Estiramento muscular: causas, sintomas e tratamento

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Estiramento muscular: causas, sintomas e tratamento

O estiramento muscular é bastante comum entre atletas, tanto profissionais quanto amadores. Devido ao uso excessivo da musculatura, essas pessoas têm uma maior predisposição para realizar movimentos incorretos, levando a lesões musculares parciais ou totais. 

A seguir, veja como tratar estiramentos musculares e as técnicas de prevenção recomendadas.

O que é estiramento muscular?

O estiramento muscular é uma lesão caracterizada pelo alongamento das fibras musculares além do limite fisiológico. Isso geralmente ocorre nos membros inferiores, como pernas e coxas, resultando em pequenas lesões no local afetado, frequentemente causadas por uma queda ou movimento inadequado. 

Considerada uma lesão comum e de fácil tratamento, o estiramento muscular provoca dor e limitação de movimento na região afetada, mas tende a se resolver completamente com o tratamento apropriado.

Causas

O estiramento muscular ocorre devido a um esforço excessivo, resultando em uma contração muscular intensa. 

A causa mais comum é a prática esportiva, especialmente em atividades que exigem rápida aceleração e desaceleração, mudanças bruscas de direção e rotação, como futebol e atletismo, além de esportes que sobrecarregam os membros inferiores, como corrida e ciclismo. 

Exercícios de musculação realizados incorretamente, com excesso de carga e movimentos inadequados, também podem provocar estiramentos musculares.

Ainda, a falta de alongamento e mobilidade podem contribuir para o estiramento muscular, por isso é muito importante não negligenciá-los na hora do treinamento.

Em resumo, as causas do estiramento muscular envolvem:

  • sobrecarga da musculatura;
  • movimentos inadequados;
  • desequilíbrio de força entre músculos de ações opostas;
  • falta de alongamento e mobilidade;
  • distúrbios nutricionais e hormonais;
  • alterações fisiológicas e anatômicas;
  • fadiga muscular.

Sintomas

O estiramento muscular é o grau mais leve de lesão, portanto os sintomas tendem a apresentar menor intensidade em comparação com níveis mais graves. 

Estiramento muscular: sintomas comuns

  • dor;
  • inchaço;
  • rubor;
  • limitação de movimento;
  • fraqueza muscular;
  • dificuldade de alongar;
  • sensação de que o músculo está “puxando”

Diferença entre distensão e estiramento muscular

Apesar de apresentarem sintomas similares, existe uma importante diferença entre a distensão muscular e o estiramento muscular: o local da lesão.

O estiramento muscular trata-se de uma lesão nas fibras musculares, ocasionada pela pressão exercida no movimento de contração/alongamento.

Já a distensão muscular, refere-se a uma lesão nos tendões ou na junção músculo-tendínea (local de ligação entre o músculo e o tendão). O tendão é um cordão formado por tecido conjuntivo, que faz o ligamento entre o músculo e o osso, dando sustentação à essa estrutura - uma lesão nessa área pode provocar rompimento parcial ou total, podendo levar à cirurgia para recuperação. 

Graus de estiramento muscular

A lesão muscular pode apresentar três diferentes graus, de acordo com a sua gravidade e natureza:

  • Grau I - leve: lesão e ruptura em poucas fibras, com menor edema e desconforto, pouca ou nenhuma perda de mobilidade e força;
  • Grau II - moderada: maior número de fibras lesionadas, ruptura muscular parcial, edema e desconforto mais presentes, assim como maior perda de função;
  • Grau III - ruptura completa do músculo: perda total da função e maior intensidade dos sintomas de dor.

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Como prevenir o estiramento muscular?

A prevenção do estiramento muscular inicia com um bom alongamento antes de qualquer prática de exercícios, seguido pela mobilidade, para preparar o músculo para o treinamento.

O suporte e orientação de um educador físico é fundamental para prevenir a lesão, visto que ele irá coordenar o treino e auxiliar na realização do movimento correto.

O descanso adequado também é fundamental para não sobrecarregar e fadigar o músculo, evitando o estiramento muscular.

Sessões de massagem e aplicações de gelo no local podem ser de grande valia para quem realiza treinamentos intensos ou para atletas em período de preparação. Ambas as técnicas tem por objetivo potencializar o descanso e levar mais sangue e nutrientes ao local.

O uso de suplementos para melhorar o desempenho físico durante os exercícios pode ser eficaz na prevenção de estiramentos musculares. 

A creatina, por exemplo, fornece mais energia para a realização dos exercícios e contribui para a recuperação e hipertrofia muscular. Estudos * indicam que o uso de creatina aumentou significativamente a massa muscular e o desempenho de força. 

Portanto, a principal função da creatina é aumentar o desempenho físico em exercícios de curta duração e alta intensidade, fornecendo mais energia e melhorando o crescimento e a recuperação muscular, promovendo melhora na performance e minimizando as chances de estiramento muscular.

Estiramento muscular: tratamento

Uma vez que o estiramento muscular ocorre, o tratamento será dado de acordo com o grau da lesão.  Nos primeiros dias após a lesão, inicia-se o processo inflamatório imediato, que dará origem aos sintomas característicos, como edema e rubor. 

Esse processo é crucial para a recuperação local, porém, deve ser controlado com o uso de anti-inflamatórios para evitar que o estiramento muscular se agrave. O ômega 3 também pode ser utilizado para potencializar o efeito anti-inflamatório e antioxidante. 

Além de melhorar a sensibilidade muscular na captação de aminoácidos, glicose e outros nutrientes essenciais para o exercício e sua recuperação * *, o consumo de ômega 3 está associado a níveis mais baixos de marcadores inflamatórios no sangue e a uma melhor modulação da resposta inflamatória. * *

Portanto, o ômega 3 auxilia na redução dos efeitos do processo inflamatório gerado pelo estiramento muscular, contribuindo para a recuperação da lesão.

Uma grande vantagem do estiramento muscular em relação à distensão, é que, diferente do tendão, o músculo se regenera. A regeneração muscular se inicia de sete a dez dias após a lesão. Para casos de lesão total, não há recuperação muscular sem intervenção cirúrgica, tornando-a necessária.

Além do uso de remédio para estiramento muscular, o tratamento também envolve: 

  • uso de aplicação de bolsa de gelo, de 20 a 30 minutos, de 3 em 3 horas, nos primeiros dias;
  • fisioterapia para recuperação dos movimentos;
  • repouso absoluto do membro afetado;
  • auxílio profissional de um educador físico para retomar as atividades, evitando uma nova lesão;
  • voltar a exercitar-se aos poucos, para recuperação muscular.

Referências

Artigo escrito por Joana Mazzochi, formada em Administração Empresarial pela UDESC e em Nutrição pela UNIVALI (CRN-10/10934). Além de produzir conteúdo sobre nutrição e saúde, atende pacientes que desejam melhorar a relação com a alimentação.

 

Artigo revisado por Rafaela Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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