositol: magnésio associado ao inositol. Indicado para relaxamento mental e corporal, qualidade do sono, memória, dores musculares e ósseas.
  • Malato: associado ao ácido málico. Indicado para melhorar a energia e o desempenho em atividades físicas, assim como para patologias como a fibromialgia.
  • Óxido: forma com menor absorção pelo organismo e utilizada pelo efeito laxativo.
  • Quelado: forma altamente biodisponível, usada nas mais diversas patologias dos sistemas cardiovascular, neuromuscular e nervoso.
  • Taurato: associação de magnésio com taurina, indicado para a saúde cardiovascular e diabetes tipo 2.
  • Treonato: Uso associado a processos cerebrais como cognição, aprendizagem, memória e Alzheimer.

É evidente que esse mineral merece um lugar de destaque na gestão dos sintomas da menopausa, não é? Ademais, a jornada pela menopausa é única para cada mulher, mas a inclusão do magnésio na dieta além de outros nutrientes são fatores decisivos para atravessar essa fase com mais tranquilidade e menos desconfortos.

Espero que este texto sirva como um ponto de partida para mulheres em busca de soluções eficazes para os desafios da menopausa, lembrando sempre da importância de um acompanhamento personalizado com profissionais qualificados.

Texto escrito por Ana Paula Martins - Nutricionista (CRN-3 22387) pós graduada em Nutrição Clínica, especialista em nutrição esportiva, Fitoterapia integrativa e modulação intestinal com foco em saúde da mulher, saúde hormonal e doenças autoimunes. @nutrianapaulamartins

Criado em 21 de Fevereiro de 2024

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