Dor na coxa: conheça 14 causas e saiba o que fazer

14 causas da dor na coxa

O que pode ser dor na coxa varia conforme a origem do problema. A seguir, destacamos as principais causas dessa dor, com seus sintomas específicos e as orientações sobre o tratamento adequado para cada uma delas:

1. Lesões musculares (distensões ou rupturas)

As lesões musculares e nos tendões ocorrem geralmente após traumas diretos, movimentos bruscos ou esforço excessivo, sendo comuns em atividades esportivas. As lesões mais frequentes são a do quadríceps e a dos isquiotibiais, um grupo de três músculos localizados na parte posterior da coxa.

• Sintomas: a dor aparece imediatamente no local da lesão e pode ser acompanhada de fraqueza ou dificuldade para movimentar a perna afetada. Em muitos casos, ocorre inchaço e hematomas na região lesionada;
• O que fazer: para lesões leves, o tratamento inicial inclui repouso, aplicação de compressas frias e fisioterapia. Nos casos mais graves, como rupturas musculares ou tendinosas, a cirurgia pode ser necessária para recuperação completa.

2. Sobrecarga e fadiga muscular

A sobrecarga e a fadiga muscular acontecem quando os músculos são excessivamente exigidos sem o descanso necessário para recuperação. Isso pode ocorrer após atividades físicas intensas ou treinos prolongados, como em caso de musculação e caminhadas.

• Sintomas: a dor muscular na coxa é localizada e geralmente se intensifica com o movimento. A sensação de cansaço nos músculos e a dor constante são comuns, especialmente após esforço físico. A fadiga pode tornar a dor mais pronunciada, dificultando a movimentação;
• O que fazer: o tratamento inclui repouso, hidratação adequada e uso de compressas frias ou quentes para aliviar a dor. Massagens podem ser úteis para acelerar a recuperação. É fundamental evitar novos esforços até que o corpo se recupere totalmente.

Curiosidade

Há diversas evidências científicas que mostram que a creatina auxilia na recuperação muscular, especialmente em relação ao cansaço dos músculos após exercícios intensos de explosão, como o HIIT.

Segundo a ciência, tomar creatina para recuperação muscular é uma estratégia eficaz, o que pode reduzir a fadiga e evitar dor nas coxas por isso.

Um estudo, em específico, demonstrou que a ingestão de creatina melhorou significativamente a recuperação muscular em homens não atletas após um treino intenso de musculação.

3. Problemas articulares (como desgaste no quadril ou joelho)

O desgaste da cartilagem das articulações do quadril ou joelho, comum com o envelhecimento ou lesões, pode irradiar dor para a coxa. Isso acontece em caso de artrose, também conhecida como osteoartrite.

• Sintomas: rigidez e dor na articulação da coxa, especialmente ao caminhar ou subir escadas, que se intensifica com o movimento;
• O que fazer: fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios e, em casos mais graves, infiltrações ou, até, cirurgia, como a prótese de quadril.

4. Inflamação do nervo ciático (dor ciática)

Compressão ou irritação do nervo ciático, frequentemente causada por hérnia de disco ou problemas na coluna lombar, que pode refletir até as coxas.

• Sintomas: dor forte na parte posterior da coxa, sensação de queimação, formigamento e, às vezes, fraqueza nas pernas;
• O que fazer: medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia e, nos casos persistentes, pode ser necessário tratamento cirúrgico.

5. Bursite

Inflamação da bursa (uma pequena bolsa de fluido que lubrifica a articulação), geralmente no quadril, que pode irradiar dor para a coxa esquerda ou direita, dependendo do caso.

• Sintomas: dor localizada na parte externa da coxa, agravada por movimentos repetitivos ou prolongados em pé;
• O que fazer: repouso, fisioterapia e uso de anti-inflamatórios. Em casos mais graves, infiltrações podem ser indicadas.

Curiosidade

Um estudo recente de 2024 relatou que o ômega 3 pode ser útil no tratamento da bursite, pois possui propriedades anti-inflamatórias.

Alimentos ricos nesse ácido graxo com a presença de EPA ajudam a reduzir a inflamação e fortalecer o saco da bursa, contribuindo para o alívio dos sintomas da condição.

6. Problemas circulatórios (doença arterial periférica)

Condição onde as artérias das pernas ficam mais estreitas, dificultando o fluxo sanguíneo adequado, podendo causar sintomas de dor na coxa.

• Sintomas: cãibras, dormência e dor nas coxas após atividade física, além de mudança na cor da pele e formação de feridas nas pernas;
• O que fazer: mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regularmente e, em alguns casos, usar medicações para melhorar a circulação sanguínea.

7. Meralgia parestésica

Compressão do nervo cutâneo femoral lateral, responsável pela dor na frente da coxa.

• Sintomas: sensação de queimação, formigamento ou dor aguda na parte externa da coxa;
• O que fazer: uso de roupas mais largas, medicamentos para aliviar a dor, fisioterapia e, se necessário, infiltrações no nervo.

8. Osteonecrose da cabeça do fêmur

Morte do tecido ósseo na cabeça do fêmur devido à interrupção do fluxo sanguíneo.

• Sintomas: dor no quadril e coxa, que piora com movimentos ou esforço físico;
• O que fazer: em estágios iniciais, descompressão cirúrgica; nos casos mais avançados, a substituição da articulação por uma prótese de quadril.

9. Fratura atípica de fêmur

O uso prolongado de medicamentos, como bifosfonatos, utilizados no tratamento da osteoporose, pode enfraquecer os ossos, levando a fraturas.

• Sintomas: dor constante na coxa, principalmente após atividades físicas ou quedas;
• O que fazer: diagnóstico por exames como RX e ressonância magnética. O tratamento inclui repouso, uso de muletas e cirurgia, em casos mais graves.

Curiosidade>

Segundo a ANVISA, o magnésio auxilia na formação de ossos e dentes, desempenhando um papel fundamental na saúde óssea. Por isso, esse mineral é especialmente importante na prevenção e no tratamento da osteoporose.

10. Fratura de estresse do fêmur

Lesão por sobrecarga repetitiva, comum em atletas ou pessoas que realizam atividades físicas intensas.

• Sintomas: dor constante, que piora com o movimento e, às vezes, inchaço na coxa;
• O que fazer: repouso, uso de muletas, fisioterapia e cirurgia apenas para fraturas graves ou que não cicatrizam com o tratamento conservador.

11. Tumores da coxa e fêmur

Tumores benignos ou malignos podem se desenvolver no osso ou nos tecidos moles da coxa.

• Sintomas: dor persistente e inchaço no local afetado. Pode haver uma sensação de massa ou nódulo;
• O que fazer: exames de imagem para diagnóstico. O tratamento depende da natureza do tumor e pode incluir cirurgia e terapias adicionais.

12. Fibromialgia

A fibromialgia é uma condição crônica que causa dor em pontos específicos do corpo devido à hipersensibilidade no sistema nervoso central. Não se sabe exatamente o que a causa, mas pode piorar com fatores, como estresse, infecções ou lesões físicas.

• Sintomas: a fibromialgia é caracterizada por dor difusa e persistente, geralmente descrita como latejante, ardente ou em queimação, afetando diversas áreas do corpo, incluindo a parte frontal da coxa, acima do joelho e nas costas, próximas às nádegas. Também pode causar fadiga, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas, como problemas de memória;
• O que fazer: o tratamento inclui o uso de medicamentos, como antidepressivos tricíclicos e inibidores dos receptores de serotonina e norepinefrina, prescritos por ortopedistas ou reumatologistas. Além disso, terapias complementares, como fisioterapia, exercícios físicos leves e técnicas de controle do estresse, podem ajudar no manejo da dor.

Curiosidade

Um estudo com vitamina B12 investigou o efeito de 1000 mcg diários do nutriente em pacientes com fibromialgia por 50 dias. Os resultados mostraram que a vitamina B12 melhorou significativamente a gravidade dos sintomas da fibromialgia e reduziu os níveis de ansiedade. O estudo sugere que a vitamina B12 pode ser útil como terapia adicional para a doença.

13. Sedentarismo

A falta de atividade física regular, caracterizando um estilo de vida sedentário, enfraquece os músculos e prejudica a circulação sanguínea, o que pode resultar em dores musculares e desconforto, especialmente nas coxas e em outras áreas do corpo.

• Sintomas: a dor relacionada ao sedentarismo é geralmente difusa, podendo ser sentida de forma generalizada no corpo ou como dor na parte interna ou externa da coxa. Pode ser acompanhada de cansaço excessivo e dificuldade para realizar movimentos cotidianos;
• O que fazer: a melhor prevenção e tratamento é adotar a prática regular de atividades físicas. Caminhadas, alongamentos e exercícios leves, ao menos 30 minutos por dia, ajudam a fortalecer os músculos e melhorar a circulação. Inicialmente, a dor pode intensificar-se devido ao esforço, mas com o tempo a força muscular melhora e a dor diminui.

14. Pancada na coxa

A pancada na coxa pode ocorrer devido a esportes de contato ou acidentes, onde o impacto direto na área provoca danos nos músculos ou tecidos da região.

• Sintomas: a dor surge imediatamente após o impacto, sendo localizada no local da pancada. Pode ocorrer inchaço e a formação de hematomas, dependendo da intensidade da lesão. A dor pode ser agravada pela movimentação ou ao tocar o local afetado;
• O que fazer: a primeira medida é aplicar gelo na região afetada por cerca de 20 minutos, pelo menos, duas vezes ao dia, para reduzir o inchaço e a dor. Em caso de dor intensa, é importante repousar e, se necessário, usar medicamentos anti-inflamatórios prescritos pelo médico para aliviar o desconforto.

Como saber se a dor na coxa é muscular ou vascular?

A dor muscular geralmente está associada a lesões nos músculos ou tendões, piorando com o movimento ou toque, e pode vir com fraqueza ou inchaço.

Já a dor vascular, está relacionada a problemas nos vasos sanguíneos, como doença arterial ou trombose, e tende a piorar com esforço, além de ser acompanhada de inchaço, alteração de cor e sensação de peso nas pernas.

Se a dor persistir ou for difícil de identificar, é essencial procurar um médico para avaliação.

O que fazer quando a coxa fica doendo?

O tratamento para dor na coxa pode variar bastante, pois depende da causa subjacente da dor. Como você viu, existem diversas condições que podem gerar dor na coxa, e cada uma exige um tipo de abordagem terapêutica específica.

Por isso, é fundamental avaliar os sintomas associados à dor e buscar o tratamento adequado.

Processo de tratamento:

• identificação da causa: o primeiro passo é identificar a origem da dor na coxa. A dor pode ser causada por lesões musculares, problemas articulares, inflamação, sobrecarga, entre outras condições. Para isso, é importante observar os sintomas associados, como inchaço, calor na região, dificuldade para mover a perna ou sintomas neurológicos (como formigamento);
• tratamento personalizado: como aliviar dor na coxa depende causa. Em casos de lesões musculares ou tendinosas, o repouso, compressas e fisioterapia são geralmente indicados. Já condições, como a artrite ou problemas circulatórios, podem exigir o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou até tratamentos mais avançados, como infiltrações;
• importância da consulta médica: como as dores na coxa podem ser sintoma de várias condições, é crucial consultar um médico para diagnóstico preciso. O médico pode realizar exames, como radiografias, ressonância magnética ou ultrassonografia, para identificar a causa exata da dor e prescrever o tratamento adequado.

Como prevenir a dor muscular na coxa?

A dor muscular na coxa pode ser evitada com algumas práticas simples que promovem a saúde muscular e circulatória:

• alongamento e aquecimento: antes de realizar qualquer atividade física, é essencial aquecer adequadamente e fazer alongamentos para preparar os músculos. Isso ajuda a prevenir lesões, especialmente em atividades de alta intensidade;
• fortalecimento muscular: manter os músculos das pernas bem fortalecidos, através de exercícios regulares, ajuda a prevenir lesões causadas por sobrecarga;
• hidratação e nutrição: beber bastante água e manter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes que favorecem a saúde muscular, como proteínas e potássio, ajuda a prevenir cãibras e fadiga muscular;
• descanso adequado: o descanso é fundamental para a recuperação muscular. Evite treinos excessivos sem intervalo adequado de recuperação;
• manutenção da imunidade: um sistema imunológico forte pode ajudar na prevenção de inflamações musculares ou condições que levam à dor, como infecções. Manter uma alimentação rica em vitaminas e minerais, dormir bem e controlar o estresse contribui para a boa saúde imunológica;
• evitar sedentarismo: o estilo de vida sedentário enfraquece os músculos e aumenta o risco de dores e lesões. Praticar atividades físicas de forma regular é fundamental para a saúde muscular.

Quando procurar um médico?

Se você deseja saber quando a dor na coxa é preocupante, alguns sinais podem indicar que é necessário procurar um médico:

• dor intensa e súbita: se a dor na coxa aparecer de forma repentina e intensa, especialmente após uma queda ou trauma, pode indicar uma lesão grave, como uma fratura ou ruptura muscular. Nestes casos, o atendimento médico imediato é necessário;
• inchaço e calor na região: se a dor for acompanhada de inchaço intenso e sensação de calor, pode ser um sinal de inflamação grave, como uma infecção ou trombose venosa profunda. Esses sintomas exigem avaliação médica urgente;
• dificuldade de movimento: se a dor for tão forte a ponto de impedir movimentos normais, como caminhar ou subir escadas, é essencial buscar ajuda médica. Isso pode indicar uma lesão significativa nos músculos ou nas articulações;
• alteração de cor na pele: a dor vascular, especialmente em casos de trombose ou problemas circulatórios, pode ser acompanhada por alterações na coloração da pele, como vermelhidão, palidez ou roxidão;
• dor persistente ou que piora com o tempo: se a dor na coxa não melhorar com o repouso ou se intensificar ao longo do tempo, é importante consultar um médico para determinar a causa exata e iniciar o tratamento adequado.

Sempre que sentir sintomas fora do comum ou dor persistente, não hesite em procurar um médico para uma avaliação mais detalhada e diagnóstico preciso.

Referências