Coenzima Q10: benefícios para o cérebro e saúde cognitiva

A população está ficando cada vez mais idosa e isso traz alguns desafios, como manter a saúde do corpo e da mente à medida que as pessoas envelhecem. Nesse cenário, uma dieta saudável, rotina de atividade física e suplementação dietética adequada, são alguns dos hábitos de vida que podem desempenhar um papel importante no cuidado com a saúde do corpo e do cérebro.

Acompanhando essa tendência, a categoria de suplementos dietéticos direcionados a longevidade cresce a cada ano. Dentre eles, a coenzima Q10, que é o terceiro suplemento mais consumido e tem conquistado destaque por seu potencial de ação - especialmente quando o assunto é saúde cerebral.

Descubra mais a seguir sobre a coenzima Q10 e seus benefícios para o cérebro e saúde cognitiva.

A coenzima Q10 é uma substância presente na membrana das células que atua na produção de energia. Seu destaque na saúde também vem através do seu papel como antioxidante intracelular. A coenzima q10 ajuda a eliminar os radicais livres do interior da célula, favorecendo a saúde celular.

A maior parte das necessidades do corpo são atendidas pela produção interna da coenzima Q10, porém, seu consumo alimentar através da suplementação tem se mostrado bastante benéfico, especialmente após a fase adulta, quando a produção cai. 

Devido a sua função contra o estresse oxidativo, um processo que causa danos ao cérebro, a coenzima Q10 vem sendo estudada como um composto neuroprotetor.

Entenda melhor a relação entre coenzima Q10 e cérebro a seguir:

Os estudos sobre a importância da coenzima Q10 para o cérebro vêm sendo cada vez mais explorados. Confira alguns dos principais achados sobre coenzima Q10 e seus benefícios para o cérebro.

O cérebro é um dos órgãos mais importantes para o funcionamento do corpo, por isso, ele está envolto em uma membrana chamada barreira encefálica, que filtra a passagem de substâncias. Não são todos os compostos do nosso organismo que conseguem atravessá-la e ter contato com o cérebro.

A coenzima Q10 faz parte do seleto grupo de componentes capazes de atravessar a barreira encefálica e, dessa forma, consegue atuar no combate ao estresse oxidativo e na proteção das células que formam a estrutura cerebral, assim como apontam estudos.

Estudos * trazem que níveis insuficientes de coenzima Q10 pode levar à diminuição da atividade celular, o que pode resultar em menor produção de energia, aumento do estresse oxidativo, dano e subsequente disfunção cerebral.

A geração de compostos oxidantes é normal e ocorre constantemente, seja por meio do contato externo (má alimentação, poluição), seja por meio de processos orgânicos que acabam gerando esse tipo de “resíduo”.

Para isso, é preciso ter um sistema antioxidante funcionando bem, pois assim o corpo é capaz de equilibrar essa produção, evitando o estresse oxidativo que, no longo prazo, pode levar ao aparecimento de doenças crônicas e neurodegenerativas.

Portanto, incorporar a coenzima Q10 na alimentação, potencializa a ação antioxidante no corpo.

A coenzima Q10 atua como transportadora de elétrons na cadeia respiratória mitocondrial, ou seja, ela tem um papel fundamental na respiração celular e geração de ATP - que é a forma de energia utilizada pelo organismo. A redução no fornecimento de energia para o cérebro é causada pelo comprometimento da mitocôndria, que é a estrutura responsável pelo fornecimento de energia para a célula. 

A falta de energia cerebral predispõe diversas condições neurológicas, como enxaqueca, falta de memória e problemas cognitivos. Dentre outros fatores, um estudo mostra que a coenzima Q10, por meio da sua ação mitocondrial, atua no aumento da produção energética no cérebro.

Como parte importante da atuação da mitocôndria, a coenzima Q10 tem um relevante papel na função celular em todos os tecidos do corpo, especialmente naqueles de maior atividade, como o cérebro.

O cérebro possui um alto consumo de oxigênio e, consequentemente, ele também gera mais “resíduo metabólico”, ou seja, mais substâncias tóxicas ao organismo que precisam ser eliminadas. Se esses resíduos permanecerem no cérebro, eles podem prejudicar sua função e aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças neurológicas, tais como Alzheimer, doença de Parkinson, doença de Huntington, esclerose lateral amiotrófica e ataxia de Friedreich.

De acordo com um estudo de revisão publicado na International Journal of Molecular Sciences, as doenças que afetam o cérebro, como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), glaucoma, Alzheimer e Parkinson, mostraram níveis reduzidos de coenzima q10. 

Outro estudo publicado em 2021 traz que a suplementação de coenzima q10 tem sido muito útil no tratamento de doenças neurodegenerativas, que estão relacionadas ao comprometimento mitocondrial.

A ação antioxidante da coenzima Q10 também pode atuar na melhora da função cognitiva. A cognição é uma atividade cerebral que pode ser muito comprometida pela oxidação, resultando em problemas de memória, aprendizagem, raciocínio e atenção.

Não apenas pela sua própria atividade antioxidante, mas a coenzima Q10 também auxilia no desempenho de uma vitamina muito importante para o desempenho cognitivo, a vitamina E. Segundo um estudo, a associação da coenzima Q10 à vitamina E, foi capaz de potencializar seus resultados e melhorar aspectos cognitivos, como o desempenho e a memória.

Parece que incorporar a coenzima Q10 na rotina pode ser uma escolha significativa na busca por um cérebro saudável e resiliente. Portanto, ao investir na saúde do seu cérebro, você está investindo na sua longevidade e qualidade de vida.