Grávida pode tomar creatina? Descubra agora!

Quando uma mulher engravida, muitas dúvidas surgem em relação a tudo, inclusive em relação ao uso de suplementos. Nesse contexto, uma das questões que surgem entre as mulheres praticantes de exercícios e atletas é sobre a segurança do uso de creatina durante a gestação. Afinal, grávida pode tomar creatina?

A creatina é amplamente utilizada por aqueles que buscam melhorar o desempenho físico e há poucas contra indicações sobre o seu uso. No entanto, quando se trata de gestantes, a segurança e os possíveis efeitos colaterais tornam-se uma preocupação crucial. 

Descubra a seguir o que a ciência diz sobre o uso de creatina durante a gravidez e os potenciais riscos e benefícios da creatina para grávidas. Se você está grávida e se perguntando se deve ou não continuar ou iniciar o uso de creatina, continue lendo para descobrir tudo o que você precisa saber.

A creatina é um composto formado a partir de aminoácidos como a arginina, glicina e metionina, produzido naturalmente no corpo humano. A creatina é encontrada principalmente nos músculos e no cérebro, e pode ser obtida através da dieta, especialmente de alimentos de origem animal, como carne e peixe. 

A creatina participa do fornecimento de energia para as células musculares durante exercícios de alta intensidade e curta duração, ajudando na regeneração de adenosina trifosfato (ATP), a principal molécula de energia do corpo. 

Suplementar creatina pode ajudar a melhorar o desempenho físico, aumentar a massa muscular, força e recuperação, sendo particularmente popular entre atletas e praticantes de musculação. 

Além disso, alguns estudos sugerem tomar creatina para o cérebro, já que o suplemento demonstra benefícios cognitivos, promovendo a saúde do cérebro e melhorando as funções mentais em situações de estresse ou privação de sono.

Existem vários benefícios da creatina para mulheres, especialmente para aquelas envolvidas em atividades físicas como musculação, crossfit e outros esportes. 

Entre os principais efeitos da creatina no corpo feminino estão o aumento da força e da potência muscular, permitindo que as mulheres treinem com maior intensidade e alcancem melhores resultados em termos de ganho de massa magra e desempenho atlético. 

Além disso, estudos mostram que a creatina pode ajudar na recuperação pós-treino, reduzindo a fadiga e a dor muscular, o que facilita a continuidade e a consistência nos treinos. 

Estudos também indicam que a suplementação de creatina para a menopausa pode ter efeitos positivos na saúde óssea, o que é particularmente importante para as mulheres à medida que envelhecem e entram na menopausa, ajudando a prevenir condições como a osteoporose. 

Ainda pouco se sabe sobre os níveis de creatina das mulheres grávidas, especialmente das mulheres que não consomem carne e produtos lácteos e, portanto, dependem inteiramente da sua própria capacidade de sintetizar creatina.

Pesquisadores do Instituto Hudson descobriram que o uso de creatina na dieta da mãe durante a gravidez pode melhorar a probabilidade do nascimento de um bebê saudável. Esta descoberta sugere que usar creatina na gestação pode ser benéfico para uma gravidez e um bebê saudáveis.

A médica líder do programa de pesquisa sobre a suplementação com creatina afirmou que os resultados dos ensaios pré-clínicos indicam que a suplementação de creatina pode ser benéfica na gravidez. 

A parteira e doutoranda, Deborah de Guingand, autora de uma revisão sistemática publicada na revista Nutrients, disse que o estudo do Instituto Hudson conseguiu preencher uma lacuna no conhecimento do perfil de segurança da creatina na gestação.

Um outro estudo mostrou que a creatina tem muitas ações que podem beneficiar o feto e o recém-nascido, porque a gravidez é um estado de atividade metabólica elevada e a placenta é uma fonte importante de radicais livres de oxigênio e nitrogênio. 

Dos poucos estudos publicados sobre o consumo de creatina na gestação, a maioria mostrou algum benefício e bom perfil de segurança, no entanto, médicos ainda alertam que os dados são insuficientes para recomendar o consumo de creatina a todas as gestantes.

Já que ainda não há um consenso sobre se grávida pode tomar creatina ou não, pode ser importante saber sobre os possíveis efeitos colaterais. 

Ainda é bastante debatido se creatina faz mal para os rins e, se pode considerar que entre os riscos potenciais para as gestantes, está a possibilidade de sobrecarga renal, já que a creatina é metabolizada nos rins e doses suplementares podem aumentar o trabalho desse órgão. 

Além disso, há preocupações sobre possíveis desequilíbrios eletrolíticos, que podem afetar a saúde da mãe e do bebê. No entanto, nenhum desses potenciais riscos é certeiro. 

Há alguns efeitos colaterais comuns da suplementação de creatina que podem ocorrer em qualquer pessoa, inclusive em gestantes, podendo agravar condições já existentes ou causar desconforto adicional durante a gravidez. Eles incluem:

Dada a falta de estudos específicos e as possíveis implicações, é fundamental que as gestantes consultem o médico obstetra antes de considerar o uso de creatina, garantindo uma avaliação profissional e personalizada de seus benefícios e riscos.

Caso o consumo de creatina não for considerado apropriado pelo médico durante a gravidez, existem diversas opções para atender às necessidades nutricionais das gestantes: 

Lembre-se que consultar regularmente um profissional de saúde é crucial para receber orientações personalizadas e seguras durante toda a gravidez.

Uma grávida pode usar creatina somente se o uso for liberado pelo médico obstetra e, para decidir se devem ou não utilizar creatina durante a gravidez, as gestantes devem considerar diversos fatores.

Primeiramente, é essencial consultar um profissional de saúde, como um obstetra ou nutricionista, que pode avaliar as necessidades individuais e fornecer orientações baseadas em evidências. 

É necessário considerar os potenciais riscos e a falta de pesquisas conclusivas sobre a segurança da suplementação de creatina durante a gestação. É importante também avaliar a saúde geral, histórico médico, e a presença de condições pré-existentes que possam ser afetadas pela creatina, como problemas renais ou hipertensão. 

O médico junto com a gestante também devem considerar alternativas nutricionais seguras e eficazes para atender às necessidades de energia e desenvolvimento muscular durante a gestação. 

Em suma, a decisão por tomar ou não creatina deve ser informada e ponderada, priorizando sempre a saúde e segurança da mãe e do bebê.