Fadiga crônica: o que é, sintomas e tratamentos
A fadiga crônica, ou síndrome da fadiga crônica, é conhecida por um cansaço anormal que se estende por longos meses, sem aparente melhora. A boa notícia é que há várias opções de tratamento, causas possíveis e medicamentos a considerar. Conheça a seguir!
O que é fadiga crônica?
A fadiga crônica, também conhecida como Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) ou Encefalomielite Miálgica (EM), é uma condição de saúde que tem um impacto significativo na produtividade e na qualidade de vida daqueles que a enfrentam.
Para um diagnóstico correto, a sensação de fadiga crônica deve persistir por mais de seis meses, sem melhora aparente, e estar acompanhada por sintomas característicos associados.
Embora seja mais comumente relatada em mulheres jovens e de meia-idade, a fadiga crônica foi observada em todas as faixas etárias, incluindo crianças, e em ambos os sexos.
É crucial realizar um diagnóstico preciso da fadiga crônica, a fim de evitar que seja erroneamente interpretada como preguiça ou falta de vontade, o que poderia deixar o paciente em um estado de desconforto prolongado.
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Fadiga crônica: sintomas
Os sintomas de fadiga costumam iniciar de forma repentina, geralmente após um evento estressante, como uma infecção, febre ou sintomas no trato respiratório. Os sintomas iniciais tendem a desaparecer, persistindo apenas a fadiga intensa e prolongada.
Muitas vezes, ela também vem associada a demais sintomas característicos da síndrome, como:
- exaustão excessiva e prolongada (por mais de 6 meses);
- transtornos do sono e hipersonolência;
- confusão mental;
- problemas de memória e cognição;
- dor muscular generalizada ou fibromialgia;
O exame físico não costuma apresentar alterações. Entretanto, alguns pacientes podem ter febre baixa, faringite não exsudativa e/ou linfonodos palpáveis e dolorosos (mas não aumentados).
Ainda é possível observar a exacerbação dos sintomas com atividades do dia a dia e a não melhora da fadiga mesmo após um tempo adequado de descanso.
Causas potenciais da fadiga crônica
A causa certa da síndrome da fadiga crônica não é totalmente conhecida. Nenhuma causa infecciosa, hormonal, imunológica ou psicológica foi estabelecida com precisão.
Embora não haja consenso 100% estabelecido entre médicos e pesquisadores, são levantadas diversas potenciais possibilidades de causa da fadiga crônica, como infecções virais, problemas no sistema imunológico e desequilíbrios hormonais.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia aponta que diferentes possíveis causas da fadiga crônica têm sido propostas, incluindo: a depressão, a anemia ferropriva, a hipoglicemia, a mononucleose, as disfunções glandulares e as doenças auto-imunes.
Algumas anormalidades imunológicas leves também já foram relatadas, como redução na concentração de imunoglobulina G (IgG) e na proliferação de linfócitos, baixa resposta imunológica e ineficiência de autoanticorpos, dentre outras possíveis causas imunológicas da fadiga crônica.
Ainda se discute a possível conexão entre a síndrome da fadiga crônica e a Covid-19, já que algumas pessoas que se recuperaram dessa infecção viral apresentam sintomas semelhantes. Contudo, não há evidências conclusivas que comprovem essa associação, e estudos continuam em andamento para investigá-la. *
Além disso, pesquisas estão em curso para explorar possíveis correlações entre aspectos genéticos, ambientais e emocionais, sugerindo a existência de uma relação complexa entre esses fatores e a síndrome da fadiga crônica. Acredita-se que essa condição seja multifatorial, envolvendo diversos elementos em sua origem.
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Diagnóstico da fadiga crônica
Conforme orientação da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o diagnóstico da fadiga crônica é baseado principalmente nos relatos do paciente, uma vez que não existe um exame específico para confirmar a síndrome.
O procedimento diagnóstico envolve a história clínica, exames físicos e exclusão de outras condições médicas que possam causar sintomas semelhantes, como hipotireoidismo, apneia do sono, depressão e efeitos colaterais de medicamentos.
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Tratamento e estratégias para acabar com a fadiga crônica
O tratamento da fadiga crônica começa com a validação da condição do paciente, reconhecendo sua significativa influência nas atividades diárias e nos cuidados rotineiros.
As estratégias para mitigar os sintomas da fadiga crônica geralmente envolvem uma abordagem multidisciplinar, focada no tratamento dos sintomas específicos associados à condição.
Um aspecto crucial do cuidado diário é monitorar possíveis condições médicas que possam agravar a fadiga crônica, como anemia por deficiência de ferro e/ou vitamina B12 e B9.
Essas deficiências são frequentes em indivíduos com dieta desequilibrada e podem requerer suplementação adequada para correção, podendo piorar o quadro caso não tratada. * *
Em alguns casos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser recomendada para ajudar o paciente a desenvolver estratégias para lidar com a fadiga crônica e seus efeitos sobre o funcionamento diário, como a gestão do estresse e melhora da qualidade de sono.
Além disso, um programa de exercícios progressivos supervisionado por profissionais de saúde qualificados pode ser uma parte importante do tratamento. Este programa visa aumentar gradualmente a resistência física e reduzir a fadiga, com exercícios leves a moderados, como caminhadas, natação ou alongamentos.
Referências
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- LEVY, José Antonio et al. Síndrome da fadiga crônica. An. paul. med. cir, p. 31-4, 1998.
- MORAES, Maria José Camargo; MURUSSI, Samantha da Silva; REZENDE, Pollyanna Ayub Ferreira de. Vitamina B12: análise da relação entre sinais e sintomas de vegetarianos e não vegetarianos. 2021.
- Yamagishi, J. A., Alves, T. P., Geron, V. L. M. G., & Lima, R. R. O. (2017). Anemia ferropriva: diagnóstico e tratamento. Revista Científica Da Faculdade De Educação E Meio Ambiente, 8(1), 99–110.
- TEIXEIRA, Sousa. SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA COMO CONSEQUÊNCIA DA COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
- VERRILLO, Erica. Síndrome Da Fadiga Crônica: Um Guia Para Tratamento, Segunda Edição. Babelcube Inc., 2017
Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.
Artigo revisado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.